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Engenhos S


ENGENHO COM A LETRA S

1.         Engenho Saboroso/Barreiros
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Albuquerque Machado - Casado com Ana Camboim de Mendonça Vasconcellos – Filha do Barão de Buíque Francisco Alves Cavalcanti Camboim e de Ana Olimpia de Siqueira. Filhos: Cincinato, Ana de Siqueira, Francisco, André e Clara de Siqueira. A única que se casou foi Anna Camboim que contraiu núpcias com Manuel Albuquerque Machado, natural do Rio Grande do Norte, formado em Direito pela Faculdade de Olinda, tendo morrido no Brejo da Madre de Deus com 25 anos de idade, atacado pela "Cólera". O casal deixou somente um filho que teve o nome de Manuel  Machado de Albuquerque Camboim, e foi criado pelo avô (Barão de Buíque) que lhe chamava pelo nome "Camboeim" e por outros familiares de "Machadinho". Proprietário dos engenhos: Carassú, Crauassú ou Cará-Assú  e Saboroso/Barreiros

2.         Engenho Sacambú/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Luiz Carneiro de Senna - Casado com Luzia Siqueira de Arruda Falcão.

3.         Engenho Saci/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

4.         Engenho Saco/Ipojuca - Capela Jesus, Maria, José; engenho sob invocação a Nossa Senhora da Conceição.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Ipojuca – Proprietária dos engenhos: Conceição Velha, Mirador, Saco, Supitanga/Ipojuca.

5.         Engenho Sacramento/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Litto de Azevedo e Silva

6.         Engenho Sagüim/Goiana - O Engenho Saguim e o Santo Antônio foram resultado do desmembramento do engenho Itapirema de Baixo pertencente a Francisco T. da S. Cavalcante
Proprietário/Morador/Rendeiro: Milton Rabelo da Fonseca Lima - Nascido em 1923 e falecido em 2001. Formado em Agronomia em 1946. Casado com Rizete Lopes da Silva, nascida em 1932/Goiana. Filho de Luiz Cornélio da Fonseca Lima e de Ignácia Rabelo da Fonseca Lima. Proprietário dos engenhos: Itapirema de Cima/Itamaracá; Sagüim, Santo Antônio, Jardim, Gurijó/Goiana; e rendeiros dos engenhos: Jacarapina, Pedreiras e Pitaguaré/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Higino Gonçalves Guerra – Casado com Anna Pereira de Moraes Guerra Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues: FR-2252

7.         Engenho Salgados ou São João Salgado/Ipojuca – Engenho fundado em 1625. Suas terras iam do outeiro de Nazaré até o sul do Cabo de Santo Agostinho. Durante a invasão holandesa, impossibilitado de moer e para não deixar que os canaviais fossem destruídos e para obter algum lucro para a Companhia, foi feito um acordo com o principal lavrador: Cosmo Dias, pelo qual ele, com seus negros e outros que pudesse arranjar para este serviço, se obrigava a fazer com que o engenho recomeçasse a moer para o que lhe seriam reembolsadas todas as despesas, sendo-lhe, além disto, prometido um bom salário pela sua fiscalização, se ele desse fielmente conta de tudo. Este trabalhou tanto que já está pronta uma boa quantidade de fôrmas e diariamente são feitas outras. Sua capela sob a invocação de N. S. de Nazaré, foi construída em 1640, em compensação pela destruição da ermida de Nazaré pelos holandeses. Em 1817, após a derrota dos republicanos a Coroa Portuguesa o confiscou, junto a outros 39 engenhos. Em 1817, foi saqueado e o seu proprietário preso. No fim do século XIX, foi transformado em um engenho central e depois se tornou a base para a Usina Salgado, em 1892. Fazem parte da zona rural do município de Jaqueira, as seguintes propriedades, denominadas de “engenhos”: Gulandy, Barro Branco, Caixa D’Água, Várzea Velha, Fervedouro, Bálsamo da Linha, Guerra, Laje Nova, Boa Vista, União, Flor do Bosque, Corubas, Salgado e Olhos D’Água, cuja lavoura predominante, é a cana-de-açúcar. Muitos proprietários de engenhos receberam concessões para a implantação de engenhos centrais, como o do engenho Guerra, o Pirangi, o Cucau e o Salgado; mas nem todos chegaram a funcionar e muitos estiveram sob a responsabilidade da firma The Central Sugar Factories of Brazil.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Cosme Dias da Fonseca - Casado com Mência de Moura, filha de Filipe de Moura Rolim e de Genebra Cavalcanti. Curiosidades: Durante a invasão holandesa João Paes Barreto fugiu com Matias de Albuquerque, levando consigo os seus irmãos Estevão, Cristóvão, Miguel, Diogo, Antônio, Felipe; Catarina Barreto, viúva de Luís de Souza; Isabel de Moura, viúva de Antônio Ribeiro de Lacerda, e sua irmã, Mência de Moura, mulher de Cosme Dias da Fonseca; abandonando suas propriedades. Curiosidades: Reclamou o Conde de Nassau dos altos juros cobrados pela Companhia aos seus devedores, contrariando o próprio edital vigente que estabelecia o juro de 12% ao ano sobre as dívidas contraídas com a Companhia das Índias Ocidentais, conforme mais uma vez relata Gaspar Barlaeus em obra citada. Além disso, deve atender-se a que um edito do ano de 1640 determinou que pelas dívidas garantidas por penhor não se cobrar juros superiores a 12% e pelas não garantidas apenas de 8%. São fáceis os exemplos de quão enormemente os nossos burlaram esta lei, exigindo um juro ilegal. Cosme de Oliveira, tendo comprado alguns escravos por 9.000 florins, depois de pagar 12.000 de mora, foi preso por uma dívida de mais 15.000 florins. Proprietário dos engenhos: Salgados e Tabatinga de Santa Luzia/Ipojuca; Santos Cosme e Damião/Goiana.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Carneiro de Mariz - Vereador da 1ª Câmara dos Escabinos em 1637/1638 - Conjurado e Restaurador. Casado com Maria Coresma.  Um dos que se aproveitaram do domínio holandês para ascender à propriedade de dois engenhos. Curiosidades: Em 1642, eram os senhores-de-engenho os grandes devedores da Companhia, segundo informa o conde João Maurício de Nassau, estimando a dívida global em 75 tonéis de ouro, o que representava 7,5 milhões de florins; dois anos depois, a dívida já alcançava a elevada importância de 130 tonéis de ouro, correspondentes a 13 milhões de florins. Mas a Companhia continuou a ajudá-los financeiramente, facilitando a construção dos engenhos Aratangi, de Miguel Fernandes de Sá e o Sibiró de Baixo, de Francisco Soares Cunha, ou pagando dívidas particulares de alguns senhores, como Jorge Homem Pinto/Pb, João Carneiro de Mariz/Ipojuca, e Catharina de Albuquerque/engenho Santo  Antônio da Muribeca. Arrendatário do engenho Nossa Senhora da Conceição; Proprietário dos engenhos: N. S. do Rosário/Sirinhaém, Sibiró de Cima, Salgados ou São João Salgado e N. S. da Conceição /Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Salgado

8.         Engenho Salgado/Nazaré da Mata - Capela sob invocação a Senhor do Bonfim, hoje: Nossa Senhora de Nazaré e São João Batista
Proprietário/Morador/Rendeiro: Amaro Barreto Coutinho da Silveira – Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-4813

9.         Engenho Saltinho/ Rio Formoso - Engenho sob a invocação do Anjo São Miguel, não moerá
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Ribeiro de Menezes

10.      Engenho Salvador Soares/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Salvador Soares

11.      Engenho Salvador/Olinda
Proprietário/Morador/Rendeiro: Diogo Gonçalves - Cristão novo. Registra a história que Diogo Gonçalves, era auditor da Capitania de Pernambuco, quando se uniu a Isabel Fróis – protegida pela rainha Catarina, esposa de D. João III, e que veio de Portugal em 1535. Ao se casar levou como dote uma extensa propriedade que arbangia os atuais bairros: Casa Forte, Várzea e Beberibe. O auditor da Capitania tratou logo de organizar o seu feudo. Como sede da propriedade, escolheu as terras de Casa Forte, na margem direita do rio Beberibe, construiu um grande engenho, uma casa de vivenda, uma fábrica e uma capelinha; e, na Várzea, levantou outro engenho, ao qual deu o nome Santo  Antônio da Várzea. Proprietário dos engenhos: Casa Forte, Santo Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven/Recife

12.      Engenho Sangoa/Jaboatão dos Guararapes
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Pinto Pereira - Ficou do lado dos holandeses. Casado com Francisca Simões. Proprietário dos engenhos: Palmeiras (antes Santa Cruz e Mangaré) e Sangoa/Jaboatão dos Guararapes e Enxágoa/Sirinhaém.

13.      Engenho Sanguá/Rio Formoso
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joaquim José de Moraes – Major. Co-proprietário do engenho Sanguá.

14.      Engenho Sangue/Amaraji
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

15.      Engenho Santa Alice/Bonito
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 25/7/2003, ligados a OLC.

16.      Engenho Santa Amélia/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Paulo de Amorim Salgado - Casado com Francisca de Paula Wanderley, viúva de João Baptista Pereira, capitão de cavalaria nas guerras contra os holandeses. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues, FR: 4979; 06868(Paulo de Amorim Salgado, filho). Proprietário dos engenhos: Garapú e Santa Amélia/Cabo de Santo Agostinho; Cocal/Rio Formoso; São Paulo do Sibiró/Camela

17.      Engenho Santa Clara/Ipojuca - Ainda existe a moenda do engenho Santa Clara.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

18.      Engenho Santa Cruz/Jaboatão dos Guararapes
Proprietário/Morador/Rendeiro: Gaspar Alves Pugas – O engenho fazia parte da sesmaria concedida a Gaspar Alves Pugas em 1566.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Fernão Rodrigues Vassalo – Fundou o engenho em um lote de 1.400 braças de extensão e 600 de largura. Localizado próximo a confluência dos rios Jaboatão e Una. Vendeu o engenho a Filipe Diniz da Paz.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Filipe Diniz da Paz – Comprou o engenho a Fernão Rodrigues Vassado. Proprietário dos engenhos: Suassuna e Santa Cruz.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Companhia Geral de Melhoramentos de Pernambuco

19.      Engenho Santa Cruz (antes Canavieira)/Recife
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Berenguer de Andrade – Fidalgo madeirense. Em 12/10/1598, o ouvidor Jorge Camelo demarcou as terras do Jiquiá, onde havia um engenho de açúcar. O proprietário, o fidalgo madeirense Francisco Berenguer de Andrade, vendeu suas terras a Antônio Fernandes Pessoa.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antonio Fernandes Pessoa - Filho abastado do português Pedro Afonso Duro, Engenho Sibiró/Ipojuca e de Madalena Gonçalves, nascida em Olinda, falecida em antes de 1649. Casado com Isabel Peres de Almeida. Escabino da cidade Maurícia (Recife); Vereador da Câmara de Olinda, em 1645. Participou da restauração  Pernambucana; era conhecido como ‘o Mingau’. Durante a invasão holandesa, o engenho foi ocupado várias vezes até que, em 1637, Antônio Fernandes Pessoa abandonou a propriedade e fugiu com a família para Ipojuca, ficando o engenho de fogo morto. Junto com outros senhores de engenho, ele tomou parte da resistência à invasão dos holandeses. Proprietário dos engenhos: Tijipió, Santa Cruz ou Santo Antônio do Jiquiá, São Timóteo, Santa Cruz (antes Canavieira)//Recife e Sibilo de São Paulo/Sirinhaém. Herdeiros de Antônio Fernandes e de sua esposa: sua filha Ana de Luís da Silva; herdou as terras, mas decidiu vendê-las ao capitão Antônio Borges Uchoa. Curiosidade: Diário de Pernambuco, n. 45 de 1829, o Engenho Jequiá perto da povoação dos Afogados; ainda moia em 1831, pertencendo a  Gonçalves da Rocha, como verificado em documento daquele ano; e ainda em 1834, como se vê em um anúncio no jornal desta cidade, A Quotidiana Fidedigna, no seu número 215, propondo a venda de "dois sítios no lugar da Piranga, sendo um defronte da cerca do Engenho Jequiá, e outro na estrada do mesmo Engenho, ambos em terras próprias".
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Borges Uchoa – Capitão. Comprou as terras do engenho a sua herdeira e filha Ana de Luís da Silva, o que foi feito mediante uma escritura lavrada no dia 3/3/1657.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Cavalcanti de Albuquerque – Proprietário dos engenhos: em 1846.

20.      Engenho Santa Cruz ou Cabeça de Porco/Rio Formoso - O engenho era movido a água, com duas boas casas de vivenda, magnífica capela, grande senzala, muitas matas, cercados grandes e bem cercado para 200 cabeças com capacidade para safrejar 3000 pães anuais, muito bom d'água com moenda de 40x24 polegadas inglesas e assentamento de fazer açúcar pelo sistema de Emiliano de Brito que faz 240 pães por semanas espaçosas casas de engenho e caldeira, casa de purgar para 800 Paes, boa casa de retame, casa de bagaço, destilação, casa de farinha e serraria movidas por água, grande estribaria e forno para 150 fôrmas, quase tudo de pedra e cal, em perfeito estado de conservação. Senzala do Engenho Santa Cruz. Na lista de bens culturais e naturais – tangíveis da mata sul.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Álvaro e Antônio Barbalho Uchôa Cavalcanti – Passados cerca de cinqüenta anos, conforme consta de uma vistoria judicial empreendida no ano 1705, os irmãos Álvaro e Antônio Barbalho Uchoa apareceram como os legítimos proprietários do engenho Santa Cruz ou Cabeça de Porco, seguindo-se a eles Antônio Correia, capitão-mor da Vila do Recife.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antonio e Álvaro Borges Uchoa - Antonio Borges Uchoa: Capitão. Lutou contra os holandeses. Curiosidade: Foi o construtor de uma ponte, próxima à foz do rio Parnamirim, com o objetivo de poder visitar, com mais freqüência, os familiares de sua esposa, que residiam na margem oposta do Capibaribe. A partir daí, colocaram-lhe o apelido de Ponte do Uchôa-Recife. Isso ocorreu depois de 1654, época em que Antônio tomou posse do Engenho da Torre. Proprietário dos engenhos: Santa Cruz ou Santo Antônio do Jiquiá, Torre, N. Sra. do Rosário e São Timóteo, Santa Cruz (antes Canavieira)/Recife.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João de Lima Abreu - Padre, falecido em 1697, que dizia: Declaro que entre os meus bens o Passo de Santa Cruz de Jiquiá, com todos os seus pertences e logradouros, com o qual instituo três capelas de missas, as quais se dirão por minha alma em cada ano e estas dirão meus sobrinhos, filhos de minha irmã Grácia Gomes, etc. (GUERRA, 1970, p. 203). Após o seu falecimento, a propriedade passou às mãos de seis administradores, que foram coagidos judicialmente a prestar contas de suas administrações. O último administrador foi Vicente Ferreira da Meira Lima. O governador Luís do Rego Barreto, 1819, objetivando construir uma estrada geral do centro até Santo Antão (hoje, Vitória de Santo Antão), passando por Jaboatão dos Guararapes, determinou o aterro da estrada do Jiquiá. Em 1829, havia uma grande olaria na Camboa do Jiquiá, com porto de embarque. De suas terras saíam barro para a fabricação de telhas e tijolos, e uma lagoa de água doce fornecia água para os amassadores. Somando-se a isso, com a lei imperial de 1835, decretando a extinção dos Vínculos e Morgados, ocorreu a distribuição dos bens e das terras entre os vários co-senhores, e a propriedade decaiu. Até o próprio cruzeiro de granito ficou completamente abandonado. Por acidente, ele foi encontrado em 1868, fora do seu pedestal e coberto por uma espessa vegetação. Um dos missionários católicos, no entanto, seguido pelo povo, conduziu o cruzeiro em procissão para Afogados. Lá, erguido sobre um pedestal, em frente à Igreja de Nossa Senhora da Paz, ele permaneceu até os dias atuais. E, por incrível que possa parecer, excetuando-se a fonte documental existente, aquele cruzeiro representa o único vestígio palpável da existência de Jiquiá.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Maurício Accioly Canavarro
Proprietário/Morador/Rendeiro: Jorge Camelo - Ouvidor. Casado com Isabel Cardoso. Proprietário dos engenhos: Monteiro ou São Pantaleão Monteiro/Recife e Santa Cruz ou Cabeça de Porco/Rio Formoso.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Leal & Irmãos - Sócios da Sociedade Auxiliadora da Agriculgura (1875). Curiosidades: Diário de Pernambuco: Há 125 anos. Quarta-feira, 21 de janeiro de 1885. Arrenda-se - O engenho Santa Cruz, conhecido por Cabeça de Porco, sito na freguezia de Una, comarca do Rio Formoso, de fogo vivo e corrente, com duas boas casas de vivenda, magnífica capela, grande senzala, muitas mattas, grande e bem cercado para 200 cabeças com capacidade para safrejar 3000 pães annuaes, muito bom d'água com moenda de 40x24 polegadas inglezas e assentamento de fazer assucar pelo systema do Sr. Emiliano de Brito que faz 240 paes por semanas espaçosas casas de engenho e caldeira, casa de purgar para 800 paes, boa casa de retame, casa de bagaço, distilação, casa de farinha e serraria movidas por água, grande estribaria e fôrno para 150 fôrmas, quase tudo de pedra e cal, em perfeito estado de conservação. (...) A tratar, com Leal & Irmãos Rua do Márquez de Olinda n. 56.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Felipe da Fonseca e Candy - Casado com Anna Joaquina de Mattos
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Nobre de Almeida - (Mel). Professor de Português e Latim. Morador de Porto Calvo entre 1856/62. Falecido em 1867/Recife, com inventário no 2° Cartório do Juízo de Órfãos no qual aparece o sobrado da rua Augusta de n° 59, uma casa de 1/2 água na Rua das Carroças e 26 de 2 partes de terra no Engenho de Santa Cruz, antes Canavieiras, em Passo de Camaragibe, advindo por herança de sua mulher. Era possuidor, também, do sítio Bitingui, encapelado. Até hoje, 1993, existe uma capela de aparência antiga na Praia de Bitingui/AL. Casou, possivelmente, em Porto Calvo, com sua prima Luiza Olinda da Fonseca e Candy (Lulu) nascida em 1837/Recife e batizada na Matriz de Santo  Antônio. Filha do Boticário e proprietário do Engenho de Santa Cruz, Manuel Felipe da Fonseca e Candy e sua segunda mulher Anna Joaquina de Mattos. 
Proprietário/Morador/Rendeiro: Vicente Ferreira da Meira Lima – Último administrador do engenho Santa Cruz (antes Canavieira).

21.      Engenho Santa Cruz/ São Lourenço da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Cavalcanti de Petribu - Casado com Josefa Pessoa Guerra, filha de João Antônio Pessoa Guerra e Joaquina Gaião Pessoa Guerra.. Herdeira do Coronel João Cavalcanti de Petribú: a viúva Josefa Pessoa Guerra Cavalcanti de Petribú, junto aos seus 07 filhos maiores e oito menores. Em 1950, a Sociedade por Quotas de Responsabilidade Ltda., foi transformada em S/A, sendo D. Josefa sócia majoritária, com 50% do capital. Já com a saúde debilitada, veio a falecer, em 1953. Proprietário dos engenhos: Bom Jesus/Glória de Goitá; Cotunguba, Novo, Bonito/Nazaré da Mata; Santa Cruz/São Lourenço da Mata; Timbó, Itaenga ou Itanhenga, Sítio, Fortaleza/Paudalho; Petribu (depois Usina)/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Cavalcanti de Petribu (filho) - Casado com a herdeira do engenho Maria Rita Barata, prima, filha de Fernando Barata da Silva. Proprietário dos engenhos: Santa Cruz/São Lourenço da Mata; Volta do Cipó e Sítio/Paudalho.

22.      Engenho Santa Cruz/Jaboatão dos Guararapes
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel  Xavier Carneiro da Cunha - Casado com Ana Joaquina Lacerda Carneiro da Cunha(?).Filho de Manuel  Xavier Carneiro da Cunha. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues, FR: 4903; 4881; 4884; 4717. Rendeiro dos engenhos: Cajabussú e Cajabussuzinho/Cabo Santo Agostinho; Proprietário dos engenhos: Palmeira ou Santa Cruz/Jaboatão dos Guararapes

23.      Engenho Santa Cruz/Lagoa dos Gatos
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras Extrato de Laudo de Avaliação para fins de Reforma Agrária. Processo/ INCRA/SR-03/PE/N°54140.001205/2006-31. Imóvel: engenho São João, Santa Cruz e Bálsamo/Catende, Lagoa dos Gatos e Jaqueira. Área registrada (Ha): 1.085,0000. Exploração predominante: agricultura (cana-de-açúcar).

24.      Engenho Santa Cruz/Maraial
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras Decreto de 13 de outubro de 2006. Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, os imóveis rurais que menciona, e dá outras providências. Os engenhos... Santa Cruz/ Maraial;...

25.      Engenho Santa Cruz/Nazaré da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: Fernando Barata da Silva - Comissário de açúcar em Nazaré e Recife. Herdeira: sua filha Maria Rita Barata casada com João Cavalcanti de Petribu

26.      Engenho Santa Cruz/Palmares - O engenho fica localizado na entrada de Nazaré da Mata, a 60 km do Recife, é um fascinante destino cultural. Com sua Casa Grande e moita, o engenho recebe visitantes oferecendo pesque-pague, parque infantil e restaurante.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Augusto Freire - Coronel
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisca Dutra de Lima - Proprietária dos engenhos: Pau Ferro/Barreiros e Santa Cruz/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Elisiano
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Catende - Proprietária dos engenhos: Água Branca de Uraba/Quipapa; Bálsamo da Linha, Corubas/Jaqueira; Bálsamo das Freiras//Lagoa dos Gatos; Bamborel, Bela Aurora, Boa Sorte, Cana Brava, Harmonia, Milagre da Conceição, Monte Pio, Niterói, Ouricuri, Tabaiaré/Catende; Campinas, Capricho, Esperança. Granito/Palmares; Espírito Santo, Mangueira, Mãozinha, Palanqueta, Pastinho, Pasto Grande, Piragibe ou Piragybe, Pirangy ou Pirangi, Porto Seguro, Souza, Veloz, Venturoso, Vida Nova/Água Preta; Curupaiti ou Curupaity /Xexéu; Limão, Urucú ou Urussú/Escada; Monte Alegre/Gameleira; Paudalho/Paudalho; Santa Cruz/Rio Formoso.

27.      Engenho Santa Cruz/Panelas
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Gomes da Silva

28.      Engenho Santa Cruz/São Lourenço da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Cabral de Mello Cavalcante - Major. Dr. Casado com  Maria de Jesus de Souza Leão. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues, FR: 3744; 2484; 2486; 3745; e 4561 (Maria das Mercês de Souza Leão Cabral de Mello). Proprietário dos engenhos: Tanque das Flores/Timbauba; Serraria e Timbó/Jaboatão dos Guararapes; Santa Cruz/São Lourenço da Mata; Urucú ou Urussú/Escada

29.      Engenho Santa Fé/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Hermillo Peregrino David Madeira - Filho do Padre João David Madeira, um dos mártires da revolução de 1817.  Nasceu em 1831/sítio Canoas/engenho Catolé. Capitão, por portaria da Presidência, de 20/03/1865. Em 27/04 embarcou David Madeira para o Uruguai, fazendo parte do 1º Batalhão de Voluntários da Pátria, o qual passou a ter no Exercito o nº 11. Proprietário do engenho Santa Fé e Catolé/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joaquim de Sousa Leão - Barão (Dec. 09.08.1884) e Visconde (Dec. 10.04.1867) de Campo Alegre. Major Comandante de Secção de Guerra da Guarda Nacional; Comendador da 1ª Ordem da Rosa e da Real Ordem de Cristo e de N. S. da Conceição de Vila Viçosa de Portugal. Nasceu em 1818/Pernambuco e faleceu em 1900. Filho do Tenente-Coronel Filipe de Souza Leão e de Rita de Cássia Pessoa de Mello. Casou-se com sua prima Francisca de Souza Leão, filha do Comendador Antonio de Paula de Souza Leão e de Teresa Victorina Bezerra da Silva Cavalcanti. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues, FR: 2563; 2558; 2561; 2564; e 3676.  Proprietário dos engenhos: Moreno depois N. Senhora da Apresentação, Brejo/Moreno, Algodoáis, Bom Fim; Caramurú, Santa Fé/Água Preta; Gaibú, Ilha das Cobras, Serraria, Tirirí, Boa Vista, Jurissaca/Cabo de Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Pumaty Proprietária dos engenhos: Alegrete, Cuiambuca, Parol, Santa Fé e Solidão/Água Preta; Colombo, Pumaty/Palmares; Cucaú ou Cucahú/Sirinhaém.

30.      Engenho Santa Fé/Nazaré da Mata - Em Nazaré da Mata, a 74 km da capital pernambucana, foi implantado o programa de turismo rural no Engenho. Construído no início do século 20 para a produção de açúcar mascavo e aguardente. O conjunto arquitetônico do Engenho Santa Fé é composto de casa grande, moita, casa de purgar e casario conjugado, construídos em meados do século 20. Hoje nas terras do engenho funciona um pesque-pague, controle de produção de peixe e pescaria em açude, com restaurante e pousada rural.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Erivaldo Azevedo de Araújo - Presidente do Consórcio engenho do Norte, firmado entre o Governo do Estado e os proprietários dos engenhos: Santa Fé, Várzea Grande, Ventura, Bonito, Cavalcanti e Iguape/Nazaré da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: João David Madeira - Padre. Um dos mártires da revolução de 1817. Pai de Hermilo Peregrino David Madeira, vice-presidente da Câmara Municipal de Água Preta. Participou como voluntário, da Guerra do Paraguai, integrando o 11º Batalhão de Voluntários da Pátria, ferido várias vezes, até morrer em combate, no dia 08-10-1866. Casado com Maria Francisca Doperron Madeira. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-3095. Proprietário dos engenhos: Catolé/Água Preta e Santa Fé/Palmares.
Ocupado pelos sem terras em 17/04/2000, ligados ao MST.

31.      Engenho Santa Helena/Água Preta - Engenho  com casa grande do tipo dos Bungalows, pequenos e com alpendres laterais, tem cerca de 31 casas remanescentes, entre estas as dos engenhos: Camarão, Poço das Antas, Guarani, Santa Helena e Ilha Grande, todas em Água Preta (2009).
Proprietário/Morador/Rendeiro: Grupo Votorantim – Proprietária dos engenhos: Gongançary/Igarassu; Santa Helena/ Água Preta e Tiúma/São Lourenço da Mata.

32.      Engenho Santa Lúcia/Gameleira (Ipojuca?)
Proprietário/Morador/Rendeiro: Miguel A. da Fonseca Galvão
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Paes Velho Barreto – Nascido em 1544/PT e falecido em 1617. Filho de Antonio Velho Barreto. Em 1560, já era o Morgado de Nossa Senhora da Madre de Deus do Cabo Santo Agostinho, vinculando o engenho Madre de Deus, depois engenho Velho. Casado com Inês Tavares Guardez, filha de Francisco de Carvalho de Andrade, engenho São Paulo/Várzea do Capibaribe, que ao casar levou como dote os engenhos: Madre Deus ou Velho, Guarapu, Algodoais, Trapiche, Guerra, Ilha, Santo Estevam e Jurissaca; este último vinculou-o a Catarina Barreto, sua filha. Deve ter chegado ao Brasil em 1557. Fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem de Cristo. Prestou serviços durante a colonização da PB e RN. Fundou o 1º engenho do Cabo Santo Agostinho, em 1580. Foi um dos heróis da defesa do forte real do Bom Jesus - Arraial Velho; em 1635, caiu prisioneiro dos holandeses. Forçado a abandonar sua casa e as suas 12 propriedades agrícolas, conseguindo retirar 350 e  muito gado. Fugiu, em 1635, com Matias de Albuquerque, com os seus irmãos Estevão, Cristóvão, Miguel, Diogo, Antônio. Filipe e Catarina Barreto, viúva de Luís de Sousa, os quais também abandonaram as suas casas e fazendas. Em 1637 foram os seus bens, confiscados pelos holandeses; um engenho foi vendido a Julião Paes de Altero e os engenhos: Velho e Guerra por 70.000 florins, quantia elevadíssima nessa época, o que demonstra o valor de tais propriedades. Naquele mesmo ano acompanhou Paes Barreto o exército em sua retirada para a Bahia, mas chegando à cidade de S. Cristóvão, capital de Sergipe, embarcou para a Europa em comissão oficial. Por seu falecimento o seu primogênito Francisco Paes Barreto  tornou-se o Morgado do Cabo. Proprietário dos engenhos: Algodoais, Garapu, Guerra, Jurissaca, Novo, Pirapama, São Braz Coimbero, Santo Estevão, Utinga, Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição/Cabo Santo Agostinho; Jacaré/ Goiana; Santa Lúcia, Velho ou Santo  Antônio dos Montes/Ipojuca; Santo André/Muribeca- Jaboatão dos Guararapes e o Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven ou Várzea do Capibaribe/Recife. Curiosidades: Refere Borges da Fonseca que, anos depois, exerceu o cargo de Comissário Geral da Cavalaria do nosso exército, "posto exercido também em Madrid, quando foi mandado pelo Conde de Bagnuolo à dita corte no ano de 1637, representando  El-rei D.Filipe, que era o 3º de Portugal". Enquanto não voltou à pátria, refere Loreto Couto: Paes Barreto serviu em Flandres, onde em várias ocasiões deu mostras de seu valor e esforço. As suas terras terminaram depois doadas ao filho dele, Cristóvão Paes Barreto.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Paes Cabral
Proprietário/Morador/Rendeiro: Julião Paes d’Altro - Fugiu do Matias de Albuquerque. Falecido entre os luso-brasileiros. Seus engenhos foram confiscados pelos holandeses. Proprietário dos engenhos: Santa Luzia, São Brás Coimbero, Utinga e São José/Cabo de Santo Agostinho

33.      Engenho Santa Luzia/Catende
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre proprietários e/ou moradores
Ocupado pelos sem terras Extrato de Laudo de Avaliação para fins de Reforma Agrária. Processo/ INCRA/SR-03/PE/N°54140.002780/2005-70. Imóvel: engenho..., Santa Luzia, Lajedo,..., Independência ou Jatobá e São Francisco/Catende, Água Preta e Palmares. Área registrada (Ha): 7.315,9200. Exploração predominante: agricultura (cana-de-açúcar).

34.      Engenho Santa Luzia/Ipojuca - Engenho movido à água, localizado próximo à sede do município de Igarassu. Segundo relado do holandês Adriano Verdonck os engenhos utilizavam uma média de 60 escravos e muito açúcar, que eram conduzidos através de barcos, que com a invasão holandesa, foram confiscados e vendidos. Segundo relatos de Pereira da Costa, o engenho era de construção recente, sem maior valor histórico ou arquitetônico, mas simpático e bem conservado. Desde o seu alpendre se vislumbra o casario e o cruzeiro de um dos principais morros da cidade, localizado em frente à casa grande.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Cristóvão Paes Barreto – Capitão-mor do Cabo de Santo Agostinho. Fidalgo Cavaleiro da Ordem de Cristo. Nascido no Cabo de Santo Agostinho. Filho de João Paes Velho Barreto e Inez Tavares Guardez. Casado com Margarida de Melo (09 filhos), filha de João Gomes de Mello e Anna de Hollanda. Proprietário dos engenhos: Algodoais, Garapu, Guerra, Jurissaca, Novo, Pirapama, São Braz Coimbero, Santo Estevão, Utinga, Trapiche/Cabo de Santo Agostinho; Jacaré/Goiana; Santa Luzia, Velho ou Santo Antônio dos Montes/Ipojuca; Santo André/Muribeca e o Santo Antonio/Recife. Curiosidades: Mulheres nobres procuraram acolhimento no recolhimento em Olinda, como Maria da Trindade, Ana de Mello Barreto, naturais do Cabo de Santo Agostinho, filhas de Cristóvão Paes Barreto e Margarida de Mello, consideradas como virtuosas e dedicadas em exercícios espirituais e na aplicação de seus cabedais para a abastança da casa. Viveram recolhidas até a morte de ambas, que ocorreu em 1626.

35.      Engenho Santa Luzia/Timbauba - Confiscado e vendido a Amador de Araújo; é de água e de fogo vivo. O engenho foi fundado por Gonçalo Novo de Lira que depois construiu, em suas terras, o engenho Nossa Senhora da Piedade de Araripe ou Araripe de Cima, sob a invocação do Espírito Santo. O engenho Santa Luzia está localizado próximo à sede do município; de construção recente, sem maior valor histórico ou arquitetônico, mas simpático e bem conservado e, sobretudo, que possui uma localização estratégica em relação à cidade de Timbauba. Desde o seu alpendre se vislumbra o casario e o cruzeiro de um dos principais morros da cidade, localizado em frente à casa grande
Proprietário/Morador/Rendeiro: Ambrósio Machado – Capitão-mor; governador do Rio Grande do Norte (1616 até 1619); participou da Restauração Pernambucana. Em 1635, durante a invasão holandesa, abandonou seus engenhos e refugiou-se na Bahia. Casado com Maria da Glória Pimentel (?). Em 1654, seus engenhos foram confiscados pelos holandeses. Mais tarde, partes dessas terras passaram para o herói da guerra contra os holandeses João Fernandes Vieira, através de ocupação comandada por um dos seus ajudantes de ordem, o capitão João Cordeiro de Mendanha. Proprietário dos engenhos: Ambrósio Machado, depois Cordeiro; Três Reis Magos ou Straetsburch/Recife; e Santa Luzia/Timbauba
Proprietário/Morador/Rendeiro: Gonçalo Mendes Leitão - Português. Filho de Francisco Correia de Lira e de Maria Borges Pacheco. Recebeu o engenho como dote ao se casar com Antônia de Albuquerque, filha de Jerônimo de Albuquerque. Em 1555, inaugura o engenho Paratibe de Baixo (depois engenho Paulista), e em 1559, com a benção do irmão D. Pedro Leitão (2º bispo do Brasil), inaugura também, uma igreja Santo Antônio, no Jardim Paulista, próxima ao Rio Paratibe. Antônia de Albuquerque, já viúva, vendeu algumas terras de Paratibe e assim sucessivamente veio a retalhar-se a propriedade e cair no domínio de vários possuidores. Proprietário dos engenhos: Espírito Santo, Paratibe de Cima e de Baixo (depois engenho Paulista), Araripe de Cima ou N. Senhora da Piedade de Araripe/Igarassu e Santa Luzia/Timbauba.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Gonçalo Novo de Brito - Filho de Francisco Correia de Lira e de Maria Borges Pacheco. Casado com Jerônima da Cunha. Sucedeu seu pai na propriedade do engenho, que antes tinha pertencido ao seu tio Gonçalo Novo de Lira, que fundou o engenho de N. S. da Piedade de Araripe, nas terras do partido do engenho do Espírito Santo e Santa Luzia que lhe coube em legítima. Seu irmão, Francisco Correia de Lira e depois o filho deste, Gonçalo Novo de Brito, sucederam no senhorio do referido engenho. Proprietário dos engenhos: Araripe de Cima ou Nossa S. da Piedade de Araripe/Igarassu e o Santa Luzia/Timbauba.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Gonçalo Novo de Lira - Natural da Ilha da Madeira, Chegou a Pernambuco com Duarte Coelho. Casado 1ª núpcias com Isabel Lira, portuguesa. Filhos: Gonçalo, Gaspar, João Dias e Maria; e (2º), em 1620, com Maria Tavares, filha de Francisco Tavares. Filhos: Gonçalo (o ruivo), Gaspar, João, Francisco e Maria Nova Lira. Fiscal do Santo Ofício, em 1600; Escabino por Igarassu, em 1640; Procurador do Povo - participou da guerra holandesa; devedor da WIC; ficou do lado dos holandeses. Proprietário dos engenhos: Espírito Santo, Araripe de Cima ou N. Senhora da Piedade de Araripe/Igarassu;  e Santa Luzia/Timbauba.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Correia de Lira - Casado com Maria Borges Pacheco, paraibana, filha de João de Souto de Ana Rocha. Francisco Correia de Lira sucedeu seu pai Gonçalo Novo de Lira e sua mãe Isabel Lira; que levantou o engenho de N. S. da Piedade de Araripe, nas terras do partido do engenho do Espírito Santo e Santa Luzia que lhe coube em legítima. Herdeiro: seu filho Gonçalo Novo de Brito. Proprietário dos engenhos: Araripe de Cima, N. Senhora da Piedade de Araripe, Espírito Santo, Santa Luzia/Igarassu.

