Fontes

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Engenho M, N e O

ENGENHO COM A LETRA M

1.         Engenho Macaco/ Xexéu - O município de Xexéu foi rota de fuga dos escravos que iam em direção ao Quilombo dos Palmares. Por ser passagem obrigatória para os negros em fuga, criou-se, em 1675, um núcleo de resistência negra na cidade, o engenho Macaco. A comunidade chegou a ter cerca de 15 mil integrantes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Diogo Soares Carneiro de Albuquerque - Capitão. Filho do Sargento-mor Pedro da Cunha Andrade, engenho Tiúma, e de Antônia Bezerra da Cunha.  Proprietário dos engenhos: Lagoa dos Ramos/ Nazaré da Mata; Macaco/Xexéu.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Henrique Olympio Tavares da Rocha
Proprietário/Morador/Rendeiro: Júlio da Silva Santos - Casado com (?)Joaquina Francisca de Sales Sena Santos. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues FR: 05157 e 05157. Proprietário dos engenhos: Macaco, Bom Mirar ou Bom Mirá e Freixeiras/Água Preta.

2.         Engenho Macambira/Timbauba
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joaquim Xavier Pedrosa - Tenente. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-4133

3.         Engenho Macapá Velho/Barreiros
Proprietário/Morador/Rendeiro: Estácio de Albuquerque Coimbra  - Nasceu em/1872/ engenho Tentugal/ Barreiros. Filho de João Coimbra e de Francisca de Albuquerque Belo Coimbra, do engenho Tentugal. Formado em Direito pela Faculdade de do Recife, em 1892 com apenas 20 anos de idade. Junto a seu pai, exerceu advocacia em Barreiros, Rio Formoso e Água Preta. Casado com Joana de Castelo Branco Coimbra (04 filhos), do engenho Morim, onde Coimbra passava os fins de semana. Posteriormente, o local se transforma na Usina Central de Barreiros: um dos pontos de referência da indústria açucareira do Estado. Deputado Estadual, 1895; fez parte das Comissões de Justiça e Finanças; em 1899 é eleito Deputado Federal; acumula as funções de Deputado Federal e Estadual (1907), onde consegue a instalação de uma linha férrea para o Recife, e a construção de uma ponte metálica sobre o rio Uma/Barreiros; em 1911 é eleito Presidente da Assembléia assumindo, o governo de Pernambuco, por 60 dias, devido a renúncia do Antônio Pernambucano; reeleito Deputado Federal, 1915 a 1922; Ministro da Agricultura; Vice-Presidente da República (1922-1926), e assumiu também a presidência do Senado e do Congresso Nacional. Após a Revolução de 1930, embarca em um rebocador com os seus assessores. Vai para Maceió e, de lá, para Salvador, onde toma conhecimento do triunfo da revolução e da demissão de Washington Luís, o Presidente da República. Sem maiores alternativas, o governador embarca para Lisboa, onde se exila por quatro anos, acompanhado de seu fiel amigo Gilberto Freyre. Somente em 1934, em decorrência de uma anistia, Estácio Coimbra abandona o exílio. Ele retorna ao Engenho Morim, semantendo  afastado da política até a data do seu falecimento: 09/11/1937. Proprietário dos engenhos: Gindhy/São José da Coroa Grande e Morim, Muitas Cabras, Goitasinho/Glória do Goitá; Tentugal, Grande, Macapá Velho, Manguinhos, Tentugal/ Barreiros e a Usina Central Barreiros/Barreiros.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Olívia de Moraes Andrade

4.         Engenho Macapá/Timbauba - Casa grande no inventário de bens culturais e naturais na mata norte de Pernambuco.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Francisco do Rêgo Cavalcante - Casado com Joana de Almeida Azeredo Coutinho (Joaninha). Bisavós do ex Governador do Estado: Moura Cavalcanti. Residiram em um sítio anexo ao Engenho Sociedade, depois moraram nos engenhos Macapá Velho e Cipó Branco do pai de Joaquim Francisco do Rêgo Cavalcanti. Proprietários dos engenhos: Macapá Velho/Macaparana e Brejão/São José da Coroa Grande; Macapá/Timbauba.

5.         Engenho Macapasinho/Timbauba
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Gomes Pedrosa - Sogro do ex-governador Manuel Borba, pai de Maria Borba, prima de Isabel de Andrade Pedrosa Vasconcelos.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Gomes Pessoa de Andrade – Rendeiro
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joaquim Xavier Pessoa de Andrade - Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-06802

6.         Engenho Maçaranduba/Timbauba
Proprietário/Morador/Rendeiro: José da Costa - Português. Fugiu de Portugal em circunstancias: dramáticas e pitorescas. Perseguido por agentes de justiça, com ordens de arrastá-lo, vivo ou morto – por ter jogado uma pedra a esmo, numa praça de Restelo, que teria atingido a cabeça de um cortesão ou de um clérigo poderoso - escapou em desabalada carreira pelas ruas de Lisboa, alcançando um navio que se preparava para partir, no qual se meteu com a roupa do corpo, sem saber para onde ia, até que os marinheiros o despejassem, afinal, nas praias do Recife. trabalhou em ocupações modestas; casou-se com Maria da Silva, foi adotado pela sociedade pernambucana, e acabou senhor de canaviais, tendo deixado aos descendentes um surpreendente inventário de engenhos de nomes sonoros. Proprietário dos engenhos: Mato Grosso/Água Preta; Santo Antonio/Palmares, Cucaú, Catuama, Burarema, Oncinha/Barreiros, Conceição, Cabuçu, Limão Doce/Amaraji, Maçaranduba/Timbauba e outros.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Leonardo Orlando de Barros - Coronel. Filho de Manuel Cavalcanti de Albuquerque Barros e de Ursulina de Castro Sá Barreto. Casado com Francisca Caraciola da Costa Gouveia (09 filhos), filha do Coronel João Bento de Gouveia e de Brites de Albuquerque. Homem liberal; deu liberdade a seus escravos um ano antes da Lei Áurea. Autodidata, falava várias línguas, inclusive o dialeto indígena. Era também poeta, músico e compositor. Estudando o cultivo da cana, foi responsável pela introdução da saúva em Pernambuco - a qual importou de São Paulo. Construiu em Pernambuco a primeira casa de farinha, em nível industrial e cultivou novas variedades da cana de açúcar, mais resistentes às pragas. Proprietário dos engenhos: Cocaupe depois Cucau ou Cucahú/Serinhaem; Catuama, Burarema/Barra de Guabiraba, Catolé/Água Preta, Oncinha/Barreiros, Conceição/ Catende; Apipucos (São Pantaleão do Monteiro)/Recife; Cabuçu ou Cabussú, Limão Doce/Rio Formoso, Maçaranduba/Timbauba e outros herdados por sua mulher: Mato Grosso/Cabo de Santo Agostinho, Cá-me-vou ou Camevou e o Santo  Antonio/Palmares.

7.         Engenho Machado/Machados - O município Machado está situado em terras do antigo engenho Bom Destino, pertencia ao município de Bom Jardim. A sede, próxima ao engenho Machado (propriedade da família do mesmo nome), recebe o nome Machados em virtude de tal aproximação.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Família Machado
Proprietário/Morador/Rendeiro: Mendes, Lima & Cia - Antonio Fernandes Ribeiro foi o fundador da firma "Barros, Mendes & Cia", em sociedade com os portugueses: João José Rodrigues Mendes e Gonçalo Alfredo Alves Pereira, sucedida por "Mendes, Lima & Cia, ao brasileiro José Adolpho de Oliveira Lima. A firma iniciou suas atividades comerciais com a compra de bacalhau, e depois como importadora do mesmo produto. Anos depois interessou-se pela atividade açucareira como comissária e exportadora de açúcar, que adquiria por financiamento antecipado a Engenhos e Usinas. Desse modo conseguiu acumular considerável patrimônio, por compra, ou em ressarcimento daquelas unidades incapazes de saldarem seus compromissos, conforme observa-se pelo levantamento do ativo da empresa por ocasião do inventário procedido com o falecimento do sócio Joaquim Lima d'Amorim que ingressara na firma em 1900, e cujos bens estavam assim arrolados as Usinas: Perseverança e engenhos; Trapiche; Ubaquinha; engenhos:  Camaragibe, Jaciru, Cachoeira Nova, Cachoeira Velha , Anjo, Palma, Ubaca, Ubaquinha, Xanguá, Sapucaia, Sibiró do Cavalcanti, Porto Alegre, Gindaí ou Gindahi/Sirinhaém; Jardim /Catende; Jacaré/Goiana; Laje Nova/Palmares; Santana, Mangueira/Água Preta; Sirinhaém depois Todos os Santos, São Bras Coimbero/Cabo de Santo Agostinho; São Domingos/Barreiros; Fluminense; Rosário; Canto Escuro; Trapiche; e Machado.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Convento do Carmo de Recife - Proprietário dos engenhos: Machado/Machados; Jardim, Ubaca e São Domingos/Sirinhaém
Proprietário/Morador/Rendeiro: Licurgo de Barros – Rendeiro do engenho Machado.

8.         Engenho Maciape/São Lourenço da Mata - Com fotografias no álbum. Engenho erguido antes da invasão holandesa, sob a invocação das Chagas de Cristo. Movido a água.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pedro Celso Uchoa Cavalcante
Proprietário/Morador/Rendeiro: Elbert Chrispynsen
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco do Rego Barros - Filho de Luiz do Rego Barrose de Inês de Góis. Casado, em 1634, com Arcangela da Silveira, filha de Domingos da Silveira e de Margarida Gomes da Silva. Comprou o engenho depois de confiscado pelos holandeses de Pedro Celso Uchoa Cavalcante. Engenho Maciape, sob a invocação das Chagas de Cristo, confiscado e vendido a Elbert Chrispynsen; é d’água e de fogo vivo. (Página 83 do livro Fontes para História do Brasil Holandês. A Economia Açucareira).

9.         Engenho Maciape/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Coresma Carneiro
Proprietário/Morador/Rendeiro: Paulo Vermeulen sócio de Daniel de Haen – Engenho comprado aos holandeses, depois de confiscado de Manuel Coresma Carneiro. Proprietários dos engenhos: Santo Antônio/Recife e Maciapé/Ipojuca. (Página 155 do volume Fontes para História do Brasil Holandês. A Economia Açucareira).
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Francisco de Paula de Holanda Cavalcanti de Albuquerque - Barão de Muribeca - agraciado com o título (Dec. 14.07.1860). Nasceu em 1804 e faleceu em 1894/engenho Pantorra. Filho do Capitão-Mor Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque e de Maria Rita de Albuquerque Mello que eram também pais dos viscondes de Suassuna, Camaragibe e Albuquerque. Formado em direito pela Universidade de Goettingen/Alemanha. Comendador da Real Ordem de Cristo de Portugal. Matriculado no curso de Matemática da faculdade de Direito da Universidade de Coimbra - 1821. Deputado Provincial por Pernambuco (2 vezes). Dedicou toda a vida à agricultura, constituindo grande fortuna que, por sua morte, legou a seus sobrinhos o engenho: Francisco do Rego Barros de Lacerda e Joaquim Corrêa de Araújo. Proprietário dos engenhos: Maciapé, Camorim, Curado, Brum e São João; Pantorra/Ipojuca

10.      Engenho Macota/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: Bento Archiláo Vaz Curado

11.      Engenho Macujé/Jaboatão dos Guararapes - Possuindo 15 ha e estando a 6 km do centro de Jaboatão dos Guararapes; foi construído em terras doadas, por Duarte Coelho, a Gaspar Alves, em 1575. O engenho possuía um interessante conjunto de casa grande e capela conjugadas que foram demolidos em 1918. No lugar do antigo conjunto foi construída uma nova casa grande em estilo eclético, com um único pavimento e ornada com belos detalhes em suas fachadas. Essa casa grande ficou um tempo abandonada e foi recuperada há pouco tempo pelo Renê Montenegro que além de restaurar o edifício construiu uma nova capela no local, mobiliou a antiga casa com um rico e belo acervo de móveis e outras peças históricas e criou um açude na localidade.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Ana Maria Cavalcanti de Albuquerque de Barros Barreto – Curiosidades: Mansfield fala de educação das pernambucanas: impressionou-o no engenho Macujé Ana Maria Cavalcanti de Albuquerque de Barros Barreto e suas filhas: Maria Ana, casada depois com um irmão do Barão de Vila Bela, Luísa, e Ana Maria, futura fundadora do Colégio Eucarístico do Recife. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues: FR-2521
Proprietário/Morador/Rendeiro: Gabriel Alves Pugas - Casado com Isabel Ferreira. Em 1566, foi beneficiado com 01 légua quadrada de terras cuja demarcação só foi feita em 1575. Essas terras deram origem a vários engenhos: S. João Batista, Suassuna, Palmeiras, etc. Grande parte da sesmaria de Gaspar Alves Pugas e sua mulher, Isabel Ferreira, foi vendida a 15/09/1573 a Fernão e Diogo Soares – 1.200 braços de norte a sul e 600 de largo, de leste a oeste – por duzentos mil réis (200$000). Proprietário dos engenhos: Penanduba, Palmeiras e Bulhôes (antes São João Batista), Macujé/Jaboatão dos Guararapes-Muribeca.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Ignácio da Cunha - Recebeu a sesmaria, segundo parecer do Procurador da Coroa, sediado no Recife, em 1714, perto do rio Jaboatão dos Guararapes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Luiz de Gonzaga Maranhão – Influente chefe político não aceitava a emancipação de Moreno e era apoiado pelo Cel Francisco Brandão Cavalcanti, Prefeito de Jaboatão dos Guararapes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Carneiro Leão - Batizado em 1685/Freguesia de São Tiago de Carvalhosa/PT. Filho de Francisco Carneiro Leão e de Luísa Barbosa. Adquiriu as terras do engenho Carnijó, que se encontrava abandonado, desde a invasão holandesa. Seu filho ergueu nestas terras, em 1749, a capela e a casa grande do engenho Macujé. Em 1740, vivia no engenho Contraçude/Jaboatão dos Guararapes. Foi 33º Prior da Ordem 3ª do Carmo/Vila do Recife, em 1741, que ainda hoje existe no bairro de Santo Antônio/Recife, tendo como sede a Igreja de Santa Teresinha e um casarão ao lado da Basílica do Carmo, estando provavelmente sepultado na referida Igreja. Dados biográficos e outras informações junto à Ordem são bastante difíceis, pois o estado em que se encontra a Instituição é deplorável, sem qualquer preservação do patrimônio. Deixou larga descendência do seu  casamento com Rita Maria de Barros (ou Ana Maria de Barros Alvéolo Teles). Manuel Carneiro Leão também consta da obra de Antônio Borges da Fonseca, Nobiliarquia Pernambucana, Tomo I, pág. 160, onde lhe traça a descendência até cerca de 1770, data dos últimos apontamentos feitos pelo autor. Proprietário dos engenhos: Carnijó, Contraçude e Macujé/ Jaboatão dos Guararapes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Renê Montenegro – Restaurou a casa grande e construiu uma nova capela no local, mobiliou a casa com um rico e belo acervo de móveis e outras peças históricas e criou um açude na localidade.