36.      Engenho Santa Madalena/Recife
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Fernandes Vieira - Nasceu em 1610/Funchal/Ilha da Madeira/PT e faleceu em 1681/Olinda, em 1886 seus restos mortais foram descobertos na igreja do Convento de Olinda; em 1942, e foram trasladados para a Igreja de N. Senhora dos Prazeres dos Montes Guararapes/Recife. Filho ilegítimo de Francisco de Ornelas Muniz e uma mulher humilde. Fugiu para o Pernambuco/Brasil, em 1620, com dez anos de idade. Mudou o seu nome de Francisco de Ornelas para João Fernandes Vieira. Trabalhou como auxiliar de açougue; feitor; voluntário da guerra, durante a invasão holandesa, defendendo os portugueses no Forte de São João, 1630. Ficou rico graças aos seus esforços e as doações que recebeu do seu patrão: Affonso Rodrigues Serrão, e pela amizade com o Conselheiro Político e proprietário de engenho o holandês Jacob Stachhouwer. Em 1639, foi indicado para o cargo de Escabino de Olinda e de Escabino de Maurícia (Recife), 1641/1643. Casou-se, em 1643, com Maria César, filha de Francisco Bereguer de Andrada e de Joana de Albuquerque. Passou a ter o apoio da comunidade luso-brasileira e a confiança do governo holandês (colaborador e conselheiro). Era um dos maiores devedores da Companhia das Índias Ocidentais, com uma dívida, em 1642, estimada em 219.854 florins. Quando a insatisfação dos senhores de engenho de Pernambuco se intensificou, após a partida do Conde Maurício de Nassau, em 1644, Vieira percebendo as vantagens a serem alcançadas com a expulsão dos holandeses, se afastou dos flamengos. Participou da Batalha das Tabocas/Vitória de Santo Antão, em 03/08/1645 e da  Batalha de Casa Forte, no dia 17/08, do mesmo ano. Após a tomada do engenho Casa Forte, Vieira voltou com seus homens ao seu engenho São João/Várzea, e de lá iniciou um sistema de estâncias militares, fortificações onde pudessem estar seguros e guardar pólvora e munições de guerra. Participou das duas Batalhas dos Guararapes, sob o comando do general Barreto de Meneses, nos dias 19/04/1648 e 19/02/1649. Como recompensa pelos serviços prestados na guerra foi nomeado Governador da Paraíba (1655-1657) e lhe concedido o posto de Capitão General do Reino de Angola (1658-1661). Exerceu também o cargo de Superintendente das Fortificações do Nordeste do Brasil, 1661/1681. Vieira encomendou a frei Rafael de Jesus um livro para contar sua vida, exaltando seus feitos. Proprietário de muitos escravos e de 16 engenhos na Paraíba: Ilhetas; Cumaúpam Inhobim ou dos Santos Cosme e Damião, Inhaman; e em Pernambuco: Tibiri de Cima e de Baixo/Rio Formoso; Santos Cosme e Damião, Santo Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven ou Várzea do Capibaribe, Santa Madalena, Meio, Ambrósio Machado, depois Cordeiro/Recife; São João, Molinote/Cabo de Santo Agostinho; Jaguaribe/Abreu e Lima; São Gabriel/Barreiros; Santo  André, Santana/Jaboatão dos Guararapes; São Francisco/Água Preta, Paulista, Paratibe de Baixo, Maranguape, Paratibe de Cima ou  Riba (depois engenho Paulista)/Igarassu; Abreu/Nazaré da Mata

37.      Engenho Santa Maria/Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 2001. Desapropriado.

38.      Engenho Santa Maria/Jaboatão dos Guararapes - Um documento holandês de 1637 relaciona, em Jaboatão dos Guararapes, Santo André e Santa Maria que pertenceram a Antonio de Sá Cavalcante Lins e por se encontrar ausente foi confiscado e vendido a Gaspar Dias Ferreira.  Engenho movido a bois e de fogo vivo.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio de Sá Cavalcante Lins - Capitão mor da Muribeca; Coronel do Reg. de Cavalaria de Itamaracá; Fidalgo da Casa Real; participou da Guerra dos Mascates. Viveu sempre no engenho Megáo. Filho de José de Sá de Albuquerque e de Maria da Fonseca Cristiana. Segundo o seu testamento, datado de 12/1/1734, foi casado com Joana de Ornelas, filha de Baltasar de Ornelas Valdevez, natural da Ilha da Madeira, e de sua 2ª esposa Maria de Castro. Com fotografia: Col. Francisco Rodrigues; FR-2616. Proprietário dos engenhos: Campo Alegre do Sul/Vitória Santo Antão; Santa Maria, Santo André; Novo da Muribeca/Jaboatão dos Guararapes-Muribeca; São José e Velho Beberibe (Enkalchoven), Santo Antônio da Várzea/Recife; Almécega/Água Preta; Gurjaú ou Grojaú/Cabo Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Gaspar Dias Ferreira – Português. Judeu. Radicado em Pernambuco desde 1628. Presidente da câmara de Olinda; Escabino do Recife em 1637, 1639 e 1640. Filho de Pedro Dias Ferreira, assassinado em 1654. Um dos devedores da WIC; naturalizou-se holandês e foi com Nassau para os Países Baixos, em 1644; foi considerado traidor. Proprietário dos engenhos: Novo, Santo André, Santa Maria/Jaboatão dos Guararapes, Campo Alegre do Sul/Vitória Santo Antão.  Curiosidades: É sabido que João Maurício de Nassau teve a maior intimidade com três portugueses durante o seu governo do Brasil; um deles foi Gaspar Dias Ferreira (judeu), seu homem de negócios "que tratava de grangear sua vida e de fazer ricos aos holandeses à custa da fazenda e do sangue dos compatriotas" escreve Fr. Manuel Calado, a apontá-lo como pavoroso larápio. Curiosidade: Relata frei Manuel Calado, o episódio envolvendo denúncia contra a senhora-de-engenho Jerônima de Almeida, mulher de Rodrigo de Barros Pimentel, que, para se livrar de um falso testemunho do seu escravo, teve que entregar a Gaspar Dias Ferreira (testa-de-ferro de Nassau em negócios escusos) noventa caixas de açúcar. Curiosidade: De 27/08 a 4/9/1640, o conde Maurício de Nassau querendo sentir a opinião de seus jurisdicionado, convocou uma Assembléia de conteúdo inegavelmente democrático. Dela participaram numerosos proprietários de engenhos representando suas freguesias: Gaspar Dias Ferreira, a cidade Maurícia; Arnau de Holanda, São Lourenço da Mata; João Fernandes Vieira, a Várzea; Manuel Paes, o Cabo de Santo Agostinho; Amador de Araújo, Ipojuca; F. Fernandes Araújo, Sirinhaém; Antonio Bulhões, Jaboatão dos Guararapes; Fernão do Vale, Muribeca; Gonçalo Novo de Lira, Igarassu; Rui Vaz Pinto, Itamaracá; Antonio Pinto de Mendonça, a Paraíba e Francisco Rabelo, Porto Calvo, Santo André e Novo, de Antônio de Sá e Albuquerque e vendidos a Gaspar Dias Ferreira; participou da guerra dos mascates. Curiosidade:  Registro Provisões do Conselho Ultramarino Lisboa, 20/10/1650. Sobre determinar-se que Gaspar Dias Ferreira não seja desapossado de 2 engenhos que tem em Pernambuco, sem ser ouvido. A. H. U., Códice 92, fl. 157.

39.      Engenho Santa Rita/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Calixto Teixeira de Carvalho - Rendeiro

40.      Engenho Santa Rita/Paudalho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Ferreira da Costa Azevedo - Filho de Matias Alves Ferreira (engenho Trapuá/Tracunhaem). Casado com sua prima, Ana Malta da Costa Azevedo. Desde pequeno deram-lhe o apelido de “Tenente”. Pouco feito aos estudos, começou a sua vida como Feitor do engenho do pai. Seu cunhado João Antônio da Costa Azevedo, ofereceu-lhe o arrendamento do engenho Diamante.  Deixa o engenho e arrenda o engenho Camazaral/Nazaré (03 anos), cujo proprietário era João Hermógenes. Adquire o engenho Utinga, e em 04 anos se transforma em grande fornecedor de lenha da Great Western, empresa de transporte ferroviário. Com os lucros compra o engenho Rodízio/Pau d’Alho e se torna fornecedor de cana da Usina Mussurepe. Na Paraíba adquire a Usina Cumbe, depois Santa Rita, (05 anos), que estava abandonado por seus proprietários e de fogo morto. Entra como sócio da Mendes. Lima & Cia, proprietária da Usina Catende/Catende. Dessa sociedade faziam parte as Usinas Mussurepe e São José e a firma comissária de açúcar A. Oliveira & Irmão. Rendeiro dos engenhos Diamante/Catende, e Camazaral/Nazaré da Mata; Proprietário dos engenhos: Utinga/Cabo de Santo Agostinho; Santa Rita, Rodízio/ Paudalho; da Usina Cumbé, Mssurepe e São José; sócio da Mendes. Lima & Cia, proprietária da Usina Catende/ Catende.

41.      Engenho Santa Rita/São Lourenço da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: Odon Lins dos Santos - Rendeiros dos engenhos: Água Fria e Santa Rita/São Lourenço da Mata

42.      Engenho Santa Rita/Sirinhaém
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Batista da Conceição
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Cavalcante Pessoa de Mello

43.      Engenho Santa Rosa/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Filipe Cavalcanti – Fidalgo florentino, já residia em Pernambuco desde 1556. Casou-se com Catarina de Albuquerque, filha de Jerônimo de Albuquerque com a índia Maria do Espírito Santo Arcoverde, legitimada por concessão régia. Desta união provém a família Cavalcanti de Albuquerque. Recebeu uma concessão de terras de Duarte Coelho de Albuquerque (2º Donatário), com 01 légua de terra em quadro, contíguas às terras de João Paes Barreto e alcançavam as duas margens do rio Arassuagipe, atual Pirapama. Fundou o engenho Santa Rosa, em 1556, e depois os engenhos: Santana e Utinga/Cabo de Santo Agostinho. O engenho Santa Rosa atualmente pertence a Usina Salgado e fica localizado em Ipojuca.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Caetano Gomes Bom – Co-proprietário
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Salgado. Com área de 113.251,65m.

44.      Engenho Santa Rosa/São Lourenço da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: Austregésilo Leão da Costa - Capitão

45.      Engenho Santa Teresa/Timbauba
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel do Rego Cavalcanti de Albuquerque - Casado com Rosa Isabel. Proprietário dos engenhos: Boca da Mata/Sirinhaém e rendeiro do Santa Teresa/Timbauba

46.      Engenho Santa Thereza/Água Preta - Engenho Santa Thereza localizado às margens do rio Jacuípe, na divisa de Pernambuco e Alagoas
Proprietário/Morador/Rendeiro: Aristides David Madeira - Dr. Casado com Ana Correia de Almeida, filha de Herculano Antônio José Marroquim e Francisca Correia de Almeida. Proprietário dos engenhos: Gabinete e Santa Teresa/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Pessoa de Queiroz - Sobrinho do Presidente do Brasil (1922) Epitácio Pessoa. Comerciante de grosso e varejo; Presidente do Instituto do Açúcar e do Álcool. Proprietário do engenho Santa Thereza. Em 1929, comprou uma usina, de fabricação americana, muito eficiente, se tornando em 1930 a 3º usina em capacidade do País.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Luiz Mascarenhas - Alfaiate, que enriquecido se tornou um industrial de açúcar

47.      Engenho Santana de Pau Branco/Sirinhaém
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Miguel Viana Pimentel

48.      Engenho Santana Jacirú/Sirinhaém
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Vicente Vieira Cavalcante - Co-proprietário. Proprietário dos engenhos: Santana e Jacirú/Sirinhaém

49.      Engenho Santana ou Bamborel/Catende
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras Decreto de 13 de outubro de 2006. Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, os imóveis rurais que menciona, e dá outras providências. Os engenhos..., Santana ou Bamborel/Catende e Maraial...

50.      Engenho Santana ou Mirandinha/Goiana - Casa grande (reconstruída, com as mesmas características, no local da original), capela e moita do engenho na lista dos bens naturais e culturais – tangíveis da mata norte
Proprietário/Morador/Rendeiro: Augusto Rabelo – Co-proprietário com seu irmão Fernando Rabelo. Curiosidade: Fernando Rabelo ao chegar aqui, a primeira notícia que ele recebeu, foi de que três mil toneladas de cana de sua propriedade, conhecida por Engenho Santana ou Mirandinha, tinham sido incendiadas. E ele, que é um fornecedor médio que até, então, não tinha moído mil toneladas, teve que se deslocar para a sua propriedade, para ver se conseguia colher a maior quantidade de cana; o incêndio que começou no Engenho Mirandinha, passou para o Miranda, do qual eu sou um dos donos, e que é explorado pelo meu irmão Augusto, queimando, também, cerca de 900 toneladas. Ata da Centésima Quadragésima Sexta Reunião Ordinária da Terceira Sessão Legislativa da Oitava Legislatura. Realizada em 1º de dezembro de 1977

51.      Engenho Santana/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Felipe Benício Alves Ferreira - Tenente-Coronel. Proprietário dos engenhos: Pereirinha e Santana/Água Preta e Espírito Santo/ Rio Formoso
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Audifax Carneiro de Albuquerque - Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-368; FR-369
Proprietário/Morador/Rendeiro: Mendes, Lima & Cia - Antonio Fernandes Ribeiro foi o fundador da firma "Barros, Mendes & Cia", em sociedade com os portugueses: João José Rodrigues Mendes e Gonçalo Alfredo Alves Pereira, sucedida por "Mendes, Lima & Cia, ao brasileiro José Adolpho de Oliveira Lima. A firma iniciou suas atividades comerciais com a compra de bacalhau, e depois como importadora do mesmo produto. Anos depois interessou-se pela atividade açucareira como comissária e exportadora de açúcar, que adquiria por financiamento antecipado a Engenhos e Usinas. Desse modo conseguiu acumular considerável patrimônio, por compra, ou em ressarcimento daquelas unidades incapazes de saldarem seus compromissos, conforme observa-se pelo levantamento do ativo da empresa por ocasião do inventário procedido com o falecimento do sócio Joaquim Lima d'Amorim que ingressara na firma em 1900, e cujos bens estavam assim arrolados as Usinas: Perseverança e engenhos; Trapiche; Ubaquinha; engenhos:  Camaragibe, Jaciru, Cachoeira Nova, Cachoeira Velha , Anjo, Palma, Ubaca, Ubaquinha, Xanguá, Sapucaia, Sibiró do Cavalcanti, Porto Alegre, Gindaí ou Gindahi/Sirinhaém; Jardim/Catende; Jacaré/Goiana; Laje Nova/Palmares; Santana, Mangueira/Água Preta; Sirinhaém depois Todos os Santos, São Brás Coimbero/Cabo de Santo Agostinho; São Domingos/Barreiros; Fluminense; Rosário; Canto Escuro; Trapiche; e Machado.
Ocupado pelos sem terras Extrato de Laudo de Avaliação para fins de Reforma Agrária. Processo/ INCRA/SR-03/PE/N°54140.002790/2005-13. Imóvel: engenho Santana e Bamborel/Catende e Maraial. Área registrada: 761,0000 Ha. Exploração predominante: agricultura (cana-de-açúcar).

52.      Engenho Santana/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Filipe Cavalcanti – Fidalgo florentino, já residia em Pernambuco desde 1556. Casou-se com Catarina de Albuquerque, filha de Jerônimo de Albuquerque com a índia Maria do Espírito Santo Arcoverde, legitimada por concessão régia. Desta união provém a família Cavalcanti de Albuquerque. Recebeu uma concessão de terras de Duarte Coelho de Albuquerque (2º Donatário), com 01 légua de terra em quadro, contíguas às terras de João Paes Barreto e alcançavam as duas margens do rio Arassuagipe, atual Pirapama. Fundou o engenho Santa Rosa, em 1556, e depois os engenhos: Santana e Utinga/Cabo de Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pedro Gomes de Moura – Co-proprietário

53.      Engenho Santana/Jaboatão dos Guararapes - O engenho Santana/Jaboatão dos Guararapes, localizado no bairro de Sucupira, nas margens do Rio Jaboatão e próximo à linha férrea. É um marco histórico e um dos engenhos mais antigos do município. Era engenho movido a água. Composto por um conjunto formado pela casa-grande, capela, vila dos moradores, sede da administração, escola e moita. A casa-grande foi construída em um só pavimento em estilo eclético. Feita em alvenaria de tijolos, possui bom estado de conservação, apesar das várias alterações que sofreu ao longo do século XX. A capela do engenho, com lápides dos proprietários e moradores do engenho, é anexa a casa-grande e se destaca pela beleza de suas linhas e curvas. Nela há uma placa informativa sobre o engenho. A vila de moradores é composta por várias casas simples com uma porta e uma janela na fachada, típicas das encontradas em zona rural. Em frente a casa-grande e próximo ao prédio da administração há ruínas do bueiro e da moita, ou seja, a antiga fábrica, que desabou nos anos 60. História: Após a expulsão dos índios Caetés que habitavam as terras da Ribeira do Jaboatão, Duarte Coelho de Albuquerque – donatário da Capitania começou a doar terras a fidalgos portugueses para que estes montassem engenhos: Em 1565, Gabriel de Amil recebe a 1º sesmaria da região de Jaboatão: 500 braças de terras (1,1 km) localizadas no Vale do Rio; em 1572, vende as terras a Gabriel Prestes que revende as terras a Jorge de Albuquerque, irmão de Duarte Coelho, que vende aos portugueses Simão Falcão de Sousa que levanta o engenho, em 1576, e o doam a Lopo Soares como dote nupcial. Em 1635, pertencia a João Fernandes Vieira, um dos líderes da Insurreição Pernambucana - nas matas existentes em sua terra, ocorreram muitas reuniões onde foram traçados os planos para expulsar os holandeses do Brasil - Restauração Pernambucana. Durante a invasão holandesa o engenho, de fogo morto, foi confiscado e vendido a Jacob Stachhouwer e Nicolaes de Ridder. Depois pertenceu a Francisco Casado da Fonseca. No início do século XX, o engenho pertencia ao Coronel Manoel Carneiro Leão. Posteriormente, pertenceu a Maria Anna Carneiro Leão (Nita), filha única e herdeira de Manoel e Joanna Carneiro Leão. Nessa época o engenho já estava de fogo morto, pois as atividades realizadas eram a pecuária, a mineração (extração de rochas para a construção civil) e suas canas exploradas pela Usina Jaboatão. No século XXI, o engenho passa a pertencer aos (08) herdeiros de Antônio e Maria Anna Carneiro de Novaes. Declarado de interesse social, Diário Oficial de 14/10/1998. Ficando para os herdeiros: a casa-grande, a capela, casas de moradores e seu entorno. Hoje está entregue, através de um Contrato de Comodato, à Comunidade Católica Obra de Maria, onde consta como um dos principais itens a conservação dos imóveis da propriedade.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Gabriel de AmilRecebeu uma sesmaria de Duarte Coelho, em 1572, com 500 braças de terras (1,1km) localizada no vale do Rio Jaboatão. Revendeu as terras ao irmão de Duarte Coelho: Jorge de Albuquerque.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Gabriel Prestes. Comprou as terras de Gabriel de Amil, em 1573
Proprietário/Morador/Rendeiro:Jorge de Albuquerque Coelho. Comprou as terras a Gabriel Prestes. Casado em 1ª núpcias com Maria da Cunha e em 2ª com Ana da Silva, filha de Álvaro da Cunha Coutinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Simão Falcão. Casado com Catarina Paes. Adquiriu o engenho e depois o doou a Lopo Soares como dote nupcial, em 1567.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Lopo Soares. Recebeu o engenho de Simão Falcão e de sua esposa Catarina Paes, como dote nupcial.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Cavalcanti de Albuquerque Vidal - Fidalgo da Casa Real e professo na Ordem de Cristo. Casado com Águeda de Barros. Proprietário dos engenhos: Santana e Maria Pessoa/Jaboatão dos Guararapes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Jacob Stachhouwer - Cristão Novo. Capitão de Cavalaria; Conselheiro Político no Brasil Holandês. Protetor e grande amigo de Fernandes Vieira que até 1638 foi o feitor-mor dos 03 primeiros engenhos de Stachhouwer em sociedade com Nicolaes de Rideer. Retornando Stachhouwer para Holanda, ficou Vieira "como seu procurador bastante", vindo depois assumir os débitos contraídos pelos dois sócios quando da compra das propriedades à Companhia das Índias Ocidentais, e posteriormente se declara dono de todos os bens de Jacob. Declara em 1640 ter 44 anos de idade. No clássico de Boxer sobre a ocupação holandesa, "The Dutch in Brazil", João Fernandes Vieira aparece dedurando ao comissário Jacob Stachouwer, em 1635, o lugar, no mato, onde um rico judeu português chamado Pantaleão Monteiro tinha enterrado um tesouro. É a prova de que Fernandes Vieira, nome de ruas e praças no Nordeste, foi colaboracionista, antes de ficar na história como herói dos Guararapes. Proprietário dos engenhos: Várzea, Meio, Stachhouwer /Recife, Santana/Jaboatão dos Guararapes, e Carlos Francisco.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Fernandes Vieira - Nasceu em 1610/Funchal/Ilha da Madeira/Pt e faleceu em 1681/Olinda, em 1886 seus restos mortais foram descobertos na igreja do Convento de Olinda; em 1942, e foram trasladados para a Igreja de N. Sra. dos Prazeres dos Montes Guararapes/Recife. Filho ilegítimo de Francisco de Ornelas Muniz e uma mulher humilde. Fugiu para o Pernambuco/Brasil, em 1620, com dez anos de idade. Mudou o seu nome de Francisco de Ornelas para João Fernandes Vieira. Trabalhou como auxiliar de açougue; feitor; voluntário da guerra, durante a invasão holandesa, defendendo os portugueses no Forte de São João, 1630. Ficou rico graças aos seus esforços e as doações que recebeu do seu patrão: Affonso Rodrigues Serrão, e pela amizade com o Conselheiro Político e proprietário de engenho o holandês Jacob Stachhouwer. Em 1639, foi indicado para o cargo de Escabino de Olinda e de Escabino de Maurícia (Recife), 1641/1643. Casou-se, em 1643, com Maria César, filha de Francisco Bereguer de Andrada e de Joana de Albuquerque. Passou a ter o apoio da comunidade luso-brasileira e a confiança do governo holandês (colaborador e conselheiro). Era um dos maiores devedores da Companhia das Índias Ocidentais, com uma dívida, em 1642, estimada em 219.854 florins. Quando a insatisfação dos senhores de engenho de Pernambuco se intensificou, após a partida do Conde Maurício de Nassau, em 1644, Vieira percebendo as vantagens a serem alcançadas com a expulsão dos holandeses, se afastou dos flamengos. Participou da Batalha das Tabocas/Vitória de Santo Antão, em 03/08/1645 e da  Batalha de Casa Forte, no dia 17/08, do mesmo ano. Após a tomada do engenho Casa Forte, Vieira voltou com seus homens ao seu engenho São João/Várzea, e de lá iniciou um sistema de estâncias militares, fortificações onde pudessem estar seguros e guardar pólvora e munições de guerra. Participou das duas Batalhas dos Guararapes, sob o comando do general Barreto de Meneses, nos dias 19/04/1648 e 19/02/1649. Como recompensa pelos serviços prestados na guerra foi nomeado Governador da Paraíba (1655-1657) e lhe concedido o posto de Capitão General do Reino de Angola (1658-1661). Exerceu também o cargo de Superintendente das Fortificações do Nordeste do Brasil, 1661/1681. Vieira encomendou a frei Rafael de Jesus um livro para contar sua vida, exaltando seus feitos. Proprietário de muitos escravos e de 16 engenhos na Paraíba: Ilhetas; Cumaúpam Inhobim ou dos Santos Cosme e Damião, Inhaman; e em Pernambuco: Tibiri de Cima e de Baixo/Rio Formoso; Santos Cosme e Damião, Santo  Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven ou Várzea do Capibaribe, Santa Madalena, Meio, Ambrósio Machado, depois Cordeiro/Recife; São João, Molinote/Cabo de Santo Agostinho; Jaguaribe/Abreu e Lima; São Gabriel/Barreiros; Santo  André, Santana/Jaboatão dos Guararapes; São Francisco/Água Preta, Paulista, Paratibe de Baixo, Maranguape, Paratibe de Cima ou  Riba (depois engenho Paulista)/Igarassu; Abreu/Nazaré da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel de Sousa d’Abreu – Encontrava-se ausente durante a invasão holandesa.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Casado da Fonseca - Nascido em 1803/Freguesia de São José dos Bezerros e falecido em 1887/Engenho Cavalheiro/Jaboatão dos Guararapes. Filho de Damião Casado de Lima II e de Ana Maria do Nascimento. Batizado como Francisco Casado de Lima tomando mais tarde o sobrenome Fonseca do seu avô, para diferenciar-se do tio e sogro, também Francisco Casado de Lima (Jr.). Casou-se, em 1832, com a prima em 2º grau Martinha Margarida (8 filhos).  Proprietário dos engenhos: Cavalheiro, Jangadinha, Caraúna, Guarani e Santana em Jaboatão dos Guararapes
Proprietário/Morador/Rendeiro: Maria Rita de Carvalho Soares Brandão
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Carneiro Leão - Coronel – Casado com Joanna Idelvita Mendes de Holanda Cavalcante, com foto na Col. Francisco Rodrigues FR-06519. Herdeiros: sua viúva e filha Maria Anna Carneiro de Novaes. Casada com Antônio Soares de Novaes Avelins. Proprietário dos engenhos: Jiqui, Arimunã e Recreio/Escada; Santana, Suassuna Mirim, Sucupema e Guarani/Jaboatão dos Guararapes
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio de Novaes Mello Avelins - Casado com Maria Anna Carneiro Leão, herdeira de seus pais Manuel e Joanna Idelvita Mendes de Holanda Cavalcante. Nasceu em 1898/engenho Pimentel/Cabo de Santo Agostinho e faleceu em 1978/Recife. Integrou o Partido Social Democrata (PSD) e o Partido Liberal (PL).  Foi prefeito do Recife, entre 1937/1945. Senador por dois mandatos (19/09/1946 a 31/011955 e 31/01/1955 a 31/01/1963). Ministro da Agricultura (1950/1951), durante o governo do presidente Eurico Gaspar Dutra, e Constituinte em 1946. No Senado, foi membro das Comissões de Relações Exteriores, Agricultura, Finanças e Transportes. Nessa época o engenho já estava de fogo morto, pois as atividades realizadas eram a pecuária, a mineração (extração de rochas para a construção civil) e suas canas exploradas pela Usina Jaboatão. No século XXI, o engenho passa a pertencer aos (08) herdeiros de Antônio Novaes Filho e Maria Anna Carneiro de Novaes. Proprietário dos engenhos: Jiqui, Arimunã e Recreio/Escada; Santana, Suassuna Mirim e Guarani/Jaboatão dos Guararapes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Jaboatão – Proprietária dos engenhos Jaboatãozinho; rendeira do Recreio, Santana e Suassuna Mirim/Jaboatão dos Guararapes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Herdeiros de Antônio e Maria Ana: Maria do Carmo (Nitinha) casada com Edvaldo Barreto Neves Baptista; Maria Idelvita (Ninita), casada com Guilherme Martins de Albuquerque; Afrânio, casado com Icléia; Telmo, casado com Teresa Moura; Gileno, casado com Maria; Regina, casada Leonardo Cavalcanti; Lourdes, casada com Eitel Nogueira de Sá; e Bueno Carneiro de Novaes. Depois de o engenho ser declarado de interesse social, Diário Oficial de 14/10/1998, seus herdeiros ficaram com a casa-grande, a capela, casas de moradores e seu entorno. Hoje está entregue, através de um Contrato de Comodato, à Comunidade Católica Obra de Maria, onde consta como um dos principais itens a conservação dos imóveis da propriedade.
Ocupado pelos sem terras em 10/01/97. Decreto de 13 de outubro de 1998 Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural denominado "engenho Santana", situado no Município de Jaboatão dos Guararapes dos Guararapes, Estado de Pernambuco, e dá outras providências. INCRA.

54.      Engenho Santana/Paudalho
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Franco Vieira de Mello

55.      Engenho Santo  Agostinho/Sirinhaém
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Pereira da Fonseca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Trapiche – Proprietários dos engenhos: Rosário/Cabo de Santo Agostinho; São José, Trapiche ou Bom Jesus/Sirinhaém

56.      Engenho Santo Amaro/Jaboatão dos Guararapes - A formação da Vila de Santo Amaro de Jaboatão dos Guararapes tem origem no próprio engenho Santo Amaro, o qual pertencia ao tal Belchior Luís.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Belchior Luís

57.      Engenho Santo  Amaro/Belém de São Francisco
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 1998 e em 08/05/2000, ligados a FETAPE

58.      Engenho Santo André/Jaboatão dos Guararapes - Por seu proprietário se encontrar ausente do engenho foi confiscado e vendido a Gaspar Dias Ferreira.  Engenho movido a água de fogo vivo. Em 1888 o governo federal criou a Colônia Barão de Lucena formada em terras dos antigos engenhos: Suassuna, Socorro, Santo André, Santo Antonio e parte do engenho Velho com uma área de 22 milhões de m2 a abrigarem colonos brasileiros e estrangeiros que se propunham a cultivar o solo, fazendo-o produzir. Os engenhos Santo André e Novo da Muribeca era proprietário o Capitão-Mor de Jaboatão dos Guararapes e Muribeca José de Sá e Albuquerque que faleceu, em 1711, em Olinda, com quase cem anos. Os engenhos e respectivas capelas, já pertenceram, em 1597, ao avô dele que tinha o mesmo nome, Cavaleiro da Ordem do Cristo, o vereador mais velho da Câmara de Olinda e fez parte do governo em 1597/1598, quando o bispo D. Antônio Barreiros governava inteiramente a capitânia. Seus filhos: Antônio de Sá e Albuquerque que por sua vez, tinha o mesmo nome do pai e do avô.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio de Sá Cavalcante Lins - Capitão mor da Muribeca; Coronel do Reg. de Cavalaria de Itamaracá; Fidalgo da Casa Real; participou da Guerra dos Mascates. Viveu sempre no Engenho Megáo. Filho de José de Sá de Albuquerque e de Maria da Fonseca Cristiana. Segundo o seu testamento, datado de 12/1/1734, foi casado com Joana de Ornelas, filha de Baltasar de Ornelas Valdevez, natural da Ilha da Madeira, e de sua 2ª esposa Maria de Castro. Com fotografia: Col. Francisco Rodrigues; FR-2616. Proprietário dos engenhos: Campo Alegre do Sul/Vitória Santo Antão; Santa Maria, Santo André; Novo da Muribeca/Jaboatão dos Guararapes-Muribeca; São José e Velho Beberibe (Enkalchoven), Santo Antônio da Várzea/Recife; Almécega/Água Preta; Gurjaú ou Grojaú/ Cabo Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Gaspar Dias Ferreira – Português. Judeu. Radicado em Pernambuco desde 1628. Presidente da câmara de Olinda; Escabino do Recife em 1637, 1639 e 1640. Filho de Pedro Dias Ferreira, assassinado em 1654. Um dos devedores da WIC; naturalizou-se holandês e foi com Nassau para os Países Baixos, em 1644; foi considerado traidor. Proprietário dos engenhos: Novo, Santo André,  Santa Maria/Jaboatão dos Guararapes, Campo Alegre do Sul/Vitória Santo Antão.  Curiosidades: É sabido que João Maurício de Nassau teve a maior intimidade com três portugueses durante o seu governo do Brasil; um deles foi Gaspar Dias Ferreira (judeu), seu homem de negócios "que tratava de granjear sua vida e de fazer ricos aos holandeses à custa da fazenda e do sangue dos compatriotas" escreve Fr. Manuel Calado, a apontá-lo como pavoroso larápio. Curiosidade: Relata frei Manuel Calado, o episódio envolvendo denúncia contra a senhora-de-engenho Jerônima de Almeida, mulher de Rodrigo de Barros Pimentel, que, para se livrar de um falso testemunho do seu escravo, teve que entregar a Gaspar Dias Ferreira (testa-de-ferro de Nassau em negócios escusos) noventa caixas de açúcar. Curiosidade: De 27/08 a 4/9/1640, o conde Maurício de Nassau querendo sentir a opinião de seus jurisdicionado, convocou uma Assembléia de conteúdo inegavelmente democrático. Dela participaram numerosos proprietários de engenhos representando suas freguesias: Gaspar Dias Ferreira, a cidade Maurícia; Arnau de Holanda, São Lourenço da Mata; João Fernandes Vieira, a Várzea; Manuel Paes, o Cabo de Santo Agostinho; Amador de Araújo, Ipojuca; F. Fernandes Araújo, Sirinhaém; Antonio Bulhões, Jaboatão dos Guararapes; Fernão do Vale, Muribeca; Gonçalo Novo de Lira, Igarassú; Rui Vaz Pinto, Itamaracá; Antonio Pinto de Mendonça, a Paraíba e Francisco Rabelo, Porto Calvo, Santo  André e Novo, de Antônio de Sá e Albuquerque e vendidos a Gaspar Dias Ferreira; participou da guerra dos mascates. Curiosidade: Registro Provisões do Conselho Ultramarino Lisboa, 20/10/1650. Sobre determinar-se que Gaspar Dias Ferreira não seja desapossado de 2 engenhos que tem em Pernambuco, sem ser ouvido. A. H. U., Códice 92, fl. 157.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Jan Heck e Jacob Coets - Dag. Notulen/1641.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Fernandes Vieira - Nasceu em 1610/Funchal/Ilha da Madeira/Pt e faleceu em 1681/Olinda, em 1886 seus restos mortais foram descobertos na igreja do Convento de Olinda; em 1942, e foram trasladados para a Igreja de N. Sra. dos Prazeres dos Montes Guararapes/Recife. Filho ilegítimo de Francisco de Ornelas Muniz e uma mulher humilde. Fugiu para o Pernambuco/Brasil, em 1620, com dez anos de idade. Mudou o seu nome de Francisco de Ornelas para João Fernandes Vieira. Trabalhou como auxiliar de açougue; feitor; voluntário da guerra, durante a invasão holandesa, defendendo os portugueses no Forte de São João, 1630. Ficou rico graças aos seus esforços e as doações que recebeu do seu patrão: Affonso Rodrigues Serrão, e pela amizade com o Conselheiro Político e proprietário de engenho o holandês Jacob Stachhouwer. Em 1639, foi indicado para o cargo de Escabino de Olinda e de Escabino de Maurícia (Recife), 1641/1643. Casou-se, em 1643, com Maria César, filha de Francisco Bereguer de Andrada e de Joana de Albuquerque. Passou a ter o apoio da comunidade luso-brasileira e a confiança do governo holandês (colaborador e conselheiro). Era um dos maiores devedores da Companhia das Índias Ocidentais, com uma dívida, em 1642, estimada em 219.854 florins. Quando a insatisfação dos senhores de engenho de Pernambuco se intensificou, após a partida do Conde Maurício de Nassau, em 1644, Vieira percebendo as vantagens a serem alcançadas com a expulsão dos holandeses, se afastou dos flamengos. Participou da Batalha das Tabocas/Vitória de Santo Antão, em 03/08/1645 e da  Batalha de Casa Forte, no dia 17/08, do mesmo ano. Após a tomada do engenho Casa Forte, Vieira voltou com seus homens ao seu engenho São João/Várzea, e de lá iniciou um sistema de estâncias militares, fortificações onde pudessem estar seguros e guardar pólvora e munições de guerra. Participou das duas Batalhas dos Guararapes, sob o comando do general Barreto de Meneses, nos dias 19/04/1648 e 19/02/1649. Como recompensa pelos serviços prestados na guerra foi nomeado Governador da Paraíba (1655-1657) e lhe concedido o posto de Capitão General do Reino de Angola (1658-1661). Exerceu também o cargo de Superintendente das Fortificações do Nordeste do Brasil, 1661/1681. Vieira encomendou a frei Rafael de Jesus um livro para contar sua vida, exaltando seus feitos. Proprietário de muitos escravos e de 16 engenhos na Paraíba: Ilhetas; Cumaúpam Inhobim ou dos Santos Cosme e Damião, Inhaman; e em Pernambuco: Tibiri de Cima e de Baixo/Rio Formoso; Santos Cosme e Damião, Santo Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven ou Várzea do Capibaribe, Santa Madalena, Meio, Ambrósio Machado, depois Cordeiro/Recife; São João, Molinote/Cabo de Santo Agostinho; Jaguaribe/Abreu e Lima; São Gabriel/Barreiros; Santo André, Santana/Jaboatão dos Guararapes; São Francisco/Água Preta, Paulista, Paratibe de Baixo, Maranguape, Paratibe de Cima ou  Riba (depois engenho Paulista)/Igarassu; Abreu/Nazaré da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Paes Velho Barreto - Nascido em 1544/PT e falecido em 1617. Filho de Antonio Velho Barreto teve muitos irmãos: Estevão, Cristóvão, Miguel, Diogo, Antonio, Filipe e Catarina. Em 1560, já era o Morgado de Nossa Senhora da Madre de Deus do Cabo Santo Agostinho, vinculando o Engenho Madre de Deus, depois engenho Velho. Casado com Inês Tavares Guardez, filha de Francisco de Carvalho de Andrade, senhores do engenho São Paulo, na Várzea do Capibaribe, que ao casar levou como dote os engenhos: Madre Deus ou Velho, Guarapu, Algodoais, Trapiche, Guerra, Ilha, Santo Estevam e Jurissaca; este último vinculou-o a Catarina Barreto, sua filha. Deve ter chegado ao Brasil em 1557. Fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem de Cristo. Prestou serviços durante a colonização da PB e RN. Fundou o 1º Engenho do Cabo Santo Agostinho, em 1580. Foi um dos heróis da defesa do forte real do Bom Jesus - Arraial Velho; em 1635, caiu prisioneiro dos holandeses. Forçado a abandonar a sua casa e as suas 12 propriedades agrícolas, conseguindo retirar 350 e  muito gado. Fugiu, em 1635, com Matias de Albuquerque, com os seus irmãos Estevão, Cristóvão, Miguel, Diogo, Antônio. Filipe e Catarina Barreto, viúva de Luís de Sousa, os quais também abandonaram as suas casas e fazendas. Em 1637 foram os seus bens, confiscados pelos holandeses; um engenho foi vendido a Julião Paes de Altero e os engenhos: Velho e Guerra por 70.000 florins, quantia elevadíssima nessa época, o que demonstra o valor de tais propriedades. Naquele mesmo ano acompanhou Paes Barreto o exército em sua retirada para a Bahia, mas chegando à cidade de S. Cristóvão, capital de Sergipe, embarcou para a Europa em comissão oficial. Por seu falecimento o seu primogênito Francisco Paes Barreto  tornou-se o Morgado do Cabo. Proprietário dos engenhos: Algodoais, Garapu, Guerra, Jurissaca, Novo, Pirapama, São Braz Coimbero, Santo Estevão, Utinga, Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição/Cabo Santo Agostinho; Jacaré/Goiana; Santa Lúcia, Velho ou Santo  Antônio dos Montes/Ipojuca; Santo André/Muribeca- Jaboatão dos Guararapes e o Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven ou Várzea do Capibaribe/Recife. Curiosidades: Refere Borges da Fonseca que, anos depois, exerceu o cargo de Comissário Geral da Cavalaria do nosso exército, "posto exercido também em Madrid, quando foi mandado pelo Conde de Bagnuolo à dita corte no ano de 1637, representando  El-rei D.Filipe, que era o 3º de Portugal". Enquanto não voltou à pátria, refere Loreto Couto: Paes Barreto serviu em Flandres, onde em várias ocasiões deu mostras de seu valor e esforço. As suas terras terminaram depois doadas ao filho dele, Cristóvão Paes Barreto.

59.      Engenho Santo  André/Rio Formoso
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Martins de Miranda – Co-proprietário
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Manuel de Moraes - Tenente-Goronel. Proprietário dos engenhos: Flecheiras Novas, São Francisco, Santo André/Sirinhaém

60.      Engenho Santo Antônio (parte do engenho Itapirema de Cima)/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: Inácio Xavier da Cunha Rabelo - Casado com Maria José da Cunha Rabelo. Proprietário dos engenhos: Santo Antônio (parte do engenho Itapirema de Cima) e São Salvador/Goiana

61.      Engenho Santo Antonio da Muribeca/Jaboatão dos Guararapes- Um documento holandês de 1637 relaciona, em Jaboatão dos Guararapes, os seguintes engenhos Santo Antonio de Muribeca, pertencente a Catarina de Albuquerque
Proprietário/Morador/Rendeiro: Catarina de Albuquerque - Nascida em 1540 e falecida em 1614. Filha de Jerônimo de Albuquerque, o Velho. Casada após 1520, com o Capitão-mor Filippo Cavalcanti de Albuquerque, nascido em 1520/Florença/Itália, filho de Giovanni Cavalcanti. Ronaldo Vainfas, em seu livro “Trópico dos Pecados”, informa com base no contido na obra: “Primeira Visitação do Santo Ofício às partes do Brasil. Denunciações da Bahia (1591-1593)”, que Filippo, aos setenta anos de idade, foi acusado de cometer a sodomia com um jovem. O fundador do clã dos Cavalcante em Pernambuco não foi, contudo, processado pelo Santo Ofício, seja pela falta de credibilidade dos acusadores, seja pelas qualidades do acusado e pelos serviços que prestou à colonização portuguesa. Faleceu em Olinda (PE), onde foi sepultado antes de 1614. Proprietária dos engenhos: (/)/Recife; Santo Antonio de Muribeca /Jaboatão dos Guararapes

62.      Engenho Santo Antonio/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro:
Leonardo Orlando de Barros- Coronel. Filho de Manuel Cavalcanti de Albuquerque Barros e de Ursulina de Castro Sá Barreto. Casado com Francisca Caraciola da Costa Gouveia (09 filhos), filha do Coronel João Bento de Gouveia e de Brites de Albuquerque. Homem liberal; deu liberdade a seus escravos um ano antes da Lei Áurea. Autodidata, falava várias línguas, inclusive o dialeto indígena. Era também poeta, músico e compositor. Estudando o cultivo da cana, foi responsável pela introdução da saúva em Pernambuco - a qual importou de São Paulo. Construiu em Pernambuco a primeira casa de farinha, em nível industrial e cultivou novas variedades da cana de açúcar, mais resistentes às pragas. Proprietário dos engenhos: Cocaupe depois Cucau ou Cucahú/Serinhaem; Catuama, Burarema/Barra de Guabiraba, Catolé/Água Preta, Oncinha/Barreiros, Conceição/Catende; Apipucos (São Pantaleão do Monteiro) /Recife; Cabuçu ou Cabussú, Limão Doce/Rio Formoso, Maçaranduba/Timbauba e outros herdados por sua mulher: Mato Grosso/Cabo de Santo Agostinho, Cá-me-vou ou Camevou e o Santo  Antonio/Palmares.