12.      Engenho Madalena (Santa) ou João de Mendonça/Recife - O engenho era movido a bois e estava de fogo morto, durante a invasão holandesa; foi confiscado de Duarte Saraiva e vendido pelos holandeses a Manuel Saraiva de Mendonça, que depois vendeu o engenho a João Mendonça Furtado(?), em 1630. Depois do falecimento de João Mendonça, seus filhos, final do século XVI, dividiam as terras e as foram vendendo para várias pessoas. O trecho onde fica o bairro da Madalena/Recife, foi vendido a Pedro Afonso Duro. O bairro da Madalena/Recife originou-se desse engenho. A casa grande , conhecida como Sobrado Grande da Madalena, pertenceu ao Conselheiro João Alfredo de Oliveira, no século XIX. Hoje, abriga o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Jerônimo Cavalcante de Lacerda - Capitão. Nascido em 1515/Alhandra/Pt e falecido em 1584/Olinda, enterrado na Capela do Engenhode N. Sra. da Ajuda/Olinda. Filho de Felipe Cavalcanti de Albuquerque e Maria de Lacerda. Chegou à Igarassu em 09/03/1535, acompanhando sua irmã Brites de Albuquerque casada com Duarte Coelho. Fidalgo da Ordem de Cristo.  Jerônimo lutou contra os índios, com apenas 22 ou 24 anos, que impediam a ocupação portuguesa; onde perdeu um olho, atingido por uma flecha, em 1547, por esta razão foi apelidado de "O Caolho". Feito prisioneiro pelos índios, e condenado a morte; foi salvo pela filha, que tinha sido selecionada para passsar a noirte com ele (conforme costume indígena) do cacique Tabajara Arcoverde, que intercedeu por ele. Logo depois se casaram e a índia Muira-Ubi, foi batizada com o nome de Maria do Espírito Santo  Arcoverde. Desta união nasceram 8 filhos, todos legitimados em 1561. Quis casar-se então na Igreja com Muira-Ubi, mas a Rainha Catarina da Áustria, que reinava em Portugal durante a menoridade de seu filho Sebastião, recusou obrigando-o a casar-se com Filipa de Melo, filha de Cristovão de Melo. Assim, com 55 anos casou-se e teve mais 11 filhos. Jerônimo teve também outros 16 filhos bastardos com várias mulheres, brancas, indias e mamelucas e por isso foi chamado de "O Adão Pernambucano". Jerônimo de Albuquerque governou a capitania de Pernambuco durante a ausência de seu sobrinho José de Albuquerque. Seu Testamento está publicado em "Memórias Históricas da Província de Pernambuco" de 1884. Primeiro proprietário das terras do Engenho Madalena, fundado em terras doadas pelo seu cunhado Duarte Coelho. Proprietário dos engenhos: Tracunhaém de Cima chamado Mossombu, Boa Vista/Goiana, Madalena (Santa) ou João de Mendonça/Recife /Recife, Megaó de Cima/Goiana. Nossa Senhora da Ajuda ou Velho ou Forno de Cal/Olinda, Paratibe de Baixo (depois engenho Paulista)/Igarassu, Una/Rio Formoso.
Proprietário/Morador/Rendeiro: David Senior Coronel – Duarte Saraiva. Judeu português. Nasceu em 1572/Amarange/PT. Membro da renomada família Senior Coronel radicada em Hamburgo. Seu nome aparece: na compra de escravos; fretamento de navios; corte de madeira; rendeiro; cobrador de dízimos; proprietário de imóveis. Por duas vezes (1639 e 1644) ele arrematou a cobrança dos impostos da Companhia sobre a produção do açúcar em Pernambuco, despendendo na primeira vez 128.000 florins. Faleceu em 1650/Recife e deixou de créditos a receber da coroa portuguesa, a importância de 351.502 florins. Proprietários dos engenhos: Bom Jesus, São João do Salgado, Novo, Velho antes chamado Madre de Deus/Cabo de Santo Agostinho; Camaçari, Trapiche ou Bom Jesus/Sirinhaém; Rosário da Torre e o Madalena, por ele vendido a João de Mendonça Furtado, Santo Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven /Recife. Curiosidades: Quando a Holanda invadiu o Nordeste no século XVII, estava desejosa de dominar exatamente as áreas produtoras de cana de açúcar. Nesse período, dos 120 engenhos que estavam em funcionamento em Pernambuco, cerca de 6% era de propriedade de judeus portugueses que moravam na Holanda - além, evidentemente, daqueles engenhos de cristãos-novos. Moisés Navarro, por exemplo, foi dono de um engenho chamado Jurisseca, enquanto Duarte Saraiva, tinha três engenhos, todos adquiridos em leilão realizado após a invasão
Proprietário/Morador/Rendeiro: João de Mendonça Furtado - Filho de Manuel Saraiva de Mendonça. Administrador da Fazenda Real; Capitão de Infantaria; Sargento Mor das Ordenanças de Pernambuco e 1678; participou da Restauração Pernambucana; foi procurador de João Fernandes Vieira quando este esteve em Angola. Comprou o engenho em 1630, a David Senior (Duarte Saraiva). Estava presente durante a invasão dos holandeses. Proprietário dos engenhos: Novo e Rosário da Torre/Cabo de Santo Agostinho e Madalena (Santa) ou João de Mendonça/Recife
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Alfredo de Oliveira - A casa grande, conhecida como “sobrado grande da Madalena’, pertenceu ao Conselheiro João Alfredo de Oliveira, no século XIX.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Rodrigues Colaço - Casado com Madalena Gonçalves. Proprietário de um engenho vendido depois a João de Mendonça, em 1630. Ficou conhecido pela denominação de Madalena ou engenho do Mendonça. Construído no século XVI por Pedro Afonso Duro, casado com Madalena Gonçalves.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Saraiva de Mendonça – Comprou o engenho aos holandeses depois de confiscado de Duarte Saraiva. Herdeiro: seu filho João de Mendonça.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pedro Afonso Duro – Construiu o engenho no século XVI por Pedro Afonso Duro, casado com Madalena Gonçalves.

13.      Engenho Madre Deus ou Velho/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Paes BarretoMorgado do Cabo de Santo Agostinho, que compreendia os engenhos: Velho, Santo Estevão, Ilha e Guerra/Cabo de Santo Agostinho. Natural de Viana, Portugal, pertencia à nobre estirpe dos Morgados de Bilheiras, chegou a Pernambuco em 1557. Após campanha militar para conquistar as terras do Cabo de Santo Agostinho, onde houve uma total crueldade em relação aos índios, recebeu uma sesmaria do Donatário da Capitania Duarte Coelho, em 1580. As terras ficavam localizadas ao sul do rio Arassuagipe (atual Pirapama). Casado com Inez Guardez de Andrade, filha de Francisco de Carvalho de Andrade, senhores do engenho São Paulo, na Várzea do Capibaribe, que ao casar levou como dote 10 engenhos: Madre Deus ou Velho, Guarapu, Algodoais, Trapiche, Guerra, Ilha, Santo Estevam e Jurissaca; este último vinculou-o a Catarina Barreto, sua filha. Filho de Antonio Velho Barreto teve muitos irmãos: Estevão, Cristóvão, Miguel, Diogo, Antonio, Filipe e D. Catarina. Por seu falecimento em 1617, o seu primogênito Francisco Paes Barreto  tornou-se o Morgado do Cabo. Em 1637, o Morgado deixou Pernambuco por causa da invasão holandesa e seus bens foram confiscados pelos holandeses e os seus engenhos, Velho e Guerra, vendidos por 70 mil florins, quantia que indica a importância e o valor daquelas propriedades. O engenho Guerra era movido a bois e os demais à água; em 1817 acolheu o exército revolucionário republicano. O general Suassuna ocupou esse engenho, que pertencia a um descendente do Morgado do Cabo, também republicano, reunindo 2.600 homens de infantaria e um parque de artilharia de 06 canhões; travando uma batalha com o exército realista que tinha um efetivo de 2.664 homens, que acabaram ocupando o engenho, fazendo com que o general se retirasse em 15/05/1817. Atualmente, o engenho Guerra pertence à Usina Salgado e suas terras fazem parte do Município de Ipojuca. Proprietário dos engenhos: Madre Deus ou Velho, Santo Estevão, Ilha, Guerra, Guarapu, Algodoais, Trapiche, (?)  São Paulo e Jurissaca/Cabo de Santo Agostinho.

14.      Engenho Magare/Jaboatão dos Guararapes - O engenho Magare foi encontrado pelos holandeses de todo arruinado; foi confiscado e não vendido
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

15.      Engenho Majestoso/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Rodrigues da Costa Lima – Co-proprietário

16.      Engenho Mágico/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Serro Azul - A Usina chegou a possuir 22 engenhos: Vista Alegre/Escada; Almirante, Cá-Me-vou ou Camevou, Canário, Mágico, Mutuns, Penderaca, Riachuelo, Serro Azul, Verde, Camevouzinho/Palmares; Liberdade/Sirinhaém; Mearim, Moscou/Bonito; Pará/Ipojuca; Tambor/(?); União/Aliança; Aratinga; Fertilidade; Aliança e Barra do Dia

17.      Engenho Malakof/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Rufino Bezerra Cavalcanti - Nascido em 1865/Vitória de Santo Antão e falecido em 1922/Recife. Casado com Hercília Pereira de Araújo (11 filhos). Advogado, Deputado Estadual e Federal, Senador, Ministro da Agricultura e Governador (1919/1922), maior acionista da Companhia Geral de Melhoramentos de Pernambuco, empresa que além de produzir açúcar e álcool na Usina Cucau, construiu uma estrada de ferro ligando a usina ao município de Barreiros. Proprietário dos engenhos: Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição, Novo, Barbalho, Pirapama, São João, Malinote, Malakof, Mataparipe, São Pedro e 1/3 do Santo Inácio/ Cabo Santo Agostinho; Serra/Vitória de Santo Antão

18.      Engenho Malemba/Paudalho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Carlos José Gomes de Oliveira

19.      Engenho Malhado da Areia/Belém de Maria
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 1998.

20.      Engenho Malinote/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Rufino Bezerra Cavalcanti - Nascido em 1865/Vitória de Santo Antão e falecido em 1922/Recife. Casado com Hercília Pereira de Araújo (11 filhos). Advogado, Deputado Estadual e Federal, Senador, Ministro da Agricultura e Governador (1919/1922), maior acionista da Companhia Geral de Melhoramentos de Pernambuco, empresa que além de produzir açúcar e álcool na Usina Cucau, construiu uma estrada de ferro ligando a usina ao município de Barreiros.  Engenhos: Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição, Novo, Barbalho, Pirapama, São João, Malinote, Malakof, Mataparipe, São Pedro e 1/3 do Santo Inácio/Cabo Santo Agostinho; Serra/Vitória de Santo Antão

21.      Engenho Malmajuda/Vitória Santo Antão - Localizado entre os engenhos: Urucú e Malmajuda; distante dez léguas do Recife e três da vila de Santo  Antão
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Calebre – Curiosidades: Há 150 anos. Diário de Pernambuco. Quinta-feira, 24 de fevereiro de 1848. Avisos Diversos. - Engenho. - Traspassam-se as oito safras de arrendamento do novo engenho Águas Claras, situado entre os engenhos Urucú e Malmajuda: ele dista dez léguas desta praça, e três da vila de Santo  Antão, é excelente de água, copeiro, a sua produção é prodigiosa, vêem-se ali canas de seis folhas, quase tão boas como as da planta, tem boas matas, com ótimas madeiras de construção, etc.: quem o pretender dirija-se a Boa Vista, na Soledade, sítio da Cascata, a tratar com o Burgos

22.      Engenho Mambucaba ou Mamucaba/Tamandaré
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 1998 e 1999

23.      Engenho Mameluco/Catende - Engenho edificado nas terras indígenas da Aldeia de Escada/Vitória de Santo Antão
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antonio Marques de Holanda Cavalcanti - Tenente-Coronel. Diretor Geral Interino dos Índios/Escada. Capitão da Guarda Nacional. Filho do Capitão-Mór Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, mais conhecido pelo nome de Coronel Suassuna e de Maria Rita de Albuquerque Mello. Casado com Panfila de Holanda Cavalcanti, filha do Visconde de Utinga. Proprietário dos engenhos: Taquara, Mameluco, Fortaleza, Diamante/Escada e Barra/Serinhaem. Fundou a Usina Barão de Suassuna no Engenho Mameluco em 1877. Curiosidades: Por petição, Antonio Marques de Holanda Cavalcanti, solicitou em 1881 a determinação do Presidente da Província para serem vendidos em hasta publica os “terrenos devolutos” do extinto Aldeamento, os tornando úteis aproveitáveis com “vantagem” para a agricultura provincial. O requerente afirmava ser proprietário em Escada do Engenho Mameluco com “aparelhos os mais modernos “empregados na fabricação de açúcar, sendo sua pretensão “aproveitar” a “fértil zona” referida, para estabelecer “outro” engenho com “idênticos aparelhos”, resultando “naturalmente” vantagem para o futuro agrícola da Província e ainda “lucro” para o Tesouro com a venda dos terrenos do Riacho do Mato.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Barão de Suassuna

24.      Engenho Mamucabas/Rio Formoso
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Xavier Paes de Mello Barreto - Capitão-Mor. Nascido em 1764/Una. Filho de José Luiz Paes Barreto de Melo e Inês de Brito Xavier Barreto. Coronel Fidalgo-Cavaleiro da Casa Imperial da Ordem do Cruzeiro em 1829. Casado com Maria Rita Wanderley, nascida em 1781 e falecida em 1845/engenho Mamucabas/Rio Formoso, filha de Francisco Xavier Paes de Melo Barreto e Ana Maurício Rita Wanderley. Proprietário dos engenhos: Una e Mamucabas/ Rio Formoso
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Luís Paes de Melo Barreto - Nasceu no engenho de Mamucabas/Rio Formoso e faleceu e 1844/Rio Formoso. Casado em 1ª núpcias, com a sobrinha Margarida Cândida Paes de Melo e em 2ª núpcias, com Luísa Isabel de Holanda Cavalcanti de Albuquerque.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Xavier Paes Barreto - Coronel. Batizado em 1808/engenho Mamucabas e falecido em 1879/engenho Mamucabas. Casado com Margarida de Amorim Salgado. Neto paterno de José Luis Paes de Melo e Ana Florência da Conceição Wanderley, neto materno de Francisco Xavier Paes de Melo e Ana Rita Maurícia Wanderley. Fidalgo; Cavaleiro da Casa Imperial por Alvará de Nomeação de27/06/1827; Coronel da Legião da Guarda Nacional da Província de Pernambuco; Vereador e Presidente da Câmara de Vereadores do Município de Rio Formoso.

25.      Engenho Mamucaia/São Lourenço da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: João de Holanda do Rego Barros - Capitão

26.      Engenho Manassu/Jaboatão dos Guararapes - O engenho é do século XIX. No século XX, foi transformado em fábrica de cerâmica. Porém o novo empreendimento não deu certo e ficou em ruínas até hoje. Restam ainda a casa grande , capela e ruínas de um arqueduto. Com a desativação do engenho e o fim do cultivo da cana, a mata foi recuperando-se até formar a atual reserva. Com fotografias no álbum. A Reserva Ecológica da Mata de Manassu está localizada próxima a BR 232, no bairro de Manassu/Jaboatão Centro; é uma das cinco reservas ecológicas existentes na cidade de Jaboatão dos Guararapes. Constitui uma área privada e que pertence ainda ao engenho, mas que está sofrendo um impasse devido a questões fundiárias entre o INCRA e a CPRH. Possui 264,24 ha e é rica em espécies da fauna da flora tropical. As outras quatro são as reservas de Mussaíba, Jangadinha, Salgadinho e Gurjaú. Todas constituem áreas de proteção integral da Mata Atlântica, de acordo com um decreto estadual de 1987 e deveriam estar sob a proteção da CPRH (agência estadual de recursos hídricos e proteção ambiental)
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

27.      Engenho Mangrim/São José da Coroa Grande
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 28/7/2003, ligados ao MST.

28.      Engenho Mangueira/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Alfredo Alves da Silva Freyre - Provinha, segundo a lenda familiar, de uma linhagem ilustre, com origem na Espanha. Comissário de açúcar; membro da burguesia comercial, inserido nas redes sociais do sistema escravacrata, investindo seus escassos recursos em bens imobiliários. Conseguindo reunir, no final da vida, um patrimônio mediano, que seria rapidamente dispersado entre seus filhos. Casou-se duas vezes com as filhas do Cel Manuel da Rocha Wanderley e de Raymunda da Rocha Wanderley. A segunda esposa foi Maria Raymunda da Rocha Wanderley. Avô de Gilberto Freyre. Proprietário dos engenhos: Mangueira e Água Preta/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque - Barão e Visconde com grandeza de Suassuna. Nasceu em 1793/Jaboatão dos Guararapes e faleceu em 1880/Recife, no seu palacete do Pombal/Recife. Filho do Capitão-Mor Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, Coronel Suassuna, e de Maria Rita de Albuquerque Mello. Irmão dos Viscondes de Camaragibe, Albuquerque e Barão de Muribeca. Sentou praça no exército em 1807, galgando todos os postos até o de Brigadeiro, se reformando em 1829. Presidiu a Província de PE, em 1826, 1835 e 1838. Deputado à Assembléia Provincial em várias legislaturas, assim como à Geral na 1ª legislatura de 1826/1829; Senador, em 1839; Ministro da Guerra, no 1º Gabinete de 1840. Conselheiro de S. Majestade; Grande do Império; Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperia; Dignitário da Imperial Ordem do Cruzeiro e Gentil-Homem da Imperial Câmara. Proprietário dos engenhos: Girento, Limoeiro, Mangueira, São Vicente e Sapucagy de Baixo e a Usina Limoeirinha/Escada; Pantorra/Cabo Santo Agostinho, Suassuna (antes Nossa Senhora da Assunção); Penedo de Baixo, Roncaria, Pitangueiras /São Lourenço da Mata; Poeta/Recife e Timbi/Camaragibe
Proprietário/Morador/Rendeiro: Ismael Barreto Lins - Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-1933
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel da Rocha Wanderley - Coronel. 2ª esposa foi Maria Raymunda da Rocha Wanderley, avó de Gilberto Freire. Um de seus tios-avôs, Manuel da Rocha Wanderley, ilustraria bem a trajetória de uma classe açucareira decadente: carcereiro em Palmares, celibatário, era dado à boemia, aos jogos e à bebida. Proprietário do engenho Mangueira/Água Preta.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Mendes, Lima & Cia - Antonio Fernandes Ribeiro foi o fundador da firma "Barros, Mendes & Cia", em sociedade com os portugueses: João José Rodrigues Mendes e Gonçalo Alfredo Alves Pereira, sucedida por "Mendes, Lima & Cia, ao brasileiro José Adolpho de Oliveira Lima. A firma iniciou suas atividades comerciais com a compra de bacalhau, e depois como importadora do mesmo produto. Anos depois interessou-se pela atividade açucareira como comissária e exportadora de açúcar, que adquiria por financiamento antecipado a Engenhos e Usinas. Desse modo conseguiu acumular considerável patrimônio, por compra, ou em ressarcimento daquelas unidades incapazes de saldarem seus compromissos, conforme observa-se pelo levantamento do ativo da empresa por ocasião do inventário procedido com o falecimento do sócio Joaquim Lima d'Amorim que ingressara na firma em 1900, e cujos bens estavam assim arrolados as Usinas: Perseverança e engenhos; Trapiche; Ubaquinha; engenhos: Camaragibe, Jaciru, Cachoeira Nova, Cachoeira Velha , Anjo, Palma, Ubaca, Ubaquinha, Xanguá, Sapucaia, Sibiró do Cavalcanti, Porto Alegre, Gindaí ou Gindahi/Sirinhaém; Jardim /Catende; Jacaré/Goiana; Laje Nova/Palmares; Santana, Mangueira/Água Preta; Sirinhaém depois Todos os Santos, São Bras Coimbero/Cabo de Santo Agostinho; São Domingos/Barreiros; Fluminense; Rosário; Canto Escuro; Trapiche; e Machado.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pedro do Nascimento Albuquerque Lins
Proprietário/Morador/Rendeiro: Victorio Nascimento de Accioli Lins - Nascido em 1833/engenho Catu/Goiana. Casou-se em 1856, com sua 2ª esposa. Anna Joaquina da Silveira Lessa, falecida em 1867/engenho Vênus, e sepultada no engenho Gravatá. Filha do Barão de Gravatá Pedro Miliano da Silveira Lessa e de Maria Tranquilina Themudo. Além de 20 filhos de quatro casamentos, teve Victório mais cinco filhos. Filho de Sebastião da Cunha Accioli Lins e de Maria José do Nascimento. Proprietário dos engenhos: Vênus, Mangueira, Cachoeira Dantas/Água Preta; Ribingudo, Tracunhaém de Baixo, Catuama/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Catende - Proprietária dos engenhos: Água Branca de Uraba/Quipapa; Bálsamo da Linha, Corubas/Jaqueira; Bálsamo das Freiras//Lagoa dos Gatos; Bamborel, Bela Aurora, Boa Sorte, Cana Brava, Harmonia, Milagre da Conceição, Monte Pio, Niterói, Ouricuri, Tabaiaré/Catende; Campinas, Capricho, Esperança. Granito/Palmares; Espírito Santo, Mangueira, Mãozinha, Palanqueta, Pastinho, Pasto Grande, Piragibe ou Piragybe, Pirangy ou Pirangi, Porto Seguro, Souza, Veloz, Venturoso, Vida Nova/Água Preta; Curupaiti ou Curupaity /Xexéu; Limão, Urucú ou Urussú/Escada; Monte Alegre/Gameleira; Paudalho/Paudalho; Santa Cruz/Rio Formoso
Ocupado pelos sem terras em 08/05/97. Levantamento - Aproximadamente 43 famílias estão assentadas há sete anos no terreno de 500 hectares, onde cultivam frutas, milho, mandioca, além de gado. "Os proprietários do engenho Mangueira/Escada, já ofereceram o terreno para o INCRA, para que pudéssemos ser deslocados", disse Antônio Francisco, um dos líderes do protesto. A superintendente do INCRA, Maria de Oliveira, divulgou, ontem, que foi acertada entre trabalhadores e a Compesa a realização de um novo levantamento para atualizar os valores a serem ressarcidos aos trabalhadores.

29.      Engenho Manguinhos/Barreiros - Engenho situado a cerca de 1 Km da PE 060. Nele existw dois arruados, onde estão localizadas cerca de 20 casas, todas construídas de forma geminadas. Um barracão desativado, mas em bom estado de conservação, representa a época do transporte de açúcar por locomotivas com destino ao porto da Praia do Gravatá. Trata-se de uma propriedade privada com 1.600 ha onde se cria búfalos e estão plantados 58.000 pés de coco, tendo ainda uma produção de 24.000 toneladas de cana/ano.  A capela de São José, no engenho Manguinhos foi inaugurada em 2003.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antonio da Rocha de Holanda Cavalcante - Barão de Gindaí, agraciado com o título (Dec. 19.11.1888). Nascido em 1830 e falecido em 1903. Filho do Comendador José Luiz de Caldas Lins e de Teolinda da Silveira Lins. Casado com Maria Cluadina de Gusmão Lira, Baronesa de Gindai, falecida em 1903, filha de Francisco Gusmão Lira e de Maria Claudina Lira. Mulher pequenina, talvez não pesasse 40 quilos. Bem humorada, distraia sempre a assistência com os repentes mais imprevistos e engraçados. Júlio Bello dizia que nunca a tinha visto aborrecida, e que era capaz de, em situações sérias, sair-se com um comentário picaresco, que provocava o riso de todos. Seu marido, ao morrer, deixou-a após 50 anos de união. A Baronesa mergulhou numa espécie de pavor, de assombro e surpresa. Após o enterro do Barão, ela caiu com febre alta e quatro dias depois faleceu. Deixou doze filhos. Com fotografia na Coleção Francisco Rodrigues; FR-06460. Proprietário dos engenhos: Morim, Gindaí ou Gindahy, Buenos Aires e Passagem Velha/Barreiros, Manguinhos/S. José da Coroa Grande e Taquari/ Vitória de Santo Antão
Proprietário/Morador/Rendeiro: Briandina de Paula Castelo Branco Herdeiras de Francisco Ferrão Castelo Branco - 1882: Briandina de Paula Castelo Branco e Joana Castelo Branco Coimbra (menor) que depois foi casada com Estácio de Albuquerque Coimbra Coimbra; tiveram 04 filhos. Proprietárias dos engenhos Manguinhos e Morim/ Barreiros.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Estácio de Albuquerque Coimbra  - Nasceu em/1872/ engenho Tentugal/ Barreiros. Filho de João Coimbra e de Francisca de Albuquerque Belo Coimbra, do engenho Tentugal. Formado em Direito pela Faculdade de do Recife, em 1892 com apenas 20 anos de idade. Junto a seu pai, exerceu advocacia em Barreiros, Rio Formoso e Água Preta. Casado com Joana de Castelo Branco Coimbra (04 filhos), do engenho Morim, onde Coimbra passava os fins de semana. Posteriormente, o local se transforma na Usina Central de Barreiros: um dos pontos de referência da indústria açucareira do Estado. Deputado Estadual, 1895; fez parte das Comissões de Justiça e Finanças; em 1899 é eleito Deputado Federal; acumula as funções de Deputado Federal e Estadual (1907), onde consegue a instalação de uma linha férrea para o Recife, e a construção de uma ponte metálica sobre o rio Uma/Barreiros; em 1911 é eleito Presidente da Assembléia assumindo, o governo de Pernambuco, por 60 dias, devido a renúncia do Antônio Pernambucano; reeleito Deputado Federal, 1915 a 1922; Ministro da Agricultura; Vice-Presidente da República (1922-1926), e assumiu também a presidência do Senado e do Congresso Nacional. Após a Revolução de 1930, embarca em um rebocador com os seus assessores. Vai para Maceió e, de lá, para Salvador, onde toma conhecimento do triunfo da revolução e da demissão de Washington Luís, o Presidente da República. Sem maiores alternativas, o governador embarca para Lisboa, onde se exila por quatro anos, acompanhado de seu fiel amigo Gilberto Freyre. Somente em 1934, em decorrência de uma anistia, Estácio Coimbra abandona o exílio. Ele retorna ao Engenho Morim, semantendo  afastado da política até a data do seu falecimento: 09/11/1937. Proprietário dos engenhos: Gindhy/São José da Coroa Grande e Morim, Muitas Cabras, Goitasinho/Glória do Goitá; Tentugal, Grande, Macapá Velho, Manguinhos, Tentugal/ Barreiros e a Usina Central Barreiros/Barreiros.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Central Barreiros – O início da década de 50 foi um momento de expansão da produção de cana-de-açúcar, graças a uma conjuntura internacional favorável que abria novos mercados à produção brasileira. A Usina Central Barreiros colocava em marcha uma política de pleno aproveitamento de seu patrimônio fundiário: as terras entregues aos rendeiros eram então praticamente inexploradas. Proprietária dos engenhos: Manguinhos, Gindhy/São José da Coroa Grande; Rebouças/Tamandaré; Vermelho/Glória de Goitá; Morim/Barreiros
Ocupado pelos sem terras em 2004, 2005 - O MST reivindica a área desde 1998, junto com moradores não indenizados com a falência da usina. O Engenho foi ocupado por 100 famílias que já ocuparam a área por diversas vezes. Durante uma dessas ocupações, em 2004, o Sem Terra Josuel Fernandes da Silva foi assassinado por seguranças do Engenho. O engenho Manguinhos fazia parte da Usina Central de Barreiros, que faliu em 1988, deixando centenas de camponeses e camponeses sem receber direitos trabalhistas.