63.      Engenho Santo Antônio/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pedro Velho do Rego Mello - Dr.

64.      Engenho Santo Antonio/Paudalho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Albino José Gonçalves

65.      Engenho Santo Elias/Escada- Engenho edificado em terras dos Índios da Aldeia de Escada/Vitória de Santo Antão.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joào Florentino Cavalcanti de Albuquerque - Tenente-Coronel. Casado com sua prima e co-irmã Antônia Neomísia Cavalcanti de Albuquerque - Sinhá Antônia, que forrava o assoalho de sua residência com lençóis de linho, para que suas filhas não pisassem no mesmo chão em que pisavam os negros. Ambos nascidos em Russas/Ceará. Comprou o Engenho na segunda metade do século IX, onde levantou a casa grande; passando a morar com a família (13 filhos). Atribulações diversas e a abolição da escravatura arruinaram a fortuna do poderoso Baronete do Califórnia. O Coronel morreu velho e pobre em sua casa de Palmares, onde foi sepultado. Mas o castigo de Deus anda a cavalo - dizia sua nora Francisquinha, cronista: que uma de suas netas, Antônia, filha de Aristides Brasiliense Florentino Cavalcanti de Albuquerque Holanda e Ana Neomísia C. de A. Uchoa casou-se com o doutor João Paulino Marques Júnior, o 1º médico negro de PE. Proprietário dos engenhos: Califórnia, Liberdade e Tijupaba /Serinhaem; Santo Elias /Escada; Jussaral/ Cabo de Santo Agostinho

66.      Engenho Santo Estevão/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Estevão José Paes Barreto - Mestre de campo, Morgado do Cabo de Santo Agostinho e Professo na Ordem de Cristo e Fidalgo da Casa Real. Filho de João Paes Barreto e de Manuela Luzia de Mello. Casado com Catarina de Castro de Távora. Herdou todo patrimônio da família materna e paterna; negociava com a Companhia Geral de Pernambuco. Proprietário dos engenhos: Opinioso/Amaraji; Guerra, Santo Estevão. Jurissaca/Cabo de Santo Agostinho; Ilhetas/Rio Formoso; São Gonçalo do Una/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Paes Velho Barreto - Nascido em 1544/PT e falecido em 1617. Filho de Antonio Velho Barreto teve muitos irmãos: Estevão, Cristóvão, Miguel, Diogo, Antonio, Filipe e Catarina. Em 1560, já era o Morgado de Nossa Senhora da Madre de Deus do Cabo Santo Agostinho, vinculando o Engenho Madre de Deus, depois engenho Velho. Casado com Inês Tavares Guardez, filha de Francisco de Carvalho de Andrade, senhores do engenho São Paulo, na Várzea do Capibaribe, que ao casar levou como dote 10 engenhos: Madre Deus ou Velho, Guarapu, Algodoais, Trapiche, Guerra, Ilha, Santo Estevam e Jurissaca; este último vinculou-o a Catarina Barreto, sua filha. Deve ter chegado ao Brasil em 1557. Fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem de Cristo. Prestou serviços durante a colonização da PB e RN. Fundou o 1º Engenho do Cabo Santo Agostinho, em 1580. Foi um dos heróis da defesa do forte real do Bom Jesus - Arraial Velho; em 1635, caiu prisioneiro dos holandeses. Forçado a abandonar a sua casa e as suas 12 propriedades agrícolas, conseguindo retirar 350 e  muito gado. Fugiu, em 1635, com Matias de Albuquerque, com os seus irmãos Estevão, Cristóvão, Miguel, Diogo, Antônio. Filipe e Catarina Barreto, viúva de Luís de Sousa, os quais também abandonaram as suas casas e fazendas. Em 1637 foram os seus bens, confiscados pelos holandeses; um engenho foi vendido a Julião Paes de Altero e os engenhos: Velho e Guerra por 70.000 florins, quantia elevadíssima nessa época, o que demonstra o valor de tais propriedades. Naquele mesmo ano acompanhou Paes Barreto o exército em sua retirada para a Bahia, mas chegando à cidade de S. Cristóvão, capital de Sergipe, embarcou para a Europa em comissão oficial. Por seu falecimento o seu primogênito Francisco Paes Barreto  tornou-se o Morgado do Cabo. Proprietário dos engenhos: Algodoais, Garapu, Guerra, Jurissaca, Novo, Pirapama, São Braz Coimbero, Santo Estevão, Utinga, Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição/Cabo Santo Agostinho; Jacaré/Goiana; Santa Lúcia, Velho ou Santo  Antônio dos Montes/Ipojuca; Santo André/Muribeca- Jaboatão dos Guararapes e o Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven ou Várzea do Capibaribe/Recife. Curiosidades: Refere Borges da Fonseca que, anos depois, exerceu o cargo de Comissário Geral da Cavalaria do nosso exército, "posto exercido também em Madrid, quando foi mandado pelo Conde de Bagnuolo à dita corte no ano de 1637, representando  el-rei D.Filipe, que era o 3º de Portugal ". Enquanto não voltou à pátria, refere Loreto Couto: Paes Barreto serviu em Flandres, onde em várias ocasiões deu mostras de seu valor e esforço. As suas terras terminaram depois doadas ao filho dele, Cristóvão Paes Barreto.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Lourenço de Sá Cavalcante de Albuquerque - Barão de Guararapes Dec. de 8/3/1880 e Visconde (Dec 08.03.1880). Nasceu em Pernambuco, falecendo em  1897/Recife. Filho de Lourenço de Sá e Albuquerque e Mariana de Sá e Albuquerque. Comendador da Imperial Ordem da Rosa. Casado com Cândida Ernestina Paes Barreto (de Sá e Albuquerque), Viscondessa de Guararapes,  nascida em 1825 e falecida em 1906, filha do Capitão Mór Francisco Paes de Melo Barreto e Ana Vitória Coelho da Silva. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues, FR: 2317; 2318; 2320; 2321; 2322; 3637; 3641; e 3642. Proprietário dos engenhos: Guararapes/Jaboatão dos Guararapes; Mouco/Goiana; Santo Estevão e Velho antes chamado Madre de Deus /Cabo de Santo Agostinho; Guararapes/Jaboatão dos Guararapes

67.      Engenho Santo Inácio/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Rufino Bezerra Cavalcanti - Nascido em 1865/Vitória de Santo Antão e falecido em 1922/Recife. Casado com Hercília Pereira de Araújo (11 filhos). Advogado, Deputado Estadual e Federal, Senador, Ministro da Agricultura e Governador (1919/1922), maior acionista da Companhia Geral de Melhoramentos de Pernambuco, empresa que além de produzir açúcar e álcool na Usina Cucau, construiu uma estrada de ferro ligando a usina ao município de Barreiros.  Rendeiro do Engenho Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição, Novo, Barbalho, Pirapama, São João, Malinote, Malakof, Mataparipe, São Pedro e 1/3 do Santo Inácio/Cabo Santo Agostinho; Serra/Vitória de Santo Antão

68.      Engenho Santo Agostinho de Sucupema/Jaboatão dos Guararapes
Proprietário/Morador/Rendeiro: Agostinho Bezerra da Silva Cavalcanti - Coronel. Filho de Antônio Luiz Bezerra da Silva e de Rita Francisca Xavier Cavalcanti. Faleceu em 1920. Casado com, Rita de Paula Souza Leão, filha de Antônio de Paula Leão e de Tereza B. V. Cavalcanti. Falecida em 1920. Rita era uma renomada quituteira da época, tem-se conhecimento de que muitas de suas receitas ficaram famosas, como a do Bolo São Bartolomeu e o Bolo Souza Leão, que foram bastante apreciados pelo imperador dom Pedro II e sua mulher, Teresa Cristina, em viagem a Pernambuco. Proprietário dos engenhos: São Bartolomeu, Santo Agostinho, Novo/Jaboatão dos Guararapes e São Jerônimo da Várzea/Recife
Proprietário/Morador/Rendeiro: Agostinho de Holanda de Vasconcelos - Cristão novo. Capitão. Batizado em 1542/Olinda e falecido em 1614/Cabo de Santo Agostinho. Filho de Arnau de Holanda e de Brites Mendes de Vasconcelos. Casado com Maria de Paiva. Proprietário dos engenhos: Santo Agostinho, Novo/Muribeca e São Jerônimo da Várzea/Recife
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Nunes Ximenes – Durante a invasão possuía passaporte holandês. Proprietário dos engenhos: Gurjaú de Baixo/Jaboatão dos Guararapes; Santo Agostinho e Santo Antônio/Cabo Santo  Agostinho

1.       Engenho Santo Agostinho/Cabo de Santo Agostinho
69.       - Segundo referência documental holandesa o engenho Santo Agostinho, pertencia a Antônio Nunes Ximenes, que tinha passaporte holandês; estava situado uma pequena milha mais ao oeste das matas do engenho São Brás, com 1/2 milha de terra, sendo parte da cana plantada nas várzeas, outra parte nos montes. Movido a água e tinha bom açude, podia anualmente fornecer 1.000 a 2.000 arrobas de açúcar. Pagava 3 % de recognição.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Trapiche
Ocupado pelos sem terra em 1988, pertencia a Usina Trapiche

70.      Engenho Santo Amaro/Belém de São Francisco
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 2001. Em Processo de desapropriação.

71.      Engenho Santo André/Jaboatão dos Guararapes - A data simbólica da fundação de Muribeca é 20/09/1577, data em que Brites Mendes de Vasconcelos, viúva de Arnau de Holanda (1º proprietário de terras na região) vendeu o Engenho Santo  André – de fogo vivo e corrente a João Paes, por 35.000 cruzados (14 contos)  reservando uma parte das terras da sesmaria doada ao seu marido, onde fundou o engenho Novo da Muribeca, em 1577. Do texto da escritura de venda engenho, nota-se a existência na localidade de algumas casas de moradores, “vindo daí a povoação e futura vila de Muribeca”. A povoação de Muribeca vem, pois, da segunda metade do século XVI, anterior à da cidade de Jaboatão dos Guararapes, em 1577, pode ser considerada a data simbólica da fundação de Muribeca. Em 1888 o governo federal criou a Colônia Barão de Lucena formada em terras dos antigos engenhos Suassuna, Socorro, Santo André, Santo Antonio e parte do engenho Velho com uma área de 22 milhões de m2 a abrigarem colonos brasileiros e estrangeiros que se propunham a cultivar o solo, fazendo-o produzir.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Arnau Florentz Holanda – Nascido em 1515/Utrecht/Holanda e falecido em 1614/Olinda, filho de Margaretha Florentz e Hendrick Van Holland, Barão de Rhijnsburg; possuía o título de Barão de Theorobonet. Verio para Pernambuco com Duarte Coelho em 1535. Casado com Brites Mendes de Vasconcelos, nascida em 1525/Lisboa/PT e falecida em 1620/Olinda. Filha de Bartholomeu Rodrigues Mendes e de Joanna Gols de Vasconcelos. Conforme Antonio José Victoriano. Borges da Fonseca em seu livro Nobiliarquia Pernambucana, de 1748, numa referência a Brites Mendes de Vasconcelos, diz que a Rainha D. Catarina, mulher de El-Rei D. João III, “a entregara a D. Brites de Albuquerque quando passou à Pernambuco em companhia de seu marido o Donatário Duarte Coelho, recomendando-lhe a sua acomodação, ao que generosamente satisfizera D. Brites de Albuquerque, casando-a com Arnau de Holanda e dando-lhe em dote muitas terras, nas quais fundou muitos engenhos.”  Proprietário dos engenhos: Copissura/Goiana; Santo André e Muribeca ou Novo/Jaboatão dos Guararapes; Goiana (2) /Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: Brites Mendes de Vasconcelos - “A velha”.  Nasceu em Lisboa/PT, suposta filha bastarda do infante D. Luiz, filho do Venturoso, foi “criada” da Rainha D. Catharina, Quando Duarte Coelho e sua esposa Brites d’Albuquerque embarcaram para Pernambuco, a Rainha entregou-a ao casal e recomendou que quando chegasse ao Brasil, à mesma fossem doadas muitas terras como dote para seu casamento. Brites Mendes de Vasconcelos casou-se em Pernambuco com Arnau de Holanda (08 filhos), nascido em 1515/Utreckt/Holanda e falecimento em1614/Olinda; e com seus dotes chegaram prósperos proprietário de engenhos de açúcar em Pernambuco. Proprietária dos engenhos Jacaré/Goiana; Copissura/Goiana; Muribeca ou Novo, Santo André/Jaboatão dos Guararapes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José de Sá Albuquerque - Faleceu, em 1711/Olinda. Juiz Ordinário da Câmara de Olinda; Capitão Mor da Muribeca e Jaboatão dos Guararapes; Coronel das Ordenanças da Muribeca, Ipojuca e Cabo Santo Agostinho; Provedor da Santa Casa; Fidalgo da Casa Real; Cavaleiro da Ordem de Cristo; Vereador da Câmara de Olinda; fez parte do Governo em 1597/1598, quando o bispo D. Antônio Barreiros governava inteiramente a Capitânia. Participou da guerra holandesa; proprietário do morgado de Santo André. Casado com Ana de Albuquerque, filha de Antonio de Sá e Albuquerque. Quando os holandeses foram expulsos de Pernambuco, os herdeiros do pai Antônio de Sá reivindicaram seus direitos de posse e as autoridades portuguesas os concederam: as terras passaram, então, às mãos de José de Sá e Albuquerque. Não se preocupando mais com a indústria açucareira, segundo consta em documentos antigos, José transformou a propriedade na Fazenda Beberibe, passando a explorar as madeiras de suas matas e a fabricar carvão vegetal; fazendo com que fosse desaparecendo os aspectos do antigo feudo açucareiro. Com fotografia: Col. Francisco Rodrigues; FR-2616. Proprietário dos engenhos: Almécega/Água Preta; Gurjaú ou Grojaú/Cabo Santo Agostinho; Novo, Santo André/Jaboatão dos Guararapes; Megaó/ Goiana; e Velho Beberibe depois Eenkalchoven/ Recife.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Cristóvão Paes Barreto – Capitão-mor do Cabo de Santo Agostinho. Fidalgo Cavaleiro da Ordem de Cristo. Nascido no Cabo de Santo Agostinho. Filho de João Paes Velho Barreto e Inez Tavares Guardez. Casado com Margarida de Melo (09 filhos), filha de João Gomes de Mello e Anna de Hollanda. Proprietário dos engenhos: Algodoais, Garapu, Guerra, Jurissaca, Novo, Pirapama, São Braz Coimbero, Santo Estevão, Utinga, Trapiche/Cabo de Santo Agostinho; Jacaré/Goiana; Santa Luzia, Velho ou Santo Antônio dos Montes/Ipojuca; Santo André/Muribeca e o Santo Antonio/Recife. Curiosidades: Mulheres nobres procuraram acolhimento no recolhimento de Olinda, como Maria da Trindade, Ana de Mello Barreto, naturais do Cabo de Santo Agostinho, filhas de Cristóvão Paes Barreto e Margarida de Mello, consideradas como virtuosas e dedicadas em exercícios espirituais e na aplicação de seus cabedais para a abastança da casa. Viveram recolhidas até a morte de ambas, que ocorreu em 1626.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Diogo Nunes Tomaz - Casado com Vitória Barbalha Bezerra. Moravam no engenho Santo André. Vitória foi acusada pelo Santo Ofício, não mostrou arrependimento, o que resultou em ser queimada. Foram pais de Diogo Nunes Tomaz casado com Catarina Ferreira Barreto. Preso pelo Santo Ofício em 1729.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Braz Carneiro Lins e Mello - Tenente-Coronel. Casado com Ignácia Carneiro Lins e Mello Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues, FR: 3303; 3304; 3305; e 3301. Proprietário dos engenhos: Bom Jardim/Barreiros; Concórdia e Refresco/São Lourenço da Mata; Gaipio/Ipojuca; Guerra, Jacaré/Goiana; Santo André/Jaboatão dos Guararapes; e Velho antes chamado Madre de Deus/Cabo de Santo Agostinho.

72.      Engenho Santo Antão/Vitória Santo Antão
Proprietário/Morador/Rendeiro: Floriano do Passo

73.      Engenho Santo Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven ou Várzea do Capibaribe/Recife - João Fernandes Vieira, proprietário do engenho Santo Antonio ou Engenho da Várzea do Capibaribe em 1645. Engenho levantado uma extensa terra, que lhe fora doada pelo donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho. Segundo documentos holandeses, o engenho Santo Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven, era movido a bois e de fogo vivo.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco de Brito Pereira – Curiosidades: Os primeiros escabinos de Olinda - nomeados por um ano - foram escolhidos por Nassau de uma lista de nomes organizada pelos eleitores de Olinda (para tal designados). Foram eles: Wilhelm Doncker, Jacques Hack, Francisco de Brito Pereira, Gaspar Dias Ferreira e João Carneiro Mariz (Dag. Notule de 24 de setembro de 1637); foram substituídos por Gaspar van der Ley, Samuel Halters e Luís Braz Bezerra, continuando, do período anterior, Wilhelm Doncker e Gaspar Dias Ferreira (Dag. Notule de 25 de junho de 1638). Findo o prazo foram substituídos por Antônio de Bulhôes, Paulo de Araújo de Azevedo e Christoffel Eyerschettel, continuando Samuel Halters e Luís Braz Bezerra (Dag. Notule de 23 de junho de 1639). Estes os que serviam quando da mudança da sede da Câmara de Escabinos, de Olinda para Antônio Vaz.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Fernandes Vieira - Nasceu em 1610/Funchal/Ilha da Madeira/Pt e faleceu em 1681/Olinda, em 1886 seus restos mortais foram descobertos na igreja do Convento de Olinda; em 1942, e foram trasladados para a Igreja de N. Sra. dos Prazeres dos Montes Guararapes/Recife. Filho ilegítimo de Francisco de Ornelas Muniz e uma mulher humilde. Fugiu para o Pernambuco/Brasil, em 1620, com dez anos de idade. Mudou o seu nome de Francisco de Ornelas para João Fernandes Vieira. Trabalhou como auxiliar de açougue; feitor; voluntário da guerra, durante a invasão holandesa, defendendo os portugueses no Forte de São João, 1630. Ficou rico graças aos seus esforços e as doações que recebeu do seu patrão: Affonso Rodrigues Serrão, e pela amizade com o Conselheiro Político e proprietário de engenho o holandês Jacob Stachhouwer. Em 1639, foi indicado para o cargo de Escabino de Olinda e de Escabino de Maurícia (Recife), 1641/1643. Casou-se, em 1643, com Maria César, filha de Francisco Bereguer de Andrada e de Joana de Albuquerque. Passou a ter o apoio da comunidade luso-brasileira e a confiança do governo holandês (colaborador e conselheiro). Era um dos maiores devedores da Companhia das Índias Ocidentais, com uma dívida, em 1642, estimada em 219.854 florins. Quando a insatisfação dos senhores de engenho de Pernambuco se intensificou, após a partida do Conde Maurício de Nassau, em 1644, Vieira percebendo as vantagens a serem alcançadas com a expulsão dos holandeses, se afastou dos flamengos. Participou da Batalha das Tabocas/Vitória de Santo Antão, em 03/08/1645 e da  Batalha de Casa Forte, no dia 17/08, do mesmo ano. Após a tomada do engenho Casa Forte, Vieira voltou com seus homens ao seu engenho São João/Várzea, e de lá iniciou um sistema de estâncias militares, fortificações onde pudessem estar seguros e guardar pólvora e munições de guerra. Participou das duas Batalhas dos Guararapes, sob o comando do general Barreto de Meneses, nos dias 19/04/1648 e 19/02/1649. Como recompensa pelos serviços prestados na guerra foi nomeado Governador da Paraíba (1655-1657) e lhe concedido o posto de Capitão General do Reino de Angola (1658-1661). Exerceu também o cargo de Superintendente das Fortificações do Nordeste do Brasil, 1661/1681. Vieira encomendou a frei Rafael de Jesus um livro para contar sua vida, exaltando seus feitos. Proprietário de muitos escravos e de 16 engenhos na Paraíba: Ilhetas; Cumaúpam Inhobim ou dos Santos Cosme e Damião, Inhaman; e em Pernambuco: Tibiri de Cima e de Baixo/Rio Formoso; Santos Cosme e Damião, Santo  Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven ou Várzea do Capibaribe, Santa Madalena, Meio, Ambrósio Machado, depois Cordeiro/Recife; São João, Molinote/Cabo de Santo Agostinho; Jaguaribe/Abreu e Lima; São Gabriel/Barreiros; Santo  André, Santana/Jaboatão dos Guararapes; São Francisco/Água Preta, Paulista, Paratibe de Baixo, Maranguape, Paratibe de Cima ou  Riba (depois engenho Paulista)/Igarassu; Abreu/Nazaré da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Paes Velho Barreto - Nascido em 1544/PT e falecido em 1617. Filho de Antonio Velho Barreto teve muitos irmãos: Estevão, Cristóvão, Miguel, Diogo, Antonio, Filipe e Catarina. Em 1560, já era o Morgado de Nossa Senhora da Madre de Deus do Cabo Santo Agostinho, vinculando o engenho Madre de Deus, depois engenho Velho. Casado com Inês Tavares Guardez, filha de Francisco de Carvalho de Andrade, senhores do engenho São Paulo, na Várzea do Capibaribe, que ao casar levou como dote 10 engenhos: Madre Deus ou Velho, Guarapu, Algodoais, Trapiche, Guerra, Ilha, Santo Estevam e Jurissaca; este último vinculou-o a Catarina Barreto, sua filha. Deve ter chegado ao Brasil em 1557. Fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem de Cristo. Prestou serviços durante a colonização da PB e RN. Fundou o 1º Engenho do Cabo Santo Agostinho, em 1580. Foi um dos heróis da defesa do forte real do Bom Jesus - Arraial Velho; em 1635, caiu prisioneiro dos holandeses. Forçado a abandonar a sua casa e as suas 12 propriedades agrícolas, conseguindo retirar 350 e  muito gado. Fugiu, em 1635, com Matias de Albuquerque, com os seus irmãos Estevão, Cristóvão, Miguel, Diogo, Antônio. Filipe e Catarina Barreto, viúva de Luís de Sousa, os quais também abandonaram as suas casas e fazendas. Em 1637 foram os seus bens, confiscados pelos holandeses; um engenho foi vendido a Julião Paes de Altero e os engenhos: Velho e Guerra por 70.000 florins, quantia elevadíssima nessa época, o que demonstra o valor de tais propriedades. Naquele mesmo ano acompanhou Paes Barreto o exército em sua retirada para a Bahia, mas chegando à cidade de S. Cristóvão, capital de Sergipe, embarcou para a Europa em comissão oficial. Por seu falecimento o seu primogênito Francisco Paes Barreto  tornou-se o Morgado do Cabo. Proprietário dos engenhos: Algodoais, Garapu, Guerra, Jurissaca, Novo, Pirapama, São Braz Coimbero, Santo Estevão, Utinga, Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição/Cabo Santo Agostinho; Jacaré/Goiana; Santa Lúcia, Velho ou Santo  Antônio dos Montes/Ipojuca; Santo André/Muribeca- Jaboatão dos Guararapes e o Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven ou Várzea do Capibaribe/Recife. Curiosidades: Refere Borges da Fonseca que, anos depois, exerceu o cargo de Comissário Geral da Cavalaria do nosso exército, "posto exercido também em Madrid, quando foi mandado pelo Conde de Bagnuolo à dita corte no ano de 1637, representando  El-rei D.Filipe, que era o 3º de Portugal ". Enquanto não voltou à pátria, refere Loreto Couto: Paes Barreto serviu em Flandres, onde em várias ocasiões deu mostras de seu valor e esforço. As suas terras terminaram depois doadas ao filho dele, Cristóvão Paes Barreto.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Leonardo Fróis Gonçalves - Filho e herdeiro de Diogo Gonçalves e de Isabel Fróis. Em 1637, ele teve a propriedade confiscada pelos holandeses que a venderam a Duarte Saraiva, com o nome de engenho Eenkalchoven, pelo preço de dez mil florins. Curiosidades: Registra a história que Diogo Gonçalves, auditor da Capitania de Pernambuco, quando se uniu a Isabel Fróis – uma importante dama que era protegida pela rainha Catarina, esposa de D. João III, e que veio de Portugal em 1535 - recebeu como dote de casamento uma extensa propriedade abrangendo áreas dos atuais bairros de Casa Forte, da Várzea e de Beberibe. O auditor da Capitania tratou logo de organizar o seu feudo. Como sede da propriedade, escolheu as terras de Casa Forte, na margem direita do rio Beberibe, construiu um grande engenho, uma casa de vivenda, uma fábrica e uma capelinha; e, na Várzea, levantou outro engenho, ao qual deu o nome Santo Antônio da Várzea. Essas terras passaram para Leonardo Fróis, herdeiro do casal, e depois foram vendidas a um colono: Antônio de Sá. Em 1637, ele teve a propriedade confiscada pelos holandeses que a venderam a Duarte Saraiva, com o nome de engenho Eenkalchoven, pelo preço de dez mil florins.
Proprietário/Morador/Rendeiro: David Senior CoronelDuarte Saraiva. Judeu português. Nasceu em 1572/Amarange/PT. Membro da renomada família Senior Coronel radicada em Hamburgo. No Recife foi um dos nomes mais respeitados do seu tempo, sendo homenageado pelo conhecido rabino de Amsterdã, Menasseh ben Israel, quando da publicação do seu livro El Conciliador (Amsterdã, 1641). Seu nome aparece: na compra de escravos; fretamento de navios; corte de madeira; rendeiro; cobrador de dízimos; proprietário de imóveis. Por duas vezes (1639 e 1644) ele arrematou a cobrança dos impostos da Companhia sobre a produção do açúcar em Pernambuco, despendendo na primeira vez 128.000 florins. Faleceu em 1650/Recife e deixou de créditos a receber da coroa portuguesa, a importância de 351.502 florins. Proprietários dos engenhos: Bom Jesus, São João do Salgado, Novo, Velho antes chamado Madre de Deus/Cabo de Santo Agostinho; Camaçari, Trapiche ou Bom Jesus/Sirinhaém; Rosário da Torre e o Madalena, por ele vendido a João de Mendonça Furtado, Santo Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven /Recife. Curiosidades: Quando a Holanda invadiu o Nordeste no século XVII, estava desejosa de dominar exatamente as áreas produtoras de cana de açúcar. Nesse período, dos 120 engenhos que estavam em funcionamento em Pernambuco, cerca de 6% era de propriedade de judeus portugueses que moravam na Holanda - além, evidentemente, daqueles engenhos de cristãos-novos. Moisés Navarro, por exemplo, foi dono de um engenho chamado Jurisseca, enquanto Duarte Saraiva, tinha três engenhos, todos adquiridos em leilão realizado após a invasão
Proprietário/Morador/Rendeiro: Diogo Gonçalves - Cristão novo. Registra a história que Diogo Gonçalves, era auditor da Capitania de Pernambuco, quando se uniu a Isabel Fróis – protegida pela rainha Catarina, esposa de D. João III, e que veio de Portugal em 1535. Ao se casar levou como dote uma extensa propriedade que arbangia os atuais bairros de Casa Forte, da Várzea e de Beberibe. O auditor da Capitania tratou logo de organizar o seu feudo. Como sede da propriedade, escolheu as terras de Casa Forte, na margem direita do rio Beberibe, construiu um grande engenho, uma casa de vivenda, uma fábrica e uma capelinha; e, na Várzea, levantou outro engenho, ao qual deu o nome Santo  Antônio da Várzea. Proprietário dos engenhos: Casa Forte, Santo Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven /Recife
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio de Sá Cavalcante Lins - Capitão mor da Muribeca; Coronel do Reg. de Cavalaria de Itamaracá; Fidalgo da Casa Real; participou da Guerra dos Mascates. Viveu sempre no engenho Megáo. Filho de José de Sá de Albuquerque e de Maria da Fonseca Cristiana. Segundo o seu testamento, datado de 12/1/1734, foi casado com Joana de Ornelas, filha de Baltasar de Ornelas Valdevez, natural da Ilha da Madeira, e de sua 2ª esposa Maria de Castro. Com fotografia: Col. Francisco Rodrigues; FR-2616. Proprietário dos engenhos: Campo Alegre do Sul/Vitória Santo Antão; Santa Maria, Santo André; Novo da Muribeca /Jaboatão dos Guararapes-Muribeca; São José e Velho Beberibe (Enkalchoven), Santo Antônio da Várzea /Recife; Almécega/Água Preta; Gurjaú ou Grojaú/ Cabo Santo Agostinho

74.      Engenho Santo Antonio de Muribeca/Jaboatão dos Guararapes - Segundo documentos holandeses, o engenho Santo Antonio ficava situado a uma pequena milha mais ao oeste das matas do Engenho São Braz e tem cerca de ½  milha de terra, sendo parte da cana plantada nas várzeas, outra parte nos montes. De fogo vivo com água e tem um bom açude e pode anualmente fornecer 1.000 a 2.000 arrobas de Gurjau de Baixo/Jaboatão dos Guararapes. Engenho Muribeca ou Novo era movido a água e de fogo vivo. Em 1633, um corpo de tropas holandesas com um contingente dos índios, negros e mulatos atacaram a povoação de Muribeca, que sem resistência, caiu presa dos invasores, sendo saqueadas e incendiadas suas casas. Igual sorte teve o Engenho Novo, de Catarina de Albuquerque, situado nas imediações do povoado bem como uma ladeia de índios que havia no mesmo engenho. Até mesmo a igreja-matriz foi vitima de depredação do inimigo. Um documento holandês de 1637 relaciona Catarina de Albuquerque como proprietária do engenho Santo Antonio de Muribeca /Jaboatão dos Guararapes
Proprietário/Morador/Rendeiro: Catarina de Albuquerque - Nascida em 1540 e falecida em 1614. Filha de Jerônimo de Albuquerque, o Velho. Casada após 1520, com o Capitão-mor Filippo Cavalcanti de Albuquerque, nascido em 1520/Florença/Itália, filho de Giovanni Cavalcanti. Ronaldo Vainfas, em seu livro “Trópico dos Pecados”, informa com base no contido na obra: “Primeira Visitação do Santo Ofício às partes do Brasil. Denunciações da Bahia (1591-1593)”, que Filippo, aos setenta anos de idade, foi acusado de cometer a sodomia com um jovem. O fundador do clã dos Cavalcante em Pernambuco não foi, contudo, processado pelo Santo Ofício, seja pela falta de credibilidade dos acusadores, seja pelas qualidades do acusado e pelos serviços que prestou à colonização portuguesa. Faleceu em Olinda (PE), onde foi sepultado antes de 1614. Proprietária dos engenhos: (/)/Recife; Santo Antonio de Muribeca /Jaboatão dos Guararapes

75.      Engenho Santo Antônio/ Itaquitinga - O engenho Santo Antônio fazia parte das terras do engenho Itapirema de Cima
Proprietário/Morador/Rendeiro: Luiz Cornélio da Fonseca - Comerciante e proprietário de engenho. Nascido em 1896/Engenho Cachoeira d’antas/Água Preta e falecido em 1965/Goiana. Casado, em 1921, com Ignácia Rabelo da Fonseca Lima. Filho de Dr. Francisco Cornélio da Fonseca Lima e de Elvira de Accioili Lins. Proprietário dos engenhos: Jardim/Goiana; Guaraci e Santo Antônio/ Itaquitinga.

76.      Engenho Santo Antonio/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Bento de Gouveia - Coronel. Casado com Rita Enedina da Costa, filha do português José da Costa, chegado ao Recife no século XVIII, naturais dos costados da Casa da Torre. Proprietário dos engenhos: Massaranduba/Palmares, Mato Grosso/Cabo de Santo Agostinho e Santo Antônio/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Belmiro Duarte Coutinho – Co-proprietário. Casado com Ana Nathália de Barros, sem descendência
Proprietário/Morador/Rendeiro: Martinho Rodrigues da Silva
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Tiúma – Proprietários dos engenhos: Batalha/Goiana; General, Outeiro de Pedro, Tiúma, Tapacurá/São Lourenço da Mata; Pombal/Vitória de Santo Antão; Santo Antonio/Água Preta; Valha-me Deus/Paudalho; e Veneza/Palmares
Ocupado pelos sem terras Engenho desapropriado Decreto Nº 81.331, de 9 de Fevereiro de 1978

77.      Engenho Santo Antônio/Belém de Maria
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 2001. Desapropriado

78.      Engenho Santo Antonio/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Nunes Ximenes – Durante a invasão possuía passaporte holandês. Proprietário dos engenhos: Gurjaú de Baixo/Jaboatão dos Guararapes; Santo Agostinho e Santo Antônio/Cabo Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Bento Luis de Figueroa - Português. Cristão novo. Casado com Maria Ferrão, falecida em 1609, sepultada na capela-mor da igreja matriz de Santo Amaro/Jaboatão dos Guararapes. Proprietário dos engenhos: Bulhões, antes São João Batista/Jaboatão dos Guararapes.  Curiosidades: Pereira da Costa: Bento (ou Belchior?). Luiz de Figueroa faleceu antes de 1608, onde a viúva Maria Ferrão teria feito testamento: "Declaro que quando Deus me levar para si, meu corpo seja enterrado na capela do bem-aventurado Santo Amaro, matriz desta freguesia, em sepultura onde outrem não fosse enterrado, porque sem mistura de outros ossos, se possam os meus trasladar à sepultura que temos no convento de São Francisco/Recife onde está enterrado Bento Luis de Figueroa que Deus tem, e este lugar que elejo na capela maior de Santo  Amaro se me deve dar com boa vontade, por nós sermos os doadores da terra em que se fez a dita igreja, e pelo que nela temos despendido o dito meu marido e eu; pela qual cova e sepultura deixo se dêem quatro mil réis de esmola para a fábrica da dita matriz que os meus testamenteiros pagarão do melhor da minha fazenda que deixo". Curiosidades: Aproveitando-se dos ataques realizados contra Recife e Olinda pelo corsário inglês James Lancaster, Figueroa distribui terras a título de aforamento perpétuo àqueles que fugirem da sede da Capitania. É por isso que Bento de Figueroa e sua esposa Maria Feijó são considerados os fundadores da sede do município de Jaboatão dos Guararapes. Proprietário dos engenhos: Santo Antônio e Bulhões (antes São João Batista)/Jaboatão dos Guararapes
Proprietário/Morador/Rendeiro: Felipe Paes Barreto - Capitão-mor. Casado co Brites de Albuquerque. Filhos: Luís, Felipe, Antônio e Gonçalo Paes Barreto, Catarina de Melo de Albuquerque, Inês e Maria Barreto de Albuquerque, Brites de Albuquerque e Joana Barreto de Albuquerque. Falecido antes de 1651. Mártir da Revolução de 1710, juntamente com Antônio Bezerra Cavalcanti. Proprietário dos engenhos: Garapú/Água Preta, Santo Antonio/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Felipe Paes Barreto - Soldado da tropa de 1ª linha da capitania de Pernambuco; Sargento-Mor das ordenanças do Cabo; Capitão; Cavaleiro da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, com 12 mil réis anuais de pensão efetiva; gestor municipal de Olinda; membro de pleno direito da instituição religiosa e militar fundada em 1315 por el-rei D. Diniz ao nacionalizar os bens que possuía em Portugal a Ordem dos Templários. Felipe Pais Barreto ordenou portanto, a seu procurador que requeresse a abertura das provanças, que deveriam ser realizadas no lugar de nascimento de seus pais e avós, todos naturais da capitania. Filho do 4º Morgado do Cabo, Estevão Pais Barreto e de Maria de Albuquerque. Casado com uma prima, Margarida Barreto de Albuquerque, filha única do sargento-mor Antônio Pais Barreto, Proprietário dos engenhos: Garapu e Pitimbu, a qual poderia ter levado de dote o engenho Garapu como dote. Felipe foi designado pela tia, Brites Barreto de Albuquerque, viúva de João de Souza, administrador do engenho São Francisco ou dos Algodoais (Cabo), que, com outros bens do casal havia sido legado ao hospital do Paraíso/Recife. Proprietário de sete engenhos: Garapu, Velho, Guerra, Pirapama, Santo Antônio, Algodoais e São Francisco/Cabo de Santo Agostinho.  Curiosidades: Senhor do Engenho Santo  Antônio, escrevia para Lisboa lembrando a sua majestade a conveniência de ser criada uma vila, dada a importância da povoação de Santo  Antônio do Cabo de Santo Agostinho.  

79.      Engenho Santo Antonio/Gameleira
Proprietário/Morador/Rendeiro: Laurindo G. de Aguiar Montarroyos

80.      Engenho Santo Antônio/Goiana - O engenho Santo Antônio fazia parte das terras do engenho Itapirema de Cima
Proprietário/Morador/Rendeiro: Milton Rabelo da Fonseca Lima - Nascido em 1923 e falecido em 2001. Formado em Agronomia em 1946. Casado com Rizete Lopes da Silva, nascida em 1932/Goiana. Filho de Luiz Cornélio da Fonseca Lima e de Ignácia Rabelo da Fonseca Lima. Proprietário dos engenhos: Itapirema de Cima/ Itamaracá; Sagüim, Santo Antônio, Jardim, Gurijó/Goiana; e rendeiros dos engenhos: Jacarapina, Pedreiras e Pitaguaré/Goiana

81.      Engenho Santo Antonio/Jaboatão dos Guararapes - Em 1888 o Governo Federal criou a Colônia Barão de Lucena formada em terras dos antigos engenhos Suassuna, Socorro, Santo André, Santo  Antonio e parte do engenho Velho com uma área de 22 milhões de metros quadrados a abrigarem colonos brasileiros e estrangeiros que se propunham a cultivar o solo, fazendo-o produzir
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

82.      Engenho Santo Antonio/Palmares - Em 1873, foi legitimada a posse dos engenhos, por agentes do governo, construídos em terra indígenas: S. Pedro, Linda Flor/Gameleira, Cachoeira Alta, Sapé, Santo Antônio/Palmares, Passagem Velha, Serra d'Água, Pau Ferro, Bombarda, Boca da Mata, Campina, Murim e Araticum/Barreiros (Pereira da Costa - Ano: 1812, Página: 47)
Proprietário/Morador/Rendeiro: José da Costa - Português. Fugiu de Portugal em circunstâncias: dramáticas e pitorescas. Perseguido por agentes de justiça, com ordens de arrastá-lo, vivo ou morto – por ter jogado uma pedra a esmo, numa Praça de Restelo, que teria atingido a cabeça de um cortesão ou de um clérigo poderoso - escapou em desabalada carreira pelas ruas de Lisboa, alcançando um navio que se preparava para partir, no qual se meteu com a roupa do corpo, sem saber para onde ia, até que os marinheiros o despejassem, afinal, nas praias do Recife. Trabalhou em ocupações modestas; casou-se com Maria da Silva, foi adotado pela sociedade pernambucana, e acabou senhor de canaviais, tendo deixado aos descendentes um surpreendente inventário de engenhos de nomes sonoros. Proprietário dos engenhos: Mato Grosso /Água Preta; Santo Antonio/Palmares, Cucaú, Catuama, Burarema, Oncinha/Barreiros, Conceição, Cabuçu, Limão Doce/Amaraji, Maçaranduba/Timbauba e outros.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José de Carvalho e Albuquerque - Coronel. Casado com Francisca Gouveia de Barros, (08 filhos). Os dois primeiros filhos nasceram no engenho Camevou e os demais no Santo Antônio - ambos localizados no município de Palmares, herdados do pai de Francisca, o Coronel Leonardo Orlando de Barros, casado com Francisca Caraciola da Costa Gouveia, a qual era filha de João Bento de Gouveia e Rita Enedina da Costa. Proprietário dos engenhos: Cá-me-vou e Santo Antônio/Palmares.