30.      Engenho Manguito/Rio Formoso
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Barreiros
Ocupado pelos sem terras em 09/05/97 e 1998

31.      Engenho Manhoso/Amaraji
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 17/04/2000, ligados ao MTRUB. Decreto de 06 de setembro de 2001. Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, os imóveis rurais que menciona, e dá outras providências. XI - Engenho Manhoso e Engenho Vila Granito, com área de cento e oitenta hectares,... Estado de Pernambuco (Processo INCRA/SR-29/no 54140.000272/2001).

32.      Engenho Manimbu/Nazaré da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: Domingos de Abreu Azevedo Vasconcelos – Nasceu no engenho Monte Claro/Aliança. Coronel do Exercito, Comandante do Batalhão de Infantaria, lutou na Guerra do Paraguai. Em 1800, desembarcou em Pernambuco vindo de Tras-os-Montes/PT, agraciado pela coroa portuguesa com varias glebas de terra, por ter o mesmo, prestado relevantes serviços a Portugal. Fundou o engenho Manimbu, Timbauba e o Tras-os-Montes. Casado com sua prima Antônia de Barros Lima Andrade Lima, nascida no engenho Papicu/Nazaré. Moraram primeiro no engenho Manimbu, com os pais, no engenho Lajes Paudalho, em Nazaré da Mata nos engenhos Maninbu e Veludo e em Recife.  Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-3690; e 2718. Proprietário dos engenhos: Timbauba/Nazaré da Mata; Maninbu, Veludo/Nazaré, Lajes/Paudalho, Trás os Montes/Timbauba
Proprietário/Morador/Rendeiro: Domingos de Abreu Morais Vasconcelos - Casado com Cosma de Almeida Azeredo Coutinho, filha de José Porfirio Gomes de Andrade e Maria José de Almeida Azeredo Coutinho, falecida em 1913. Última proprietária do engenho, vendido em 1918. Proprietário dos engenhos: Sociedade/Timbauba, Manimbu/Nazaré da Mata, Veludo/Nazaré da Mata, Lajes/Paudalho, Trás os Montes/ Timbauba
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Seabra - Casado com Mariana José de Abreu Morais Vasconcelos, filha de Domingos de Abreu de Araújo Vasconcelos. Em 1800 desembarcou em Pernambuco vindo de Trás-os-Montes/Pt, agraciado pela coroa portuguesa com varias glebas de terra, por ter prestado relevantes serviços a Portugal, escolhera a Capitânia de Itamaracá onde hoje se localiza Nazaré da Mata, onde fundou os engenhos: Manimbu, Timbauba e o Tras-os-Montes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Antônio Pereira Guedes – Adquiriu o engenho em 1918. O engenho foi doado de "porteira fechada' a sua filha Maria Guedes Pereira (Lia) ao se casar com Severino Carlos de Vasconcelos Dutra.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Maria Guedes Pereira (Lia) – Casada com Severino Carlos de Vasconcelos Dutra, negociante de cavalos e gado, nascido em Vitória de Santo Antão; Filhos: José de Vasconcelos Dutra (Dedé), nascido em 1916/També/Pb);  Antônia de Vasconcelos Dutra (Nita), nascida em 1917/També/Pb); e Carlos de Vasconcelos Dutra, nascido em 1918/També/Pb; Maria Sebastiana (Glória), nascida em 1919/engenho Manimbu; Eloi de Vasconcelos Dutra, nascido em 1922/engenho Manimbu; Humberto de Vasconcelos Dutra, nascido em 1924/engenho Manimbu; Edgar de Vasconcelos Dutra, nascido em 1927 /engenho Manimbu; Maria Emilia de Vasconcelos Dutra (Mila), nascida em 1928/engenho Manimbu; Maria José de Vasconcelos Dutra (Mara) nascida em 1929/engenho Manimbu; e Vitória de Vasconcelos Dutra nascida em 1939/Timbauba. Proprietários do engenho até os 1970, quando foi vendido a Usina Cruangi. Colaboração em 13/11/2011: Marília Ávila Carvalho, filha de Maria José de Vasconcelos Dutra (Mara) e neta de Maria Guedes Pereira e Carlos de Vasconcelos Dutra.
 Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Cruangi

33.      Engenho Manuel da Costa Calheiros/Cabo de Santo Agostinho - O engenho que pertenceu a Manuel da Costa Calheiros fica localizado no complexo de SUAPE
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel da Costa Calheiros - Cristão novo, Fidalgo da Ponte da Barca. Casado com Catarina Rodrigues
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel de Siqueira Cavalcante - Casado com Maria dos Anjos de Sousa Leão.  Com fotografia na Coleção Francisco Rodrigues: FR 07266  e 1309.

34.      Engenho Manuel Diniz/Triunfo - Engenho de rapadura. A cana-de-açúcar, utilizada na elaboração de rapadura e de alfenim e na produção da cachaça e do licor.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Diniz

35.      Engenho Manuel Coresma Carneiro
Proprietário/Morador/Rendeiro: Paulo Vermeulen sócio de Daniel de Haen - Comprado aos holandeses, depois de confiscado de Manuel  Coresma Carneiro. Proprietários dos engenhos: Santo Antônio/Recife e Maciapé/São Lourenço da Mata.

36.      Engenho Manuel Paes/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel PaesCuriosidades: De 27/08 a 4/9/1640, o conde Maurício de Nassau querendo sentir a opinião de seus jurisdicionado, convocou uma Assembléia de conteúdo inegavelmente democrático. Dela participaram numerosos proprietários de engenhos representando suas freguesias: Gaspar Dias Ferreira/cidade Maurícia; Arnau de Holanda/S. Lourenço; João Fernandes Vieira/Várzea; Manuel Paes/Cabo de Santo Agostinho; Amador de Araújo/Ipojuca; F. Fernandes Araújo/Sirinhaém; Antonio Bulhões/Jaboatão dos Guararapes; Fernão do Vale/Muribeca; Gonçalo Novo de Lira/Igarassú; Rui Vaz Pinto/Itamaracá; Antonio Pinto de Mendonça/Paraíba e Francisco Rabelo/Porto Calvo.

37.      Engenho Manuel Rodrigues Nunes/Recife - O Engenho fabricava 1.100 arrobas de açúcar marcho 26034 açúcar branco; era movido a animais
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Rodrigues Nunes - “O Mouco”
Proprietário/Morador/Rendeiro: Marcos André - Presente no tempo dos holandeses

38.      Engenho Mão Direita/Panelas
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Simões Duarte

39.      Engenho Mãozinha/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Catende - Proprietária dos engenhos: Água Branca de Uraba/Quipapa; Bálsamo da Linha, Corubas/ Jaqueira; Bálsamo das Freiras//Lagoa dos Gatos; Bamborel, Bela Aurora, Boa Sorte, Cana Brava, Harmonia, Milagre da Conceição, Monte Pio, Niterói, Ouricuri, Tabaiaré/Catende; Campinas, Capricho, Esperança. Granito/Palmares; Espírito Santo, Mangueira, Mãozinha, Palanqueta, Pastinho, Pasto Grande, Piragibe ou Piragybe, Pirangy ou Pirangi, Porto Seguro, Souza, Veloz, Venturoso, Vida Nova/Água Preta; Curupaiti ou Curupaity/Xexéu; Limão, Urucú ou Urussú/Escada; Monte Alegre/Gameleira; Paudalho/Paudalho; Santa Cruz/Rio Formoso

40.      Engenho Maracujá/Escada - Engenho edificado em terras indígenas do Aldeamento de Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco de Barros e Silva – Barão de Pirangy (Dec. de 18 de outubro de 1873). Residia em seu engenho Firmeza/Escada, onde era muito conhecido por Barão de Firmeza. Falecido em Garanhuns e sepultado em Escada. Casado com Anna Velloso da Silveira (de Barros e Silva), filha de José Velloso da Silveira  e de Maria Velloso da Silveira. O casal teve três filhos. Proprietário dos engenhos: Canto Escuro, Maracujá, Pirangy, Firmeza, Cassuá, Vilhetas e Jaguaribe (todos na Freguesia de Escada).
Proprietário/Morador/Rendeiro: Maria Carolina Pereira de Araújo - Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues; FR-736; FR-05102

41.      Engenho Maragi/Rio Formoso
Proprietário/Morador/Rendeiro: Prisciano de Barros Wanderley - Major. Casado com Maria Ignez Lins Wanderley. Proprietário dos engenhos: Serra d’Água e Maragi/Rio Formoso

42.      Engenho Maranguape/Igarassu
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Fernandes Vieira - Nasceu em 1610/Funchal/Ilha da Madeira/Pt e faleceu em 1681/Olinda, em 1886 seus restos mortais foram descobertos na igreja do Convento de Olinda; em 1942, e foram trasladados para a Igreja de N. Sra. dos Prazeres dos Montes Guararapes/Recife. Filho ilegítimo de Francisco de Ornelas Muniz e uma mulher humilde. Fugiu para o Pernambuco/Brasil, em 1620, com dez anos de idade. Mudou o seu nome de Francisco de Ornelas para João Fernandes Vieira. Trabalhou como auxiliar de açougue; feitor; voluntário da guerra, durante a invasão holandesa, defendendo os portugueses no Forte de São João, 1630. Ficou rico graças aos seus esforços e as doações que recebeu do seu patrão: Affonso Rodrigues Serrão, e pela amizade com o Conselheiro Político e proprietário de engenho o holandês Jacob Stachhouwer. Em 1639, foi indicado para o cargo de Escabino de Olinda e de Escabino de Maurícia (Recife), 1641/1643. Casou-se, em 1643, com Maria César, filha de Francisco Bereguer de Andrada e de Joana de Albuquerque. Passou a ter o apoio da comunidade luso-brasileira e a confiança do governo holandês (colaborador e conselheiro). Era um dos maiores devedores da Companhia das Índias Ocidentais, com uma dívida, em 1642, estimada em 219.854 florins. Quando a insatisfação dos senhores de engenho de Pernambuco se intensificou, após a partida do Conde Maurício de Nassau, em 1644, Vieira percebendo as vantagens a serem alcançadas com a expulsão dos holandeses, se afastou dos flamengos. Participou da Batalha das Tabocas/Vitória de Santo Antão, em 03/08/1645 e da  Batalha de Casa Forte, no dia 17/08, do mesmo ano. Após a tomada do engenho Casa Forte, Vieira voltou com seus homens ao seu engenho São João/Várzea, e de lá iniciou um sistema de estâncias militares, fortificações onde pudessem estar seguros e guardar pólvora e munições de guerra. Participou das duas Batalhas dos Guararapes, sob o comando do general Barreto de Meneses, nos dias 19/04/1648 e 19/02/1649. Como recompensa pelos serviços prestados na guerra foi nomeado Governador da Paraíba (1655-1657) e lhe concedido o posto de Capitão General do Reino de Angola (1658-1661). Exerceu também o cargo de Superintendente das Fortificações do Nordeste do Brasil, 1661/1681. Vieira encomendou a frei Rafael de Jesus um livro para contar sua vida, exaltando seus feitos. Proprietário de muitos escravos e de 16 engenhos na Paraíba: Ilhetas; Cumaúpam, Inhobim ou dos Santos Cosme e Damião, Inhaman; e em Pernambuco: Tibiri de Cima e de Baixo/Rio Formoso; Santos Cosme e Damião, Santo Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven ou Várzea do Capibaribe, Santa Madalena, Meio, Ambrósio Machado, depois Cordeiro/Recife; São João, Molinote/Cabo de Santo Agostinho; Jaguaribe/Abreu e Lima; São Gabriel/Barreiros; Santo André, Santana/Jaboatão dos Guararapes; São Francisco/Água Preta, Paulista, Paratibe de Baixo, Maranguape, Paratibe de Cima ou Riba (depois engenho Paulista)/Igarassu; Abreu/Nazaré da Mata

43.      Engenho Maranhão/ Ipojuca - Capela sob a invocação a N. S. das Mercês. Fica ao norte e a 05 km de N. Senhora do Ó. Em suas terras, 1817, foi um dos pontos de concentração das tropas do Governo Pernambucano, contra os revoltosos, durante a Revolução Pernambucana, por ocasião da visita de Dom Pedro II à Província de Pernambuco, 1859. Cachoeira e Pedra do engenho Maranhão, com afloramentos rochosos que compõem o lugar são de beleza peculiar e dão origem a inúmeras piscinas. As duchas e os escorregos são mais recomendados aos aventureiros. Existe no engenho uma chaminé de vulcão extinto com o nome de “Neck Vulcânico”, que fica no percurso das terras da Usina Ipojuca. O “Neck” tem cerca de 20 m de altura
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Ribeiro de Lacerda – Filho de Francisco de Barros Falcão e de Isabel de Moura. Casado com Leonor dos Reis. Proprietário do engenho Maranhão/Ipojuca.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Bernardo de Mendonça - Proprietário dos engenhos: Mercês e Maranhão/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Tenório Medina - Cristão novo. Castelhado. Fugiu com Matias de Albuquerque e retornou tempo depois voltando-se para o lado dos holandeses.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Sibaldo Lins - Filho de Bartolomeu Lins de Vasconcelos e Mercia da Rocha. Casado com Cosma de Almeida (filha de Rodrigo de Barros Pimentel e Jeronima de Almeida). Proprietário do Engenho Maranhão/Ipojuca e São Paulo do Sibiró/Camela.

44.      Engenho Marapicú/Vitória Santo Antão
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Jerônimo Cavalcante de Albuquerque

45.      Engenho Maravilha/Amaraji
Proprietário/Morador/Rendeiro: Paulo M. Monteiro - Dr. Proprietário dos engenhos: Maravilha e Visgueiro/Amaraji.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pedro Ferreira de Lima Júnior - Co-proprietário.
Ocupado pode sem terras. Decreto nº 55.761, de 16 de fevereiro de 1965.  Declara de interesse social, para fins de desapropriação área de terras e complexos industriais, situados no Estado de Pernambuco, e dá outras providências. III - Engenho Maravilha, com a área total de 442 hectares, localizado no município de Amaraji, confrontando, ao norte, com o engenho Ajudante; ao sul, com o engenho Tolerância; a leste, com o engenho Visgueiro e a oeste, com os engenhos Bamburral e Amarají.

46.      Engenho Maravilha/Maraial
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 2003. Segundo o depoimento do Dr. Afonso Benevides, o próprio Engenho Maravilha, o Governo do Estado conseguia a emissão de posse, mas não conseguiu a posse de fato, porque tinha um posseiro lá, que simplesmente até hoje não deixou o Governo do Estado entrar de fato no engenho. Ata da Quinta Reunião Especial da Segunda Sessão Legislativa da Décima Segunda Legislatura. Realizada em 14 de maio de 1992.

47.      Engenho Maré/Aliança - Casa grande, na lista de bens culturais e naturais da mata norte de Pernambuco
Proprietário/Morador/Rendeiro: Luiz Ignácio Pessoa de Mello - “Lulu Maré”. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues FR: 3332; e 3333. Proprietário dos engenhos: Gutiuba/ Goiana e Maré/Nazaré da Mata. Curiosidades: Portador de títulos importantes, descendente de uma das mais tradicionais famílias da aristocracia de Pernambuco, empresário, figura humana e simples que sempre procurou fazer o bem, e que sempre fez impessoalmente, sem visar publicidade ou interesse de qualquer espécie. (Sala das Reuniões, em 18/03/1975. Deputado Ribeiro Godoy - homenagem prestada pela Prefeitura e Câmara Municipal do Recife a memória do Dr. Luiz Ignácio Pessoa de Mello, publicado no Diário de Pernambuco, em 18.03.75.
Ocupado pelos sem terras em 1998. Decreto de 24 de maio de 2004 Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, os imóveis rurais que menciona, e dá outras providências "Engenhos Maré e Ajudante", com área de mil e duzentos e noventa hectares, situado no Município de Aliança, objeto das Matrículas nos 353, fls. 53, Livro 2-D e 354, fls. 54, Livro 2-D, do Cartório Único da Comarca de Aliança, Estado de Pernambuco (Processo INCRA/SR-03/no 54140.001332/99-40).

48.      Engenho Maria Pessoa/Jaboatão dos Guararapes
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Cavalcanti de Albuquerque Vidal - Fidalgo da Casa Real e professo na Ordem de Cristo. Casado com Águeda de Barros. Proprietário dos engenhos: Santa Anna e Maria Pessoa

49.      Engenho Mariana/Sirinhaém
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Manuel de Barros Wanderley - Barão de Granito agraciado com o título (Dec. 25.03.1888). Advogado e político pernambucano. Proprietário de terras em Ipojuca, Rio Formoso e Serinhaem/PE. Nascido em 1842/Serinhaem e falecido em 1909/Recife. Filho de Cristovão de Barros Wanderley e Feliciana de Barros Wanderley. Casado com Maria da Conceição de Barros Wanderley, nascida em 1857 e falecida em 1910, Baronesa de Granito. Bacharel em Direito pela Faculdade de Recife, 1866. Deputado Provincial e Presidente da Assembléia Legislativa de Pernambuco. Alforriou todos os seus escravos, antes da Lei Áurea, entendendo ser melhor o exemplo que partisse de dentro de casa. Reconhecido por sua atitude liberal, caráter irretocável, firmeza de princípios e liderança política, achou por bem o Imperador D. Pedro II lhe conferir o título de “Barão do Granito” em Decreto Imperial de 25/03/1888. Dois argumentos eram defendidos por José Manuel  de Barros Wanderley para acelerar a libertação de seus escravos: o trabalho livre, isto é, o assalariado, produzia muito mais que o escravo; e que todos os homens possuem direitos naturais à liberdade e à igualdade, logo a escravidão feria à Bíblia e à Constituição Brasileira, pois estas estavam baseadas em princípios fundamentalmente liberais. Com fotografias na Coleção Francisco Rodrigues: FR-05554. Proprietário dos engenhos: Belém, São Sebastião, Jaguaré, Camela, antes São Jerônimo/Ipojuca; Mariana/Sirinhaém; Muitas Cabras/Barreiros; Palma/Sirinhaém, Catuama/Palmares; e Dois Braços/Água Preta; Catende e Catuama/Barreiros

50.      Engenho Marimbondo/Aliança - Capela sob invocação a Nossa Senhora do Rosário
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 1998. Decreto de 24 de maio de 2004 Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, os imóveis rurais que menciona, e dá outras providências "Engenho Marimbondo e outros", com área de mil e quinhentos hectares, situado no Município de Aliança, objeto das Matrículas nos 352, fls. 52, Livro 2-D; 372, fls. 72, Livro 2-D e 369, fls. 69, Livro 2-D, do Cartório Único da Comarca de Aliança, Estado de Pernambuco.

51.      Engenho Mariquita/Amaraji
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Francisco das Neves
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina União e Indústria S/A – Proprietária dos engenhos: Aurora/Amaraji; Bom fim/Ipojuca e Mariquita/ Amaraji

52.      Engenho Mariuna/Goiana - Segundo documentos da época da invasão holandesa o engenho era movido a bois e de fogo vivo.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio da Rocha Bezerra - Filho de Antonio da Rocha Bezerra e Isabel do Prado. Casado com Maria de Hollanda, filha de João Gomes de Mello e Anna de Hollanda. Arrendatário dos engenhos Francisco Mendes Flores/Olinda e Mariuna/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: Baltasar Rodrigues Mendes - Cristão novo. Casado com Isabel Cabral. Morreu do lado dos holandeses. Devia a WIC. Proprietário dos engenhos: Moreno/Moreno, Embiapecú/São Lourenço da Mata, N. S. da Penha de França, Mariuna/Goiana e Catende e Boa Sorte/Escada.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Diego Lopes Lobo Escabino na jurisdição de Itamaracá. Presente no engenho na época da invasão holandesa. Proprietários dos engenhos: Mariuna/Goiana e Massaranduba/Itamaracá. Curiosidades: Não se sabe em que tempo a povoação de Ponta de Pedras foi elevada à categoria de freguesia. Quando a missão foi organizada por Frei Antônio de Campo-Mayor, em 1589, na Capitania de Itamaracá, esta região fazia parte da freguesia de São Lourenço criada em 1555. Em 1630 suas terras já estavam incorporadas ao patrimônio do Engenho Massaranduba, de propriedade Diogo Lopes Lobo e Domingos Pinto da Fonseca, confiscado pelo domínio holandês, em 1637.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Fernão Carvalho de Sá Albuquerque – Casado com Brites Lins de Albuquerque, filha de Arnáo de Vasconcellos de Albuquerque e Maria de Oliveira. Filho de Fernão de Carvalho de Sá (engenho Megaó) e de  Brites Lins de Albuquerque, morreu antes do pai. Proprietário dos engenhos: Massaranduba, Megaó/Itamarcaá e Mariúna
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Homem de Almeida - Durante a invasão holandesa fugiu com Camarão. Seu engenho foi confiscado, mas não foi vendido.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Mendes Flores – Casado com Jerônima Cabral. Proprietário dos engenhos: Francisco Mendes Flores/Olinda e Mariuna/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Henrique Cesar de Albuquerque - Dr. Proprietário dos engenhos: Batatam, Bujarí, Catú, Diamante e Mariuna/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: N. Koets – Proprietário dos engenhos: Mariuna/Goiana e Massaranduba/Itamaracá.

53.      Engenho Maroto/Nazaré da Mata - Os engenhos: Maroto, Cumbe e Lajes, nos anos 1880 ou 1900 pertenciam à família Pessoa de Araujo (Cesário Pessoa de Araújo, Luzia Pessoa de Araújo, Antonio Virginio e Virgílio Pessoa de Araújo, Ana Pessoa de Araujo, Adriana Pessoa de Araújo).
Proprietário/Morador/Rendeiro: Cesário Tavares Pessoa de Araújo - Coronel. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues FR: 743; 4323; e 3495.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Feliciano de Lyra Tavares - “Chico de Marotos”. Major da Guarda Nacional; Coronel. Nascido em 1843/Nazaré da Mata. Filho de Francisco Pessoa de Araújo Tavares e Maria da Silva e Vasconcelos. Participou da Rebelião Praieira, em 1848, abrigando os revolucionários em seu engenho Marotos; o que fez com tivesse suas terras confiscadas pelo governo até o perdão real. Adquiriu o engenho Maroto, em 1832. Casado com sua sobrinha Maria da Silva Tavares (01 filho). Sua 2º esposa foi Maria Rosalina de Albuquerque Vasconcelos (02 filhos), filha do coronel João Batista de Albuquerque Vasconcelos e Inês da Veiga Pessoa. Curiosidade: Não logrando sucesso comercial naquela praça, o agora Major da Guarda Nacional Feliciano de Lyra Tavares aceita convite de seu primo o Fabrício Gomes Pedrosa, para se estabelecer no povoado da Macaíba, comercialmente ascendente. Feliciano já estivera algumas vezes no povoado, junto com alguns irmãos casados na família de Fabrício. Aceito o convite, rumou com os sogros, a mulher e os três filhos para Macaíba a fim de tentar a recuperação financeira que não encontrou em Goiana.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Tavares Pessoa de Araújo - Nascido em 1828 e falecido em 1912. Casou a 1ª vez em, com Rita Cândida, filha de João Barbosa da Silva e Ana Cândida da Silva; a 2ª com a cunhada Ana Cândida e a 3ª com Ana Virgínia de Andrade Lima, filha de Antônio Virginio de Andrade Lima e Maria de Freitas Pereira. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues FR: 653; 05373; 750; 659; 751; 3523; e 3524 (Maria Pereira de Andrade; Ana Tavares Araújo; Júlia Tavares de Andrade). Proprietário dos engenhos: Pasta, Juá e Marotos/Nazaré da Mata

54.      Engenho Martelo/Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 1998

55.      Engenho Martinica/São Lourenço da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Augusto de Albuquerque Maranhão - Juiz de Direito de Glória de Goitá (o foro de comarca foi separado de Paudalho, instalado em 1892). Rendeiro do engenho Martinica.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Josefa de Arruda Beltrão - Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-1035.
Ocupado pelos sem terras em 1998

56.      Engenho Martitu/Recife - Segundo relato holandês, o engenho Martitu foi encontrado arruinado, era movido a bois. Foi confiscado e vendido a Charles de Tourlon que o reconstruiu.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Charles de Tourlon - Capitão holandês, Oficial da guarda pessoal do Conde de Nassau. Segundo marido de Anna Paes (1612-1678); viúva ainda jovem do Capitão Pedro Correia da Silva morto em combate na defesa do Forte São Jorge. Depois do casamento continuaram a residir no Engenho Casa Forte. Em 1643, Charles de Tourlon acusado por Nassau de crime de traição foi preso e remetido de volta à Holanda, falecendo em 1644/Zelândia. Novamente viúva, Anna Paes torna a casar com o conselheiro Gisbert de With, membro do Conselho de Justiça holandês. Curiosidades: Existem duas cartas escritas por Anna Paes: uma dirigida ao conde de Nassau, oferecendo açúcar do seu engenho, da qual existe uma cópia no Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Outro, dirigida ao Conselho da Zelândia, pedindo a liberdade do marido Charles de Tourlon, em 08/1637. Charles de Tourlon foi quem recontruiu o engenho Martitu/Recife, que se encontrava arruinado, durante a invasão holandesa.

57.      Engenho Mascate/Rio Formoso – O engenho aparece também em Barreitos e Palmares.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco de Paula Cavalcante Silva – Curiosidades: Há 125 anos. Sexta-feira, 14 de fevereiro de 1879. Revista - Luta e Morte - Em 27 de janeiro último, segundo refere a parte oficial, o preto Manuel, escravo de Francisco de Paula Cavalcante Silva, travando luta com João Francisco da Silva, em terras do engenho Mascate, do distrito de Una, do termo do Rio Formoso, foi ferido pelo dito João Francisco, que lhe deu uma facada, que lhe produziu a morte. O delinquente foi preso e está sendo processado
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joaquim Lacerda Carneiro da Cunha - Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-4746
Proprietário/Morador/Rendeiro: Wanderley Bastos – Co-proprietário
Ocupado pelos sem terras em 1998.

58.      Engenho Mascatinho/Tamandare
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel  M. do Rego Barros – Co-proprietário
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Barreiros
Ocupado pelos sem terras em 12/01, 17/04 e em 30/07/97. Decreto nº 0-023, de 24 de novembro de 1998. Decreto - Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural denominado 'engenho Mascatinho', situado no município de Tamandaré, estado de Pernambuco, e da outras providencias.

59.      Engenho Massangana/Cabo de Santo Agostinho – Engenho fundado no início da colonização portuguesa, século XVI. Situado nas margens do rio Ipojuca, a cerca de 40 km do Recife, tem como provável fundador Tristão de Mendonça, que recebeu as terras de Duarte Coelho, 1º donatário da Capitania de Pernambuco. Com uma arquitetura típica da época, o engenho é um patrimônio arquitetônico representativo da sociedade rural do Nordeste do Brasil. Possui também um significativo valor histórico, uma vez que fez parte da infância do abolicionista e homem público Joaquim Nabuco, que foi batizado na sua capela, pelo vigário do Cabo de Santo Agostinho, no dia 8 de dezembro de 1849, e lá viveu seus primeiros oito anos de vida. Com fotografias no álbum.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Tristão de Mendonça - Casado com Maria de Holanda. Após campanha militar para conquistar as terras do Cabo de Santo Agostinho, onde houve uma total crueldade em relação aos índios, recebeu uma sesmaria do Donatário da Capitania Duarte Coelho, em 1580.  A sua sesmaria media duas léguas do Cabo de Santo Agostinho, para o sul e três para o poente. Destinava-se ao cultivo da cana e do algodão e da manutenção de marinas de salinas. Nessa sesmaria foram levantados os engenhos: do Meio, Massangana e Tabatinga.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pergentino Colombo Pereira de Moraes
Proprietário/Morador/Rendeiro: Calíope Pires Falcão de Azevedo - Proprietária dos engenhos: Massangana e Nazaré/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joaquim Antônio Pereira de Carvalho - Sargento-mor. Nascido em 1801. Criado pelo tio Joaquim Aurélio Pereira de Carvalho e Maria Joaquina Pereira de Carvalho. Casado com sua prima Ana Rosa Falcão de Carvalho, nascida em 1810/Ipojuca e falecida em 1857. Padrinhos de Joaquim Nabuco. Ana Rosa, sua madrinha, teria uma grande influência na sua formação, pois muito criança ainda ficou sob seus cuidados quando os pais viajaram para a Corte, com os outros 04 filhos. Em Massangana ele passou a infância, até a morte da madrinha, tendo contato direto com a escravidão, compreendendo a sua crueldade e o mal que fazia ao País
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Estreliana – Proprietária dos engenhos: Amaraji/Gameleira; Jundiá Mirim/Escada; Retiro, Massangana/ Cabo de Santo Agostinho; Pereira Grande/Água Preta; Pinhô, Segrego/Gameleira; Piutá/Ribeirão; São Gregório Alegre II/(?)