83.      Engenho Santo Antonio/Recife
Proprietário/Morador/Rendeiro: Cristóvão Paes Barreto – Capitão-mor do Cabo de Santo Agostinho. Fidalgo Cavaleiro da Ordem de Cristo. Nascido no Cabo de Santo Agostinho. Filho de João Paes Velho Barreto e Inez Tavares Guardez. Casado com Margarida de Melo (09 filhos), filha de João Gomes de Mello e Anna de Hollanda. Proprietário dos engenhos: Algodoais, Garapu, Guerra, Jurissaca, Novo, Pirapama, São Braz Coimbero, Santo Estevão, Utinga, Trapiche/Cabo de Santo Agostinho; Jacaré/Goiana; Santa Luzia, Velho ou Santo Antônio dos Montes/Ipojuca; Santo André/Muribeca e o Santo Antonio/Recife. Curiosidades: Mulheres nobres procuraram acolhimento no recolhimento de Olinda, como Maria da Trindade, Ana de Mello Barreto, naturais do Cabo de Santo Agostinho, filhas de Cristóvão Paes Barreto e Margarida de Mello, consideradas como virtuosas e dedicadas em exercícios espirituais e na aplicação de seus cabedais para a abastança da casa. Viveram recolhidas até a morte de ambas, que ocorreu em 1626.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Fernão Alves Romão - Faleceu em batalha a favor dos holandeses. Casado com Maria Rosa Romão
Proprietário/Morador/Rendeiro: Maria Barroso – Encontrava-se presente durante a invasão holandesa. Filha de Pedro Afonso Duro e de Madalena Gonçalves. Curiosidades: No dia 24/10, o Tenente Coronel Bijma partiu de Afogados em direção ao engenho Santo Antônio, de propriedade de Maria Barroso. O latifúndio situava-se a duas léguas da posição neerlandesa, no itinerário para Muribeca. Porém desta feita os moradores estavam alertas e os flamengos não lograram o mesmo êxito de outrora. Mesmo estando à frente de 170 homens, Bijma não logrou vencer os reforços pernambucanos. Primeiro foram os guerreiros de Barbalho, perto de 150, que obrigaram os intrusos a retraírem. Perto do atalaia dos Afogados, nova surpresa se abateu sobre os incautos neerlandeses. 200 combatentes sob o comando do Sargento-Mor Pedro Correia da Gama. Nesta contenda, os frísios perderam 70 soldados de fortuna
Proprietário/Morador/Rendeiro: Paulo Vermeulen sócio de Daniel de Haen - Comprado aos holandeses, depois de confiscado de Manuel Coresma Carneiro. Proprietários dos engenhos Santo Antônio/Recife e Maciapé/São Lourenço da Mata

84.      Engenho Santo Antonio/São Lourenço da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: Diogo Xavier Carneiro da Cunha – Major.

85.      Engenho Santo Antônio/Serinhaem
Proprietário/Morador/Rendeiro: Candido José Cardoso da Fonte - Casado com Maria da Conceição Mesquita da Fonte. Com fotografia na Coleção Francisco Rodrigues; FR-06684. (Filismina Alves Maciel e Maria da Conceição Mesquita da Fonte). Proprietário dos engenhos: Monte Pio/Catende; Clacituba, São José e Santo Antônio /Sirinhaém.

86.      Engenho Santo Antônio/Tracunhaem
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Vieira de Melo - Capitão. Casado com Maria de Holanda Cavalcanti e Albuquerque. Curiosidades: Requerimento de Inácio Vieira de Melo Cavalcanti - Em 1801 fez um requerimento (nº 15257) ao Príncipe Regente D. João, pedindo a confirmação da doação de terras do engenho Pedregulho/Tracunhaem, feita pelo Capitão José Vieira de Melo. Proprietário dos engenhos: Pedregulho/Nazaré da Mata e Santo Antônio/Tracunhaem.

87.      Engenho Santo Estevão/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Cristóvão Paes Barreto – Capitão-mor do Cabo de Santo Agostinho. Fidalgo Cavaleiro da Ordem de Cristo. Nascido no Cabo de Santo Agostinho. Filho de João Paes Velho Barreto e Inez Tavares Guardez. Casado com Margarida de Melo (09 filhos), filha de João Gomes de Mello e Anna de Hollanda. Proprietário dos engenhos: Algodoais, Garapu, Guerra, Jurissaca, Novo, Pirapama, São Braz Coimbero, Santo Estevão, Utinga, Trapiche/Cabo de Santo Agostinho; Jacaré/Goiana; Santa Luzia, Velho ou Santo Antônio dos Montes/Ipojuca; Santo André/Muribeca e o Santo Antonio/Recife. Curiosidades: Mulheres nobres procuraram acolhimento no recolhimento de Olinda, como Maria da Trindade, Ana de Mello Barreto, naturais do Cabo de Santo Agostinho, filhas de Cristóvão Paes Barreto e Margarida de Mello, consideradas como virtuosas e dedicadas em exercícios espirituais e na aplicação de seus cabedais para a abastança da casa. Viveram recolhidas até a morte de ambas, que ocorreu em 1626.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Paes Barreto – Morgado do Cabo de Santo Agostinho, que compreendia os engenhos: Velho, Santo Estevão, Ilha e Guerra/Cabo de Santo Agostinho. Natural de Viana, Portugal, pertencia à nobre estirpe dos Morgados de Bilheiras, chegou a Pernambuco em 1557. Após campanha militar para conquistar as terras do Cabo de Santo Agostinho, onde houve uma total crueldade em relação aos índios, recebeu uma sesmaria do Donatário da Capitania Duarte Coelho, em 1580. As terras ficavam localizadas ao sul do rio Arassuagipe (atual Pirapama). Casado com Inez Guardez de Andrade, filha de Francisco de Carvalho de Andrade, senhores do engenho São Paulo, na Várzea do Capibaribe, que ao casar levou como dote os  engenhos: Madre Deus ou Velho, Guarapu, Algodoais, Trapiche, Guerra, Ilha, Santo Estevam e Jurissaca; este último vinculou-o a Catarina Barreto, sua filha. Filho de Antonio Velho Barreto teve muitos irmãos: Estevão, Cristóvão, Miguel, Diogo, Antonio, Filipe e D. Catarina. Por seu falecimento em 1617, o seu primogênito Francisco Paes Barreto  tornou-se o Morgado do Cabo. Em 1637, o Morgado deixou Pernambuco por causa da invasão holandesa e seus bens foram confiscados pelos holandeses e os seus engenhos, Velho e Guerra, vendidos por 70 mil florins, quantia que indica a importância e o valor daquelas propriedades. O engenho Guerra era movido a bois e os demais à água; em 1817 acolheu o exército revolucionário republicano. O general Suassuna ocupou esse engenho, que pertencia a um descendente do Morgado do Cabo, também republicano, reunindo 2.600 homens de infantaria e um parque de artilharia de 06 canhões; travando uma batalha com o exército realista que tinha um efetivo de 2.664 homens, que acabaram ocupando o engenho, fazendo com que o general se retirasse em 15/05/1817. Atualmente, o engenho Guerra pertence à Usina Salgado e suas terras fazem parte do Município de Ipojuca. Proprietário dos engenhos: Madre Deus ou Velho, Santo Estevão, Ilha, Guerra, Guarapu, Algodoais, Trapiche, (?) São Paulo e Jurissaca/Cabo de Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio da Silva - Rendeiro do engenho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Luis Filipe de Souza Leão - Casado com Maria de Figueiredo de Souza Leão – Deputado Federal (1858 e 1870), Senador (1880) e Ministro da Marinha (1885). Com fotografias na Coleção Francisco Rodrigues; FR-08707 e 08764
Proprietário/Morador/Rendeiro: Gaspar Wanderley (Gaspar van Nieuhoff van der Ley)Coronel. O célebre “capitão de cavalos” que residiu muitos anos no Cabo de Santo Agostinho. Alemão, nascido em 1595, filho de Wilhelm V. Neuenhof V. Der Ley. Casado com Maria de Mello, filha da Manuel Gomes de Mello, engenho Trapiche. Desse matrimônio, surgiu em Pernambuco a família Wanderley. Gaspar desembarcou junto a Maurício de Nassau, em 1630, ficando raízes em Pernambuco. Foi um dos primeiros coronéis do Nordeste. No período mais prestigioso do açúcar, adquiriu o engenho Algodoais. E, mais tarde, na mesma zona, os engenhos arruinados Utinga de Cima e Utinga de Baixo. Proprietário dos engenhos: Santo Inácio, Algodoais, depois engenho Velho, Utinga de Baixo, Utinga de Cima/Cabo de Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Santo Inácio

88.      Engenho Santos Cosme e Damião /Recife
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Fernandes Vieira - Nasceu em 1610/Funchal/Ilha da Madeira/Pt e faleceu em 1681/Olinda, em 1886 seus restos mortais foram descobertos na igreja do Convento de Olinda; em 1942, e foram trasladados para a Igreja de N. Sra. dos Prazeres dos Montes Guararapes/Recife. Filho ilegítimo de Francisco de Ornelas Muniz e uma mulher humilde. Fugiu para o Pernambuco/Brasil, em 1620, com dez anos de idade. Mudou o seu nome de Francisco de Ornelas para João Fernandes Vieira. Trabalhou como auxiliar de açougue; feitor; voluntário da guerra, durante a invasão holandesa, defendendo os portugueses no Forte de São João, 1630. Ficou rico graças aos seus esforços e as doações que recebeu do seu patrão: Affonso Rodrigues Serrão, e pela amizade com o Conselheiro Político e proprietário de engenho o holandês Jacob Stachhouwer. Em 1639, foi indicado para o cargo de Escabino de Olinda e de Escabino de Maurícia (Recife), 1641/1643. Casou-se, em 1643, com Maria César, filha de Francisco Bereguer de Andrada e de Joana de Albuquerque. Passou a ter o apoio da comunidade luso-brasileira e a confiança do governo holandês (colaborador e conselheiro). Era um dos maiores devedores da Companhia das Índias Ocidentais, com uma dívida, em 1642, estimada em 219.854 florins. Quando a insatisfação dos senhores de engenho de Pernambuco se intensificou, após a partida do Conde Maurício de Nassau, em 1644, Vieira percebendo as vantagens a serem alcançadas com a expulsão dos holandeses, se afastou dos flamengos. Participou da Batalha das Tabocas/Vitória de Santo Antão, em 03/08/1645 e da  Batalha de Casa Forte, no dia 17/08, do mesmo ano. Após a tomada do engenho Casa Forte, Vieira voltou com seus homens ao seu engenho São João/Várzea, e de lá iniciou um sistema de estâncias militares, fortificações onde pudessem estar seguros e guardar pólvora e munições de guerra. Participou das duas Batalhas dos Guararapes, sob o comando do general Barreto de Meneses, nos dias 19/04/1648 e 19/02/1649. Como recompensa pelos serviços prestados na guerra foi nomeado Governador da Paraíba (1655-1657) e lhe concedido o posto de Capitão General do Reino de Angola (1658-1661). Exerceu também o cargo de Superintendente das Fortificações do Nordeste do Brasil, 1661/1681. Vieira encomendou a frei Rafael de Jesus um livro para contar sua vida, exaltando seus feitos. Proprietário de muitos escravos e de 16 engenhos na Paraíba: Ilhetas; Cumaúpam Inhobim ou dos Santos Cosme e Damião, Inhaman; e em Pernambuco: Tibiri de Cima e de Baixo/Rio Formoso; Santos Cosme e Damião, Santo  Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven ou Várzea do Capibaribe, Santa Madalena, Meio, Ambrósio Machado, depois Cordeiro/Recife; São João, Molinote/Cabo de Santo Agostinho; Jaguaribe/Abreu e Lima; São Gabriel/Barreiros; Santo  André, Santana/Jaboatão dos Guararapes; São Francisco/Água Preta, Paulista, Paratibe de Baixo, Maranguape, Paratibe de Cima ou  Riba (depois engenho Paulista)/Igarassu; Abreu/Nazaré da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: Cosme Dias da Fonseca - Casado com Mência de Moura, filha de Filipe de Moura Rolim e de Genebra Cavalcanti. Curiosidades: Durante a invasão holandesa João Paes Barreto fuigu com Matias de Albuquerque, levando consigo os seus irmãos Estevão, Cristóvão, Miguel, Diogo, Antônio, Felipe; Catarina Barreto, viúva de Luís de Souza; Isabel de Moura, viúva de Antônio Ribeiro de Lacerda, e sua irmã, Mência de Moura, mulher de Cosme Dias da Fonseca; abandonando suas propriedades. Curiosidades: Reclamou o Conde de Nassau dos altos juros cobrados pela Companhia aos seus devedores, contrariando o próprio edital vigente que estabelecia o juro de 12% ao ano sobre as dívidas contraídas com a Companhia das Índias Ocidentais, conforme mais uma vez relata Gaspar Barlaeus em obra citada. Além disso, deve atender-se a que um edito do ano de 1640 determinou que pelas dívidas garantidas por penhor não se cobrar juros superiores a 12% e pelas não garantidas apenas de 8%. São fáceis os exemplos de quão enormemente os nossos burlaram esta lei, exigindo um juro ilegal. Cosme de Oliveira, tendo comprado alguns escravos; por 9.000 florins, depois de pagar 12.000 de mora, foi preso por uma dívida de mais 15.000 florins. Proprietário dos engenhos: Salgados e Tabatinga de Santa Luzia/Ipojuca; Santos Cosme e Damião/ Goiana.
Proprietário/Morador/Rendeiro: David van Kessel - Escabino de 1638 a 1643. Comprou o engenho de Helmich Fereres. Proprietário dos engenhos: Santos Cosme e Damião e do Bujari/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: Helmech Fereres - Tenente. Proprietário dos engenhos: Goiana, Jacaré, Santos Cosme e Damião e Bujari/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: Isac de Rosière - Escabino da Freguesia de Santo Antônio do Cabo de Santo Agostinho, presbítero. Proprietário dos engenhos: Santos Cosme e Damião, Gargaú e do Meio
Proprietário/Morador/Rendeiro: Jerônimo Cavalcante - Capitão-Mor de Itamaracá e Goiana; Fidalgo da Ordem de Cristo. Fugiu com Matias de Albuquerque. Casado com Catarina de Vasconcellos. Filho de Felipe Cavalcanti de Albuquerque e de Maria de Lacerda. Proprietário dos engenhos: Três Paus, Santos Cosme e Damião, Tracunhaém de Cima chamado Mossombu e Bujari/Goiana; Buenos Aires/Cabo de Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Gonçalves da Paz – Durante a invasão holandesa fugiu com Matias de Albuquerque. Proprietário dos engenhos: Santos Cosme e Damião e Cocaú/Ipojuca.



89.      Engenho São  Salvador/Jaboatão dos Guararapes
Proprietário/Morador/Rendeiro: Maria Amélia Carneiro Campello - Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-1155

90.      Engenho São Bartolomeu/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pedro Lopes de Vera – Capitão. Faleceu em 1651/Bahia. Possuidor do passaporte holandês. Membro dos escabinos de Olinda. Segundo administrador do Morgado do Senhor Bom Jesus, citado em Tempos Flamengos. às páginas 157/269, como Judeu. Filho de João de Veras e de Adrianna de Hollanda. Casado com Catharina de Lyra, com pais naturais da "Ilha da Madeira. Proprietário dos engenhos: Gurjaú ou Grojaú, Bom Jesus, São João e Trapiche ou N. Senhora da Conceição, São Bartolomeu/Cabo de Santo Agostinho, Sembras e N. Senhora do Rosário/Ipojuca.

91.      Engenho São Bartolomeu/Jaboatão dos Guararapes - Fundado no final do século XVI, pertenceu judeu Fernão do Vale, na época da invasão holandesa. Foi no engenho que foi criado o Bolo São Bartolomeu e o Souza Leão, por Rita de Paula Souza Leão, casada com o Cel. Agostinho de Holanda. A casa grande do engenho construída, em 1636, foi morada de judeus, cristãos novos e holandeses. As paredes de feitoria e a senzala ainda resistem ao tempo. O engenho era movido a bois e produzia muita aguardente. Em 2010, o usineiro João Lopes de Siqueira Santos, mandou demolir a casa grande do engenho quando soube que o pedido de tombamento da casa grande tinha sido aceiro pelo Pref. Elias Gomes e encaminhado para análise de acordo com a Lei municipal 104/97, que estabelece as restrições, benefícios e conseqüências do tombamento a nível local. Este fato nos remete ao ano 1928, quando o engenho Megaype de Baixo, também de propriedade do usineiro João Lopes de Siqueira Santos, vizinho ao São Bartolomeu, também foi destruído pelos mesmos motivos.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco do Vale – Capitão. Judeu holandês. Casado com Luiza Antônia de Jesus. Curiosidades: Em 15/02/1635 o engenho São Bartolomeu/Jaboatão dos Guararapes é atacado por poderosa força holandesa sob o comando do Coronel Sigismund Van Schkopp e a 15/08/1646 foi, pela terceira vez, atacado pelos holandeses que prenderam Francisco do Vale  proprietário do engenho e mais nove pessoas, as conduzindo para o Recife, dando-lhes destino ignorado. Reza a lenda que Francisco aparece à noite para os moradores, informando que existem riquezas enterradas no terreno atrás da casa grande.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Fernão do Vale - Judeu holandês. Herdou a propriedade de seu irmão Francisco do Vale. Casado com Constância Manelli. Participou das reuniões da Batalha dos Guararapes. Ouvia os planos dos pernambucanos e portugueses e delatava aos holandeses (lhe é atribuído a traição a Fernandes Vieira). Fernão do Vale esteve entre os marranos que aderiram à dominação batava; e junto a Sebastião de Carvalho foi redator da carta anônima alertando o governo do Recife para a preparação da revolta luso-brasileira de 1645 (Batalha dos Guararapes). Um documento holandês de 1637 relaciona, em Jaboatão dos Guararapes, o engenho São Bartolomeu, pertencente a Fernão do Vale. A família mandou trazer da Hollanda a imagem de São Bartolomeu.  Curiosidades: De 27/08 a 4/9/1640, o conde Maurício de Nassau querendo sentir a opinião de seus jurisdicionado, convocou uma Assembléia de conteúdo democrático. Dela participaram numerosos proprietários de engenhos, representando suas freguesias: Gaspar Dias Ferreira/cidade Maurícia; Arnau de Holanda/S. Lourenço; João Fernandes Vieira/Várzea; Manuel Paes/Cabo de Santo Agostinho; Amador de Araújo/Ipojuca; F. Fernandes Araújo/Sirinhaém; Antonio Bulhões/Jaboatão dos Guararapes; Fernão do Vale/Muribeca; Gonçalo Novo de Lira/Igarassú; Rui Vaz Pinto/Itamaracá; Antonio Pinto de Mendonça/ Paraíba e Francisco Rabelo/Porto Calvo.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Agostinho Bezerra da Silva Cavalcanti Coronel. Filho de Antônio Luiz Bezerra da Silva e de Rita Francisca Xavier Cavalcanti. Faleceu em 1920. Casado com, Rita de Paula Souza Leão, filha de Antônio de Paula Leão e de Tereza B. V. Cavalcanti. Falecida em 1920. Rita era uma renomada quituteira da época, tem-se conhecimento de que muitas de suas receitas ficaram famosas, como a do Bolo São Bartolomeu e o Bolo Souza Leão, que foram bastante apreciados pelo imperador dom Pedro II e sua mulher, Teresa Cristina, em viagem a Pernambuco. Proprietário dos engenhos: São Bartolomeu, Santo Agostinho, Novo/Jaboatão dos Guararapes e São Jerônimo da Várzea/Recife
Proprietário/Morador/Rendeiro: Augusto de Castro – Agrônomo. Comprou o engenho São Bartolomeu, em 1900, onde plantou várias mudas de árvores centenárias, que ainda hoje embelezam a propriedade
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisca Xavier Cavalcanti - Engenho comprado em 1831. Trabalhavam na época 34 escravos.
92.      Proprietário/Morador/Rendeiro: João Lopes de Siqueira Santos – Nasceu em 1914/engenho Bastiós/Ribeirão. Filho de João Lopes de Siqueira Santos e de Benvinda Arruda de Siqueira Santos. Advogado; Pecuarista; Deputado Federal (1955-1959 e 1959-1963); Diretor-Gerente, Usinas Caxangá, Bamburrai e Estreliana; e Diretor-Presidente, Usina Bom Jesus/Cabo de Santo Agostinho. Em 2010, o usineiro João Lopes, mandou demolir a casa grande do engenho quando soube que o pedido de tombamento da casa grande tinha sido aceiro pelo Pref. Elias Gomes/ e encaminhado para análise de acordo com a Lei municipal 104/97, que estabelece as restrições, benefícios e conseqüências do tombamento a nível local. Este fato nos remete ao ano 1928, quando o engenho Megaype de Baixo, também de propriedade do usineiro, vizinho ao São Bartolomeu, também foi destruído pelos mesmos motivos.

93.      Engenho São Bento Massurepe/Paudalho - Primeiro engenho instalado em Paudalho, por volta de 1630, sob invocação a São Gonçalo e de fogo vivo. Engenho citado em Pereira da Costa como em São Lourenço da Mata.  As terras do engenho (5 mil braças) foram compradas Izabel Dias Videira, viúva de Manuel Gonçalves de Souza. Livro de Tombo do Mosteiro de São Bento em Olinda (ROCHA, 1948). O engenho tem 12 km2, fica localizado a 08 km da Estação Tapera da Estrada de Ferro Central de Pernambuco, hoje Bonança, distrito de São Lourenço da Mata. Em 1917, foi transferida para o engenho, a Escola Superior de Agricultura de São Bento, núcleo inicial agregado à Escola Superior de Medicina Veterinária, que originou a atual Universidade Federal Rural de Pernambuco, que ficava em Olinda; fundada em 1912 pelo abade D. Pedro Roeser. Engenho vinculado a Usina Tiúma.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Tiúma

94.      Engenho São Bento/Aliança
Proprietário/Morador/Rendeiro: Gregório Parente Sá Barreto - Rendeiro

95.      Engenho São Bento/Aliança
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 17/04/2000, ligados ao MST. Extrato de Laudo de Avaliação para fins de Reforma Agrária. Processo/ INCRA/SR-03/PE/N°54140.002781/2005-14. Imóvel: Engenho São Bento e Floresta/Catende e Jaqueira. Área registrada: 351,0000 Ha. Exploração predominante: agricultura (cana-de-açúcar). Decreto de 13 de outubro de 2006. Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, os imóveis rurais que menciona, e dá outras providências.

96.      Engenho São Bento/Catende
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre proprietários e/ou moradores
Ocupado pelos sem terras. Decreto/06 | Decreto de 13 de outubro de 2006. Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, os engenhos: Passo da Pátria/Palmares; Harmonia/Catende-Palmares. Tombador/Palmares; São Bento e Floresta/Catende-Jaqueira; Boa Sorte/Palmares; Monte Pio/Catende-Água Preta-Palmares.

97.      Engenho São Bento/Jaboatão dos Guararapes
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Nunes Barbosa - Cristão novo

98.      Engenho São Bento/Paudalho - Primeiro engenho instalado em Paudalho, por volta de 1630, sob invocação a São Gonçalo e de fogo vivo. Engenho citado em Pereira da Costa como em São Lourenço da Mata.  As terras do engenho (5 mil braças) foram compradas a Izabel Dias Videira, viúva de Manuel Gonçalves de Souza. Livro de Tombo do Mosteiro de São Bento em Olinda (ROCHA, 1948).
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Nunes Barbosa – No século XVII, durante a ocupação holandesa o documento conhecido como “Breve discurso” datado de 14/01/1638, que relaciona os engenhos de Pernambuco, entre os da freguesia de São Lourenço da Mata, está o Engenho São Bento cujo proprietário era Francisco Nunes Barbosa e acrescenta “é d´água e de fogo vivo”.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Gonçalves de Souza – As terras do engenho foram vendidas pela sua viúva Izabel Dias Videira a Belmiro da Silveira Lins.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Belmiro da Silveira Lins - Barão da Escada, (1874). Nasceu em 1827 e faleceu em 1880. Político e Tenente-Coronel da Guarda Nacional. Participou da chamada Hecatombe de Vitória (conflito político ocorrido nas vésperas da eleição provincial, disputado pelo Barão de Escada e a família Souza Leão). Assassinado durante uma campanha senatorial pelo Espírito Santo. Filho de Henrique Marques Lins, 1º Barão e Visconde de Utinga, e de Antônia Francisca Veloso da Silveira. Casou-se com Maria de Sousa, com a qual teve uma filha: Antônia Lins. Col. Francisco Rodrigues; FR-2864. Proprietário dos engenhos: Harmonia/Catende; Jaguaribe/Abreu e Lima e Massurepe/Igarassu; São Bento/São Lourenço; São Bernardo/Paudalho; Goitá/Limoeiro; Lagoa Grande/Glória de Goitá; São Bento/Paudalho; Terra Vermelha/Lagoa do Carro; Alegria e Limoeiro Velho/Escada.

99.      Engenho São Bento de Mussurepe/São Lourenço da Mata – Para o engenho, foi transferida, em 1917, a Escola Superior de Agricultura de São Bento, instalada a princípio, em Olinda, quando da sua fundação em 1912, pelo abade D. Pedro Roeser, núcleo inicial agregado à Escola Superior de Medicina Veterinária, que originou a atual Universidade Federal Rural de Pernambuco. Outro engenho da mesma freguesia era o “Engenho São Bento de Musurepe”, pertencente à Ordem dos Beneditinos. Mello (2004).
Proprietário/Morador/Rendeiro: Beneditinos do Mosteiro de Olinda - Com a expulsão dos jesuítas do Brasil, em 1759, os bens da Ordem foram arrolados pela Coroa e vão a leilão. Propreitários dos engenhos: Terra Vermelha e Lagoa Grande/Glória de Goitá; São Bento/São Lourenço; Terra Vermelha/Lagoa do Carro; Massurepe e São Bernardo/Paudalho; Jaguaribe/Abreu e Lima; Massaranduba do Norte/Itamaracá.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Filipe de Moura - Casado com a prima Izabel de Albuquerque. Filho de Manuel de Moura e de Izabel de Albuquerque, irmão de Jerônimo de Albuquerque (o Torto)
Proprietário/Morador/Rendeiro: Luiz de França Carneiro da Cunha
Proprietário/Morador/Rendeiro: Escola Superior de Medicina Veterinária/ Universidade Federal Rural de Pernambuco – Em 1917 a Escola Superior de Agricultura de São Bento, núcleo inicial agregado à Escola Superior de Medicina Veterinária, que originou a atual Universidade Federal Rural de Pernambuco, que ficava em Olinda foi transferida para o engenho; fundada em 1912 pelo abade D. Pedro Roeser.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Tiúma

100.    Engenho São Bernardo/Paudalho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Belmiro da Silveira Lins - Barão da Escada, (1874). Nasceu em 1827 e faleceu em 1880. Político e Tenente-Coronel da Guarda Naciona. Participou da chamada Hecatombe de Vitória (conflito político ocorrido nas vésperas da eleição provincial, disputado pelo Barão de Escada e a família Souza Leão). Assassinado durante uma campanha senatorial pelo Espírito Santo. Filho de Henrique Marques Lins, 1º Barão e Visconde de Utinga, e de Antônia Francisca Veloso da Silveira. Casou-se com Maria de Sousa, com a qual teve uma filha: Antônia Lins. Col. Francisco Rodrigues; FR-2864. Proprietário dos engenhos: Harmonia/Catende; Jaguaribe/Abreu e Lima e Massurepe/Igarassu; São Bento/São Lourenço; São Bernardo/Paudalho; Goitá/Limoeiro; Lagoa Grande/Glória de Goitá; São Bento/Paudalho; Terra Vermelha/Lagoa do Carro; Alegria e Limoeiro Velho/Escada.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Beneditinos do Mosteiro de Olinda - Com a expulsão dos jesuítas do Brasil, em 1759, os bens da Ordem foram arrolados pela Coroa e vão a leilão. Proprietários dos engenhos: Terra Vermelha e Lagoa Grande/Glória de Goitá; São Bento/São Lourenço; Terra Vermelha/Lagoa do Carro; Massurepe e São Bernardo/Paudalho; Jaguaribe/Abreu e Lima; Massaranduba do Norte/Itamaracá.

101.    Engenho São Brás Coimbero/Cabo de Santo Agostinho - Segundo referência documental holandesa o engenho é movido a água e de fogo vivo. Foi edificado por Antônio da Silva, antes de 1630. Quando houve a invasão holandesa, este engenho pertenceu aos invasores que ali construíram benfeitorias (Inventário Potencial Turístico de PE, 1998). Nos mapas do DSE, de 1918, o engenho já possuía terras cultivadas, sua sede é composta pela casa grande: com apenas um pavimento, circundada por alpendres, com cobertura em quatro águas, com estado de conservação regular e uso residencial; e capela: exemplo raro da arquitetura religiosa, sendo o elemento de maior importância do conjunto, onde se destaca os trabalhos de talha do altar-mor, dos altares colaterais, do púlpito e das safenas, se encontra abandonada, quase em ruínas. A senzala, à esquerda da capela, ainda possui a estrutura original, porém uma casa recentemente construída prejudicou a harmonia do conjunto. Tanto esta casa quanto a capela são utilizadas como moradia pelos trabalhadores do engenho. Atualmente, a propriedade pertence à Usina Bom Jesus. (Inventário Potencial Turístico de PE, 1998).
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio da Silva Barbosa - Ficou do lado dos holandeses. Fundou o engenho antes de 1630.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio d’Ahilda – Possuía passaporte holandês, durante a invasão holandesa.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Cristóvão Paes Barreto – Capitão-mor do Cabo de Santo Agostinho. Fidalgo Cavaleiro da Ordem de Cristo. Nascido no Cabo de Santo Agostinho. Filho de João Paes Velho Barreto e Inez Tavares Guardez. Casado com Margarida de Melo (09 filhos), filha de João Gomes de Mello e Anna de Hollanda. Proprietário dos engenhos: Algodoais, Garapu, Guerra, Jurissaca, Novo, Pirapama, São Braz Coimbero, Santo Estevão, Utinga, Trapiche/Cabo de Santo Agostinho; Jacaré/Goiana; Santa Luzia, Velho ou Santo Antônio dos Montes/Ipojuca; Santo André/Muribeca e o Santo Antonio/Recife. Curiosidades: Mulheres nobres procuraram acolhimento no recolhimento de Olinda, como Maria da Trindade, Ana de Mello Barreto, naturais do Cabo de Santo Agostinho, filhas de Cristóvão Paes Barreto e Margarida de Mello, consideradas como virtuosas e dedicadas em exercícios espirituais e na aplicação de seus cabedais para a abastança da casa. Viveram recolhidas até a morte de ambas, que ocorreu em 1626.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Paes Velho Barreto - Nascido em 1544/PT e falecido em 1617. Filho de Antonio Velho Barreto teve muitos irmãos: Estevão, Cristóvão, Miguel, Diogo, Antonio, Filipe e Catarina. Em 1560, já era o Morgado de Nossa Senhora da Madre de Deus do Cabo Santo Agostinho, vinculando o Engenho Madre de Deus, depois engenho Velho. Casado com Inês Tavares Guardez, filha de Francisco de Carvalho de Andrade, senhores do engenho São Paulo, na Várzea do Capibaribe, que ao casar levou como dote os engenhos: Madre Deus ou Velho, Guarapu, Algodoais, Trapiche, Guerra, Ilha, Santo Estevam e Jurissaca; este último vinculou-o a Catarina Barreto, sua filha. Deve ter chegado ao Brasil em 1557. Fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem de Cristo. Prestou serviços durante a colonização da PB e RN. Fundou o 1º Engenho do Cabo Santo Agostinho, em 1580. Foi um dos heróis da defesa do forte real do Bom Jesus - Arraial Velho; em 1635, caiu prisioneiro dos holandeses. Forçado a abandonar a sua casa e as suas 12 propriedades agrícolas, conseguindo retirar 350 e  muito gado. Fugiu, em 1635, com Matias de Albuquerque, com os seus irmãos Estevão, Cristóvão, Miguel, Diogo, Antônio. Filipe e Catarina Barreto, viúva de Luís de Sousa, os quais também abandonaram as suas casas e fazendas. Em 1637 foram os seus bens, confiscados pelos holandeses; um engenho foi vendido a Julião Paes de Altero e os engenhos: Velho e Guerra por 70.000 florins, quantia elevadíssima nessa época, o que demonstra o valor de tais propriedades. Naquele mesmo ano acompanhou Paes Barreto o exército em sua retirada para a Bahia, mas chegando à cidade de S. Cristóvão, capital de Sergipe, embarcou para a Europa em comissão oficial. Por seu falecimento o seu primogênito Francisco Paes Barreto  tornou-se o Morgado do Cabo. Proprietário dos engenhos: Algodoais, Garapu, Guerra, Jurissaca, Novo, Pirapama, São Braz Coimbero, Santo Estevão, Utinga, Trapiche ou Nossa Senhora. da Conceição/Cabo Santo Agostinho; Jacaré/Goiana; Santa Lúcia, Velho ou Santo  Antônio dos Montes/Ipojuca; Santo André/Muribeca- Jaboatão dos Guararapes e o Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven ou Várzea do Capibaribe/Recife. Curiosidades: Refere Borges da Fonseca que, anos depois, exerceu o cargo de Comissário Geral da Cavalaria do nosso exército, "posto exercido também em Madrid, quando foi mandado pelo Conde de Bagnuolo à dita corte no ano de 1637, representando  el-rei D.Filipe, que era o 3º de Portugal ". Enquanto não voltou à pátria, refere Loreto Couto: Paes Barreto serviu em Flandres, onde em várias ocasiões deu mostras de seu valor e esforço. As suas terras terminaram depois doadas ao filho dele, Cristóvão Paes Barreto.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Julião Paes d’Altro - Fugiu do Matias de Albuquerque. Falecido entre os luso-brasileiros. Seus engenhos foram confiscados pelos holandeses. Proprietário dos engenhos: Santa Luzia, São Brás Coimbero, Utinga e São José/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Mendes, Lima & Cia - Antonio Fernandes Ribeiro foi o fundador da firma "Barros, Mendes & Cia", em sociedade com os portugueses: João José Rodrigues Mendes e Gonçalo Alfredo Alves Pereira, sucedida por "Mendes, Lima & Cia, ao brasileiro José Adolpho de Oliveira Lima. A firma iniciou suas atividades comerciais com a compra de bacalhau, e depois como importadora do mesmo produto. Anos depois interessou-se pela atividade açucareira como comissária e exportadora de açúcar, que adquiria por financiamento antecipado a Engenhos e Usinas. Desse modo conseguiu acumular considerável patrimônio, por compra, ou em ressarcimento daquelas unidades incapazes de saldarem seus compromissos, conforme observa-se pelo levantamento do ativo da empresa por ocasião do inventário procedido com o falecimento do sócio Joaquim Lima d'Amorim que ingressara na firma em 1900, e cujos bens estavam assim arrolados as Usinas: Perseverança e engenhos; Trapiche; Ubaquinha; Engenhos: Camaragibe, Jaciru, Cachoeira Nova, Cachoeira Velha , Anjo, Palma, Ubaca, Ubaquinha, Xanguá, Sapucaia, Sibiró do Cavalcanti, Porto Alegre, Gindaí ou Gindahi/Sirinhaém; Jardim/Catende; Jacaré/Goiana; Laje Nova/Palmares; Santana, Mangueira/Água Preta; Sirinhaém depois Todos os Santos, São Bras Coimbero/Cabo de Santo Agostinho; São Domingos/Barreiros; Fluminense; Rosário; Canto Escuro; Trapiche; e Machado.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pero de Albuquerque – Capitão. Ficou do lado dos holandeses. Foi excluído da primeira lista de eleitores de Olinda, por considerarem “inabilitado, por ser supostamente judeus; essa intolerância religiosa se deu porque os cristãos-velhos portugueses não queriam dividir o poder com os judaizantes. Casado com Catarina Camello, que se encontrava ausente durante a invasão holandesa. Proprietário dos engenhos: Jaguaré/Ipojuca; Sirinhaém depois Todos os Santos, Jaserú e Nossa Senhora da Palma/Sirinhaém; São Braz Coimbero/Cabo de Santo Agostinho;
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Bom Jesus;

102.    Engenho São Brás/Recife
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nuno Álvares - Cristão novo

103.    Engenho São Brás/Sirinhaém
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Bernardo das Virgens

104.    Engenho São Caetano/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Correia Accioly Lins – Coronel. Proprietário dos engenhos: Fanal da Luz, São Caetano/Palmares

105.    Engenho São Caetano/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Carlos Julio Boulitreau – Francês. Chegou aos Recife com seus pais em 1837, com 18 anos. Filho e herdeiro de Pierre Victor Boulitreau e de sua 1ª esposa Louize Marie Juliane. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-1078; 1079; e 108. Proprietário dos engenhos: São João e São Caetano/Cabo de Santo Agostinho, adquiridos do barão de Vera Cruz, o Sr. Manuel Joaquim Carneiro da Cunha
Proprietário/Morador/Rendeiro: John Chance – Rendeiro do engenho São Caetano
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Joaquim Carneiro da Cunha - Século XIX – Barão de Vera Cruz. agraciado com o título (Dec. 14.03.1860).  Nasceu em 1849/Pernambuco e faleceu em 1868. Filho de Joaquim Manuel Carneiro da Cunha e de Antonia Maria de Albuquerque Lins. Coronel; Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Academia de Olinda, 1834; Adido de 1ª classe à legação brasileira em Viena; recusou a nomeação de Secretário da legação na Rússia; Deputado à Assembléia Provincial; Vice-Presidente da Província de Pernambuco (1857 a 1863). Foi um dos sócios fundador do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Casou em 1855, com sua sobrinha Antonia Maria Carneiro de Albuquerque, Baronesa de Vera Cruz, filha do Capitão-mor João Cavalcanti de Albuquerque, engenho Monjope e Tamataupe, e de Maria Arcanja Carneiro da Cunha. O seu casamento foi arranjado pelo seu pai, assim que ela nasceu, para que sua riqueza permanecesse na família e seu sobrenome não se perdesse, a menina foi prometida ao próprio tio, 20 anos mais velho; enviuvou aos 38 anos. Pais de Maria Arcanja Carneiro da Cunha, única, nascida em 1857 e falecida em 1867. No seu engenho Monjope recebeu D. Pedro II e sua comitiva onde jantaram e pernoitaram em 1859, quando Sua Majestade se dirigia às trincheiras do Tejucupapo, "para render homenagem, no próprio sítio, ao valor da mulher pernambucana". A escravaria do Barão de Vera Cruz era numerosa e "mantinha uma banda de música". Proprietário dos engenhos: Monjope/Igarassú; São Caetano/Cabo de Santo Agostinho; São João/Itamaracá
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pierre Victor Boulitrea – Nasceu em 1812/França e faleceu em 1882/Engenho São João/Recife. Parte desse período (1840/1844) atuou como engenheiro-chefe,  responsável pelo plano urbanístico do Recife: estradas de Apipucos, Caxangá e de Vitória de Santo Antão; expansão da cidade Nova de Santo Amaro; nivelamento das casas e das velhas ruas recifenses; reformas de algumas igrejas do interior de Pernambuco; o Tribunal de Relação; o Cais do Colégio (imediações do Cais de Santa Rita); as calçadas do Recife; as três residências da senhora Maria Peretti (no bairro de Caxangá); o solar da Academia Pernambucana de Letras; o Palácio dos Manguinhos; a residência do Conde da Boa Vista (hoje ocupada pela Secretaria de Segurança Pública). Casa grande do engenho Cahypió/Ipojuca e a dos seus engenho São João e São Caetano (no município do Cabo de Santo Agostinho) adquiridos do Barão de Vera Cruz, Manuel  Joaquim Carneiro da Cunha, tornando-se, assim, senhor de engenho em Pernambuco, onde sua técnica revolucionou os processos obsoletos da agroindústria açucareira. Instalou o 1º tacho de cobre. Proprietário dos engenhos: Fragoso/Olinda, São Caetano, São João/Cabo de Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Augusto Otaviano de Sou­za Coronel. Casado com Clementina Otávia de Souza. Fundou nas terras do engenho a Usina Bom Jesus, em 1890. Não suportando os débitos, hipotecou-a ao Banco de Crédito Rural de Pernambuco, juntamente com outros bens, em se­tembro de 1898. Com o propósito de insistir na posse das propriedades, Augusto Otaviano de Souza e sua mulher, D. Clementina Otávia de Souza, conservaram o domínio dos imóveis, ate maio de 1918, ocasião em que vendeu e transferiu o conjunto agroindustrial, constituído pela usina e pelos engenhos: Bom Jesus, Roças Ve­lhas, Guerra, Matas, Cajabussu, além de partes do engenho Ce­dro e São Caetano/ Cabo de Santo Agostinho; Rico/Jaboatão dos Guararapes, aos Srs. Jose Lúcio Fer­reira e Luiz Ferreira Gomes da Silva Filho, cuja escritura pública data de 29 de maio de 1918.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Jose Lúcio Fer­reira e Luiz Ferreira Gomes da Silva Filho – Compraram a Usina e os engenhos: Bom Jesus, Roças Velhas, Guerra, Matas, Cajabussu e Cedro/Cabo de Santo Agostinho e o Rico/Jaboatão dos Guararapes, a Augusto Otav iano de Souza. José Lúcio era casado com Maria José Colaço Ferreira e Luiz com Inalda Colaço Ferreira. Em 1919, passaram a posse da Usina e dos engenhos por Cr$ 3000.000,00, a: João Lopes Siqueira Santos, Hermano Brandão de Siqueira Santos e o Cel. Antônio Pedro Soares Brandão, que constituem uma sociedade e transferem a usina e os engenhos para a firma soba a razão social de Santos, Siqueira & Cia. Em 1923, o coronel Antônio Pedro desligou-se da sociedade e, em 1924, morreu Hermano Brandão, ficando assim João Lopes da Siqueira Santos, como único sócio até seu falecimento em 1934, ficando a Usina Bom Jesus e todo seu conjunto a viúva Benvin­da Arruda de Siqueira Santos e demais herdeiros.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Benvinda Arruda – Casada com João Lopes Siqueira Santos. Viúva e herdeiras, junto aos seus filhos. Subdividindo o espólio, cuja maior parte destinou-se à viúva, per­manecendo o domínio dos bens em estado de condomínio ate 1945, momento em que a indústria e todo seu complexo foram transformados em sociedade anônima. Ficando na frente do empreendimento: José Lopes de Siqueira Santos, até que este acabou por adquirir a Usina Estreliana, quando se fez uma permuta da sua parte na Usina, tempo em que registramos a direção da Bom Jesus sob a responsabilidade ao seu cunhado Dr. Jaime de Queiroz Monteiro, que em 1954 vendeu sua parte a D. Benvinda e a seu filho caçula, ficando como sócia ma­joritária ate o seu falecimento, o que ocorreu em 1954. Após o seu falecimento a Usina ficou como herança para seus filhos.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Lopes Siqueira Santos – Filho de Benvinda de Arruda e de João Lopes de Siqueira Santos. Casado com Marina Loyo Meira Lins. Comprou a usina e seus engenhos aos sócios, após uma assembléia em 1957.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Bom Jesus – Clóvis Paiva, assumiu a Usina e seus engenhos em 1994. Hoje se encontra sob a administração de Paulo Pragana Paiva

106.    Engenho São Caetano/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

107.    Engenho São Carlos/Vitória de Santo Antão
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Cavalcante de Araújo

108.    Engenho São Cosme e Damião/Ipojuca - Segundo documentos holandeses o engenho São Cosme e Damião produzia 3.108 arrobas de açúcar marcho e 500 açúcar branco. Capela dedicada ao Senhor Santo Cristo.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Duarte de Aragão Ximenes – Cristão novo. Casado com Isabel Rodrigues da Veiga. Curiosidades: Alguns cristãos novos tornaram-se senhores de Engenho, mercadores, outros se transformaram em rendeiros na cobrança dos dízimos e faziam empréstimos, sendo denunciados como agiotas. Grande parte deles dedicava-se ao comércio de exportação de açúcar, indústria que se encontrava em franco desenvolvimento na Capitania. Alguns chegavam muito jovens e, com a exportação desse produto, se transformavam em representantes das grandes famílias de capitalistas da época, como João da Paz e Duarte Ximenes, ligado por laços de parentesco aos Ximenes de Aragão, grandes comerciantes de Antuérpia.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Rêgo Barros de Lacerda - O 1º Barão com grandeza, Visconde com grandeza e Conde  de Boa Vista. Nasceu em 1802/engenho do Trapiche/Cabo Santo Agostinho e faleceu em 1870/Pernambuco. Filho do Cel. Francisco do Rego Barros e de Mariana Francisca de Paula Cavalcanti de Albuquerque. Casou-se com Ana Maria Cavalcanti do Rego Barros. Bacharel em Matemáticas pela Univ. de Paris; Brigadeiro do Exercito; Deputado da Assembléia Geral por Pernambuco, de 1830/1852; Senador, em 1850; Presidente da Assembléia, 1837, 1841 e de 1841/1844; Presidente da Província do RS, em 1865 e seu Comandante das Armas Grande do Império; Veador de S. M. a Imperatriz; Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial; Dignitário da1ª Ordem do Cruzeiro; Cavaleiro da 1ª Ordem da Rosa, de São Bento de Aviz; Comendador da Real Ordem de Cristo de Portugal; e membro do IHGB. Em 1893 foi aos Estados Unidos, para adquirir e instalar uma usina-de-açúcar, em sua propriedade São João, que abrangia os engenhos São Francisco e São Cosme. Depois da instalação da Usina, começou a construir a casa grande, toda de ferro e pedra, no alto de uma colina, uma obra gigantesca e a mais confortável habitação do Recife. Francisco do Rego Barros se instalou no engenho Guararapes em 1859. Proprietário dos engenhos: São João e São Cosme e Damião/Recife; Guararapes/Jaboatão dos Guararapes e da Usina São João.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Xavier Gonçalves - Casado com Francisca Catharina Gonçalves Rocha. Prefeito do Recife, 1891; Deputado Geral do Império; Senador Estadual, Presidente da Intendência Municipal; 10° Presidente da Província nomeado por carta Imperial de 16/10/1837; Governador de Pernambuco 1837/1838, 1878/1838 e 1838/1841(reassumiu o governo). Proprietário dos engenhos: São Cosme e Damião, São Francisco e São João/Ipojuca.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel  de Barros Wanderley - Nascido por volta de 1704
Proprietário/Morador/Rendeiro: Miguel Fernandes de Távora - Cristão novo. Nascido em Lisboa. Casou em Ipojuca, com Margarida Alves de Castro, senhora de dois engenhos: Conceição e Sibiró de São Paulo/Ipojuca

109.    Engenho São Domingos/Barreiros
Proprietário/Morador/Rendeiro: Amaro Bento do Rego Barreto – Casado com Rita do Rego Barreto
Proprietário/Morador/Rendeiro: Convento do Carmo de Recife - Proprietário dos engenhos: Jardim, Machado, Ubaca e São Domingos/Sirinhaém
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Canuto de S. Thiago Ramos
Proprietário/Morador/Rendeiro: Mendes, Lima & Cia - Antonio Fernandes Ribeiro foi o fundador da firma "Barros, Mendes & Cia", em sociedade com os portugueses: João José Rodrigues Mendes e Gonçalo Alfredo Alves Pereira, sucedida por "Mendes, Lima & Cia, ao brasileiro José Adolpho de Oliveira Lima. A firma iniciou suas atividades comerciais com a compra de bacalhau, e depois como importadora do mesmo produto. Anos depois interessou-se pela atividade açucareira como comissária e exportadora de açúcar, que adquiria por financiamento antecipado a Engenhos e Usinas. Desse modo conseguiu acumular considerável patrimônio, por compra, ou em ressarcimento daquelas unidades incapazes de saldarem seus compromissos, conforme observa-se pelo levantamento do ativo da empresa por ocasião do inventário procedido com o falecimento do sócio Joaquim Lima d'Amorim que ingressara na firma em 1900, e cujos bens estavam assim arrolados as Usinas: Perseverança e engenhos; Trapiche; Ubaquinha; Engenhos: Camaragibe, Jaciru, Cachoeira Nova, Cachoeira Velha , Anjo, Palma, Ubaca, Ubaquinha, Xanguá, Sapucaia, Sibiró do Cavalcanti, Porto Alegre, Gindaí ou Gindahi/Sirinhaém; Jardim /Catende; Jacaré/Goiana; Laje Nova/Palmares; Santana, Mangueira/Água Preta; Sirinhaém depois Todos os Santos, São Brás Coimbero/Cabo de Santo Agostinho; São Domingos/Barreiros; Fluminense; Rosário; Canto Escuro; Trapiche; e Machado.

110.    Engenho São Félix/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: Bernardino de Carvalho - 5º neto, por via materna, de Francisco Vidal e de Catarina Ferreira. Proprietário dos engenhos: São Félix/Palmares e o Velho/Cabo de Santo Agostinho e Campo Alegre/ Timbauba

111.    Engenho São Fidelis/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Alves Carneiro – Co-proprietário.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João de Sousa – Coronel. Faleceu em 1749/engenho Jurissaca. Casado com Inês Barreto de Albuquerque, filha do Capitão-Mor Filipe Pais Barreto e de Brites de Albuquerque. Sepultada em jazigo próprio na capela-mor da igreja do Hospital do Paraíso. Escreve Loreto Couto: dava de comer em sua casa a muitos pobres, e todos os anos vestia aos mais necessitados; sustentava muitas órfãs, e a algumas deu dote. Curiosidades: Escritura pública lavrada no engenho Jurissaca/Cabo de Santo Agostinho, pela qual o mestre-de-campo João de Sousa e sua mulher Inês Barreto de Albuquerque instituíram um hospital do Paraíso, para cura dos pobres, e como consta do próprio instrumento, estavam ambos de comum acordo. Edificou, nas terras deles instituidores, por detrás das Trincheiras, à sua custa e dos bens, que a cada um pertencessem no casal, por morte do 1º deles instituidores, o hospital “Hospital de Nossa Senhora do Paraíso e São João de Deus” em Santo Antônio/Recife – com suas casas e oficinas, para nele morarem doze pobres, com sua igreja e capela, área do quintal para um cemitério privativo da casa, enfermeiros e mais serventes necessários e fábrica. Em 1686 já estava concluída a construção do edifício, com todas as suas dependências, e sua respectiva capela. Legando ao Hospital de N. S. do Paraíso e São João de Deus/Santo Antônio/Recife: o engenho Trapiche/Ipojuca, 02 fazendas de criar gados e cavalos no sertão do Cariri, chamadas Bonito e Sariema, umas casas no Recife, terras em Cajabussu, e um pesqueiro de rede na praia da Paiva com quinhentas braças de terra para o sertão, de Barra da Jangada até o Tapuama. Falecendo João de Sousa sem deixar filhos ou irmãos que o pudessem suceder na administração do hospital, o juiz de órfãos e ausentes lançou mão dos seus bens patrimoniais, até que em juízo fosse julgado a quem de direito competia dita administração. Suscitou-se então uma renhida questão a respeito, apresentando-se como se julgando com direito a essa sucessão o capitão-mor João Paes Barreto, o mestre-de-campo João Marinho Falcão, o licenciado Francisco de Sousa, e João de Sousa Passos. O pleito dilatou-se por dez longos anos, mas provando o capitão-mor Paes Barreto melhor direito sobre os outros contendores, obteve afinal decisão em seu favor por sentença lavrada pelo juiz de capelas Dr. João Rodrigues Colaço, em 1759. Proprietário dos engenhos: São Fidélis, Jurissaca/Cabo de Santo Agostinho e Trapiche/Ipojuca.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco de Sousa – filho de João de Sousa com (?). Herdeiro de João de Sousa e sua esposa Inês Barreto de Albuquerque.

112.    Engenho São Francisco/ Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: André Vidal de Negreiros - Português nascido em 1606/engenho São João/Pb e faleceu em 1681, está sepultado na Igreja de N. S. dos Prazeres, Monte Guararapes/Recife. Filho de Francisco Vidal, poderoso escravista e proprietário de engenho.  Em 1625, participou da luta, em Pernambuco e na Paraíba, contra a armada holandesa enviada em auxílio dos holandeses expulsos da Bahia. Em 1636, enfrentou de novo os holandeses, agora na Paraíba, saindo ferido. Em 1639, apoiando o Conde da Torre, atacou propriedades holandesas, o que levou o conde Maurício de Nassau, governante dos territórios holandeses, por sua cabeça a prêmio. Trabalhou para a expulsão dos holandeses também do Maranhão. Logo após o fim da União Ibérica, ocorrida em 1640, em que Portugal se tornou independente da Espanha, Negreiros organizou, com Fernandes Vieira, a Insurreição Pernambucana, em 1645. Lutaram sem a ajuda de Portugal. Foi um dos comandantes das Batalhas de Guararapes (1648-1649), onde os holandeses foram vencidos. Restaram a estes somente a fortaleza em Recife, onde depois do cerco a cidade e o ataque de Negreiros se renderam, em 26/01/1654, na Campina da Taborda. O prestígio obtido, o levou ao governo do Maranhão (1655-56 e 1667) e de Pernambuco (1657-1661). De 1661 a 1666, governou Angola/África. Ao voltar ao Brasil, era um homem de grande fortuna e dono de vários engenhos, uns dos maiores exploradores de trabalho escravo negro de seu tempo. Proprietário dos engenhos: Desterro/Paudalho; Novo/Goiana; São Francisco/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Fernandes Vieira - Nasceu em 1610/Funchal/Ilha da Madeira/Pt e faleceu em 1681/Olinda, em 1886 seus restos mortais foram descobertos na igreja do Convento de Olinda; em 1942, e foram trasladados para a Igreja de N. Sra. dos Prazeres dos Montes Guararapes/Recife. Filho ilegítimo de Francisco de Ornelas Muniz e uma mulher humilde. Fugiu para o Pernambuco/Brasil, em 1620, com dez anos de idade. Mudou o seu nome de Francisco de Ornelas para João Fernandes Vieira. Trabalhou como auxiliar de açougue; feitor; voluntário da guerra, durante a invasão holandesa, defendendo os portugueses no Forte de São João, 1630. Ficou rico graças aos seus esforços e as doações que recebeu do seu patrão: Affonso Rodrigues Serrão, e pela amizade com o Conselheiro Político e proprietário de engenho o holandês Jacob Stachhouwer. Em 1639, foi indicado para o cargo de Escabino de Olinda e de Escabino de Maurícia (Recife), 1641/1643. Casou-se, em 1643, com Maria César, filha de Francisco Bereguer de Andrada e de Joana de Albuquerque. Passou a ter o apoio da comunidade luso-brasileira e a confiança do governo holandês (colaborador e conselheiro). Era um dos maiores devedores da Companhia das Índias Ocidentais, com uma dívida, em 1642, estimada em 219.854 florins. Quando a insatisfação dos senhores de engenho de Pernambuco se intensificou, após a partida do Conde Maurício de Nassau, em 1644, Vieira percebendo as vantagens a serem alcançadas com a expulsão dos holandeses, se afastou dos flamengos. Participou da Batalha das Tabocas/Vitória de Santo Antão, em 03/08/1645 e da  Batalha de Casa Forte, no dia 17/08, do mesmo ano. Após a tomada do engenho Casa Forte, Vieira voltou com seus homens ao seu engenho São João/Várzea, e de lá iniciou um sistema de estâncias militares, fortificações onde pudessem estar seguros e guardar pólvora e munições de guerra. Participou das duas Batalhas dos Guararapes, sob o comando do general Barreto de Meneses, nos dias 19/04/1648 e 19/02/1649. Como recompensa pelos serviços prestados na guerra foi nomeado Governador da Paraíba (1655-1657) e lhe concedido o posto de Capitão General do Reino de Angola (1658-1661). Exerceu também o cargo de Superintendente das Fortificações do Nordeste do Brasil, 1661/1681. Vieira encomendou a frei Rafael de Jesus um livro para contar sua vida, exaltando seus feitos. Proprietário de muitos escravos e de 16 engenhos na Paraíba: Ilhetas; Cumaúpam Inhobim ou dos Santos Cosme e Damião, Inhaman; e em Pernambuco: Tibiri de Cima e de Baixo/Rio Formoso; Santos Cosme e Damião, Santo Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven ou Várzea do Capibaribe, Santa Madalena, Meio, Ambrósio Machado, depois Cordeiro/Recife; São João, Molinote/Cabo de Santo Agostinho; Jaguaribe/Abreu e Lima; São Gabriel/Barreiros; Santo  André, Santana/Jaboatão dos Guararapes; São Francisco/Água Preta, Paulista, Paratibe de Baixo, Maranguape, Paratibe de Cima ou  Riba (depois engenho Paulista)/Igarassu; Abreu/Nazaré da Mata.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Francisco Jatobá Canuto - Inspetor de Quarteirão.  Proprietário dos engenhos: São Francisco e Flor de Maio/Água Preta. Curiosidades:... em fins de 1861, Manuel Valentim e um grupo de índios envolveram se em um conflito, findando em processos e prisões. Um conflito agravado quando os índios estiveram roçando sem autorização uma área nas proximidades da casa do Inspetor do Quarteirão Manuel Francisco Jatobá Canuto. Este residente desde 1858, no local denominado Espinho em terras da Col. Leopoldina, distante pouco mais de “duas léguas” de onde moravam os índios, fora nomeado para o cargo possivelmente como recompensa pela participação sob as ordens do comandante da Guarda Nacional de Porto Calvo e do Diretor da Col. Mil. de Leopoldina, nos combates aos cabanos “onde prestou relevantis serviços em pról da legalidade” e ha muito tempo era “alvo da ojeriza e animadversão ”dos índios...
Ocupado pelos sem terras Extrato de Laudo de Avaliação para fins de Reforma Agrária. Processo/ INCRA/SR-03/PE/N°54140.002780/2005-70. Imóvel: engenho Monte Pio,..., Santa Luzia,... e São Francisco/Catende, Água Preta e Palmares. Área registrada: 7.315,9200 Ha. Exploração predominante: agricultura (cana-de-açúcar).

113.    Engenho São Francisco/Aliança
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Ferreira de Albuquerque – Tenente-Coronel. Prefeito de Timbauba. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-4669. Proprietário do engenho São Francisco e co-proprietário Gameleira/Rio Formoso

114.    Engenho São Francisco/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Felipe Paes Barreto - Soldado da tropa de 1ª linha da capitania de Pernambuco; Sargento-Mor das ordenanças do Cabo; Capitão; Cavaleiro da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, com 12 mil réis anuais de pensão efetiva; gestor municipal de Olinda; membro de pleno direito da instituição religiosa e militar fundada em 1315 pelo rei D. Diniz ao nacionalizar os bens que possuía em Portugal a Ordem dos Templários. Felipe Pais Barreto ordenou portanto, a seu procurador que requeresse a abertura das provanças, que deveriam ser realizadas no lugar de nascimento de seus pais e avós, todos naturais da capitania. Filho do 4º Morgado do Cabo, Estevão Pais Barreto e de Maria de Albuquerque. Casado com uma prima, Margarida Barreto de Albuquerque, filha única do sargento-mor Antônio Pais Barreto, Proprietário dos engenhos: Garapu e Pitimbu, a qual poderia ter levado de dote o engenho Garapu como dote. Felipe foi designado pela tia, Brites Barreto de Albuquerque, viúva de João de Souza, administrador do engenho São Francisco ou dos Algodoais (Cabo), que, com outros bens do casal havia sido legado ao hospital do Paraíso/Recife. Proprietário de sete engenhos: Garapu, Velho, Guerra, Pirapama, Santo Antônio, Algodoais e São Francisco/Cabo de Santo Agostinho.  Curiosidades: Senhor do engenho Santo Antônio, escrevia para Lisboa lembrando a sua majestade a conveniência de ser criada uma vila, dada a importância da povoação de Santo Antônio do Cabo de Santo Agostinho.

115.    Engenho São Francisco/Ipojuca – Nas terras do São João da Várzea, que pertenceram ao engenho São Francisco, foi fundada uma usina com a mesma denominação, em 1894, por Francisco do Rego Barros de Lacerda, antigo proprietário do engenho São Francisco, que para sua implantação adquiriu ao Barão de Muribeca (Manuel Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque) os engenho: São Cosme e São João, respectivamente nas margens esquerda e direita do rio Capibaribe. Para comunicação entre esses dois últimos engenhos, construiu uma ponte de ferro em 1897. Foi também um grande transformador dos métodos empregados na lavoura de Pernambuco
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Xavier Gonçalves - Casado com Francisca Catharina Gonçalves Rocha. Prefeito do Recife, 1891; Deputado Geral do Império; Senador Estadual, Presidente da Intendência Municipal; 10° Presidente da Província nomeado por carta Imperial de 16/10/1837; Governador de Pernambuco 1837/1838, 1878/1838 e 1838/1841(reassumiu o governo. Proprietário dos engenhos: São Cosme e Damião, São Francisco e São João/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Dourado Neto - Casou com Guiomar Bezerra Cavalcanti, filha de José Rufino Bezerra Cavalcanti, Usina José Rufino/Cabo de Santo Agostinho. Deputado Federal, Ministro da Agricultura e Governador de Pernambuco. Em segundas núpcias, Antônio Dourado casou com Lourdes Dubeux. Proprietário do engenho São Francisco/Ipojuca e da Usina
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco do Rego Barros de Lacerda - Primeiro e único Barão (Dec. de 18/06/1841) com grandeza (Dec. de 02/12/1854), Visconde com grandeza (Dec. de 12/12/1858) e Conde da Boa Vista (Dec. de 28/08/1860). Nasceu em 1802/Engenho Trapiche/Cabo de Santo Agostinho e faleceu em 1870/Recife. Filho do Cel Francisco do Rego Barros e de Mariana Francisca de Paula Cavalcanti de Albuquerque. Casado com Ana Maria Cavalcanti. Aos 15 anos ingressou como cadete no Regimento de Artilharia do Recife, em 1821; participou da Revolução de Goiana. Enviado preso para a fortaleza de São João da Barra/Lisboa/PT, até 1823. Em liberdade, viajou para Paris, bacharelando-se em Matemática/Universidade de Paris; de volta a Pernambuco, dedicou-se à política e, com 35 anos de idade, foi designado Presidente da província de Pernambuco, 1837/844, quando determinou ao engenheiro Firmino Herculano de Morais Âncora que construísse o atual Palácio das Princesas. Decidido a modernizar e higienizar Recife; mandou buscar engenheiros franceses, incentivou as artes e as ciências. Foram construídas estradas ligando a capital às áreas produtoras de açúcar do interior; a ponte pênsil de Caxangá; o Teatro de Santa Isabel; o edifício da Casa de Detenção do Recife; o Cemitério de Santo  Amaro; o edifício da Alfândega; canais; estradas urbanas; um sistema de abastecimento de água potável para o Recife; reconstrução das pontes Santa Isabel, Maurício de Nassau e Boa Vista; os aterros da Boa Vista, que partia da Rua da Aurora rumo à Várzea, chamada de Rua Formosa, depois  Av.  Conde da Boa Vista, 1870. Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial, dignitário da Imperial Ordem do Cruzeiro, cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa e da Imperial Ordem de São Bento de Avis e comendador da Ordem Militar de Cristo, Deputado Geral, Senador do Império do Brasil (1850/1870) e designado presidente da província do Rio Grande do Sul (1865 /1867); Comandante das Armas na Guerra do Paraguai. Falece em 1870/Recife, na sua residência, na rua da Aurora nº 405. Proprietário dos engenhos: Penedo Velho/Tracunhaem, Massiape ou Maciape/São Lourenço da Mata, São Cosme e Damião/Sirinhaém, São João da Várzea, São Francisco/Recife, Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição/Cabo de Santo Agostinho.

116.    Engenho São Francisco/Sirinhaém
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Manuel de Moraes - Tenente-Coronel. Proprietário dos engenhos: Flecheiras Novas, São Francisco, Santo André/Sirinhaém

117.    Engenho São Francisco/Vitória de Santo Antão
Proprietário/Morador/Rendeiro: João de Sá Cavalcante Lins - Coronel
Proprietário/Morador/Rendeiro: Major Lins
Ocupado pelos sem terras em 17/08/2000, 2001 e 05/04 ligados ao MST. Em processo de desapropriação

118.    Engenho São Gabriel/Barreiros
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Fernandes Vieira - Nasceu em 1610/Funchal/Ilha da Madeira/PT e faleceu em 1681/Olinda, em 1886 seus restos mortais foram descobertos na igreja do Convento de Olinda; em 1942, e foram trasladados para a Igreja de N. Sra. dos Prazeres dos Montes Guararapes/Recife. Filho ilegítimo de Francisco de Ornelas Muniz e uma mulher humilde. Fugiu para o Pernambuco/Brasil, em 1620, com dez anos de idade. Mudou o seu nome de Francisco de Ornelas para João Fernandes Vieira. Trabalhou como auxiliar de açougue; feitor; voluntário da guerra, durante a invasão holandesa, defendendo os portugueses no Forte de São João, 1630. Ficou rico graças aos seus esforços e as doações que recebeu do seu patrão: Affonso Rodrigues Serrão, e pela amizade com o Conselheiro Político e proprietário de engenho o holandês Jacob Stachhouwer. Em 1639, foi indicado para o cargo de Escabino de Olinda e de Escabino de Maurícia (Recife), 1641/1643. Casou-se, em 1643, com Maria César, filha de Francisco Bereguer de Andrada e de Joana de Albuquerque. Passou a ter o apoio da comunidade luso-brasileira e a confiança do governo holandês (colaborador e conselheiro). Era um dos maiores devedores da Companhia das Índias Ocidentais, com uma dívida, em 1642, estimada em 219.854 florins. Quando a insatisfação dos senhores de engenho de Pernambuco se intensificou, após a partida do Conde Maurício de Nassau, em 1644, Vieira percebendo as vantagens a serem alcançadas com a expulsão dos holandeses, se afastou dos flamengos. Participou da Batalha das Tabocas/Vitória de Santo Antão, em 03/08/1645 e da  Batalha de Casa Forte, no dia 17/08, do mesmo ano. Após a tomada do engenho Casa Forte, Vieira voltou com seus homens ao seu engenho São João/Várzea, e de lá iniciou um sistema de estâncias militares, fortificações onde pudessem estar seguros e guardar pólvora e munições de guerra. Participou das duas Batalhas dos Guararapes, sob o comando do general Barreto de Meneses, nos dias 19/04/1648 e 19/02/1649. Como recompensa pelos serviços prestados na guerra foi nomeado Governador da Paraíba (1655-1657) e lhe concedido o posto de Capitão General do Reino de Angola (1658-1661). Exerceu também o cargo de Superintendente das Fortificações do Nordeste do Brasil, 1661/1681. Vieira encomendou a frei Rafael de Jesus um livro para contar sua vida, exaltando seus feitos. Proprietário de muitos escravos e de 16 engenhos na Paraíba: Ilhetas; Cumaúpam Inhobim ou dos Santos Cosme e Damião, Inhaman; e em Pernambuco: Tibiri de Cima e de Baixo/Rio Formoso; Santos Cosme e Damião, Santo Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven ou Várzea do Capibaribe, Santa Madalena, Meio, Ambrósio Machado, depois Cordeiro/Recife; São João, Molinote/Cabo de Santo Agostinho; Jaguaribe/Abreu e Lima; São Gabriel/Barreiros; Santo André, Santana/Jaboatão dos Guararapes; São Francisco/Água Preta, Paulista, Paratibe de Baixo, Maranguape, Paratibe de Cima ou Riba (depois engenho Paulista)/Igarassu; Abreu/Nazaré da Mata

119.    Engenho São Gonçalo do Una/Ipojuca - Segundo dados holandeses o engenho São Gonçalo do Una era movido a bois (duplo) e de fogo vivo.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Pinto de Mendonça – Fugiu com Matias de Albuquerque para a Bahia: Jorge Lopes Brandão, Luís Brandão e Manuel Pires Correia, outros permaneceram e entraram na lista dos primeiros eleitores dos escabinos: Antônio Pinto de Mendonça, Antônio Valadares, Duarte Gomes da Silveira,...
Proprietário/Morador/Rendeiro: Estevão José Paes Barreto - Mestre de campo, Morgado do Cabo de Santo Agostinho e Professo na Ordem de Cristo e Fidalgo da Casa Real. Filho de João Paes Barreto e de Manuela Luzia de Mello. Casado com Catarina de Castro de Távora. Herdou todo o patrimônio da família materna e paterna; negociava com a Companhia Geral de Pernambuco. Proprietário dos engenhos: Opinioso/Amaraji; Guerra, Santo  Estevão. Jurissaca/Cabo de Santo Agostinho; Ilhetas/Rio Formoso; São Gonçalo do Una/Ipojuca

120.    Engenho São Gregório Alegre I/Amaraji
Proprietário/Morador/Rendeiro: Sinésio de Albuquerque
Ocupado pelos sem terras em 1997. INCRA

121.    Engenho São Gregório Alegre II/Amaraji
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Estreliana – Proprietária dos engenhos: Amaraji/Gameleira; Jundiá Mirim/ Escada; Retiro, Massangana/Cabo de Santo Agostinho; Pereira Grande/Água Preta; Pinhô, Segrego/Gameleira; Piutá/ Ribeirão; São Gregório Alegre II/(?)

122.    Engenho São Jerônimo da Várzea/Recife
Proprietário/Morador/Rendeiro: Agostinho Bezerra da Silva Cavalcanti - Coronel. Filho de Antônio Luiz Bezerra da Silva e de Rita Francisca Xavier Cavalcanti. Faleceu em 1920. Casado com, Rita de Paula Souza Leão, filha de Antônio de Paula Leão e de Tereza B. V. Cavalcanti. Falecida em 1920. Rita era uma renomada quituteira da época, tem-se conhecimento de que muitas de suas receitas ficaram famosas, como a do Bolo São Bartolomeu e o Bolo Souza Leão, que foram bastante apreciados pelo imperador dom Pedro II e sua mulher, Teresa Cristina, em viagem a Pernambuco. Proprietário dos engenhos: São Bartolomeu, Santo Agostinho, Novo/Jaboatão dos Guararapes e São Jerônimo da Várzea/Recife
Proprietário/Morador/Rendeiro: Agostinho de Holanda de Vasconcelos - Cristão novo. Capitão. Batizado em 1542/Olinda e falecido em 1614/Cabo de Santo Agostinho. Filho de Arnau de Holanda e de Brites Mendes de Vasconcelos. Casado com Maria de Paiva. Proprietário dos engenhos: Santo Agostinho, Novo/Muribeca e São Jerônimo da Várzea/Recife

123.    Engenho São João Baptista/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pedro Lopes de Vera – Capitão. Faleceu em 1651/Bahia. Possuidor do passaporte holandês. Membro dos escabinos de Olinda. Segundo administrador do Morgado do Senhor Bom Jesus, citado em Tempos Flamengos. Páginas 157/269, como Judeu. Filho de João de Veras e de Adrianna de Hollanda. Casado com Catharina de Lyra, com pais naturais da "Ilha da Madeira. Proprietário dos engenhos: Gurjaú ou Grojaú, Bom Jesus, São João e Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição, São Bartolomeu /Cabo de Santo Agostinho, Sembras e Nossa Senhora do Rosário/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joaquim Alves da Silva Fernandes - Proprietário dos engenhos: Entre Montes/ Amaraji: Boa Sorte/Palmares, Gravatá/Água Preta e São João /Panelas.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Gomes de Mello - Filho de João Gomes de Melo e de Ana de Holanda. Casado com Adriana de Almeida, filha de Arnau de Holanda; sogro de Gaspar de Wanderley. Proprietário dos engenhos: São João e Trapiche/Cabo de Santo Agostinho

124.    Engenho São João Baptista/Igarassu - Segundo documento holandês o engenho São João Baptista era movido a bois e de fogo vivo. Esse engenho foi levantado por Fernão Rodrigues Vassalo em um lote de 1.400 braças de extensão por 600 de largura que comprara por escritura pública lavrada a 26/09/1601 e cujas terras foram desmembradas ao engenho São João Batista e vendidas a Manuel Pinto casado com Francisca Simões que as venderam a Simão Vassalo, seu genro. Em 1616, Simão Vassalo vendeu o engenho a Felipe Diniz que anexou as terras do engenho Suassuna, do qual era proprietário, as terras compradas a Afonso Alves, Antonio Afonso, Heitor Mendes, Manuel Valente, Ana Figueiredo e outros transferindo-as a seu irmão Henrique de Carvalho, declarando que ‘as terras compradas a Fernão Rodrigues Vassalo tinham 1.400 braças de comprido e 600 de largo e que delas separava o Suassuna e para isso não as vendia, 250 braças de terras que começavam na bacia de cima do engenho Santana, onde está um marco, indo pelo rio acima até elas se encontrarem com as águas vertentes que caem sobre dito açude’ o que consta da respectiva escritura de venda assinada em 18/03/1634.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Fernão Rodrigues Vassalo – Levantou o engenho em um lote de 1.400 braças de extensão por 600 de largura que comprara por escritura pública lavrada a 26/09/1601 e cujas terras foram desmembradas ao engenho São João Batista e vendidas a Manuel Pinto.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Pinto – Casado com Francisca Simões. Comprou as terras a Fernão Rodrigues Vassalo. Vendeu ao se genro Simão Vassalo.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Simão Vassalo – Comprou o engenho ao seu sogro Manuel Pinto. Vendeu o engenho a Felipe Diniz, em 1616.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Felipe Diniz – Comprou o engenho a Simão Vassalo; que anexou as terras do engenho Suassuna, do qual era proprietário, as terras compradas a Afonso Alves, Antonio Afonso, Heitor Mendes, Manuel Valente, Ana Figueiredo e outros transferindo-as a seu irmão Henrique de Carvalho, declarando que ‘as terras compradas a Fernão Rodrigues Vassalo tinham 1.400 braças de comprido e 600 de largura e que delas separava o Suassuna e para isso não as vendia, 250 braças de terras que começavam na bacia de cima do engenho Santana, onde está um marco, indo pelo rio acima até elas se encontrarem com as águas vertentes que caem sobre dito açude’ o que consta da respectiva escritura de venda assinada em 18/03/1634. Proprietário dos engenhos: Suassuna (antes Nossa Senhora da Assunção), Palmeiras (antes Santa Cruz e Mangaré)/Jaboatão dos Guararapes /Jaboatão dos Guararapes; São João Baptista/Itamaracá.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Henrique de Carvalho – Comprou as terras do engenho a Felipe Diniz, em 1634.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Domingos Bezerra Felpa de Barbuda - Fidalgo, fixou-se em Pernambuco em 1550, falecendo em 1608, na batalha com os holandeses na campina do Boqueirão. Residia em Beberibe, ganhando a vida como lavrador. Sua ascensão se deu com seu casamento, aos 50 anos, com Brásia Monteiro, filha de Pantaleão Monteiro, Engenho de São Pantaleão/Várzea/Recife. Herdeiro: seu filho Francisco Bezerra Monteiro Proprietário dos engenhos: Apipucos (São Pantaleão do Monteiro)/Recife; Jacutinga ou d’Água, São João Baptista/Igarassu.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Diogo da Fonseca de Lemos - Ficou do lado dos holandeses

125.    Engenho São João Batista/ Jaboatão dos Guararapes - O Engenho moeu pela primeira vez em 1587. Seu primeiro proprietário foi Gaspar Alves de Pugas, em 1575, o vendeu a Pedro Dias da Fonseca, em 1584. O engenho só veio moer em 1587. Vendido a Bento Luis Figueroa e sua mulher Maria Feio, por escritura pública lavrada em 1593.  Casando-se uma filha de Bento Luís, de nome Maria Feio, com Antônio de Bulhões, receberam como dote o engenho S. João Batista, o qual permanecendo por muitos anos em poder da família Bulhões, veio a tomar esta denominação, que ainda hoje conserva
Proprietário/Morador/Rendeiro: Domingos Bezerra Cavalcanti - Capitão-mor de Jaboatão dos Guararapes. Em 1749, recebeu, por carta de sesmaria do governador Marcos de Noronha, duas léguas de terras, pagando foro de 6000 réis por légua, que veio a transformá-lo em respeitável latifundiário, todos, na época pertencentes a jurisdição de Santo  Amaro do Jaboatão dos Guararapes o que lhe dava rude autoridade sobre seus moradores. Convidado, em 1752, a apresentar os títulos de suas terras e como não pudesse satisfazer plenamente as exigências do ouvidor de Pernambuco, João Bernardo da Gama, suas propriedades foram confiscadas e sensivelmente diminuídas. Em 1774 perdeu o engenho São João Batista em ação movida e ganha pelo Cap Luiz Pereira Viana e sua mulher Ana Correia de Araújo, donos do Engenho Pereira/Moreno. Proprietário dos engenhos: Catende/Catende, Laranjeiras/Palmares, Moreno/Moreno, São João Batista/Itamaracá.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Luiz Pereira Viana – Capitão. Casado com Ana Correia de Araújo. Proprietário do engenho Pereira/Moreno. Conseguiu, em 1774, o engenho através de uma ação pública contra Domingos Bezerra Cavalcanti.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Fernão Soares da Cunha – Cristão novo. Capitão Mor da freguesia de S. Lourenço, em 1656; da freguesia da Muribeca e Jaboatão dos Guararapes, em 1667. Casado com Catarina de Albuquerque, filha de Jerônimo de Albuquerque. Serviu na guerra holandesa; devia a WIC. Filho de Diogo Soares da Cunha, acusado de judaísmo por vários confessores durante a visita do Santo Ofício, e de Isabel de Albuquerque. Proprietário dos engenhos: Penanduba, São João Batista, Suassuna/Jaboatão dos Guararapes e Tiúma/São Lourenço da Mata.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Filipe de Bulhões da Cunha - Filho de Zacarias de Bulhões, casado com uma filha de Pedro da Cunha de Andrade, gerando os "Bulhões da Cunha"; nasceram 03 filhos: Antônio morreu jovem e sem geração e Felipe de Bulhões da Cunha não teve sucessão em seu matrimônio e Jerônima da Cunha casou com Gonçalo Novo de Brito deixaram geração (Borges da Fonseca). Antônio Correia de Bulhões, filho de Jerônima, casado com Maria Feio (Ferrão), filha de Bento Luiz de Figueiroa e Maria Feio, receberam de dote o engenho São João Batista/Jaboatão dos Guararapes. Curiosidades: Requerimento de Filipe de Bulhões da Cunha ao rei D. João IV, pedindo dispensa das certidões na elaboração do auto de justificação em que se concede ao suplicante, os serviços prestados pelo seu avô, Antônio de Bulhões, na guerra contra os holandeses. Capitania: Capitania de Pernambuco Local de Emissão: Pernambuco Data de Emissão: post. 1640. Fonte: Projeto Resgate de Documentação Histórica Barão do Rio Branco. (...) Neste documento, Filipe cita que ele e sua irmã eram herdeiros universais de seu avô Antônio de Bulhões, por morte de seu outro irmão homônimo Antônio de Bulhões. Curiosidades: Resumo: Consulta do Conselho Ultramarino ao rei D. Pedro II, sobre o requerimento de Filipe de Bulhões, morador e proprietário do Engenho São João Batista/Jaboatão dos Guararapes, pedindo provisão para não servir nas Câmaras da capitania de Pernambuco. Anexo: 1, doc. Capitania: Capitania de Pernambuco Local de Emissão: Lisboa Data de Emissão: 1698, janeiro, 7
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pedro Dias da Fonseca - Cristão novo. Proprietário dos engenhos: Bulhôes, antes São João Batista e São João Batista/Jaboatão dos Guararapes
Proprietário/Morador/Rendeiro: Zacarias de Bulhões - Casado com uma filha de Pedro da Cunha de Andrade, gerando os "Bulhões da Cunha", nasceram somente 03 filhos, onde apenas Jerônima da Cunha casada com Gonçalo Novo de Brito deixaram geração (especificada em Borges da Fonseca), pois Antônio de Bulhões da Cunha morreu jovem e sem geração e Felipe de Bulhões da Cunha não teve sucessão em seu matrimônio. Herdeiro de Zacarias de Bulhões: seus filhos Jerônima da Cunha e Filipe de Bulhões da Cunha.  Resumo: Requerimento (cópia) de Filipe de Bulhões da Cunha ao rei [D. João IV], pedindo dispensa das certidões na elaboração do auto de justificação em que se concede ao suplicante, os serviços prestados pelo seu avô, Antônio de Bulhões, na guerra contra os holandeses. Capitania: Capitania de Pernambuco Local de Emissão: Pernambuco Data de Emissão: post. 1640 Fonte: Projeto Resgate de Documentação Histórica Barão do Rio Branco (...)Neste documento, Filipe de Bulhões da Cunha cita que ele e sua irmã eram herdeiros universais de seu avô Antônio de Bulhões, por morte de seu outro irmão homônimo Antônio de Bulhões.