60.      Engenho Massaranduba/Itamaracá – Segundo documentos holandês o engenho era movido a bois e de fogo vivo.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Diego Lopes Lobo e Domingos Pinto da Fonseca Escabino na jurisdição de Itamaracá. Presente no engenho na época da invasão holandesa. Proprietários dos engenhos: Mariuna/Goiana e Massaranduba/Itamaracá. Curiosidades: Não se sabe em que tempo a povoação de Ponta de Pedras foi elevada à categoria de freguesia. Quando a missão foi organizada por Frei Antônio de Campo-Mayor, em 1589, na Capitania de Itamaracá, esta região fazia parte da freguesia de São Lourenço criada em 1555. Em 1630 suas terras já estavam incorporadas ao patrimônio do engenho Massaranduba, de propriedade Diogo Lopes Lobo e Domingos Pinto da Fonseca, confiscado pelo domínio holandês, em 1637.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Fernão Carvalho de Sá Albuquerque – Casado com Brites Lins de Albuquerque, filha de Arnáo de Vasconcellos de Albuquerque e Maria de Oliveira. Filho de Fernão de Carvalho de Sá (engenho Megaó) e de  Brites Lins de Albuquerque, morreu antes do pai. Proprietário dos engenhos: Massaranduba, Megaó/Itamarcaá e Mariúna.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Alves Pragana
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel César - Adquiriu o engenho que estava de fogo morto, em 1927. Em 1979, a propriedade foi doada ao filho Benedicto, que dividiu o engenho em quatro engenhos: Massaranduba, Massaranduba do Norte, Massaranduba do Sul e Massarandubinha.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Benedito César – O engenho foi herdado de seu pai Manuel César. Uma filha casou com João Alcides, membro de uma tradicional família açucareira de Goiana; outra filha sua, Elma, foi casada com João Alcides Cavalcanti Petribu, filho de Luís Cavalcanti Petribu. Proprietário dos engenhos: Massaranduba, Massaranduba do Norte, Massaranduba do Sul e Massarandubinha/Itamaracá
Proprietário/Morador/Rendeiro: N. Koets – O engenho lhe pertencia durante a invasão holandesa. Proprietário dos engenhos: Mariuna/Goiana e Massaranduba/Itamaracá.
Ocupado pode sem terras

61.      Engenho Massaranduba do Sul/Itamaracá – Engenho edificado da divisão do engenho Massaranduba: Massaranduba do Norte e do Sul. Proprietário/Morador/Rendeiro: Benedito César – O engenho foi herdado de seu pai Manuel César. Uma filha casou com João Alcides, membro de uma tradicional família açucareira de Goiana; outra filha sua, Elma, foi casada com João Alcides Cavalcanti Petribu, filho de Luís Cavalcanti Petribu. Proprietário dos engenhos: Massaranduba, Massaranduba do Norte, Massaranduba do Sul e Massarandubinha/Itamaracá

62.      Engenho Massaranduba/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Bento de Gouveia - Coronel. Casado com Rita Enedina da Costa, filha do português José da Costa, chegado ao Recife no século XVIII, naturais dos costados da Casa da Torre. Proprietário dos engenhos: Massaranduba/Palmares, Mato Grosso/Cabo de Santo Agostinho e Santo Antônio/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Rafael N. Camelo Pessoa - Tenente-Coronel

63.      Engenho Massauaçu ou Massauassu/ Escada – Com casa grande do tipo dos Falsos Bungalows, constitue-se de casas preexistentes, adaptadas, com um só pavimento e alpendres em "U".
Proprietário/Morador/Rendeiro: Luiz Francisco de Barros Rego - Comendador. Casado com Carlota Guilhermina de Barros Rego Wanderley. Filho de Christóvão de Barros Rego Falcão e Anna Joaquina Maurício Wanderley. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; (FR): 3835; 4417; 4418; 3834. Curiosidades: Há 125 anos. O Diário de Pernambuco não circulou no domingo, 17 de agosto de 1879. Lia-se no dia 18: Revista Diária - Com destino ao Rio de Janeiro, onde vai procurar o restabelecimento de seus padecimentos beribéricos, embarcou, sábado, no vapor "Bahia", o tenente coronel Luiz Francisco de Barros Rego, proprietário do Engenho na freguesia de São Lourenço da Mata. Fazemos votos pelo seu pronto restabelecimento. Proprietário dos engenhos: Felicidade/Nazaré da Mata; Caraúna/Jaboatão dos Guararapes; Massauaçu ou Massauassu/Escada e Caiará/São Lourenço da Mata.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco de Caldas Lins - Barão de Araçagi (Dec. 09.11.1867); título alterado e elevado para Visconde do Rio Formoso (Dec. 23.02.1889). Nasceu em 1828, e faleceu em 1897/Rio Formoso. Filho do Comendador José Luiz de Caldas Lins. Deputado Geral pela Província de PE nas 15ª e 16ª legislaturas de 1872/1878 e na 20ª de 1886/1889; votou contra a lei de 08/05/1888, que acabaria com a escravidão no Brasil. Deixou geração do seu casamento com Teodolinda da Silveira Lins, filha do Visconde de Utinga.  Proprietário dos engenhos: Massauaçu ou Massauassu, Una, Herval, Pedra de Siqueira, Laje Nova e Conceição/Rio Formoso; Gindaí ou Gindahy /Barreiros e Clacituba/Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: Henrique Marques da Silveira Lins - 1º Barão e Visconde de Utinga. Comendador da Imperial Ordem de Cristo e Oficial da Imperial Ordem da Rosa. Nasceu em 1799 ou 1800, conforme ele próprio declara, no seu manuscrito intitulado “Livrinho Importante para Minha Casa”, e faleceu em 1877/engenho Matapiruma. Casamento 1º, em  1853, Carolina de Caldas Lins, Viscondessa de Utinga, filha do Comendador José Luiz de Caldas Lins, Engenho Una e Perereca, e de Maria Leopoldina da Rocha Lins. Pais do Barão de Escada. Casou em 2ª núpcias, em 1824/Engenho Gurjaú de Cima, com Antonia Francisca Veloso da Silveira, nascida em 1807, filha de José Veloso da Silveira e de Maria Francisca de Jesus Godinho. Ascendência do Visconde de Utinga e a da Viscondessa podemos encontrar nos manuscritos deixados pelo seu filho Marcionilo da Silveira Lins, e pelos seus genros Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti e Antônio Marques de Holanda Cavalcanti. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues (FR): 3723; 06464; 2867; 3728; 06448; 2869. Proprietário dos engenhos: Limoeiro Velho, Masssauaçu, Matapiruma, Palmares, Uruçú ou Urussú/Escada e da usina Flecheiras.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Marcionilo da Silveria Lins – Fundou, em 1890, nas terras do engenho a Usina Silveira Lins & Filhos.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Zenóbio Marques da Silveira Lins – Filho mais novo de Marcionilo da Silveira Lins. Em 1914 vende a empresa Silveira Lins & Filhos a José Henrique Carneiro da Cunha.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Henrique Carneiro da Cunha – Comprou a Usina de Zenóbio Marques da Silveira, em 1914. Nasceu em 1867 e faleceu em 1933. Casado com Deulina Berardo.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Rui Carneiro da Cunha – Filho de José Henrique Carneiro da Cunha e de Deulina Berardo.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Massauassu – Em 1929, tendo como proprietário apenas José Henrique Carneiro da Cunha. Proprietária de nove engenhos, com capacidade para produzir 50.000 toneladas de cana, uma via férrea de 60 km, 3 locomotivas e 84 carros e vagões. Mantinha duas escolas com matrícula média anual de 30 alunos cada uma. Entre 1916 e 1917 foram sócios da usina: Oscar Amorim e seus cunhados José Henrique Carneiro da Cunha e Oscar Berardo Carneiro da Cunha.
Ocupado pelos sem terras em 2001. Sem vistoria

64.      Engenho Massauassuzinho/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Christiano de Sá Albuquerque Falcão - Nasceu em 1865/Cabo de Santo Agostinho e faleceu em 1949. Casado com Euthalia Lima Cascão, em 1900, filha de Pedro Gonçalves Pereira Cascão e Amélia de Moura Mattos Lima, nascida em 1880/Recife e falecida em 1951. Proprietário dos engenhos: Pimentas e rendeiro do Massauassinho/Cabo de Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Miguel Cavalcante B. Lins.

65.      Engenho Massiape ou Maciape/São Lourenço da Mata - Engenho confiscado pelos holandeses e vendido a Elbert Chrispynsen; sob a invocação das Chagas de Cristo. Movido a água e moerá
Proprietário/Morador/Rendeiro: Arnau de Holanda Barreto - Deputado pela cidade Maurícia, em 1640; escabino em 1643 - conjurado e restaurador; devia a WIC. Casado com Luzia Pessoa; seus filhos também participaram da Restauração Pernambucana. Proprietário dos engenhos: Massiape e São João/ São Lourenço da Mata.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Elbert Chrispynsen
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco do Rego Barros - Primeiro e único Barão (Dec. de 18/06/1841) com grandeza (Dec. de 02/12/1854), Visconde com grandeza (Dec. de 12/12/1858) e Conde da Boa Vista (Dec. de 28/08/1860). Nasceu em 1802/Engenho Trapiche/Cabo de Santo Agostinho e faleceu em 1870/Recife. Filho do Cel Francisco do Rego Barros e de Mariana Francisca de Paula Cavalcanti de Albuquerque. Casado com Ana Maria Cavalcanti. Aos 15 anos ingressou como cadete no Regimento de Artilharia do Recife, em 1821; participou da Revolução de Goiana. Enviado preso para a fortaleza de São João da Barra/Lisboa/PT, até 1823. Em liberdade, viajou para Paris, bacharelando-se em Matemática/Universidade de Paris; de volta a Pernambuco, dedicou-se à política e, com 35 anos de idade, foi designado Presidente da província de Pernambuco, 1837/844, quando determinou ao engenheiro Firmino Herculano de Morais Âncora que construísse o atual Palácio das Princesas. Decidido a modernizar e higienizar Recife; mandou buscar engenheiros franceses, incentivou as artes e as ciências. Foram construídas estradas ligando a capital às áreas produtoras de açúcar do interior; a ponte pênsil de Caxangá; o Teatro de Santa Isabel; o edifício da Casa de Detenção do Recife; o Cemitério de Santo  Amaro; o edifício da Alfândega; canais; estradas urbanas; um sistema de abastecimento de água potável para o Recife; reconstrução das pontes Santa Isabel, Maurício de Nassau e Boa Vista; os aterros da Boa Vista, que partia da Rua da Aurora rumo à Várzea, chamada de Rua Formosa, depois  Av.  Conde da Boa Vista, 1870. Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial, dignitário da Imperial Ordem do Cruzeiro, cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa e da Imperial Ordem de São Bento de Avis e comendador da Ordem Militar de Cristo, Deputado Geral, Senador do Império do Brasil (1850/1870) e designado presidente da província do Rio Grande do Sul (1865/1867); Comandante das Armas na Guerra do Paraguai. Falece em 1870/Recife, na sua residência, na Rua da Aurora nº 405. Proprietário dos engenhos: Penedo Velho/Tracunhaem, Massiape ou Maciape/São Lourenço da Mata, São Cosme e Damião/Sirinhaém, São João da Várzea, São Francisco/Recife, Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: João do Rego Barros - Barão de Ipojuca (Dec. 14.03.1849). Nasceu em 1800/PE. e faleceu em 1860/Lisboa. Governador da Praça do Recife; Provedor da Fazenda Real, em 1675; tomou parte na Revolução Praiera em PE do lado da legalidade Adenda. Filho do Coronel Francisco do Rego Barros - Fidalgo Cavaleiro e de Maria Ana Francisca de Paula Cavalcanti de Albuquerque. Irmão do Conde de Boa Vista, Francisco do Rego Barros. Casou com Ignacia Militana Cavalcanti Rego de Lacerda. Pais do Visconde da Boa Vista Francisco Rêgo Barros de Lacerda. Proprietário dos engenhos: Massiape ou Maciape/São Lourenço da Mata e Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição/ Cabo de Santo Agostinho.

66.      Engenho Massicoaba/Carpina
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Pessoa Guerra - Casado com Euthália Ismênia de Moura Matos, matriarca do engenho Cumbe. Filho e herdeiro de João Antônio Pessoa Guerra e Joaquina Gaião Pessoa Guerra. Pai de Paulo Pessoa Guerra, político pernambucano. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-05836. Proprietário dos engenhos: Jerusalém/Sirinhaém, Dromedário/Escada, Massicoaba/Carpina e Cumbé/Nazaré

67.      Engenho Massurepe/Paudalho - Primeiro engenho instalado em Paudalho, por volta de 1630, sob invocação a São Gonçalo e de fogo vivo. As terras do engenho (5 mil braças) foram compradas a Izabel Dias Videira, viúva de Manuel Gonçalves de Souza. Livro de Tombo do Mosteiro de São Bento em Olinda (ROCHA, 1948). 2009: Um dos emblemas mais explícitos da ação orientadora do “consórcio de restauração dos engenhos” é o engenho Mussurepe/Paudalho, por representar a ecologia. “Para nós a ambiência, a paisagem construída e ação integrada não são menos importantes que o patrimônio arquitetônico”, diz Andrade. Assim é que Mussurepe vai ter os seus 100 ha de área não servindo somente como santuário ecológico, mas como um convite à peregrinação religiosa (vizinhanças de São Severino do Ramo). Tudo para agradar aos devotos locais e aos romeiros da “religião” universal do turismo e do interesse econômico (engenho em Paudalho?).
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Gonçalves de Souza – Casado com Izabel Dias Videira.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Beneditinos do Mosteiro de Olinda – O engenho São Bento de Masurepe foi comprado pelo Beneditinos a Izabel de Albuquerque. Segundo Pereira da Costa o engenho era movido a água e moía durante a ocupação holandesa. - Curiosidades: Outro caso encontrado nos mostra bem o desconforto dos escabinos nas localidades. Foi sabido que um grupo de monges beneditinos que moravam no Engenho Massurepe/Igarassu, onde mantinham contatos através de cartas com luso-brasileiros na Bahia. Diante disso, o administrador superior ficou com receio de um movimento de revolta luso-brasileira e incubiu os escabinos da jurisdição de Igarassu a tomarem informações desse fato. Com a expulsão dos jesuítas do Brasil, em 1759, os bens da Ordem foram arrolados pela Coroa e vão a leilão. Propreitários dos engenhos: Terra Vermelha e Lagoa Grande/Glória de Goitá; São Bento/São Lourenço; Terra Vermelha/Lagoa do Carro; Massurepe e São Bernardo/Paudalho; Jaguaribe/Abreu e Lima; Massaranduba do Norte/Itamaracá.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Belmiro da Silveira Lins - Barão da Escada, (1874). Nasceu em 1827 e faleceu em 1880. Político e Tenente-Coronel da Guarda Naciona. Participou da chamada Hecatombe de Vitória (conflito político ocorrido nas vésperas da eleição provincial, disputado pelo Barão de Escada e a família Souza Leão). Assassinado durante uma campanha senatorial pelo Espírito Santo. Filho de Henrique Marques Lins, 1º Barão e Visconde de Utinga, e de Antônia Francisca Veloso da Silveira. Casou-se com Maria de Sousa, com a qual teve uma filha: Antônia Lins. Col. Francisco Rodrigues; FR-2864. Proprietário dos engenhos: Harmonia/Catende; Jaguaribe/Abreu e Lima e Massurepe/Igarassu; São Bento/São Lourenço; São Bernardo/Paudalho; Goitá/Limoeiro; Lagoa Grande/Glória de Goitá; São Bento/Paudalho; Terra Vermelha/Lagoa do Carro; Alegria e Limoeiro Velho/Escada.