126.    Engenho São João da Mata/São Lourenço da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: André de Barros Rego – Juiz de Olinda. Filho de Arnau de Holanda Barreto e de Luiza Pessoa. Casado com Adriana de Almeida Wanderley, filha de Gaspar de Wanderley, engenho S. João da Mata. Curiosidades: A tirania do governador português Jerônimo de Mendonça Falcão, estimulou o sentimento nativista entre os locais, e os mais decididos passaram a se reunir às escondidas para tramar contra o administrador que não suportavam. Um desses encontros ocorreu na casa do senhor de engenho João de Novalhaes y Urréa, e contou com a presença do juiz de Olinda, André de Barros Rego, dos vereadores Lourenço Cavalcanti e João Ribeiro, e outros. Nesse dia, os participantes do conchavo decidiram que se livrariam do governador detestado, organizaram uma falsa procissão de Nosso Pai, destinada à extrema-unção dos moribundos, à qual se integravam costumeiramente as pessoas importantes da cidade, entre elas o próprio Mendonça Furtado. O chefe da revolta, André de Barros Rego, deu voz de prisão a Mendonça, enquanto a escolta deste era dominada. Na ocasião, encontrava-se aportada em Recife uma esquadra francesa que seguia rumo a Madagascar, e como o governador estava sendo acusado de pretender entregar Pernambuco aos franceses, o povo atacou os marujos europeus que haviam vindo à terra, assim como o convento dos capuchinhos, onde eles se refugiaram. Foi difícil a Barros Rego conter a fúria popular, e depois de o ter conseguido, foi apresentar desculpas ao comandante francês. Curiosidades: O Conselho Ultramarino, consulta em 27/01/1679-Lisboa, ao príncipe regente D. Pedr. Sobre o requerimento de André de Barros Rego, no qual pede dez anos de liberdade dos direitos pagos à Coroa pelo seu engenho novo São João, erguido na capitania de Pernmabuco

127.    Engenho São João da Prata/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre proprietários e/ou moradores
Ocupado pelos sem terras em 11/04/97 e em 17/04/2000, ligados ao MST

128.    Engenho São João Novo/Pombos
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 20/7/2003, ligados a OLC e em 03/07/97

129.    Engenho São João Salgado/Ipojuca - Capela sob a invocação a N. S. das Mercês. Fica ao norte e a 05 km de N. Senhora do Ó. Em suas terras, 1817, foi um dos pontos de concentração das tropas do Governo Pernambucano, contra os revoltosos, durante a Revolução Pernambucana, por ocasião da visita de Dom Pedro II à Província de Pernambuco, 1859. Cachoeira e Pedra do engenho Maranhão, com afloramentos rochosos que compõem o lugar são de beleza peculiar e dão origem a inúmeras piscinas. As duchas e os escorregos são mais recomendados aos aventureiros.. Existe no engenho uma chaminé de vulcão extinto com o nome de “Neck Vulcânico”, que fica no percurso das terras da Usina Ipojuca. O “Neck” tem cerca de 20 m de altura
Proprietário/Morador/Rendeiro: David Senior CoronelDuarte Saraiva. Judeu português. Nasceu em 1572/Amarange/PT. Membro da renomada família Senior Coronel radicada em Hamburgo. No Recife foi um dos nomes mais respeitados do seu tempo, sendo homenageado pelo conhecido rabino de Amsterdã, Menasseh ben Israel, quando da publicação do seu livro El Conciliador (Amsterdã, 1641). Seu nome aparece: na compra de escravos; fretamento de navios; corte de madeira; rendeiro; cobrador de dízimos; proprietário de imóveis. Por duas vezes (1639 e 1644) ele arrematou a cobrança dos impostos da Companhia sobre a produção do açúcar em Pernambuco, despendendo na primeira vez 128.000 florins. Faleceu em 1650/Recife e deixou de créditos a receber da coroa portuguesa, a importância de 351.502 florins. Proprietários dos engenhos: Bom Jesus, São João do Salgado, Novo, Velho antes chamado Madre de Deus/Cabo de Santo Agostinho; Camaçari, Trapiche ou Bom Jesus/Sirinhaém; Rosário da Torre e o Madalena, por ele vendido a João de Mendonça Furtado, Santo Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven /Recife. Curiosidades: Quando a Holanda invadiu o Nordeste no século XVII, estava desejosa de dominar exatamente as áreas produtoras de cana de açúcar. Nesse período, dos 120 engenhos que estavam em funcionamento em Pernambuco, cerca de 6% era de propriedade de judeus portugueses que moravam na Holanda - além, evidentemente, daqueles engenhos de cristãos-novos. Moisés Navarro, por exemplo, foi dono de um engenho chamado Jurisseca, enquanto Duarte Saraiva, tinha três engenhos, todos adquiridos em leilão realizado após a invasão
Proprietário/Morador/Rendeiro: Mateus da Costa – Judeus. Comprou o engenho aos holandeses depois de confiscado de Cosme Dias que tinha ficado do lado dos brasileiros/holandeses. É movido a bois e de fogo vivo. Proprietário dos engenhos: São João Salgado e Maranhão/ Ipojuca

130.    Engenho São João/São Lourenço da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: Arnau de Holanda Barreto - Deputado pela cidade Maurícia, em 1640; escabino em 1643 - conjurado e restaurador; devia a WIC. Casado com Luzia Pessoa; seus filhos também participaram da Restauração Pernambucana. Proprietário dos engenhos: Massiape e São João/ São Lourenço da Mata

131.    Engenho São João/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Henrique Vellozo Freire
Ocupado pelos sem terras em 09/03/97

132.    Engenho São João/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Francisco de Paula de Holanda Cavalcanti de Albuquerque - Barão de Muribeca - agraciado com o título (Dec 14.07.1860). Nasceu em 1804 e faleceu em 1894/engenho Pantorra. Filho do Capitão-Mor Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque e de Maria Rita de Albuquerque Mello que eram também pais dos viscondes de Suassuna, Camaragibe e Albuquerque. Formado em direito pela Universidade de Goettingen/Alemanha. Comendador da Real Ordem de Cristo de Portugal. Matriculado no curso de Matemática da faculdade de Direito da Universidade de Coimbra - 1821. Deputado Provincial por Pernambuco (2 vezes). Dedicou toda a vida à agricultura, constituindo grande fortuna que, por sua morte, legou a seus sobrinhos o engenho: Francisco do Rego Barros de Lacerda e Joaquim Corrêa de Araújo. Proprietário dos engenhos: Maciapé, Camorim, Curado, Brum e São João; Pantorra/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: André de Couto – Engenho construído por André Couto, confiscado pelos holandeses e vendido, em 1637, a Pedro Lopes de Vera. Foi um dos primeiros engenhos de Pernambuco que usou alambique de cobre para fabricação de álcool, sendo nesta época pertencente a Manuel Carneiro Lins de Albuquerque (Israel Felipe, 1962).
Proprietário/Morador/Rendeiro: Carlos Change Boulitrean – Bacharel. Casado com Maria Cordélia Boulitrean - Vendeu o engenho ao Estado de Pernambuco, segundo escritura datada em 27/08/1913 (3º Ofício de Notas-Recife), pela quantia de 90 contos de réis, para serviço de abastecimento d’água da capital
Proprietário/Morador/Rendeiro: Carlos Julio Boulitreau – Francês. Chegou aos Recife com seus pais em 1837, com 18 anos. Filho e herdeiro de Pierre Victor Boulitreau e de sua 1ª esposa Louize Marie Juliane. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues, FR: 1078; 1079; 108. Proprietário dos engenhos: São João e São Caetano/Cabo de Santo Agostinho, adquiridos do barão de Vera Cruz, o Sr. Manuel Joaquim Carneiro da Cunha
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Fernandes Vieira - Nasceu em 1610/Funchal/Ilha da Madeira/Pt e faleceu em 1681/Olinda, em 1886 seus restos mortais foram descobertos na igreja do Convento de Olinda; em 1942, e foram trasladados para a Igreja de N. Sra. dos Prazeres dos Montes Guararapes/Recife. Filho ilegítimo de Francisco de Ornelas Muniz e uma mulher humilde. Fugiu para o Pernambuco/Brasil, em 1620, com dez anos de idade. Mudou o seu nome de Francisco de Ornelas para João Fernandes Vieira. Trabalhou como auxiliar de açougue; feitor; voluntário da guerra, durante a invasão holandesa, defendendo os portugueses no Forte de São João, 1630. Ficou rico graças aos seus esforços e as doações que recebeu do seu patrão: Affonso Rodrigues Serrão, e pela amizade com o Conselheiro Político e proprietário de engenho o holandês Jacob Stachhouwer. Em 1639, foi indicado para o cargo de Escabino de Olinda e de Escabino de Maurícia (Recife), 1641/1643. Casou-se, em 1643, com Maria César, filha de Francisco Bereguer de Andrada e de Joana de Albuquerque. Passou a ter o apoio da comunidade luso-brasileira e a confiança do governo holandês (colaborador e conselheiro). Era um dos maiores devedores da Companhia das Índias Ocidentais, com uma dívida, em 1642, estimada em 219.854 florins. Quando a insatisfação dos senhores de engenho de Pernambuco se intensificou, após a partida do Conde Maurício de Nassau, em 1644, Vieira percebendo as vantagens a serem alcançadas com a expulsão dos holandeses, se afastou dos flamengos. Participou da Batalha das Tabocas/Vitória de Santo Antão, em 03/08/1645 e da  Batalha de Casa Forte, no dia 17/08, do mesmo ano. Após a tomada do engenho Casa Forte, Vieira voltou com seus homens ao seu engenho São João/Várzea, e de lá iniciou um sistema de estâncias militares, fortificações onde pudessem estar seguros e guardar pólvora e munições de guerra. Participou das duas Batalhas dos Guararapes, sob o comando do general Barreto de Meneses, nos dias 19/04/1648 e 19/02/1649. Como recompensa pelos serviços prestados na guerra foi nomeado Governador da Paraíba (1655-1657) e lhe concedido o posto de Capitão General do Reino de Angola (1658-1661). Exerceu também o cargo de Superintendente das Fortificações do Nordeste do Brasil, 1661/1681. Vieira encomendou a frei Rafael de Jesus um livro para contar sua vida, exaltando seus feitos. Proprietário de muitos escravos e de 16 engenhos na Paraíba: Ilhetas; Cumaúpam Inhobim ou dos Santos Cosme e Damião, Inhaman; e em Pernambuco: Tibiri de Cima e de Baixo/Rio Formoso; Santos Cosme e Damião, Santo  Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven ou Várzea do Capibaribe, Santa Madalena, Meio, Ambrósio Machado, depois Cordeiro/Recife; São João, Molinote/Cabo de Santo Agostinho; Jaguaribe/Abreu e Lima; São Gabriel/Barreiros; Santo  André, Santana/Jaboatão dos Guararapes; São Francisco/Água Preta, Paulista, Paratibe de Baixo, Maranguape, Paratibe de Cima ou  Riba (depois engenho Paulista)/Igarassu; Abreu/Nazaré da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Paes de Castro - Filho de Estevão Paes Barreto (Morgado dos Paes) e de Catarina de Castro de Tavora. Casado com Ana do Couto, filha de André do Couto e Adriana de Mello. Fugiu durante a invasão holandesa com Matias de Albuquerque
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Rufino Bezerra Cavalcanti - Nascido em 1865/Vitória de Santo Antão e falecido em 1922/Recife. Casado com Hercília Pereira de Araújo (11 filhos). Advogado, Deputado Estadual e Federal, Senador, Ministro da Agricultura e Governador (1919/1922), maior acionista da Companhia Geral de Melhoramentos de Pernambuco, empresa que além de produzir açúcar e álcool na Usina Cucau, construiu uma estrada de ferro ligando a usina ao município de Barreiros.  Rendeiro do Engenho Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição, Novo, Barbalho, Pirapama, São João, Malinote, Malakof, Mataparipe, São Pedro e 1/3 do Santo Inácio/Cabo Santo Agostinho; Serra/Vitória de Santo Antão
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Carneiro Lins de Albuquerque - Casado com Amália Carolina de Moraes Gomes Ferreira
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pedro Lopes de Vera – Capitão. Faleceu em 1651/Bahia. Possuidor do passaporte holandês. Membro dos escabinos de Olinda. Segundo administrador do Morgado do Senhor Bom Jesus, citado em Tempos Flamengos, às páginas 157/269, como Judeu. Filho de João de Veras e de Adrianna de Hollanda. Casado com Catharina de Lyra, com pais naturais da "Ilha da Madeira. Proprietário dos engenhos: Gurjaú ou Grojaú, Bom Jesus, São João e Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição, São Bartolomeu/Cabo de Santo Agostinho, Sembras e Nossa Senhora do Rosário/Ipojuca.

133.    Engenho São João/Camutanga
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 17/04/2000, ligados ao  MST.  Extrato de Laudo de Avaliação para fins de Reforma Agrária. Processo/ INCRA/SR-03/PE/N°54140.001205/2006-31. Imóvel: engenho São João, Santa Cruz e Bálsamo/Catende, Lagoa dos Gatos e Jaqueira. Área registrada (Ha): 1.085,0000. Exploração predominante: agricultura (cana-de-açúcar).

134.    Engenho São João/Catende
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras Decreto de 13 de outubro de 2006. Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, os imóveis rurais que menciona, e dá outras providências. Os engenhos... São João /Catende;...

135.    Engenho São João/Gameleira
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Baptista de Oliveira - Casado com Ana Maria de Oliveira

136.    Engenho São João/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Xavier Gonçalves - Casado com Francisca Catharina Gonçalves Rocha. Prefeito do Recife, 1891; Deputado Geral do Império; Senador Estadual, Presidente da Intendência Municipal; 10° Presidente da Província nomeado por carta Imperial de 16/10/1837; Governador de Pernambuco 1837/1838, 1878/1838 e 1838/1841(reassumiu o governo. Proprietário dos engenhos: São Cosme e Damião, São Francisco e São João/Ipojuca.

137.    Engenho São João/Itamaracá - Funcionou em 1747. Hoje existem no local apenas parte da estrutura da casa grande (erguida em 1790), a moita e a casa do capataz. A capela e a senzala foram destruídas entre os anos 30-40, quando as terras do engenho foram repassadas para o então interventor do Estado, Agamenon Magalhães, e ficaram sob a responsabilidade da Secretaria de Justiça. A casa grande foi tombada em 1983 e, neste ano, serviu de residência para o diretor do presídio. Pouco tempo depois a deterioração teve início. A constituição tradicional da residência foi alterada e, atualmente, pode-se ver vestígios de quatro quartos, cozinha, banheiro, duas salas e depósito. Todos tomados por telhas que caíram recentemente. Na varanda que circunda uma das laterais e os fundos dma casa grande, o que se vê são mato e entulhos. Apesar de bastante deteriorada, a fachada ainda revela um estilo neo-clássico, que lhe foi conferido em 1857.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Joaquim Carneiro da Cunha - Século XIX – Barão de Vera Cruz. agraciado com o título (Dec. 14.03.1860).  Nasceu em 1849/Pernambuco e faleceu em 1868. Filho de Joaquim Manuel Carneiro da Cunha e de Antonia Maria de Albuquerque Lins. Coronel; Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Academia de Olinda, 1834; Adido de 1ª classe à legação brasileira em Viena; recusou a nomeação de Secretário da legação na Rússia; Deputado à Assembléia Provincial; Vice-Presidente da Província de Pernambuco (1857 a 1863). Foi um dos sócios instaladores do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Casou em 1855, com sua sobrinha Antonia Maria Carneiro de Albuquerque, Baronesa de Vera Cruz, filha do Capitão-mor João Cavalcanti de Albuquerque, engenho Monjope e Tamataupe, e de Maria Arcanja Carneiro da Cunha. O seu casamento foi arranjado pelo seu pai, assim que ela nasceu, para que sua riqueza permanecesse na família e seu sobrenome não se perdesse, a menina foi prometida ao próprio tio, 20 anos mais velho; enviuvou aos 38 anos. tiveram uma única fillha Maria Arcanja Carneiro da Cunha, nascida em 1857 e falecida em 1867. No seu engenho Monjope recebeu D. Pedro II e sua comitiva onde jantaram e pernoitaram em 1859, quando Sua Majestade se dirigia às trincheiras do Tejucupapo, "para render homenagem, no próprio sítio, ao valor da mulher pernambucana". A escravaria do Barão de Vera Cruz era numerosa e "mantinha uma banda de música". Proprietário dos engenhos: Monjope/Igarassú; São Caetano/Cabo de Santo Agostinho; São João/Itamaracá.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pierre Victor Boulitrea – Nasceu em 1812/França e faleceu em 1882/engenho São João/Recife. Parte desse período (1840/1844) atuou como engenheiro-chefe,  responsável pelo plano urbanístico do Recife: estradas de Apipucos, Caxangá e de Vitória de Santo Antão; expansão da cidade Nova de Santo Amaro; nivelamento das casas e das velhas ruas recifenses; reformas de algumas igrejas do interior de Pernambuco; o Tribunal de Relação; o Cais do Colégio (imediações do Cais de Santa Rita); as calçadas do Recife; as três residências da senhora Maria Peretti (no bairro de Caxangá); o solar da Academia Pernambucana de Letras; o Palácio dos Manguinhos; a residência do Conde da Boa Vista (hoje ocupada pela Secretaria de Segurança Pública). Casa grande do engenho Cahypió/Ipojuca e a dos seus engenhos São João e São Caetano (no município do Cabo de Santo Agostinho) adquiridos ao Barão de Vera Cruz Manuel Joaquim Carneiro da Cunha, tornando-se, assim, senhor de engenho em Pernambuco; onde empregou sua técnica revolucionária nos processos obsoletos da agroindústria açucareira. Instalou o 1º tacho de cobre. Proprietário dos engenhos: Fragoso/Olinda, São Caetano, São João/Cabo de Santo Agostinho.

138.    Engenho São João/Panelas
Proprietário/Morador/Rendeiro: Marcolino C. de Oliveira - Capitão

139.    Engenho São João da Várzea/Recife
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco do Rego Barros - Primeiro e único Barão (Dec. de 18/06/1841) com grandeza (Dec. de 02/12/1854), Visconde com grandeza (Dec. de 12/12/1858) e Conde da Boa Vista (Dec. de 28/08/1860). Nasceu em 1802/engenho Trapiche/Cabo de Santo Agostinho e faleceu em 1870/Recife. Filho do Cel Francisco do Rego Barros e de Mariana Francisca de Paula Cavalcanti de Albuquerque. Casado com Ana Maria Cavalcanti. Aos 15 anos ingressou como cadete no Regimento de Artilharia do Recife, em 1821; participou da Revolução de Goiana. Enviado preso para a fortaleza de São João da Barra/Lisboa/PT, até 1823. Em liberdade, viajou para Paris, bacharelando-se em Matemática/Universidade de Paris; de volta a Pernambuco, dedicou-se à política e, com 35 anos de idade, foi designado Presidente da província de Pernambuco, 1837/844, quando determinou ao engenheiro Firmino Herculano de Morais Âncora que construísse o atual Palácio das Princesas. Decidido a modernizar e higienizar Recife; mandou buscar engenheiros franceses, incentivou as artes e as ciências. Foram construídas estradas ligando a capital às áreas produtoras de açúcar do interior; a ponte pênsil de Caxangá; o Teatro de Santa Isabel; o edifício da Casa de Detenção do Recife; o Cemitério de Santo  Amaro; o edifício da Alfândega; canais; estradas urbanas; um sistema de abastecimento de água potável para o Recife; reconstrução das pontes Santa Isabel, Maurício de Nassau e Boa Vista; os aterros da Boa Vista, que partia da Rua da Aurora rumo à Várzea, chamada de Rua Formosa, depois  Av.  Conde da Boa Vista, 1870. Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial, dignitário da Imperial Ordem do Cruzeiro, cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa e da Imperial Ordem de São Bento de Avis e comendador da Ordem Militar de Cristo, Deputado Geral, Senador do Império do Brasil (1850/1870) e designado presidente da província do Rio Grande do Sul (1865 /1867); Comandante das Armas na Guerra do Paraguai. Falece em 1870/Recife, na sua residência, na Rua da Aurora nº 405. Proprietário dos engenhos: Penedo Velho/Tracunhaem, Massiape ou Maciape/São Lourenço da Mata, São Cosme e Damião/Sirinhaém, São João da Várzea, São Francisco/Recife, Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Clemente - Lisboeta e homem de negócio, senhor do engenho São João/Várzea - Recife

140.    Engenho São João/Rio Formoso
Proprietário/Morador/Rendeiro: Aquilino Antônio de Moraes – Major. Proprietário dos engenhos: Piabas de Baixo e São João/Rio Formoso

141.    Engenho São João/São Lourenço - Segundo referencia documental holandesa o engenho tinha sido recentemente construído, quando os holandeses invadiram Pernambuco, movido a bois e de fogo vivo.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Heráclito de Albuquerque
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio de Hollanda (d’Olanda) - Casado com Filippa Cavalcanti de Albuquerque. Filho de Arnau d'Olanda e de sua mulher Brites Mendes de Vasconcellos.

142.    Engenho São João/Sirinhaém
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Batista da Conceição – O engenho ficou para seus herdeiros

143.    Engenho São João/Vitória de Santo Antão
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Vitorino de Freitas
Ocupado pelos sem terras em 01/05/2000, ligados a FETAPE e em 2001. Em processo de desapropriação

144.    Engenho São Jorge/Lagoa dos Gatos
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 16/06/97

145.    Engenho São José da Prata/Bonito (anates Catende)
Proprietário/Morador/Rendeiro:  Sebastião Luiz de França Caldas, que vendeu a Usina Catende. (cooperação do seu bisneto Marcos Caldas, em 25/08/2011)
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Catende: comprou o engenho a de Sebastião Luiz de França Caldas
Ocupado pelos sem terras. Decreto de 13 de outubro de 2006. Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, os imóveis rurais que menciona, e dá outras providências (Processo INCRA/SR-03/no 54140.001249/2006-61)

146.    Engenho São José Panelas
Proprietário/Morador/Rendeiro: Belarmino Francisco Velloso

147.    Engenho São José /Sirinhaém
Proprietário/Morador/Rendeiro: Candido José Cardoso da Fonte - Casado com Maria da Conceição Mesquita da Fonte. Com fotografia na Coleção Francisco Rodrigues; FR-06684. (Filismina Alves Maciel e Maria da Conceição Mesquita da Fonte). Proprietário dos engenhos: Monte Pio/Catende; Clacituba, São José e Santo Antônio /Sirinhaém

148.    Engenho São José/Cabo de Santo Agostinho - Engenho confiscado pelos holandeses; situado a uma pequena milha ao oeste do referido engenho Marapatigipi. De fogo vivo com bois e tem apenas uma moenda; a casa de purgar e a casa das caldeiras têm paredes de taipa e o telhado é muito velho; com cerca de ½ milha, consistindo na maior parte de montes nos quais estão a maior parte dos canaviais; pode anualmente produzir 1.000 a 1.500 arrobas de açúcar
Proprietário/Morador/Rendeiro: Julião Paes d’Altro - Fugiu do Matias de Albuquerqu. Falecido entre os luso-brasileiros. Seus engenhos foram confiscados pelos holandeses. Proprietário dos engenhos: Santa Luzia, São Brás Coimbero, Utinga e São José/Cabo de Santo Agostinho.

149.    Engenho São José/Limoeiro - Alguns engenhos podem ser visitados em Limoeiro, como os engenhos: Guabiraba, o Primavera e o São José, que em 1846 foi palco da fuga de um escravo
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

150.    Engenho São José/Panelas
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Alexandre de Azevedo - Casado com Rita Belarmina de Andrade

151.    Engenho São José/Recife
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio de Sá Cavalcante Lins - Capitão mor da Muribeca; Coronel do Reg. de Cavalaria de Itamaracá; Fidalgo da Casa Real; participou da Guerra dos Mascates. Viveu sempre no engenho Megáo. Filho de José de Sá de Albuquerque e de Maria da Fonseca Cristiana. Segundo o seu testamento, datado de 12/1/1734, foi casado com Joana de Ornelas, filha de Baltasar de Ornelas Valdevez, natural da Ilha da Madeira, e de sua 2ª esposa Maria de Castro. Com fotografia: Col. Francisco Rodrigues; FR-2616. Proprietário dos engenhos: Campo Alegre do Sul/Vitória Santo Antão; Santa Maria, Santo André; Novo da Muribeca /Jaboatão dos Guararapes-Muribeca; São José e Velho Beberibe (Enkalchoven), Santo Antônio da Várzea /Recife; Almécega/Água Preta; Gurjaú ou Grojaú/Cabo Santo Agostinho

152.    Engenho São José/Rio Formoso
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Senhorinho da Silva

153.    Engenho São José/São Lourenço da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: Justino E. de Albuquerque Neves – Capitão. Proprietário do engenho São José/São Lourenço da Mata e rendeiro do Cipó/Paudalho

154.    Engenho São José/Sirinhaém 
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joaquim Samuel Carneiro Lins - Bacharel em 1893. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues, 1931; 1932; 06678, (Julieta Fonte Carneiro Lins)
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Trapiche – Proprietários dos engenhos: Rosário/Cabo de Santo Agostinho; Santo Agostinho, São José, Trapiche ou Bom Jesus /Sirinhaém

155.    Engenho  São Lourenço/São Lourenço da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Rodrigues Campelo – Mascate. Vianense. Trocou o engenho Moreno pelo Engenho Torre com João de Barros Rego, em 1714. Curiosidades: Requerimento feito por Antônio Rodrigues Campelo e demais interessados, nº 2504, de 18/02/1717, ao rei D. João VI, solicitando o não pagamento dos direitos de fábricas de navios novos no Brasil. Proprietário dos engenhos: Torre ou Marcos André/Recife; Moreno depois N. S. da Apresentação/Moreno. Trocou o engenho da Torre pelo o de Moreno com João de Barros Rego, em 1714.

156.    Engenho São Luiz/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Maria Anunciada Souza Leão Gonçalves Cabral de Mello - Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues, FR-3291

157.    Engenho São Manuel/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Paes Barreto
Proprietário/Morador/Rendeiro: Mendo de Sá Barreto Sampaio - Órfão de pai foi criado por seu tio e padrinho Mendo de Sá Barreto Sampaio. Com a enfermidade de seu tio abandonou seus estudos e regressou a Palmares, para administrar os engenhos; após o falecimento, herdou os engenhos que arrendou, adquirindo posteriormente o Engenho Conceição/Bonito. A partir daí seus negócios se expandiram, chegando a administrar 08 engenhos. Em 1910, centralizou-os, montando o primeiro núcleo da Usina Roçadinho: meio aparelho, composta de moendas, evaporadores a vácuo, etc.; fabricava o açúcar demerara. Dois anos depois modernizou a usina, adotando as turbinas. Casado com Catarina Eulália da Câmara, nascida 1807. Proprietário dos engenhos: Conceição/Bonito e Manuel e Primoroso/Palmares e da Usina Roçadinho.

158.    Engenho São Martinho/(?) - O livro Senhores de Engenho: Judeus em Pernambuco Colonial, de Ribemboim, mostra que, além do Camaragibe, outro engenho, o São Martinho (já desativado), também abrigava uma sinagoga. Segundo denúncias do padre Francisco Doutel, vigário de São Lourenço (1591), ela teria funcionado antes de 1550.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

159.    Engenho São Mateus/Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel de Barros Costa
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Cachoeira Lisa – Proprietário dos engenhos: Alto/Água Preta; Cachoeira Lisa, Duas Barras, São Mateus/Gameleira e da Usina Cachoeira Lisa

160.    Engenho São Mateus/Gameleira
Proprietário/Morador/Rendeiro: Luís Rodolfo Araújo - Fundador da Usina Cachoeira Lisa, em terras do engenho. Proprietário dos engenhos: Alto/Água Preta; Cachoeira Lisa, Duas Barras, São Mateus/Gameleira Usina Cachoeira Lisa
Proprietário/Morador/Rendeiro: Rodolfo Araújo - Fundador da Usina Cachoeira Lisa, em terras do engenho. Proprietário dos engenhos: Alto/Água Preta; Cachoeira Lisa, Duas Barras, São Mateus/Gameleira e da Usina Cachoeira Lisa

161.    Engenho São Miguel/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Florismundo Marinho de Azevedo
Proprietário/Morador/Rendeiro: Miguel Rodrigues Esteves - Proprietário dos engenhos: Liberdade e São Miguel/Escada

162.    Engenho São Paulo da Várzea/(?)
Proprietário/Morador/Rendeiro: Brás Barbalho Feio – Fidalgo. Casou-se com uma filha de Francisco Carvalho de Andrade, fidalgo da Casa Real e senhor do engenho São Paulo da Várzea

163.    Engenho São Paulo do Sibiró/Camela
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Salgado de Castro Accioli - Capitão mor. Casado com Teresa de Jesus Maria.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Paulo de Amorim Salgado - Casado com Francisca de Paula Wanderley, (viúva de João Baptista Pereira, capitão de cavalaria nas guerras contra os holandeses). Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-4979 e 06868(Paulo de Amorim Salgado, filho). Proprietário dos engenhos: Garapú e Santa Amélia/Cabo de Santo Agostinho; Cocal/Rio Formoso; São Paulo do Sibiró/Camela.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Sibaldo Lins - Filho de Bartolomeu Lins de Vasconcelos e Mércia da Rocha. Casado com Cosma de Almeida, filha de Rodrigo de Barros Pimentel e Jeronima de Almeida. Proprietário dos engenhos: Maranhão/Ipojuca e São Paulo do Sibiró/Camela.

164.    Engenho São Paulo/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Paes Barreto – Morgado do Cabo de Santo Agostinho, que compreendia os engenhos: Velho, Santo Estevão, Ilha e Guerra/Cabo de Santo Agostinho. Natural de Viana, Portugal, pertencia à nobre estirpe dos Morgados de Bilheiras, chegou a Pernambuco em 1557. Após campanha militar para conquistar as terras do Cabo de Santo Agostinho, onde houve uma total crueldade em relação aos índios, recebeu uma sesmaria do Donatário da Capitania Duarte Coelho, em 1580. As terras ficavam localizadas ao sul do rio Arassuagipe (atual Pirapama). Casado com Inez Guardez de Andrade, filha de Francisco de Carvalho de Andrade, senhores do engenho São Paulo, na Várzea do Capibaribe, que ao casar levou como dote os engenhos: Madre Deus ou Velho, Guarapu, Algodoais, Trapiche, Guerra, Ilha, Santo Estevam e Jurissaca; este último vinculou-o a Catarina Barreto, sua filha. Filho de Antonio Velho Barreto teve muitos irmãos: Estevão, Cristóvão, Miguel, Diogo, Antonio, Filipe e D. Catarina. Por seu falecimento em 1617, o seu primogênito Francisco Paes Barreto  tornou-se o Morgado do Cabo. Em 1637, o Morgado deixou Pernambuco por causa da invasão holandesa e seus bens foram confiscados pelos holandeses e os seus engenhos, Velho e Guerra, vendidos por 70 mil florins, quantia que indica a importância e o valor daquelas propriedades. O engenho Guerra era movido a bois e os demais à água; em 1817 acolheu o exército revolucionário republicano. O general Suassuna ocupou esse engenho, que pertencia a um descendente do Morgado do Cabo, também republicano, reunindo 2.600 homens de infantaria e um parque de artilharia de 06 canhões; travando uma batalha com o exército realista que tinha um efetivo de 2.664 homens, que acabaram ocupando o engenho, fazendo com que o general se retirasse em 15/05/1817. Atualmente, o engenho Guerra pertence à Usina Salgado e suas terras fazem parte do Município de Ipojuca. Proprietário dos engenhos: Madre Deus ou Velho, Santo Estevão, Ilha, Guerra, Guarapu, Algodoais, Trapiche, São Paulo e Jurissaca/Cabo de Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Henrique Afonso Pereira - Encontrava-se presente durante a invasão holandesa.

165.    Engenho São Paulo/Ipojuca - Engenho movido a bois e de fogo vivo. São lavradores: Antonio da Silva 20 tarefas, Sebastião de Carvalho 30, partido da fazenda 1262 tarefas. Engenho confiscado pelos holandeses; situado a ¼ de uma milha ao noroeste do engenho dos Salgados. Em nome deles Grand obrigou-se a administrar o engenho movido com bois, parte de suas terras são plantadas com cana, enquanto a outra parte consiste de pastos, mas não tem matas e por isto tem que comprar toda a madeira, o que é muito oneroso. Pode anualmente fornecer 2.000 a 3.000 arrobas de açúcar., e paga 2 por cento de recognição à Companhia das Índias.”
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Manuel do Rego Barros - Casado com Antonia Machado da Cunha Com fotografia na Coleção Francisco Rodrigues; FR-06433. Proprietário dos engenhos: Jaguaré e São Paulo/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pedro da Grand - Feitor-mor. Proprietário da maior parte do engenho. Fugiu durante a invasão holandesa para Portugal

166.    Engenho São Pedro/Barreiros
Proprietário/Morador/Rendeiro: Paulo Leitão de Verçoza

167.    Engenho São Pedro/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Rufino Bezerra Cavalcanti - Nascido em 1865/Vitória de Santo Antão e falecido em 1922/Recife. Casado com Hercília Pereira de Araújo (11 filhos). Advogado, Deputado Estadual e Federal, Senador, Ministro da Agricultura e Governador (1919/1922), maior acionista da Companhia Geral de Melhoramentos de Pernambuco, empresa que além de produzir açúcar e álcool na Usina Cucau, construiu uma estrada de ferro ligando a usina ao município de Barreiros.  Proprietário dos engenhos: Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição, Novo, Barbalho, Pirapama, São João, Malinote, Malakof, Mataparipe, São Pedro e 1/3 do Santo Inácio/Cabo Santo Agostinho; Serra/Vitória de Santo Antão

168.    Engenho São Pedro/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Ernesto Pereira de Lima - Nasceu em 1931/Recife e faleceu em 2001/Recife. Casado com Terezinha de Jesus Carneiro Leão, nascida em 1936 e falecida em 2010, filha de José Melício Carneiro Leão e Maria Celecina Melo Souza Leão. Comprou o engenho São Pedro, Vicente Campelo, Jerusalém e Dromedário a Euthália Ismênia de Moura Matos. José Ernesto montou a pequena Usina a Cucau ou meio aparelho no Engenho Vicente Campelo e os demais Engenhos ficaram como fornecedores de cana. Proprietário dos engenhos: Pereira Grande/Água Preta; Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição/Cabo de Santo Agostinho; Brejo, São Pedro/Ribeirão; Dromedário/Escada; Jerusalém/Sirinhaém; Rico/Jaboatão dos Guararapes; Cocula/Gameleira; Desespero/Vitória de Santo Antão e Araquara ou Vicente Campelo/Escada.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Thomé Joaquim de Oliveira - Major. Proprietário dos engenhos: Matapagipe e São Pedro (em Ipojuca)/Cabo de Santo Agostinho

169.    Engenho São Pedro/Jaboatão dos Guararapes - Localizado próximo ao centro de Triunfo, a 355 km do Recife, data do início do século passado. O engenho vem sendo restaurado nos últimos anos. A sua recuperação surgiu da vontade do proprietário, neto de Senhor de engenho, de produzir cachaça e rapadura de qualidade, obedecendo aos preceitos de produtos orgânicos (ecologicamente corretos). O engenho possui uma arquitetura do século passado, a sua recuperação teve início no ano de 2000, retornando ao funcionamento no ano seguinte. A cachaça artesanal foi registrada e começou a ser fabricada no meado do ano de 2001, recentemente ela foi a primeira do Brasil a receber o selo de qualidade do INMETRO.A estrutura física do engenho é formada por: Moendas, dornas de fermentação, barrís de carvalho para envelhecimento, barrís de freijó para o descanso da bebida, o conjunto de alambiques, caldeira e fornalha da rapadura. No local encontra-se uma bodega, nela são oferecidos diversos produtos, como a cachaça branca e envelhecida, licor de cana-de-açúcar e uma variedade de rapaduras.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 23/04/2000, ligados ao MTB

170.    Engenho São Pedro/Ribeirão
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Ernesto Pereira de Lima - Nasceu em 1931/Recife e faleceu em 2001/Recife. Casado com Terezinha de Jesus Carneiro Leão, nascida em 1936 e falecida em 2010, filha de José Melício Carneiro Leão e Maria Celecina Melo Souza Leão. Comprou o engenho São Pedro, Vicente Campelo, Jerusalém e Dromedário a Euthália Ismênia de Moura Matos. José Ernesto montou a pequena Usina a Cucau ou meio aparelho no Engenho Vicente Campelo e os demais Engenhos ficaram como fornecedores de cana. Proprietário dos engenhos: Pereira Grande/Água Preta; Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição/Cabo de Santo Agostinho; Brejo, São Pedro/Ribeirão; Dromedário/Escada; Jerusalém/Sirinhaém; Rico/Jaboatão dos Guararapes; Cocula/Gameleira; Desespero/Vitória de Santo Antão e Araquara ou Vicente Campelo/Escada.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Ernesto Pereira de Lima – Filho de José Ernesto Gonçalves Pereira de Lima e de Terezinha de Jesus Carneiro Leão. Nasceu em 1960/Recife. Casado com Margareth César Rezende, nascida em 1962, filha de Amaury César Resende e de Almarinda Lima Rezende. Proprietário dos engenhos: Brejo, São Pedro e Cocula/Ribeirão; Dromedário; Jerusalém; e Vicente Campelo e da Usina Santa Cruz.

171.    Engenho São Pedro/Triunfo
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

172.    Engenho São Salvador /Jaboatão dos Guararapes
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Heráclito Carneiro Campello - Bacharel em 1893. Casado com Maria Amélia Carneiro Campello. Com fotografia na Coleção Francisco Rodrigues; FR-FR-0600

173.    Engenho São Salvador/Goiana - Casa grande e capela do Engenho São Salvador na lista de bens culturais e naturais tangível da mata sul
Proprietário/Morador/Rendeiro: Inácio Xavier da Cunha Rabelo - Casado com Maria José da Cunha Rabelo. Proprietário dos engenhos: Santo Antônio (Parte do Engenho Itapirema de Cima) e São Salvador /Goiana.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Dias da Silva
Ocupado pelos sem terras em 1999, 350 famílias

174.    Engenho São Salvador/Jaboatão dos Guararapes - Engenho São Salvador tem seus limites nas propriedades denominadas Barbalho, engenhos: Secupeminha, Canzanza, Jacobina, São Braz, Secupema, Roças Velhas e Ricos. Quando Oscar Santos Dias o adquiriu reconstruiu a vivenda e o edifício da fábrica e mais quinze casas, reforçou a barragem do açude, abriu estradas carroçáveis, entre outras benfeitorias. O Governo do Estado resolveu desapropriar o engenho, pagou uma indenização aos proprietários e construiu o serviço de abastecimento d’água da capital. “A desapropriação de engenho São Salvador deveu-se ao fato de seus terrenos estarem compreendidos nas áreas destinadas à proteção do manancial hídrico, praticamente circundando o açude de Secupema” (CAMINHA, 2002). Na época em que houve a construção da ETA Saturnino de Brito, o DSE pretendia desapropriar outros Engenhos. Não se conhece o motivo da não desapropriação destes, pois consta em mapas antigos, de 1918, a intenção de desapropriação
Proprietário/Morador/Rendeiro: Oscar Santos Dias - Casado com Cordulina Santos Dias – Comprou o engenho, em 1921, por 150 contos de réis, conforme escritura pública em notas do Tabelião Público do Município de Jaboatão dos Guararapes, Dr. José Ramos de Castro Vasconcellos.

175.    Engenho São Manuel/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: Angelim Lourenço Correia Tavares

176.    Engenho São Sebastião da Várzea/Recife - Engenho de bois e de fogo vivo. Lavradores: Bernardim de Carvalho, Manuel Álvares, Antônio de Oliveira, Domingos de Abreu
Proprietário/Morador/Rendeiro: Henrique Dias - Nasceu em Pernambuco e faleceu em 1662/Recife. Negro, livre, se ofereceu a Matias de Albuquerque "para servir com alguns de sua cor em tudo o que lhe determinasse", a primeira ação militar de importância em que se viu envolvido data de 15/07/1633, em defesa do Engenho São Sebastião. Daí para diante, enfrentou repetidamente as forças inimigas por todo o Nordeste, cumpriu missões como guerrilheiro e foi oito vezes ferido em luta: perdeu a mão esquerda durante combate em Porto Calvo, em 1637. Em paga de seus serviços, conferiu-lhe o conde da Torre a patente de Cabo de Santo Agostinho. Também foi nomeado governador de crioulos, negros e mulatos de todo o Brasil, aos quais, quando necessário, perseguia, chegando a contribuir para a extinção de quilombos na Bahia. O surgimento do terço dos Henriques data de 1633, embora o próprio Henrique Dias se diga atuante ao lado da Coroa nas guerras do Brasil desde 1630. O que sabemos, através de Gonçalves de Mello é que no dia 15/07/1633, Henrique Dias foi como capitão de 20 ‘homens de sua cor’ para a defesa do Engenho São Sebastião, de Pedro da Cunha.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pedro da Cunha de Andrade - Casado com Antonia Bezerra da Cunha. Proprietário dos engenhos: Lagoa dos Ramos/Nazaré da Mata; São Sebastião da Várzea/Recife; Tiúma/São Lourenço da Mata

177.    Engenho São Sebastião/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Manuel de Barros Wanderley - Barão de Granito agraciado com o título (Dec. 25.03.1888). Advogado e político pernambucano. Proprietário de terras em Ipojuca, Rio Formoso e Serinhaem/PE. Nascido em 1842/Serinhaem e falecido em 1909/Recife. Filho de Cristovão de Barros Wanderley e Feliciana de Barros Wanderley. Casado com Maria da Conceição de Barros Wanderley, nascida em 1857 e falecida em 1910, Baronesa de Granito. Bacharel em Direito pela Faculdade de Recife, 1866. Deputado Provincial e Presidente da Assembléia Legislativa de Pernambuco. Alforriou todos os seus escravos, antes da Lei Áurea, entendendo ser melhor o exemplo que partisse de dentro de casa. Reconhecido por sua atitude liberal, caráter irretocável, firmeza de princípios e liderança política, achou por bem o Imperador D. Pedro II lhe conferir o título de “Barão do Granito” em Decreto Imperial de 25/03/1888. Dois argumentos eram defendidos por José Manuel  de Barros Wanderley para acelerar a libertação de seus escravos: o trabalho livre, isto é, o assalariado, produzia muito mais que o escravo; e que todos os homens possuem direitos naturais à liberdade e à igualdade, logo a escravidão feria à Bíblia e à Constituição Brasileira, pois estas estavam baseadas em princípios fundamentalmente liberais. Com fotografias na Coleção Francisco Rodrigues; FR-05554. Proprietário dos engenhos: Belém, São Sebastião, Jaguaré, Camela, antes São Jerônimo/Ipojuca; Mariana/Sirinhaém; Muitas Cabras/Barreiros; Palma/Sirinhaém, Catuama/Palmares; e Dois Braços/Água Preta; Catende e Catuama/Barreiros.

178.    Engenho São Severino dos Ramos/Paudalho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Rosalina de Melo - Rara urna Rosalina de Melo que faça ela própria os alfenins de que não se esquecem nunca os meninos que já passaram algum fim de ano no engenho de São Severino dos Ramos. Família Souza e Melo. Primos de Gilberto Freire.

179.    Engenho São Timóteo/Recife - A demarcação das terras foi em 1921. Posteriormente denominado S. Antônio do Jiquiá, “em satisfação da respectiva carta de sesmaria conferida pelos donatários da capitania”, as terras do engenho Jiquiá ocupavam uma área que hoje corresponde aos bairros no Recife: Jiquiá, Areias, Caçote, Estância e Ipiranga. Segundo referencia documental holandesa os engenhos de Antônio Fernandes Pessoa, foram abandonados, em 1637, de fogo morto.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antonio Fernandes Pessoa - Filho abastado de Pedro Afonso Duro, engenho Sibiró/Ipojuca, nascido em Évora/Portugal chegou a Olinda no século XVI, falecendo em 1612 e sepultado no Convento de Sto Antônio do Carmo/Olinda, e de Madalena Gonçalves, nascida em Olinda, falecida em antes de 1649. Casado com Isabel Peres de Almeida. Escabino da cidade Maurícia (Recife); Vereador da Câmara de Olinda, em 1645. Participou da restauração Pernambucana; era conhecido como ‘o Mingau’. Proprietário dos engenhos: Tijipió, Santa Cruz ou Santo Antônio do Jiquiá, São Timóteo, Santa Cruz (antes Canavieira)/Recife e Sibilo de São Paulo/Sirinhaém. Seus engenhos foram abandonados, em 1637, de fogo morto. Herdeiros de Antônio Fernandes e de sua esposa: sua filha Ana de Luís da Silva; herdou as terras, mas decidiu vendê-las ao capitão Antônio Borges Uchoa, o que foi feito mediante uma escritura lavrada no dia 3/3/1657. Curiosidades: Em 12/10/1598, o ouvidor Jorge Camelo demarcou as terras do Jiquiá, onde havia um engenho de açúcar. O proprietário, o fidalgo madeirense Francisco Berenguer de Andrade, vendeu suas terras a Antônio Fernandes Pessoa. Durante a invasão holandesa, o engenho foi ocupado várias vezes até que, em 1637, Antônio Fernandes Pessoa abandonou a propriedade e fugiu com a família para Ipojuca, ficando o engenho de fogo morto. Junto com outros senhores de engenho, ele tomou parte da resistência à invasão dos holandeses.  Curiosidade: Diário de Pernambuco, n. 45 de 1829, o engenho Jequiá perto da povoação dos Afogados; ainda estava de fogo vivo em 1831, pertencendo a  Gonçalves da Rocha, como verificado em documento daquele ano; e ainda em 1834, como se vê em um anúncio no jornal desta cidade, A Quotidiana Fidedigna, no seu número 215, propondo a venda de "dois sítios no lugar da Piranga, sendo um defronte da cerca do engenho Jequiá, e outro na estrada do mesmo Engenho, ambos em terras próprias". Em 1846 era proprietário do engenho Manuel Cavalcanti de Albuquerque.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Ana de Luís da Silva – Herdeira de Antônio Fernandes Pessoa; em 1657, vendeu ao Capitão Antônio Borges Uchoa
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antonio Borges Uchoa – Capitão. Lutou contra os holandeses. Comprou o Engenho de Santo Antônio do Jiquiá, a herdeira de Antônio Fernandes e sua esposa, Ana de Luís da Silva - a filha deles; através da escritura lavrada no dia 03/03/1657. Proprietário dos engenhos: Santa Cruz ou Santo Antônio do Jiquiá, Torre, N. Senhora do Rosário e São Timóteo/Recife. Curiosidade: Foi o construtor de uma ponte, próxima à foz do rio Parnamirim, com o objetivo de poder visitar, com mais freqüência, os familiares de sua esposa, que residiam na margem oposta do Capibaribe. A partir daí, colocaram-lhe o apelido de Ponte do Uchôa-Recife. Isso ocorreu depois de 1654, época em que Antônio tomou posse do engenho da Torre.

180.    Engenho São Tomé/Recife - Segundo referência documental holandesa o engenho foi construído, é movido a bois e de fogo vivo
Proprietário/Morador/Rendeiro: Daniel Schagen - Pastor – Arrendou o engenho a Antônio de Souza de Moura. Curiosidades: Até predicantes calvinistas resolveram abandonar a "Messe do Senhor" em busca das riquezas da terra. Um deles, que se transformou em lavrador de canas, o pastor Daniel Schagen, veio a ser objeto das críticas do reverendo Vicente Soler; em vez de cultivar os campos do Senhor, deles retirando às ervas danin Proprietário/Morador/Rendeiro: Guilherme Bierboom – Proprietária dos engenhos: Gongançary/Igarassu; Santa Helena/Água Preta e Tiúma/São Lourenço da Mata. Curiosidades: Em 09/1645, numa pequena elevação junto ao antigo Engenho São Tomé, então pertencente a Guilherme Bierboom, Antônio Fernandes Vieira inicia as obras do novo Forte Real do Bom Jesus, localizado na hoje Avenida do Forte (Torrões), que veio a ser equipado com oito canhões de bronze, tomados em Porto Calvo, um paiol de pólvora, plataforma, esplanada e trincheiras. Em 07/10/1645, a "gente da guerra de Pernambuco" lavrou certidão de aclamação de João Fernandes Vieira como Governador da Liberdade, subscrita por 133 moradores de Pernambuco de maior expressão dentro da milícia, do clero e dos agricultores e senhores-de-engenho.

181.    Engenho São Três Reis Magos, agora Straetsburch/Sirinhaém - Engenho movido a bois e de fogo vivo
Proprietário/Morador/Rendeiro: Willem Schott e Christoffel Eyerschettel

182.    Engenho São Vicente/Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque - Barão e Visconde com grandeza de Suassuna. Nasceu em 1793/Jaboatão dos Guararapes e faleceu em 1880/Recife, no seu palacete do Pombal. Filho do Capitão-Mór Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, Coronel Suassuna, e de Maria Rita de Albuquerque Mello. Irmão dos Viscondes de Camaragibe, Albuquerque e Barão de Muribeca. Sentou praça no exército em 1807, galgando todos os postos até o de Brigadeiro, se reformando em 1829. Presidiu a Província de PE em 1826, 1835 e 1838. Deputado à Assembléia Provincial em várias legislaturas, assim como à Geral na 1ª legislatura de 1826/1829; Senador, em 1839; Ministro da Guerra, no 1º Gabinete de 1840. Conselheiro de S. Majestade; Grande do Império; Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperia; Dignitário da Imperial Ordem do Cruzeiro e Gentil-Homem da Imperial Câmara. Proprietário dos engenhos: Girento, Limoeiro, Mangueira, São Vicente e Sapucagy de Baixo e a Usina Limoeirinha/ Escada; Pantorra/Cabo Santo Agostinho, Suassuna (antes Nossa Senhora da Assunção); Penedo de Baixo, Roncaria, Pitangueiras /São Lourenço da Mata; Poeta/Recife e Timbi/Camaragibe
Proprietário/Morador/Rendeiro: Silvino Guilherme de Barros - Barão de Nazaré, agraciado com o título (Dec. 11.03.1868). Nascido em 1834/Cabo de Santo Agostinho e falecido em 1903. Filho de João Batista de Araújo e de Mariana Teresa de Barros. Negociante e Coronel reformado da Guarda Nacional do Município do Recife; Deputado; Comendador da I. Ordem da Rosa; Senador ao Congresso Legislativo de Pernambuco, quando faleceu, sendo sepultado no Cemitério de Santo Amaro, no Recife-PE. Casou-se duas vezes: em primeiras núpcias com Senhorinha Ramos e em segundas núpcias com Antonia Amélia da Cunha Barros. (Laurênio Lago, Acréscimos e Retificações, 154).

183.    Engenho Sapé/Escada - Em 1873, foi legitimada a posse dos engenhos construídos em terra indígenas, por agentes do governo: S. Pedro, Linda Flor/Gameleira, Cachoeira Alta, Sapé, Santo Antônio/Água Preta, Passagem Velha, Serra d'Água, Pau Ferro, Bombarda, Boca da Mata, Campina, Murim e Araticum/Barreiros (Pereira da Costa - Ano: 1812 nº da Página: 47)
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

184.    Engenho Sapucagi de Baixo /Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque - Barão e Visconde com grandeza de Suassuna. Nasceu em 1793/Jaboatão dos Guararapes e faleceu em 1880/Recife, no seu palacete do Pombal. Filho do Capitão-Mor Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, Coronel Suassuna, e de Maria Rita de Albuquerque Mello. Irmão mais velhos dos Viscondes de Camaragibe, Albuquerque e Barão de Muribeca. Sentou praça no exército em 1807, galgando todos os postos até o de Brigadeiro, se reformando em 1829. Presidiu a Província de PE em 1826, 1835 e 1838. Deputado à Assembléia Provincial em várias legislaturas, assim como à Geral na 1ª legislatura de 1826/1829; Senador, em 1839; Ministro da Guerra, no 1º Gabinete de 1840. Conselheiro de S. Majestade; Grande do Império; Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial; Dignitário da Imperial Ordem do Cruzeiro e Gentil-Homem da Imperial Câmara. Proprietário dos engenhos: Girento, Limoeiro, Mangueira, São Vicente e Sapucagy de Baixo e a Usina Limoeirinha/Escada; Pantorra/Cabo Santo Agostinho, Suassuna (antes Nossa Senhora da Assunção); Penedo de Baixo, Roncaria, Pitangueiras/São Lourenço da Mata; Poeta/Recife e Timbi/Camaragibe

185.    Engenho Sapucagi de Cima/ Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: Carolina Caldas Lins - Casada com Marcionilo da Silveira Lins, filho do 1º. Barão e Visconde de Utinga: Henrique Marques Lins

186.    Engenho Sapucagi ou Sapucagy /Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: Florismundo Marques Lins - 2º Barão de Utinga. Agraciado com o título (Dec. 30-05-1888, assinado pela Princesa Isabel). Filho do Barão e depois Visconde de Utinga, Henrique Marques Lins. "Casou-se duas vezes: a primeira, com sua prima Teudelina de Barros e Silva, em 1857, enviuvando em 1876. Contraiu segundas núpcias em 1877, com Ana Wanderley, Baronesa de Utinga, falecida em 1912. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues, FR: 3728; 06448; 2869; 06445; 3027; 2872; 06444; e 2722. (Marcionilo da Silveira Lins; Ambrosina de Caldas Lins; Carolina Caldas Lins;Filonila Dias Lins; Luiz de Caldas Lins)
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Francisco de Farias Salles – Tenente-Coronel. Rendeiro de engenho edificado em terras dos Índios da Aldeia da Escada; onde existia disputa pelo controle do recrutamento de índios. O Barão de Guararapes, então diretor Geral da Província, 1860, envolveu-se num confronto com José Francisco de Farias Salles – que se negava a tirar suas canas dos terrenos indígenas que já estariam reservados para a expansão urbana da vila de Escada, foi preso com o bando de índios a quem havia ordenado arrancar as canas.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Caldas Lins - Barão de Araçagy e Visconde do Rio Formoso. Deputado por Pernambuco à Assembléia Geral do Império, nas legislaturas 15 a 16 (1872/1878), 18 (1881/1884) e 20 (1886/1889). Nasceu em 1828 e faleceu em 1897. Casado com Teudelina da Silveira Lins, nascida em 1834 e falecida em 1903, filha de Henrique Marques Lins, Visconde de Utinga. Proprietário dos engenhos: Sapucagy, Siqueira, Conceição, Una, Herval, Massauaçu.

187.    Engenho Sapucaia/Sirinhaém
Proprietário/Morador/Rendeiro: Feliciano do Rego Cavalcante de Albuquerque - Coronel da Guarda Nacional. Filho do Capitão Manuel Cavalcanti de Albuquerque Wanderley e de Rita de Cássia Marinho. Proprietário dos engenhos: Sapucaia/Sirinhaém e Ilhetas/Rio Formoso e Milão/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Henrique Ferreira Pontes - Casado com Amália Bouletroux Pontes.  Curiosidades: Diário de Pernambuco. Há 125 anos - Quinta-feira, 14 de agosto de 1884 - Revista Diária - Carta de liberdade - O Sr. Henrique Ferreira Pontes e sua senhora D. Amália Bouletroux Pontes, no dia 27 do corrente, em regozijo e alegria pela botada de seu Engenho Sapucaia, concederam a carta de liberdade, sem ônus algum, ao seu escravo Luiz, pardo, oficial de carpina, a qual foi entregue pelo Rvm. Sr. Vigário da comarca de Olinda, noato da benção do referido Engenho. Louvamos esta ação.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João de Barros Rego - Militar. Capitão-mor de Olinda e proprietário de terras de Jaboatão dos Guararapes à Tapera. Nasceu em Olinda, Século XVII. Filho de Mathias Vidal de Negreiros e de sua mulher Maria de Freitas. Vereador em Olinda (1668); Juiz Ordinário (1691); Provedor da Fazenda Real (1710). Durante a Guerra dos Mascates participou das batalhas e acabou preso em maio de 1712. Foi um dos chefes do partido da nobreza em 1710-1711. Morreu na prisão (Fortaleza do Brum/Recife), em 1712.  Casado com Maria Magdalena da Silva, filha de João Martins da Costa e Maria José Bezerra. Proprietário dos engenhos: Capim-Assu/Rio Formoso; Estiva/Amaraji; Camarão/Água Preta; Quilombo, Buscau ou Buscahú, Jaboatão, Pereiras/Jaboatão dos Guararapes; Xixaim, Pintos/Moreno; Sapucaia/Sirinhaém; e Viagens.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Luís Antônio de Souza Leão Dourado Filho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Mendes, Lima & Cia - Antonio Fernandes Ribeiro foi o fundador da firma "Barros, Mendes & Cia", em sociedade com os portugueses: João José Rodrigues Mendes e Gonçalo Alfredo Alves Pereira, sucedida por "Mendes, Lima & Cia, ao brasileiro José Adolpho de Oliveira Lima. A firma iniciou suas atividades comerciais com a compra de bacalhau, e depois como importadora do mesmo produto. Anos depois interessou-se pela atividade açucareira como comissária e exportadora de açúcar, que adquiria por financiamento antecipado a Engenhos e Usinas. Desse modo conseguiu acumular considerável patrimônio, por compra, ou em ressarcimento daquelas unidades incapazes de saldarem seus compromissos, conforme observa-se pelo levantamento do ativo da empresa por ocasião do inventário procedido com o falecimento do sócio Joaquim Lima d'Amorim que ingressara na firma em 1900, e cujos bens estavam assim arrolados as Usinas: Perseverança e engenhos; Trapiche; Ubaquinha; engenhos: Camaragibe, Jaciru, Cachoeira Nova, Cachoeira Velha , Anjo, Palma, Ubaca, Ubaquinha, Xanguá, Sapucaia, Sibiró do Cavalcanti, Porto Alegre, Gindaí ou Gindahi/Sirinhaém; Jardim/Catende; Jacaré/Goiana; Laje Nova/Palmares; Santana, Mangueira/Água Preta; Sirinhaém depois Todos os Santos, São Bras Coimbero/Cabo de Santo Agostinho; São Domingos/Barreiros; Fluminense; Rosário; Canto Escuro; Trapiche; e Machado.

188.    Engenho Saudade/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: Arthur Eloy de Barros Pimentel - Dr.

189.    Engenho Saué Grande/Tamandaré
Proprietário/Morador/Rendeiro: Jacintho Paes de Mendonça - Dr.
Ocupado pelos sem terras em 21/04/97 e em 2001, 66 famílias. Sem vistoria.

190.    Engenho Sauezinho/Tamandaré
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Romano de Brito Bastos - Dr.
Ocupado pelos sem terras em 05/05/97 e em 2001. Em processo de desapropriação.

191.    Engenho Sebastião Dias/Ipojuca - O engenho de Sebastião Dias  existia durante a invasão holandesa
Proprietário/Morador/Rendeiro: Sebastião Dias - Pernambuco holandês

192.    Engenho Sebastopol/ Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Guilherme Joaquim do Rego Barreto

193.    Engenho Secupema/Cabo de Santo Agostinho - Localizado entre os Engenhos São João, Roças Velhas e Sacambu, à margem do rio Gurjaú. Foi comprado pelo Governo do Estado também em 1913, para aproveitamento das águas deste rio, que se encachoeiram em terras do Engenho São João, onde foi construída a primeira barragem destinada ao abastecimento d’água ao Recife (ISRAEL FELIPE, 1962).
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Carneiro de Albuquerque - Rendeiro do engenho Secupema e Tapugi de Cima/Cabo de Santo Agostinho.

194.    Engenho Segredo/Ribeirão
Proprietário/Morador/Rendeiro: Maria do Carmo Carneiro Lacerda - Com fotografia na Coleção Francisco Rodrigues; FR-06121
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Estreliana – Proprietária dos engenhos: Amaraji/Gameleira; Jundiá Mirim/ Escada; Retiro, Massangana/Cabo de Santo Agostinho; Pereira Grande/Água Preta; Pinhô, Segrego/Gameleira; Piutá/Ribeirão; São Gregório Alegre II/(?)

195.    Engenho Sembras/Ipojuca - O Engenho ficava situado a ½ milha da cidade; tem aproximadamente uma milha de terra com uma várzea razoavelmente boa. De fogo vivo com água e pode anualmente produzir 5.000 a 6.000 arrobas de açúcar
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pedro Lopes de Vera – Capitão. Faleceu em 1651/Bahia. Possuidor do passaporte holandês. Membro dos escabinos de Olinda. Segundo administrador do Morgado do Senhor Bom Jesus, citado em Tempos Flamengos, páginas 157/269, como Judeu. Filho de João de Veras e de Adrianna de Hollanda. Casado com Catharina de Lyra, com pais naturais da "Ilha da Madeira. Proprietário dos engenhos: Gurjaú ou Grojaú, Bom Jesus, São João e Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição, São Bartolomeu/Cabo de Santo Agostinho, Sembras e Nossa Senhora do Rosário/Ipojuca.

196.    Engenho Serra Azul/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Serro Azul – José Piauhylino Gomes de Melo FilhoCoronel. Construiu a usina Serro Azul, na metade do século XIX, entre os anos de 1896 e 1929, nas terras do engenho Camevou, localizado nas margens do rio Una e a 22 km da sede de Palmares. Proprietária dos engenhos: Camevou (a sede), Camevouzinho, Liberdade, Aratinga, Fertilidade, Floresta, Serra Azul (a antiga usina), Moscou, Aliança, Mágico, Verde, Mearim, Canário, União, Riachuelo, Penderaca, Vista Alegre, Tambor, Almirante, Rosa Murcha, Barra do Dia e Pará.

197.    Engenho Serra d’Água/Rio Formoso - Em 1873, foi legitimada a posse dos engenhos, por agentes do governo, construídos em terra indígenas: São Pedro, Linda Flor/Gameleira, Cachoeira Alta, Sapé, Santo Antônio/Água Preta, Passagem Velha, Serra d'Água, Pau Ferro, Bombarda, Boca da Mata, Campina, Murim e Araticum/Barreiros (Pereira da Costa - Ano: 1812 - nº da Página: 47)
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisca Antônia Lins - Curiosidades: Senhora do engenho Serra d’Água, fez doações sem condição alguma para construção da capela de Rio Formoso.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Prisciano de Barros Wanderley - Major. Casado com Maria Ignez Lins Wanderley. Proprietário dos engenhos: Serra d’Água e Maragi/Rio Formoso
Proprietário/Morador/Rendeiro: Thomáz Lins Caldas - Co-proprietário. Coronel. Casou com sua tia Ana Joaquina Paes Barreto. Thomaz junto com o seu irmão Antônio Lins Caldas era os senhores do engenho “Dois Irmãos”; participaram de todas as revoltas entre os anos de 1817 e 1831. Vereador no Recife; possuidor da Ordem de Cristo (1825), por “serviços relevantes prestados à Província de PE”. Juntamente com seu cunhado, Francisco Paes Barreto, o 8º e último morgado do Cabo de Santo Agostinho (Marquês do Recife). Foram aprisionados, postos a ferros num navio negreiro e por três anos padeceram num calabouço da Bahia, sob o jugo do Conde dos Arcos, onde permaneceram prisioneiros comuns. Anistiados em 1821; com a independência do Brasil, 1822, mereceram as graças do Imperador, de quem receberam homenagens. Thomaz recebeu uma nomeação para importante posto na Alfândega do Recife. Amasiou-se com a escrava Balbina, (babá)  nascida fôrra, provavelmente em 1805, falecida em 1845, dela havendo um filho. Proprietário dos engenhos: Serra d’Água  e Perereca/Rio Formoso; Palma/Timbauba.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Barreiros

198.    Engenho Serra Grande/Vitória de Santo Antão
Proprietário/Morador/Rendeiro: Ladislau Gomes do Rego - Proprietário dos engenhos: Serra Grande e Soledade/ Vitória Santo Antão
Ocupado pelos sem terras em 15/07/97

199.    Engenho Serra Nova/Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Antônio dos Santos Dias – Coronel casado com (?) Agueda Aventina dos Santos Dias. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-1738 e 06045. Proprietário dos engenhos: Jundiá ou Santa Philonila/Vicência, Rola/Escada, Serra Nova/Escada, Jundiá Mirim/Escada e da Usina Bom Fim/Escada

200.    Engenho Serra Verde/Quipapá
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre proprietários e/ou moradores
Ocupado pelos sem terras em 29/03/2004, ligados a OLC

201.    Engenho Serra/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antero Vieira Cunha - Tenente Coronel e Barão de Araripe (Dec. 20/03/1875), "atendendo ao relevante serviço que prestou à Colônia Orfanológica Isabel, em Pernambuco", como se lê no próprio texto do decreto da criação do título. Nasceu em 1837 e faleceu em 1905, filho de João Vieira da Cunha e de Maria das Neves Carneiro da Cunha. Casado com Antônia Morais Vieira da Cunha, falecida em 1890, Baronesa de Araripe.  Possuía um belíssimo sobrado na Rua Imperial/Recife. Nos autos de inventário da Baronesa, aparece a Condessa da Boa Vista como devedora da quantia de 5 contos de réis. Proprietário dos engenhos: Setubal, Serra, Pitimbu, Rosário, Novo/Cabo de Santo Agostinho, Venus, e Conceição Velha/Ipojuca; Jundiá Mirim/Escada; Caetés/Amaraji.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Pinto do Amparo – Rendeiro do engenho Serra/Cabo de Santo Agostinho

202.    Engenho Serra/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: Maria Pereira

203.    Engenho Engenho Serra/Vitória de Santo Antão - As terras do engenho Serra, confrontando-se ao Norte com a propriedade Bragança e parte do engenho Cacimbas; ao Sul com os engenhos Oiterão e Campo Alegre; a Leste com o engenho Redemunho e parte do engenho Oiterão e a Oeste com a propriedade Ana Vaz
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Rufino Bezerra Cavalcanti - Nascido em 1865/Vitória de Santo Antão e falecido em 1922/Recife. Casado com Hercília Pereira de Araújo (11 filhos). Advogado, Deputado Estadual e Federal, Senador, Ministro da Agricultura e Governador (1919/1922), maior acionista da Companhia Geral de Melhoramentos de Pernambuco, empresa que além de produzir açúcar e álcool na Usina Cucau, construiu uma estrada de ferro ligando a usina ao município de Barreiros.  Engenhos: Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição, Novo, Barbalho, Pirapama, São João, Malinote, Malakof, Mataparipe, São Pedro e 1/3 do Santo Inácio/Cabo Santo Agostinho; Serra/Vitória de Santo Antão.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel de Barros Bezerra Cavalcante - Casado com Josefa Lins Bezerra Cavalcanti. Foram adjudicadas à viúva e herdeiros nas seguintes proporções: 1 (uma) parte à viúva Josefa Lins Bezerra Cavalcanti, no valor de Cr$58.136,20; 1 (uma) parte cada um dos herdeiros: Constantino, Everardo, Edgard e Alarico Lins Bezerra Cavalcanti e Hermengarda Dantas Lima, no valor primitivo de Cr$5.870,45 cada, como consta do Livro 3-B, fls. 127, sob o nº 811, aos 30 de agosto de 1939 no Registro de Imóveis da Comarca de Vitória de Santo  Antão.
Ocupado pelos sem terras em 09/05/97, por 37 famílias. Decreto nº 53.871, de 30 de março de 1964. Declara de interesse social, para fins de desapropriação a área de terras Engenho Serra sitas no Município de Vitória de Santo  Antão, Estado de Pernambuco e dá outras providências.

204.    Engenho Serradas/Rio Formoso
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Bourbon de Holanda Cavalcante

205.    Engenho Serraria/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joaquim de Sousa Leão - Barão (Dec. 09.08.1884) e Visconde (Dec. 10.04.1867) de Campo Alegre. Major Comandante de Secção de Guerra da Guarda Nacional; Comendador da 1ª Ordem da Rosa e da Real Ordem de Cristo e de N. S. da Conceição de Vila Viçosa de Portugal. Nasceu em 1818/Pernambuco e faleceu em 1900. Filho do Tenente-Coronel Filipe de Souza Leão e de Rita de Cássia Pessoa de Mello. Casou-se com sua prima Francisca de Souza Leão, filha do Comendador Antonio de Paula de Souza Leão e de Teresa Victorina Bezerra da Silva Cavalcanti. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues, FR: 2563; 2558; 2561; 2564; 3676.  Proprietário dos engenhos: Moreno depois N. Senhora da Apresentação, Brejo/Moreno, Algodoais, Bom Fim; Caramurú, Santa Fé/Água Preta; Gaibú, Ilha das Cobras, Serraria, Tirirí, Boa Vista, Jurissaca/ Cabo de Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Gomes Villar - Dr. Rendeiro do engenho Serraria

206.    Engenho Serraria/Jaboatão dos Guararapes
Proprietário/Morador/Rendeiro: Felipe de Souza Leão - Nasceu em 1832/Jaboatão dos Guararapes e faleceu em 1898. Filho do Tenente Coronel Felipe de Souza Leão e Rita de Cássia Pessoa de Mello, engenho Tapera/Jaboatão dos Guararapes. Advogado; Presidente do Tribunal de Relação/Recife; Desembargador; Deputado Provincial (1858/1858); Deputado Geral  (3 mandatos); Senador (1880/1889). Casado (1º) Maria Anunciada Alves da Silva e em 2º núpcias com Maria de Figueiredo. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-2484 – (Maria de Jesus de Souza Leão Cabral de Mello). Proprietário dos engenhos: Brilhante, Ilha das Cobras/Cabo de Santo Agostinho, Timbó e Serraria/Jaboatão dos Guararapes; Rendeiro do Ibura/Recife
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Maximino Pereira Viana - Capitão casado com Maria de Jesus de Souza Leão Cabral de Mello, falecida em 1809 – Filha de Filipe de Souza Leão e Rita Cabral de Mello.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Cabral de Mello Cavalcante - Major. Dr. Casado com  Maria de Jesus de Souza Leão. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues. FR: 3744; 2484; 2486; 3745; e 4561 (Maria das Mercês de Souza Leão Cabral de Mello). Proprietário dos engenhos: Tanque das Flores/Timbauba; Serraria e Timbó/Jaboatão dos Guararapes; Santa Cruz/São Lourenço da Mata; Urucú ou Urussú/Escada
Ocupado pelos sem terras

207.    Engenho Serrinha/Gameleira - Engenho do século XIX
Proprietário/Morador/Rendeiro: Anna Veiga de Figueiredo

208.    Engenho Serrinha/Glória de Goitá
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Água Branca
Ocupado pelos sem terras em 1998

209.    Engenho Serrinha/Sirinhaém
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joaquim Cordeiro Alvim – Co-proprietário

210.    Engenho Serro Azul/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Serro Azul - A Usina chegou a possuir 22 Engenhos: Vista Alegre/Escada; Almirante, Cá-Me-vou ou Camevou, Canário, Mágico, Mutuns, Penderaca, Riachuelo, Serro Azul, Verde, Camevouzinho/Palmares; Liberdade/Sirinhaém; Mearim, Moscou/Bonito; Pará/Ipojuca; Tambor/(?); União/Aliança; Aratinga; Fertilidade; Aliança e Barra do Dia
Ocupado pelos sem terras em 2007 ligados ao MST. Com o fim da monocultura canavieira, a maioria dos Engenhovirou fazendas, outros se tornaram assentamentos. A exemplo do engenho Barra Azul, em Bonito (Agreste, a 136 km do Recife) e do Engenho Serro Azul, em Palmares (Mata Sul, 118 km da capital), onde hoje vivem mais de 200 famílias de assentados.

211.    Engenho Sete Ranchos/Amaraji
Proprietário/Morador/Rendeiro: Rogoberto Barbosa da Silva

212.    Engenho Setubal/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antero Vieira Cunha - Tenente Coronel e Barão de Araripe (Dec. 20/03/1875), "atendendo ao relevante serviço que prestou à Colônia Orfanológica Isabel, em Pernambuco", como se lê no próprio texto do decreto da criação do título. Nasceu em 1837 e faleceu em 1905, filho de João Vieira da Cunha e de Maria das Neves Carneiro da Cunha. Casado com Antônia Morais Vieira da Cunha, falecida em 1890, Baronesa de Araripe.  Possuía um belíssimo sobrado na Rua Imperial/Recife. Nos autos de inventário da Baronesa, aparece a Condessa da Boa Vista como devedora da quantia de 5 contos de réis. Proprietário dos engenhos: Setubal, Serra, Pitimbu, Rosário, Novo/Cabo de Santo Agostinho, Venus, e Conceição Velha/Ipojuca; Jundiá Mirim/Escada; Caetés/Amaraji.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Alves Setubal

213.    Engenho Seva/Moreno
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

214.    Engenho Sibéria/Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Francisco de Arruda de Falcão - Bacharel em 1843. Casado com Bella Siqueira de Arruda Falcão. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues; FR-1852 e 1851

215.    Engenho Sibilo de São Paulo/Sirinhaém - Segundo referência documental holandesa os engenhos de Antônio Fernandes Pessoa, foram abandonados, em 1637, de fogo morto
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antonio Fernandes Pessoa - Filho abastado de Pedro Afonso Duro, Engenho Sibiró/Ipojuca, nascido em Évora/Portugal chegou a Olinda no século XVI, falecendo em 1612 e sepultado no Convento de Sto. Antônio do Carmo/Olinda, e de Madalena Gonçalves, nascida em Olinda, falecida em antes de 1649. Casado com Isabel Peres de Almeida. Escabino da cidade Maurícia (Recife); Vereador da Câmara de Olinda, em 1645. Participou da restauração  Pernambucana; era conhecido como ‘o Mingau’. Proprietário dos engenhos: Tijipió, Santa Cruz ou Santo Antônio do Jiquiá, São Timóteo, Santa Cruz (antes Canavieira)//Recife e Sibilo de São Paulo/Sirinhaém. Seus engenhos foram abandonados, em 1637, de fogo morto. Herdeiros de Antônio Fernandes e de sua esposa: sua filha Ana de Luís da Silva; herdou as terras, mas decidiu vendê-las ao capitão Antônio Borges Uchoa, o que foi feito mediante uma escritura lavrada no dia 3/3/1657. Curiosidades: Em 12/10/1598, o ouvidor Jorge Camelo demarcou as terras do Jiquiá, onde havia um engenho de açúcar. O proprietário, o fidalgo madeirense Francisco Berenguer de Andrade, vendeu suas terras a Antônio Fernandes Pessoa. Durante a invasão holandesa, o engenho foi ocupado várias vezes até que, em 1637, Antônio Fernandes Pessoa abandonou a propriedade e fugiu com a família para Ipojuca, ficando o engenho de fogo morto. Junto com outros senhores de engenho, ele tomou parte da resistência à invasão dos holandeses.  Curiosidade: Diário de Pernambuco, n. 45 de 1829, o Engenho Jequiá perto da povoação dos Afogados; ainda moia em 1831, pertencendo a  Gonçalves da Rocha, como verificado em documento daquele ano; e ainda em 1834, como se vê em um anúncio no jornal desta cidade, A Quotidiana Fidedigna, no seu número 215, propondo a venda de "dois sítios no lugar da Piranga, sendo um defronte da cerca do engenho Jequiá, e outro na estrada do mesmo engenho, ambos em terras próprias". Em 1846 era proprietário do engenho Manuel Cavalcanti de Albuquerque. Com fotografias no álbum
Proprietário/Morador/Rendeiro: Catarina Francisca de Lima - Senhora do engenho Sibilo de São Paulo/Sirinhaém, resolve deixar por herdeiros parentes remotos e pobres que são mais carentes que seus abastados sobrinhos.