68.      Engenho Mata Fome/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

69.      Engenho Matapagipe/Cabo de Santo Agostinho – O engenho Matapagipe (desenhado por Frans Post) foi confiscado pelos holandeses, porque estava abandonado por seu proprietário Gaspar de Mere; foi vendido a Miguel van Merenburch e Martinus de Coutre; era movido a água, e de fogo morto; sob a invocação de São Marcos. Ficava localizado a 01 milha do engenho Três Paus. A maior parte de suas terras são de montes, vales e de matas. A casa de purgar, como também a moenda movida a água, tem poucas coisas quebradas, pode anualmente fornecer açúcar. MEC/SPHAN, 1981, p.33. Numa pequena introdução ao documento, Gonçalves de Mello se refere a vários neerlandeses e provenientes das Provincias Obedientes como proprietários de engenho em Pernambuco, quando da invasão,como é o caso de Gaspar de Mere e Pedro Lahoest, ricos comerciantes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Gaspar de Mere - Espanhol. Por está ausente; seu engenho Matapagipe foi confiscado e vendido a Miguel van Merenburch e Martinus de Coutre.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Miguel van Meerenburch - Sócio de Martinus de Conten; comprou o engenho aos holandeses, depois de confiscado de Gaspar de Mere, por se encontrar ausente.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Rufino Bezerra Cavalcanti - Nascido em 1865/Vitória de Santo Antão e falecido em 1922/Recife. Casado com Hercília Pereira de Araújo (11 filhos). Advogado, Deputado Estadual e Federal, Senador, Ministro da Agricultura e Governador (1919/1922), maior acionista da Companhia Geral de Melhoramentos de Pernambuco, empresa que além de produzir açúcar e álcool na Usina Cucau, construiu uma estrada de ferro ligando a usina ao município de Barreiros.  Proprietário dos engenhos: Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição, Novo, Barbalho, Pirapama, São João, Malinote, Malakof, Mataparipe, São Pedro e 1/3 do Santo Inácio/Cabo Santo Agostinho; Serra/Vitória de Santo Antão
Proprietário/Morador/Rendeiro: Martinus de Conten  - Sócio de Miguel van Merenburch. Quando Olinda foi dividida, constituindo-se a de Santo Antônio do Cabo de Santo Agostinho, foram escolhidos os  escabinos, eleitores holandeses: Gaspar van der Ley,..., Martinus de Conten, Jacob Bardius, Lion Journet;... (Dag. Notule de 22 e 23/07/1642). Comprou o engenho aos holandeses, depois de confiscado de Gaspar de Mere, por se encontrar ausente.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Thomé Joaquim de Oliveira – Major. Proprietário dos engenhos: Matapagipe e São Pedro (em Ipojuca)/Cabo de Santo Agostinho.
Ocupado pelos sem terras.

70.      Engenho Matapiruma de Cima/Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco C. Falcão
Proprietário/Morador/Rendeiro: Henrique Marques da Silveira Lins - 1º Barão e Visconde de Utinga. Comendador da Imperial Ordem de Cristo e Oficial da Imperial Ordem da Rosa. Nasceu em 1799 ou 1800, conforme ele próprio declara, no seu manuscrito intitulado “Livrinho Importante para Minha Casa”, e faleceu em 1877/engenho Matapiruma. Casamento 1º, em 1853, Carolina de Caldas Lins, Viscondessa de Utinga, filha do Comendador José Luiz de Caldas Lins, engenho Una e Perereca, e de Maria Leopoldina da Rocha Lins. Pais do Barão de Escada. Casou em 2ª núpcias, em 1824/engenho Gurjaú de Cima, com Antonia Francisca Veloso da Silveira, nascida em 1807, filha de José Veloso da Silveira e de Maria Francisca de Jesus Godinho. Ascendência do Visconde de Utinga e a da Viscondessa podemos encontrar nos manuscritos deixados pelo seu filho Marcionilo da Silveira Lins, e pelos seus genros Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti e Antônio Marques de Holanda Cavalcanti. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues FR: 3723; 06464; 2867; 3728; 06448; e 2869. Proprietário dos engenhos: Limoeiro Velho, Masssauaçu, Matapiruma, Palmares, Uruçú ou Urussú/Escada e da usina Flecheiras.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Zeferino Pontual - Dr (João Manuel Pontual; Cordulina Veloso da Siveira Pontual; Feliciana Líbia dos Santos Pontual Noruega).

71.      Engenho Mataripe/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio de Siqueira Cavalcanti - Casado com Antônia Maria de Jesus
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel de Barros Barreto - Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues: FR-2454 (Tereza de Jesus Coelho de Siqueira Cavalcanti).

72.      Engenho Matary/Vicência
Proprietário/Morador/Rendeiro: Serafim Velho Pessoa de Albuquerque - Fundou junto aos seus filhos em terras do engenho a Usina Matary, em 1913. Devido ao funcionamento da fábrica, com falta de especialistas para operá-la, começaram os sócios desconfiar  do êxito do empreendimento, fazendo com que  alguns deles vendessem ou trocassem sua participação na sociedade. Assim, em 1917, faziam parte da Sociedade modificada: José Queiroz, genro de Serafim Velho, que foi o único a ficar na usina; José Maranhão e seu irmão Methódio. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-4876.

73.      Engenho Matas do Ipojuca/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

74.      Engenho Matas/Cabo de Santo Agostinho – Capela N. Senhora do Desterro. Ainda hoje a senzala do engenho é estudada como técnica construtiva.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Umbelino de Paula de Souza Leão - Barão de Jaboatão dos Guararapes. Filho do Comendador Antonio de Paula de Souza Leão e de Teresa Victoria Bezerra da Silva Cavalcanti, pais da Viscondessa de Campo Alegre. Casou com sua prima Francisca de Paula de Souza Leão, filha do Coronel Francisco Antonio de Souza Leão e de Maria da Penha Pereira da Silva. Irmão do Barão de Souza Leão e da Viscondessa de Campo Alegre. Foi Juiz de Paz e Presidente da Câmara Municipal de Santo Agostinho. Era fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial e Major da Guarda Nacional. Proprietário dos engenhos: Matas e Bom Jardim/Cabo de Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Augusto Otaviano de Sou­za – Coronel. Casado com Clementina Otávia de Souza. Fundou nas terras do engenho a Usina Bom Jesus, em 1890. Não suportando os débitos, hipotecou-a ao Banco de Crédito Rural de Pernambuco, juntamente com outros bens, em se­tembro de 1898. Com o propósito de insistir na posse das propriedades, Augusto Otaviano de Souza e sua mulher, D. Clementina Otávia de Souza, conservaram o domínio dos imóveis, ate maio de 1918, ocasião em que vendeu e transferiu o conjunto agroindustrial, constituído pela usina e pelos engenhos: Bom Jesus, Roças Ve­lhas, Guerra, Matas, Cajabussu, além de partes dos engenhos: Ce­dro, São Caetano/Cabo de Santo Agostinho e o Rico/Jaboatão dos Guararapes, aos Srs. Jose Lúcio Fer­reira e Luiz Ferreira Gomes da Silva Filho, cuja escritura pública data de 29/05/1918.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Jose Lúcio Fer­reira e Luiz Ferreira Gomes da Silva Filho – Compraram a Usina e os engenhos: Bom Jesus, Roças Velhas, Guerra, Matas, Cajabussu e Cedro/Cabo de Santo Agostinho e o Rico/Jaboatão dos Guararapes, a Augusto Otaviano de Souza. José Lúcio era casado com Maria José Colaço Ferreira e Luiz com Inalda Colaço Ferreira. Em 1919, passaram a posse da Usina e dos engenhos por Cr$ 3000.000,00, a: João Lopes Siqueira Santos, Hermano Brandão de Siqueira Santos e o Cel. Antônio Pedro Soares Brandão, que constituem uma sociedade e transferem a usina e os engenhos para a firma sob a a razão social de Santos, Siqueira & Cia. Em 1923, o coronel Antônio Pedro desligou-se da sociedade e, em 1924, morreu Hermano Brandão, ficando assim João Lopes da Siqueira Santos, como único sócio até seu falecimento em 1934, ficando a Usina Bom Jesus e todo seu conjunto a viúva Benvin­da Arruda de Siqueira Santos e demais herdeiros.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Benvinda Arruda – Casada com João Lopes Siqueira Santos. Viúva e herdeiras, junto aos seus filhos. Subdividindo o espólio, cuja maior parte destinou-se à viúva, per­manecendo o domínio dos bens em estado de condomínio ate 1945, momento em que a indústria e todo seu complexo foram transformados em sociedade anônima. Ficando na frente do empreendimento: José Lopes de Siqueira Santos, até que este acabou por adquirir a Usina Estreliana, quando se fez uma permuta da sua parte na Usina, tempo em que registramos a direção da Bom Jesus sob a responsabilidade ao seu cunhado Dr. Jaime de Queiroz Monteiro, que em 1954 vendeu sua parte a D. Benvinda e a seu filho caçula, ficando como sócia ma­joritária ate o seu falecimento, o que ocorreu em 1954. Após o seu falecimento a Usina ficou como herança para seus filhos.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Lopes Siqueira Santos – Filho de Benvinda de Arruda e de João Lopes de Siqueira Santos. Casado com Marina Loyo Meira Lins. Comprou a usina e seus engenhos aos sócios, após uma assembléia em 1957.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Trapiche – Clóvis Paiva – Assume a Usina e seus engenhos em 1994. Hoje seu proprietário é Paulo Pragana Paiva.

75.      Engenho Mato Grosso/Água Preta (Rio Formoso?) – O português deu à filha Rita, como presente ou dote de casamento, o valioso engenho Mato Grosso, do qual a bisneta, Francisquinha, no seu diário de Sinhá de Engenho, recolhidos pela filha Lúcia de Barros Carvalho - diz que era um "portentoso engenho imenso e lindo". Maior do que aqueles que ela mesma recebeu também como dote, o engenho Camevou (onde nasceram Carlos e Antonio de Barros Carvalho), adquirido de um parente rico e solteirão, o capitão José Cardoso de Araújo, cunhado do Barão de Contendas, (Antônio Epaminondas de Barros Correia) e o engenho Santo Antonio – terras das reinações de infância e da adolescência dos oito filhos homens e da filha do Coronel Carvalhinho e dona Francisquinha
Proprietário/Morador/Rendeiro: José da Costa - Português. Fugiu de Portugal em circunstancias dramáticas e pitorescas. Perseguido por agentes de justiça, com ordens de arrastá-lo, vivo ou morto – por ter jogado uma pedra a esmo, numa praça de Restelo, que teria atingido a cabeça de um cortesão ou de um clérigo poderoso - escapou em desabalada carreira pelas ruas de Lisboa, alcançando um navio que se preparava para partir, no qual se meteu com a roupa do corpo, sem saber para onde ia, até que os marinheiros o despejassem, afinal, nas praias do Recife. trabalhou em ocupações modestas; casou-se com Maria da Silva, foi adotado pela sociedade pernambucana, e acabou senhor de canaviais, tendo deixado aos descendentes um surpreendente inventário de engenhos de nomes sonoros. Proprietário dos engenhos: Mato Grosso/Água Preta; Santo Antonio/Palmares, Cucaú, Catuama, Burarema, Oncinha/Barreiros, Conceição, Cabuçu, Limão Doce/Amaraji, Maçaranduba/Timbauba e outros.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco de Gouveia e Souza - Capitão, natural do Recife, filho do Capitão Marcos de Gouveia e Souza e de sua mulher Maria José. Casado com Margarida Cavalcanti, filha de Arcângelo Cavalcanti de Albuquerque e de Mônica Pessoa do Rego. Proprietário dos engenhos: Pacavira e Mato Grosso de Baixo/Rio Formoso.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Victor Pereira de Carvalho – Co-proprietário
Ocupado pelos sem terras em 14/09 e 24/09/200. Sem vistoria.