216.    Engenho Sibiró da Serra/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

217.    Engenho Sibiró de Baixo/Ipojuca - Engenho sob a invocação de São Paulo; movido a água e de fogo vivo; situado a uma milha ao sudoeste do Engenho Sibiró de Riba, tem cerca de 2 milhas de terra, na qual está uma várzea razoável, mas a maior parte consiste de pastos; pode anualmente fornecer 3.000 a 4.000 arrobas de açúcar. Engenho movido à água. Segundo relado do holandês Adriano Verdonck os engenhos utilizavam uma média de 60 escravos e muito açúcar, que eram conduzidos através de barcos; com a invasão holandesa, foram confiscados e vendidos.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Soares Canha - (Canga). Durante a invasão holandesa ficou do lado dos holandeses. Proprietário dos engenhos: Muribara/São Lourenço da Mata e Sibiró de Baixo/Ipojuca

218.    Engenho Sibiró de Cima/Ipojuca - Engenho Sibiró de Riba situado uma milha distante do engenho Pindoba; tinha 2 milhas de terra com muitas montanhas, mas bem plantada de canaviais. Movido a água e tinham começado a construção de uma moenda de bois. Podia anualmente produzir 5.000 a 6.000 arrobas de açúcar e paga a recognição. A casa de purgar e a casa das caldeiras eram de taipa e nelas foram encontradas em baixo de um telhado da moenda, 100 caixas de açúcar mascavado e retame velho, das quais algumas com mais da metade dele derramado, nelas pôs-se a marca de Companhia; 3 negros velhos e algumas vacas bravias e 2 bois velhos. Cerca de ½ légua da casa, escondidas nas matas, foram encontradas quatro barracas cheias de açúcar, cuja quantidade não se pôde saber porque elas estão cobertas de tábuas
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Carneiro de Mariz - Vereador da 1ª Câmara dos Escabinos em 1637/1638 - Conjurado e Restaurador. Casado com Maria Coresma.  Um dos que se aproveitaram do domínio holandês para ascender à propriedade de dois engenhos. Curiosidades: Em 1642, eram os senhores-de-engenho os grandes devedores da Companhia, segundo informa o conde João Maurício de Nassau, estimando a dívida global em 75 tonéis de ouro, o que representava 7,5 milhões de florins; dois anos depois, a dívida já alcançava a elevada importância de 130 tonéis de ouro, correspondentes a 13 milhões de florins. Mas a Companhia continuou a ajudá-los financeiramente, facilitando a construção dos engenhos Aratangi, de Miguel Fernandes de Sá/Sibiró de Baixo, de Francisco Soares Cunha, ou pagando dívidas particulares de alguns senhores, como Jorge Homem Pinto/Paraíba, João Carneiro de Mariz/Ipojuca, e Catharina de Albuquerque/engenho Santo Antônio da Muribeca. Arrendatário do engenho Nossa Senhora da Conceição; Proprietário dos engenhos: Nossa Senhora do Rosário/Sirinhaém, Sibiró de Cima, Salgados ou São João Salgado e Nossa Senhora da Conceição /Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel de Navalhas – Fugiu com Matias de Albuquerque durante a invasão holandesa; o engenho foi confiscado e vendido a João Carneiro de Mariz. O engenho era movido a água e de fogo vivo.

219.    Engenho Sibiró de Santa Cruz/(?)
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

220.    Engenho Sibiró de São Paulo/Ipojuca - Capela do engenho Sibiró de São Paulo/Ipojuca dedicada a Nossa Senhora da Conceição
Proprietário/Morador/Rendeiro: Margarida Alves de Castro - Casada com Miguel Fernandes de Távora, lisboeta. Proprietária dos engenhos: Conceição e Sibiró de São Paulo/Ipojuca, fundados com capela sob a invocação ao Senhor Santo  Cristo.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Miguel Fernandes de Távora - Cristão novo. Nascido em Lisboa. Casou em Ipojuca, com Margarida Alves de Castro, senhora de dois engenhos da Conceição e Sibiró de São Paulo/Ipojuca.

221.    Engenho Sibiró do Cavalcanti/Sirinhaém
Proprietário/Morador/Rendeiro: Companhia Agrícola e Mercantil de Pernambuco - Proprietária dos engenhos: Anjo; Cachoeira Nova,  Burarema, Sibiró do Cavalcanti/Sirinhaém; Dois Rios, Jaciru/Goiana; Assunção; Cachoeira; Canadá, Castor,  Ganganelli, Pinto/Gameleira; Lobo/Sirinhaém; Ribeirão/Escada; Dois Rios/Goiana; Jacaré, Jacé, Novo/Goiana; Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Mendes, Lima & Cia - Antonio Fernandes Ribeiro foi o fundador da firma "Barros, Mendes & Cia", em sociedade com os portugueses: João José Rodrigues Mendes e Gonçalo Alfredo Alves Pereira, sucedida por "Mendes, Lima & Cia, ao brasileiro José Adolpho de Oliveira Lima. A firma iniciou suas atividades comerciais com a compra de bacalhau, e depois como importadora do mesmo produto. Anos depois interessou-se pela atividade açucareira como comissária e exportadora de açúcar, que adquiria por financiamento antecipado a Engenhos e Usinas. Desse modo conseguiu acumular considerável patrimônio, por compra, ou em ressarcimento daquelas unidades incapazes de saldarem seus compromissos, conforme observa-se pelo levantamento do ativo da empresa por ocasião do inventário procedido com o falecimento do sócio Joaquim Lima d'Amorim que ingressara na firma em 1900, e cujos bens estavam assim arrolados as Usinas: Perseverança e engenhos; Trapiche; Ubaquinha 1; Engenhos: Camaragibe, Jaciru, Cachoeira Nova, Cachoeira Velha , Anjo, Palma, Ubaca, Ubaquinha, Xanguá, Sapucaia, Sibiró do Cavalcanti, Porto Alegre, Gindaí ou Gindahi/Sirinhaém; Jardim /Catende; Jacaré/Goiana; Laje Nova/Palmares; Santana, Mangueira/Água Preta; Sirinhaém depois Todos os Santos, São Brás Coimbero/Cabo de Santo Agostinho; São Domingos/Barreiros; Fluminense; Rosário; Canto Escuro; Trapiche; e Machado.

222.    Engenho Sibiró do  Meio/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

223.    Engenho Sibiró Grande /Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio H. de Castro - Dr.
Ocupado pelos sem terras em 1998, 80 famílias

224.    Engenho Simão Soeiro/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: Simão Soeiro - Filho de Francisco Soeiro. Casado com Maria Álvares, com quem teve cinco filhos.

225.    Engenho Sipó Branco/Timbauba
Proprietário/Morador/Rendeiro: J. de Albuquerque A. Lima - Tenente-Coronel

226.    Engenho Sipoal/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: Amaro Gomes da Costa Rabelo – Tenente Coronel de Milícias de Brancos da Capital; Cavalheiro da Ordem de Cristo. Fez parte das Academias do Cabo de Santo Agostinho e Paraíso. Foi o mais forte e abnegado apóstolo da República e mereceu por isso a consideração do alto cargo de General. Casado com Ignácia Xavier da Cunha Coutinho Carneiro de Albuquerque, filha de Ignácio Xavier Carneiro de Albuquerque e Joana Coutinho Carneiro de Albuquerque. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues: FJN Nº: 3.832, 4.376, 4.377, 4. 378; FJN 3833-4379. Pai de Amaro Gomes da  Cunha Rabello Júnior, Poeta. A tradição familiar indica que o velho Amaro Gomes teria passado tempo em Minas Gerais, junto a parentes seus, de onde voltara bastante rico. Proprietário dos engenhos: Araripe do Meio/Itamaracá, Tracunhaém, Jardim, Camorim, Sipoal, Morojó, Taquara, Tabajara, Tabira, Camorim, Merecê (depois Salvador) e Tabayê/Goiana e Bonito/Nazaré da Mata; Camila/Paudalho.  Curiosidades: Diário de Pernambuco na História. Há 150 anos. Sexta-feira, 15 de julho de 1859 - Guarda Nacional - Por decreto de 18, 28 de junho e 2 de julho do corrente foram nomeados: o Dr. José Inácio da Cunha Rabelo, tenente-coronel chefe do estado maior do comando superior da Guarda Nacional do município de Goiana, da província de Pernambuco. O capitão João Alves Ribeiro da Cunha, tenente coronel comandante do 5º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional da província de Mato Grosso.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Dias da Silva Coutinho - Neto de João Dias da Silva

227.    Engenho Siqueira/Aliança
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Caldas Lins - Barão de Araçagy e Visconde do Rio Formoso. Deputado por Pernambuco à Assembléia Geral do Império, nas legislaturas 15 a 16 (1872/1878), 18 (1881/1884) e 20 (1886/1889). Nasceu em 1828 e faleceu em 1897. Casado com Teudelina da Silveira Lins, nascida em 1834 e falecida em 1903, filha de Henrique Marques Lins, Visconde de Utinga. Proprietário dos engenhos: Sapucagy, Siqueira, Conceição, Una, Herval, Massauaçu.
Ocupado pelos sem terras. Decreto de 24 de maio de 2004 Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, os imóveis rurais que menciona, e dá outras providências. Engenho Sirigi, com área de quinhentos e dez hectares, situado no Município de Aliança, objeto da Matrícula nº 371, fls. 71, Livro 2-D, do Cartório Único da Comarca de Aliança, Estado de Pernambuco.

228.    Engenho Siqueira/Triunfo - Em 1957, o engenho Siqueira pertencente à Companhia Açucareira Santo André do Rio Una/Barreiros. A cana-de-açúcar é utilizada na elaboração de rapadura e de alfenim e na produção da cachaça e do licor.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Companhia Açucareira Santo André do Rio Una

229.    Engenho Sirigi/Aliança - Casa grande, na lista de bens culturais e naturais da mata norte de Pernambuco
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Aliança
Ocupado pelos sem terras em 2000 ligados a CPT. Decreto de 24 de maio de 2004. Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, os imóveis rurais que menciona, e dá outras providências. I - "engenho Sirigi", com área de quinhentos e dez hectares, situado no Município de Aliança, objeto da Matrícula nº 371, fls. 71, Livro 2-D, do Cartório Único da Comarca de Aliança, Estado de Pernambuco (Processo INCRA/SR-03/nº 54140.001330/99-14

230.    Engenho Sirinhaém depois Todos os Santos/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Mendes, Lima & Cia - Antonio Fernandes Ribeiro foi o fundador da firma "Barros, Mendes & Cia", em sociedade com os portugueses: João José Rodrigues Mendes e Gonçalo Alfredo Alves Pereira, sucedida por "Mendes, Lima & Cia, ao brasileiro José Adolpho de Oliveira Lima. A firma iniciou suas atividades comerciais com a compra de bacalhau, e depois como importadora do mesmo produto. Anos depois interessou-se pela atividade açucareira como comissária e exportadora de açúcar, que adquiria por financiamento antecipado a Engenhos e Usinas. Desse modo conseguiu acumular considerável patrimônio, por compra, ou em ressarcimento daquelas unidades incapazes de saldarem seus compromissos, conforme observa-se pelo levantamento do ativo da empresa por ocasião do inventário procedido com o falecimento do sócio Joaquim Lima d'Amorim que ingressara na firma em 1900, e cujos bens estavam assim arrolados as Usinas: Perseverança e engenhos; Trapiche; Ubaquinha; Camaragibe, Jaciru, Cachoeira Nova, Cachoeira Velha , Anjo, Palma, Ubaca, Ubaquinha, Xanguá, Sapucaia, Sibiró do Cavalcanti, Porto Alegre, Gindaí ou Gindahi/Sirinhaém; Jardim/Catende; Jacaré/Goiana; Laje Nova/Palmares; Santana, Mangueira/Água Preta; Sirinhaém depois Todos os Santos, São Brás Coimbero/Cabo de Santo Agostinho; São Domingos/Barreiros; Fluminense; Rosário; Canto Escuro; Trapiche; e Machado.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pero de Albuquerque – Capitão. Ficou do lado dos holandeses. Foi excluído da primeira lista de eleitores de Olinda, por considerarem “inabilitado, por ser supostamente judeus; essa intolerância religiosa se deu porque os cristãos-velhos portugueses não queriam dividir o poder com os judaizantes. Casado com Catarina Camello, que se encontrava ausente durante a invasão holandesa. Proprietário dos engenhos: Jaguaré/Ipojuca; Sirinhaém depois Todos os Santos, Jaserú e Nossa Senhora da Palma/Sirinhaém; São Braz Coimbero/Cabo de Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Fernandes Anjo - Capitão. Cistão Novo. Recebeu passaporte holandês. A viúva de Sebastião Vaz Ferreira teve de entregar a Francisco Fernandes Anjo o engenho, como sendo seu; não moerá este ano. Proprietário dos engenhos: Veajier Dios/Ipojuca e Serinhaem ou Todos os Santos depois Todos os Santos /Sirinhaém
Proprietário/Morador/Rendeiro: Madalena Pinheiro - Encontrava-se ausente durante a invasão holandesa
Proprietário/Morador/Rendeiro: Sebastião Vaz Ferreira - Falecido, e sua mulher o tem de entregar a Francisco Fernandes Anjo, como sendo seu. O engenho, sob a invocação de Todos os Santos, não moerá; Herdeiros de Sebastião Vaz Ferreira - (?), viúva, que deu a posse a Francisco Fernandes Anjo. Rendeiro dos engenhos: Sirinhaém depois Todos os Santos /Sirinhaém e o Veajier Dios/Ipojuca.

231.    Engenho Sítio do Meio/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Jarmelino de Oliveira Cajueiro

232.    Engenho Sítio do Meio/Canhotinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre proprietários e/ou moradores
Ocupado pelos sem terras em 25/07/2004, ligados ao MST

233.    Engenho Sítio Novo/Aliança
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Aliança
Ocupado pelos sem terras em 1998

234.    Engenho Sítio/Paudalho
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Cavalcanti de Petribu - Casado com  Josefa Pessoa Guerra, filha de João Antônio Pessoa Guerra e  Joaquina Gaião Pessoa Guerra, falecida em 1953. Em 1950, a Sociedade por Quotas de Responsabilidade Ltda foi transformada em S/A, sendo Josefa Pessoa Guerra Cavalcanti de Petribú sócia majoritária, com 50% do capital. Proprietário dos engenhos: Bom Jesus/Glória de Goitá; Cotunguba, Novo, Bonito/Nazaré da Mata; Santa Cruz/São Lourenço da Mata; Timbó, Itaenga ou Itanhenga, Sítio, Fortaleza/Paudalho; Petribu (depois Usina)/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Cavalcanti de Petribu (filho) - Casado com a herdeira do engenho Maria Rita Barata, prima, filha de Fernando Barata da Silva. Proprietário dos engenhos: Santa Cruz/São Lourenço da Mata; Volta do Cipó e Sítio/Paudalho.

235.    Engenho Sitio/São Lourenço da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: Maria Lacerda Coutinho (Senhorinha Cesar Coutinho) - Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-1457. Rendeira do engenho Sítio/São Lourenço da Mata
Ocupado pelos sem terras em 1998

236.    Engenho Soares/Triunfo - Engenho de rapadura. A cana-de-açúcar, utilizada na elaboração de rapadura e de alfenim e na produção da cachaça e do licor
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

237.    Engenho Soberano/São Benedito do Sul
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 12/04/2004, ligados ao MST.

238.    Engenho Sobradinho/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: José M. da Cunha Pedrosa

239.    Engenho Sociedade/ Timbauba
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônia e Maria José de Almeida de Azeredo Coutinho - Antônia era casada com Joaquim Gomes Pedrosa, residiram com Maria José e o seu marido José Porfírio Gomes de Andrade, na casa grande do Engenho Sociedade. Maria José faleceu  em 1913, foi a última proprietária do engenho Sociedade.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Isabel de Andrade Pedrosa Vasconcelos – Filha de José Porfírio Gomes de Andrade e de Maria José de Almeida de Azeredo Coutinho. Vendeu o engenho em 1918.

240.    Engenho Sociedade/Aliança
Proprietário/Morador/Rendeiro: Cândida Xavier de Andrade - Herdeira e viúva de Fabrício de Araújo Pereira Palma. Com fotografias: Coleção Francisco Rodrigues; FR-06389; e 1262. Proprietária dos engenhos: Aliança, Sociedade, União, Ronca/Aliança
Proprietário/Morador/Rendeiro: Fabrício de Araújo Pereira Palma – Casado com Cândida Xavier de Andrade (?). Com fotografias: Col. Francisco Rodrigues, FR: 663; 4114; 4115; 4116; 4122; 657; 2729; 4121; 4119; 06557; 06389; 1262. (Maria Cândida Xavier de Andrade, Maria Christiana de Araújo Pereira Palma, filhas de Fabrício de Araújo Pereira Palma; Severino de Araújo Pereira Palma; Antonio de Araújo Pereira Palma; Cândida Xavier de Andrade; Paschoal Pereira de Andrade; Irene Xavier de Andrade, Engenho Sociedade/Timbauba). Proprietários dos engenhos: Água Azul, União (antigo Ronca), União/Timbauba e o Sociedade/Aliança.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Gilvan Celso de Moraes

241.    Engenho Sociedade/Timbauba
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Porfírio Gomes de Andrade - Casado com Maria José de Almeida Azeredo Coutinho; quando enviuvou, mudou-se para Recife. Em 1907, adquiriu as terras onde hoje se localiza o bairro de Porto da Madeira, tiveram nove filhos. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues; FR-663 (Irene Xavier de Andrade)
Proprietário/Morador/Rendeiro: Domingos de Abreu Morais Vasconcelos - Casado com Cosma de Almeida Azeredo Coutinho, herdeira e filha de José Porfírio Gomes de Andrade e Maria José de Almeida Azeredo Coutinho, falecida em 1913. Última proprietária do engenho, vendido em 1918. Proprietário dos engenhos: Sociedade/Timbauba, Manimbu/Nazaré da Mata, Veludo/Nazaré da Mata, Lajes/ Paudalho, Trás os Montes/Timbauba.

242.    Engenho Soledade/Barreiros
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Francisco Bello - Major Ajudante de Ordens. Casado com Francisca de Albuquerque Bello. Herdado em 1898 por seu filho, Júlio Celso de Albuquerque Bello. Proprietário dos engenhos: Pracinha, Tentugal e Soledade/Barreiros e Queimadas/São Jose da Coroa Grande.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Santino do Rego Barros.

243.    Engenho Soledade/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Massauassu – Proprietária dos engenhos: Queluz e Sociedade/Ipojuca.
Ocupado pelos sem terras em 01/05/2000, ligados ao MST 2001, e em pelos ocupantes. Sem vistoria. INCRA.

244.    Engenho Soledade/Vitória de Santo Antão
Proprietário/Morador/Rendeiro: Ladislau Gomes do Rego - Proprietário dos engenhos: Serra Grande e Soledade/Vitória Santo Antão.

245.    Engenho Solidão/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Ana Joaquina Cavalcante de Albuquerque – Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-2374.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Anna Joaquina Xavier de Hollanda - Casada com Antônio Luiz da Cunha Themudo, falecido em 1.854/Barreiros. Falecida em 1861/engenho Solidão, foi sepultada na capela do Engenho Gravatá. Co-proprietária do engenho Pau Sangue.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pedro Miliano da Silveira Lessa – Barão de Gravatá, Dec. de 08/08/1888. Nascido em 1814/engenho Boca da Mata/Serinhaem. Tenente da 8ª Companhia do 46º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional, de Água Preta/1850. Em 1870 era 4º Suplente de Juiz Municipal de Água Preta e nesse mesmo ano passou a Major do 46º Batalhão. Em 1873 era Suplente de Juiz da Comarca de Palmares. Casado, em 1835, com Maria Tranquilina Themudo, Baronesa de Gravatá, nascida em 1817/engenho Roncador-Barreiros, e falecido em 1893/engenho Gravatá/Água Preta. Com fotografias na FJN: 1824; 1825; 1826; e 1823.  Proprietário dos engenhos: Solidão, Alegrete, Guarani, Gravatá/Água Preta.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Sebastião José Mendes de Holanda - Casado com Ana Joaquina Cavalcanti de Albuquerque. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues; FR-2292; FR-2291. Proprietário dos engenhos: Solidão/Água Preta e Brejo Novo/Gameleira.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Pumaty Proprietária dos engenhos: Alegrete, Cuiambuca, Parol, Santa Fé e Solidão/Água Preta; Colombo, Pumaty/Palmares; Cucaú ou Cucahú/Sirinhaém

246.    Engenho Sossego /Bonito
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 17/04/2000, ligados ao MST

247.    Engenho Souto Maior/Glória de Goitá - Engenho do século XIX
Proprietário/Morador/Rendeiro: Sotero Marques de Araújo Pinheiro - Proprietário dos engenhos: Carrapatos e Souto Maior/Paudalho
Ocupado em 1997 Decreto nº 0-003, de 07 de novembro de 1997. Decreto - Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural denominado 'engenho Souto Maior', Situado no município de Paudalho, Estado de Pernambuco, e da Outras Providencias. DEC-000000 de 07/11/1997. Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural denominado "engenho Souto Maior", situado no município de Paudalho, estado de Pernambuco, e da outras providencias.

248.    Engenho Souza/Água Preta - Casa grande do Engenho Souza na lista de bens culturais e naturais – tangíveis da mata sul
Proprietário/Morador/Rendeiro: Armando Queiroz Monteiro - Casou com Maria José Dourado, filha de José Dourado e de Sebastiana Cavalcanti de Amorim Salgado. Um dos donos da Usina Ipojuca, do engenho Bom Sucesso/Gameleira; fornecedor de cana do engenho Souza/Catende; administrador e diretor da usina Trapiche; administrador da Usina Barreiros; e finalmente adquiriu a Usina Cucaú a João Cardoso Ayres Filho. Armando se associa a Antonio Dourado Neto e compram a Usina Ipojuca de José Dourado, sogro do primeiro e tio do segundo sócio.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João de Siqueira Barbosa Arcoverde - “João Perigo” – Casado com Joaquina Rosa da Cunha Pedrosa, filha de Manuel  Gomes da Cunha Pedrosa e Maria do Carmo Gomes Barbosa
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Alves da Silva - Proprietário dos engenhos: Folguedo do Mel/Panelas, Bom Gosto (depois Usina Central), Pumaty/Palmares e Souza/Água Preta.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Pedrosa – Proprietária dos engenhos: Cortez/Amaraji; Jumaitá e Souza/ Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Catende - Proprietária dos engenhos: Água Branca de Uraba/Quipapa; Bálsamo da Linha, Corubas/Jaqueira; Bálsamo das Freiras//Lagoa dos Gatos; Bamborel, Bela Aurora, Boa Sorte, Cana Brava, Harmonia, Milagre da Conceição, Monte Pio, Niterói, Ouricuri, Tabaiaré/Catende; Campinas, Capricho, Esperança. Granito/Palmares; Espírito Santo, Mangueira, Mãozinha, Palanqueta, Pastinho, Pasto Grande, Piragibe ou Piragybe, Pirangy ou Pirangi, Porto Seguro, Souza, Veloz, Venturoso, Vida Nova/Água Preta; Curupaiti ou Curupaity /Xexéu; Limão, Urucú ou Urussú/Escada; Monte Alegre/Gameleira; Paudalho/Paudalho; Santa Cruz/Rio Formoso.
Ocupado pelos sem terras em 08/05/97

249.    Engenho Stachhouwer/Recife - Na lista dos engenhos vendidos em 1637 e 1638 na qual está indicado o grande número de holandeses que adquiriram Engenhos confiscados. Alguns deles batizados com nomes flamengos: Straetsburg. Haarlem, Rotterdam, Nassau. Mais tarde os holandeses foram, de fato, abandonando a vida agrícola — salvo exceções, como no caso de Servaes Carpentier e de Gaspar van der Ley — e vendendo as suas propriedades — o caso de Jacob Stachhouwer e outros — passando à especulação no comércio açucareiro
Proprietário/Morador/Rendeiro: Jacob Stachhouwer - Cristão Novo. Capitão de Cavalaria; Conselheiro Político no Brasil Holandês. Protetor e grande amigo de Fernandes Vieira que até 1638 foi o feitor-mor dos 03 primeiros engenhos de Stachhouwer em sociedade com Nicolaes de Rideer. Retornando Stachhouwer para Holanda, ficou Vieira "como seu procurador bastante", vindo depois assumir os débitos contraídos pelos dois sócios quando da compra das propriedades à Companhia das Índias Ocidentais. Declara em 1640 ter 44 anos de idade. No clássico de Boxer sobre a ocupação holandesa, "The Dutch in Brazil", João Fernandes Vieira aparece dedurando ao comissário Jacob Stachouwer, em 1635, o lugar, no mato, onde um rico judeu português chamado Pantaleão Monteiro tinha enterrado um tesouro. É a prova de que Fernandes Vieira, nome de ruas e praças no Nordeste, foi colaboracionista, antes de ficar na história como herói dos Guararapes. Proprietário dos engenhos: Várzea, Meio, Stachhouwer /Recife, Santana/Jaboatão dos Guararapes, e Carlos Francisco.

250.    Engenho Suassuna (antes Nossa Senhora da Assunção)/Jaboatão dos Guararapes - No século XV, Gaspar Alves Purgas recebeu uma sesmaria, que foi desmembrada em várias partes dando origem aos engenhos: São João Batista, Palmeiras e Suassuna. Em 1573, os irmãos Diogo e Fernão Soares – cristãos novos - compram uma parte da sesmaria de Gaspar Alves Purgas, e fundam o engenho N. Senhora da Apresentação, depois engenho Suassuna (que significa veado preto) em homenagem ao riacho que corta o local. Em 1584, o engenho moeu pela primeira vez. O engenho destaca-se na história de Pernambuco por ter sido palco de diversas denunciações e confissões de Pernambuco, durante a visitação do Tribunal do Santo Ofício (Inquisição), entre 1593 e 1595, onde se constata a perseguição aos judeus e aos evangélicos, inclusive aos próprios donos do engenho. É interessante encontrar nos relatos a grande intolerância existente na época, quando alguém poderia ser denunciado simplesmente por faltar a missa ou por não crer em imagens. Durante a invasão holandesa o engenho Suassuna foi invadido várias vezes, quando pertencia a João de Barros Correia. No século XVIII, pertencia a família Cavalcanti de Albuquerque, com destaque para o legendário Coronel Suassuna, que era uma das figuras de destaque da época e que reunia em seu engenho alguns dos intelectuais que participaram da chamada "Conspiração dos Suassuna", de 1801. Daí a origem da chamada "Academia Suassuna" que defendia a implantação de idéias liberais no Brasil e que influenciou movimentos como a Revolução Pernambucana de 1817 e a Confederação do Equador. No século XIX, o missionário evangélico americano Daniel Kidder foi recebido no engenho, quando veio ao Brasil com o intuito de pregar o evangelho e distribuir bíblias num país onde a sua leitura era proibida aos leigos; o engenho era, segundo ele, uma grande propriedade com cerca de 100 escravos que pertencia ao Barão e depois Visconde de Suassuna. A senzala ficava à esquerda da atual casa grande, onde hoje há uma fileira de casas. Pertenceu posteriormente aos Barões de Muribeca e do Limoeiro. Em 1888 o engenho Suassuna, S. André, S. Antonio e parte do engenho Velho com uma área de 22 milhões de m2  foram adquiridos pelo Governo Federal que fundou no local a Colônia Suassuna, a 1° tentativa de reforma agrária de Pernambuco. A propriedade foi dividida em lotes que foram distribuídos entre brasileiros e estrangeiros sob certas condições. É daí a origem de alguns bairros com a denominação de "lote" em Jaboatão Centro. Contudo, o empreendimento não deu certo porque o Estado não conseguiu manter a colônia, sendo vendido à Companhia Progresso Colonial que instalou uma Usina no local. Esta usina passou a chamar-se, posteriormente, Usina Jaboatão foi desativada em 1996 por problemas relacionados a dívidas da empresa. Hoje, o antigo Engenho Suassuna encontra-se em ruínas e sua secular casa grande, datada de 1790, foi saqueada e arruinada por vândalos. Era uma das casas de engenho mais antigas do município que ainda se encontra em pé e um típico representante dos solares rurais de Pernambuco do século XVIII, onde funcionou a tão importante Academia Suassuna! Mais um local histórico de Jaboatão que se encontra esquecido e abandonado!
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antonio Francisco de Paula de Holanda Cavalcanti de Albuquerque - Visconde com grandeza de Albuquerque, Decreto de 02/12/1854. Nasceu em 1797/engenho Pantorra e faleceu em 1863/RJ. Filho do Capitão-Mor Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque e de Maria Rita de Albuquerque Mello. Casou com Emilia Cavalcanti de Albuquerque, filha do Conselheiro e Senador Manuel Caetano de Almeida e Albuquerque e de Emilia Amália de Albuquerque. Sentou praça aos dez anos como Cadete sendo promovido mais tarde a Tenente-Coronel, posto em que foi reformado. Foi lente da Escola Real de Pelotas. Deputado por sua província na 1ª legislatura de 1826/1829, na 2ª e 3ª de 1830/1837. Senador em 1861/1863. Ministro: da Fazenda, Interino do Império, da Marinha, Interino da Guerra; Conselheiro de Estado (extraordinário e ordinário, em 1850); Proprietário rural; Deputado Geral 1826/37; Gentil-Homem da Imperial Câmara, Dignitário da Ordem do Cruzeiro e Cavaleiro de Cristo. Proprietário dos engenhos: Carrapatos, Pantorra e Suassuna.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Diogo Soares da Cunha - Serviu na guerra holandesa; devia a WIC. Alcaide-Mor. Casado com Isabel de Albuquerque. Pai de Gabriel Soares, engenho Velho e Novo, e de Francisco Soares da Cunha, (engenho Gurjaú de Cima, Pernanduba, Muribara, Tiuma e da Guerra/Cabo de Santo Agostinho).
Proprietário/Morador/Rendeiro: Felipe Diniz – Comprou o engenho Palmeiras, em 1616, a Simão Vassalo. Anexou as terras do engenho Suassuna, do qual era proprietário, as terras compradas a Afonso Alves, Antonio Afonso, Heitor Mendes, Manuel Valente, Ana Figueiredo e outros transferindo-as a seu irmão Henrique de Carvalho, declarando que ‘as terras compradas a Fernão Rodrigues Vassalo tinham 1.400 braças de comprido e 600 de largo e que delas separava o Suassuna e para isso não as vendia, 250 braças de terras que começavam na bacia de cima do engenho Santana, onde está um marco, indo pelo rio acima até elas se encontrarem com as águas vertentes que caem sobre dito açude’ o que consta da respectiva escritura de venda assinada a 18 de março de 1634. – Proprietário dos engenhos: Suassuna (antes Nossa Senhora da Assunção), Palmeiras (antes Santa Cruz e Mangaré)/Jaboatão dos Guararapes/Jaboatão dos Guararapes; São João Baptista/Itamaracá.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Fernão e Diogo Soares - Cristão novos. Curiosidades: “El rei D. Sebastião, não somente com o fim de favorecer os lavradores de cana, como também para promover o aumento da produção do açúcar, e o desenvolvimento de povoação das terras do Brasil, baixa neste dia um alvará declarando livre de direitos nas alfândegas do reino, com exceção apenas do dizimo reservado à ordem de Cristo, todo o açúcar das possessões portuguêsas que transitassem pelas mesmas alfândegas. Ditada pelos mesmos intuitos havia nessa época uma provisão régia concedendo -- a mercê de libertar as pessoas que fazem Engenho de açúcar dos direitos dêles pelo prazo de dez anos, - da qual gozaram, entre outros agricultores de Pernambuco, nomeadamente, os irmãos Fernão e Diogo Soares, em favor do Engenho Suassuna, construído em 1587, como consta de uns autos de justificação, que tivemos presente, e do despacho final concedendo essa mercê, em virtude da referida provisão,” (?) lavrado pelo provedor da fazenda real, Jerônimo de Mendonça, na alfândega da vila de Olinda, em 19 de agôsto de 1588. (Pereira da Costa - Volume: 1 Ano: 1493 Numero da Página: 541)
Proprietário/Morador/Rendeiro: Fernão Soares da Cunha – Cristão novo. Capitão Mor da freguesia de S. Lourenço, em 1656; da freguesia da Muribeca e Jaboatão dos Guararapes, em 1667. Casado com Catarina de Albuquerque, filha de Jerônimo de Albuquerque. Serviu na guerra holandesa; devia a WIC. Filho de Diogo Soares da Cunha, acusado de judaísmo por vários confessores durante a visita do Santo Ofício, e de Isabel de Albuquerque. Comprou uma parte da sesmaria de Gabriel Alves Pugas, em 1573, - 1.200 braços de norte a sul e 600 de largo, de leste a oeste – por duzentos mil réis. Juntamente com seu irmão, Diogo Soares, construiu o engenho Nossa Senhora da Assunção; e em 3/08/1587 deu-se a primeira moagem da cana de açúcar.. O engenho moía com águas do riacho Suassuna, por isso foi transformado em engenho Suassuna, ‘por estar situado na ribeira do mesmo nome’. Proprietário dos engenhos: Penanduba, São João Batista, Suassuna/Jaboatão dos Guararapes e Tiúma/São Lourenço da Mata.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Cavalcante de Albuquerque - Capitão-mor e Tenente Coronel. Filho do Cap. Leandro Bezerra Cavalcante e de Joanna de Sá. Casado com sua prima Ignez Lins de Albuquerque. Em 1801, participou de uma conspiração (chamada de Suassuna em referência ao seu engenho) visando conseguir proteção de Napoleão Bonaparte,  para a formação de uma república no Brasil, princípios da Revolução de 1817. Foi acusado, juntamente com seus irmãos Luís e José Francisco de Paula e presos até 1821; mas inocentados por falta de provas. Mas o fracasso da conspiração trouxe conseqüências imediatas, como o fechamento do Areópago de Itambé, 1802, que, no entanto, ressurgiu em seguida com o nome de Academia dos Suassunas, cuja sede era o próprio Engenho. Apesar das repressões, o espírito de contestação difundido pelas sociedades secretas e pelo Seminário de Olinda não se desfez, ao contrário, ganhou novos adeptos. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-3143. Proprietário dos engenhos: Coqueiro/Rio Formoso, Novo, Apuá e Terra Vermelha/ Paudalho; Petribú/Goiana, Suassuna/Jaboatão dos Guararapes
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque - Barão e Visconde com grandeza de Suassuna. Nasceu em 1793/Jaboatão dos Guararapes e faleceu em 1880/Recife, no seu palacete do Pombal. Filho do Capitão-Mór Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, Coronel Suassuna, e de Maria Rita de Albuquerque Mello. Irmão dos Viscondes de Camaragibe, Albuquerque e Barão de Muribeca. Sentou praça no exército em 1807, galgando todos os postos até o de Brigadeiro, se reformando em 1829. Presidiu a Província de PE em 1826, 1835 e 1838. Deputado à Assembléia Provincial em várias legislaturas, assim como à Geral na 1ª legislatura de 1826/1829; Senador, em 1839; Ministro da Guerra, no 1º Gabinete de 1840. Conselheiro de S. Majestade; Grande do Império; Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial; Dignitário da Imperial Ordem do Cruzeiro e Gentil-Homem da Imperial Câmara. Proprietário dos engenhos: Girento, Limoeiro, Mangueira, São Vicente e Sapucagy de Baixo e a Usina Limoeirinha/ Escada; Pantorra/Cabo Santo Agostinho, Suassuna (antes Nossa Senhora da Assunção); Penedo de Baixo, Roncaria, Pitangueiras /São Lourenço da Mata; Poeta/Recife e Timbi/Camaragibe.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João de Barros Correia - Um documento holandês de 1637 relaciona, em Jaboatão dos Guararapes, Suassuna, de João de Barros Correia .
Ocupado pelos sem terras em 07/02 e 11/06/2001. Sem vistoria.

251.    Engenho Suassuna Mirim/Jaboatão dos Guararapes
252.    Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Carneiro Leão - Coronel – Casado com Joanna Idelvita Mendes de Holanda Cavalcante, com foto na Col. Francisco Rodrigues FR-06519. Herdeiros: Joanna Idelvita Mendes de Holanda Cavalcante e sua filha Maria Anna Carneiro de Novaes. Casada com Antônio Soares de Novaes Avelins. Proprietário dos engenhos: Jiqui, Arimunã e Recreio/Escada; Santana, Sucupema, Suassuna Mirim e Guarani/Jaboatão dos Guararapes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio de Novaes Mello Avelins - Casado com Maria Anna Carneiro Leão, herdeira de seus pais Manuel e Joanna Idelvita Mendes de Holanda Cavalcante. Nasceu em 1898/Engenho Pimentel/Cabo de Santo Agostinho e faleceu em 1978/Recife. Integrou o Partido Social Democrata (PSD) e o Partido Liberal (PL).  Foi prefeito do Recife, entre 1937/1945. Senador por dois mandatos (19/09/1946 a 31/011955 e 31/01/1955 a 31/01/1963). Foi, ainda, Ministro da Agricultura (1950/1951), durante o governo do presidente Eurico Gaspar Dutra, e Constituinte em 1946. No Senado, foi membro das Comissões de Relações Exteriores, Agricultura, Finanças e Transportes. Herdeiros de Novaes Filho e Maria Anna: seus 08 filhos. Proprietário dos engenhos: Jiqui, Arimunã e Recreio/Escada; Santana, Suassuna Mirim e Guarani/Jaboatão dos Guararapes.

253.    Engenho Sucupema/Jaboatão dos Guararapes
Proprietário/Morador/Rendeiro: Johan van Blijenburch e Jacob DassenieCuriosidades: Gaspar van der Ley, achando-se na mesma situação incerta, deve ter falado muito a respeito com seus amigos e parentes portugueses. Contribui para esta suposição uma informação de Jacob Dassenie, senhor do engenho Supupema, datada de 14/06/1645, na qual êste fez supor que já então sabia da futura traição de Gaspar van der Ley, porque certa pessoa lhe tinha dito que "Camarão ou seu povo que vem, não tem a intenção de arrasar a terra, mas a todos os holandeses que desejassem ficar no País daria passaporte, e que quarenta ou mais ficariam, referiu-se a Alberto Gerardo [Wedda], Johan Hick, o capitão-de-cavalos [Ley] e outras pessoas importantes. Não obstante a informação de Jacob Dassenie e outras notícias que eventualmente tenham chegado aos ouvidos dos Altos Conselheiros, sobre a pessoa de Gaspar van der Ley, eles o nomearam em 06/1645, Coronel da Tropa Auxiliar, formada pelos moradores de Sirinhaém, Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho e Muribeca, que foram convocados às armas para ajudar a defender o sul da capitania de Pernambuco contra os insurrectos. Johan Hick, outra pessoa acusada por Dassenie, ocupou o pôsto de tenente-coronel.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Carneiro Leão – Casado com Joanna Idelvita Mendes de Holanda Cavalcante, com foto na Col. Francisco Rodrigues FR-06519. Proprietário dos engenhos: Jiqui, Arimunã e Recreio/Escada; Santana, Sucupema, Suassuna Mirim e Guarani/Jaboatão dos Guararapes.

254.    Engenho Sumidouro/Catende
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras Extrato de Laudo de Avaliação para fins de Reforma Agrária. Processo/ INCRA/SR-03/PE/N°54140.002780/2005-70. Imóvel: Engenho Monte Pio, Canto Flor, Curupaiti, Pernambuco, Tabaiaré, Santa Luzia, Lajedo, Campinas, Sumidouro, Piraua, Boas Novas, Monte Caseros, Capricho, Independência ou Jatobá e São Francisco / Catende, Água Preta e Palmares. Área registrada (Ha): 7.315,9200. Exploração predominante: agricultura (cana-de-açúcar).

255.    Engenho Supitanga/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Ipojuca – Proprietária dos engenhos Conceição Velha, Mirador, Saco, Supitanga/Ipojuca.