76.      Engenho Mato Grosso/Cabo de Santo Agostinho – No engenho existem duas casas grandes, uma do século XVIII e outra de 1934. Hoje fica localizado no complexo de SUAPE.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Bento de Gouveia - Coronel. Casado com Rita Enedina da Costa, filha do português José da Costa, chegado ao Recife no século XVIII, naturais dos costados da Casa da Torre. Proprietário dos engenhos: Massaranduba/Palmares, Mato Grosso/Cabo de Santo Agostinho e Santo Antônio/Água Preta.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Leonardo Orlando de Barros- Coronel. Filho de Manuel Cavalcanti de Albuquerque Barros e de Ursulina de Castro Sá Barreto. Casado com Francisca Caraciola da Costa Gouveia (09 filhos), filha do Coronel João Bento de Gouveia e de Brites de Albuquerque. Homem liberal; deu liberdade a seus escravos um ano antes da Lei Áurea. Autodidata, falava várias línguas, inclusive o dialeto indígena. Era também poeta, músico e compositor. Estudando o cultivo da cana, foi responsável pela introdução da saúva em Pernambuco - a qual importou de São Paulo. Construiu em Pernambuco a primeira casa de farinha, em nível industrial e cultivou novas variedades da cana de açúcar, mais resistentes às pragas. Proprietário dos engenhos: Cocaupe depois Cucau ou Cucahú/Serinhaem; Catuama, Burarema/Barra de Guabiraba, Catolé/Água Preta, Oncinha/Barreiros, Conceição/Catende; Apipucos (São Pantaleão do Monteiro)/Recife; Cabuçu ou Cabussú, Limão Doce/Rio Formoso, Maçaranduba/Timbauba e outros herdados por sua mulher: Mato Grosso/Cabo de Santo Agostinho, Cá-me-vou ou Camevou e o Santo  Antonio/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Fernandes Campos

77.      Engenho Maú/Cabo de Santo Agostinho – No engenho existem duas casas grandes, uma do século XVIII e outra de 1934. Hoje fica localizado no complexo de SUAPE.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 17/04/2000, ligados ao MST

78.      Engenho Mauá/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras, em 2003 ligados ao MTL.

79.      Engenho Mauricéia ou Mauricéa/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Cornélio de Vasconcellos - Proprietário dos engenhos: Mauricéia ou Maricéa, Villa Rica, Mauriti/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Treze de Maio

80.      Engenho Mauriti/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Cornélio de Vasconcellos - Proprietário dos engenhos: Mauricéia ou Maricéa, Villa Rica, Mauriti/Água Preta

81.      Engenho Mauriti/Itamaracá
Proprietário/Morador/Rendeiro: André Fernandes Velasques –  Adquiriu uma sesmaria, em 1569, com duas mil braças de terra em quadra, nos termos do Regimento de sua Alteza, cujas terras ficavam atrás das de Heitor Mendes, que é através da Tapera de Tamatião-Moçu. Logo levantou um engenho que teve o nome de Itapirema. Das terras do engenho ltapirema de Cima, vêm os engenhos: Triunfante, Palmeira, e parte dos de nome Mauriti, Veneza, Itapicuru e Pitu-Assu, Itapirema do Meio e Itapirema de Baixo. Proprietário dos engenhos: Triunfante, Palmeira, Mauriti, Veneza, Itapicuru, Pitu-Assu, Itapirema do Meio, de Baixo e de Cima
Proprietário/Morador/Rendeiro:

82.      Engenho Maxima/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joost van den Bogaert – Capitão. Curiosidades: Companhias de Burgueses: Pelo nosso lado tratamos de nos fazer fortes o mais possível. Em primeiro lugar fizemos registrar de novo os moradores do Recife e depois também os de Antônio Vaz. Os do Recife, somando pouco menos de 500, fizemo-los dividir em 4 companhias, subordinadas a um coronel, três capitães, um capitão-tenente e demais oficiais. Serão suficientes para garantir o Recife quando o exército holandês estiver em campanha, visto que uma grande parte dos nossos burgueses são antigos soldados. Os oficiais que os comandam são os seguintes: Coronel: Servaes Carpentier; Capitães: Joost van den Bogaert, Abraham Tapper, secretário do Conselho Político e Samuel HaltersCapitão-tenente: Allard HolTenentes: Bartholomeus van Ceulen, Jacob Coets Matthys BeckAlferes: Willem Negenton, Hugo Graswinckel, Gillis van Luffelen e Hubert Cloet... Proprietário dos engenhos: Maxima, Jacaré, Goiana e Copíssura/Goiana.

83.      Engenho Mearim/Bonito
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Serro Azul – Proprietária dos engenhos: Camevou (a sede), Camevouzinho, Liberdade, Aratinga, Fertilidade, Floresta, Serra Azul (a antiga usina), Moscou, Aliança, Mágico, Verde, Mearim, Canário, União, Riachuelo, Penderaca, Vista Alegre, Tambor, Almirante, Rosa Murcha, Barra do Dia e Pará.
Ocupado pelos sem terras. Decreto de 21/02/1994. Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural denominado "engenho Mearim", situado no Município de Bonito, Estado de Pernambuco, e dá outras providências.

84.      Engenho Megaípe ou Megahipe de Baixo/Jaboatão dos Guararapes - Engenho movido a bois. – Em um documento, holandês, de 1640, aparece um outro engenho na Muribeca com o mesmo nome e grafia diferente (pode ser o mesmo). Segundo Pereira da Costa, havendo assim dois engenhos com o mesmo nome de Mogoaipe, o primeiro mencionado, e mais antigo, tomou então a denominação de Megaípe de Baixo, em 1680, do Capitão-mór Luis Marreiros, instituiu o vínculo do mesmo nome e do qual fazia parte a ilha Capim Assu. A capela da propriedade, sob a invocação de S. Filipe e S. Tiago, é antiga, e talvez de construção contemporânea à do engenho. O documento holandês de 1638 diz que o Engenho havia pertencido a Luís Marreiros, supõe-se que ele tenha sido incendiado pelos portugueses em fuga, com a chegada dos holandeses. Mas o fato de ter existido um engenho com o mesmo nome, na primeira metade do século XVII, não é suficiente para comprovar a existência da respectiva casa grande. Localizado a 3 km do povoado da Muribeca. A casa grande foi construída no século XIX em alvenaria de tijolos e coberta em telha cerâmica. Do antigo engenho resta a capela, muito deteriorada. O edifício da vivenda encontra-se em bom estado de conservação. Existiram dois engenhos Megahipe: o primeiro, mais antigo, chamado desde 1860 de Megahipe de Baixo, do qual era o seu Senhor, o ex-prefeito do município, Humberto Lins Barradas e o segundo de Luiz Marreiros. 2009: A casa grande do engenho tinha duas torres nas extremidades, e estava inserida na lista feita, em 1928, de edifícios com valores históricos e artísiticos, pelo Governo de Pernambuco, para aplicar uma lei à preservação de seus monumentos. O senhor desse engenho, ao saber da inclusão de sua propriedade na referida lista, não vacilou em destruir completamente a casa. Lia-se num artigo do jornal A Província, de 14/09/1928: ‘Desapareceu assim de Pernambuco uma das mais interessantes expressões da arte colonial no Brasil, levantada no século XVI.” A usina já chegara desde fins do século 19 e se firmara na região como a nova força econômica e política. E foi a usina que derrubou a casa, como pensou e cantou Ascenso Ferreira, em poema dedicado à Casa grande  de Megaípe.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Diogo d’Araújo d’Azevedo Curiosidade: O Conde Maurício de Nassau e o Alto Conselho escolheram os escabinos: Jorge Homem Pinto, Isaac de Rasiere, Manuel d’Almeida, Jan van Pol e Gaspar Fernandes Dourado (Dag. Notule citado). Os primeiros eleitores da jurisdição de Olinda (escolhidos pelo Conselho Político) foram: Jacob Stachouwer, Gaspar da Silva, Nicolaes de Ridder, Pedro da Cunha d’Andrade, Wilhelm Doncker, Pedro Lopes de Vera, Elbert Crispijnsz, João Carneiro de Mariz, Jacques Hack, Diogo d’Araujo d’Azevedo,...
Proprietário/Morador/Rendeiro: Humberto Lins Barradas
Proprietário/Morador/Rendeiro: Luís Marreiros - Primo de Duarte de Albuquerque Coelho, Donatário de Pernambuco. Casado com Luzia Lopez; viviam em Olinda.   Proprietário de um Ofício de Tabelião, pelos anos de 1609. Ausente na época dos holandeses

85.      Engenho Megaó de Cima/Goiana – 2009: As Solares parecem com as casas rurais e urbanas de Portugal. O pavimento inferior, que serviu por muito tempo de depósito e seteiras para defesa, passou  a ter uma função social no século XIX, segundo atestam as casas grandes retratadas por Frans Post, como as de Megaó de Baixo/Goiana.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Jerônimo Cavalcante de Lacerda - Capitão. Nascido em 1515/Alhandra/Pt e falecido em 1584/Olinda, enterrado na Capela do Engenhode N. Senhora da Ajuda/Olinda. Filho de Felipe Cavalcanti de Albuquerque e Maria de Lacerda. Chegou à Igarassu em 09/03/1535, acompanhando sua irmã Brites de Albuquerque casada com Duarte Coelho. Fidalgo da Ordem de Cristo.  Jerônimo lutou contra os índios, com apenas 22 ou 24 anos, que impediam a ocupação portuguesa; onde perdeu um olho, atingido por uma flecha, em 1547, por esta razão foi apelidado de "O Caolho". Feito prisioneiro pelos índios, e condenado a morte; foi salvo pela filha, que tinha sido selecionada para passsar a noirte com ele (conforme costume indígena) do cacique Tabajara Arcoverde, que intercedeu por ele. Logo depois se casaram e a índia Muira-Ubi, foi batizada com o nome de Maria do Espírito Santo  Arcoverde. Desta união nasceram 8 filhos, todos legitimados em 1561. Quis casar-se então na Igreja com Muira-Ubi, mas a Rainha Catarina da Áustria, que reinava em Portugal durante a menoridade de seu filho Sebastião, recusou obrigando-o a casar-se com Filipa de Melo, filha de Cristovão de Melo. Assim, com 55 anos casou-se e teve mais 11 filhos. Jerônimo teve também outros 16 filhos bastardos com várias mulheres, brancas, indias e mamelucas e por isso foi chamado de "O Adão Pernambucano". Jerônimo de Albuquerque governou a capitania de Pernambuco durante a ausência de seu sobrinho José de Albuquerque. Seu Testamento está publicado em "Memórias Históricas da Província de Pernambuco" de 1884. Primeiro proprietário das terras do engenho Madalena, fundado em terras doadas pelo seu cunhado Duarte Coelho. Proprietário dos engenhos: Tracunhaém de Cima chamado Mossombu, Boa Vista/Goiana, Madalena (Santa) ou João de Mendonça/Recife /Recife, Megaó de Cima/Goiana. Nossa Senhora da Ajuda ou Velho ou Forno de Cal/Olinda, Paratibe de Baixo (depois engenho Paulista)/Igarassu, Una/Rio Formoso.

86.      Engenho Megaó/ Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: Fernão Carvalho de Sá Albuquerque – Falecido antes do seu pai. Filho de Fernão de Carvalho de Sá (engenho Megaó) e de  Brites Lins de Albuquerque, filha de Arnáo de Vasconcellos de Albuquerque e Maria de Oliveira. Casado em 1ª núpcias com (?) e em 2ª com Aquida de Barros, filha de Antônio da Fonseca Rego e de Maria Alves Catanho. Proprietário dos engenhos: Massaranduba, Megaó/Itamarcaá e Mariúna.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José de Sá Albuquerque - Faleceu, em 1711/Olinda. Juiz Ordinário da Câmara de Olinda; Capitão Mor da Muribeca e Jaboatão dos Guararapes; Coronel das Ordenanças da Muribeca, Ipojuca e Cabo Santo Agostinho; Provedor da Santa Casa; Fidalgo da Casa Real; Cavaleiro da Ordem de Cristo; Vereador da Câmara de Olinda; fez parte do Governo em 1597/1598, quando o bispo D. Antônio Barreiros governava inteiramente a Capitânia. Participou da guerra holandesa; proprietário do morgado de Santo André. Casado com Ana de Albuquerque, filha de Antonio de Sá e Albuquerque. Quando os holandeses foram expulsos de Pernambuco, os herdeiros do pai Antônio de Sá reivindicaram seus direitos de posse e as autoridades portuguesas os concederam: as terras passaram, então, às mãos de José de Sá e Albuquerque. Não se preocupando mais com a indústria açucareira, segundo consta em documentos antigos, José transformou a propriedade na Fazenda Beberibe, passando a explorar as madeiras de suas matas e a fabricar carvão vegetal; fazendo com que fosse desaparecendo os aspectos do antigo feudo açucareiro. Com fotografia: Col. Francisco Rodrigues; FR-2616. Proprietário dos engenhos: Almécega/Água Preta; Gurjaú ou Grojaú/Cabo Santo Agostinho; Novo, Santo André/Jaboatão dos Guararapes; Megaó/ Goiana; e Velho Beberibe depois Eenkalchoven/ Recife.

87.      Engenho Meia Légua/Amaraji
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Joaquim Fernandes - Proprietário do engenho Tranquilidade e rendeiro do Meia Légua/Amaraji
Ocupado pelos sem terras em 27/05/2004, ligados a CPT.

88.      Engenho Meio (do)/ Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Tristão de Mendonça – Filho de Pedro de Mendonça e de D. Mariana de Mendonça. Casado com Helena Manuel. Após campanha militar para conquistar as terras do Cabo de Santo Agostinho, onde houve uma total crueldade em relação aos índios, recebeu uma sesmaria do Donatário da Capitania Duarte Coelho, em 1580.  A sua sesmaria media duas léguas do Cabo para o sul e três para o poente. Destinava-se ao cultivo da cana e do algodão e da manutenção de marinas de salinas. Nessa sesmaria foram levantados os engenhos do Meio, Massangana e Tabatinga.

89.      Engenho Meio (do)/Camaragibe – O Engenho do Meio foi leiloado devido a ordem do ouvidor José de Mendonça de Matos Moreira, que reformando sentença do juiz ordinário de Porto Calvo, fez entregar a igreja o Engenho do Meio. Arrematou–o, na hasta, pela renda de 150 arrobas de açúcar traçado, pagas anualmente na casa de purgar. Seu fiador foi o mesmo Antonio José Accioly, que em 1797 surge como proprietário do Engenho Carrilho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Inês Teresa Caetana de Paiva
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Lins de Vasconcellos – “O Moço”. Sargento–mor de Cavalaria de Porto Calvo. Capitão de Cavalaria. Casado com Inês de Almeida. Em 1709, fazendo–se a partilha dos bens do sogro Barros Pimentel, recebeu o engenho do Meio de Camaragibe como herança através de sua mulher
Proprietário/Morador/Rendeiro: Rodrigo de Barros Pimentel - Filho de Antônio Barros Pimentel e Maria de Hollana. Fugiu para a Bahia, durante a invasão holandesa. Casado com Jerônima de Almeida. Segundo Diogo de Vasconcelos, deve ser o mesmo Rodrigo de Barros Pimentel que combateu os índios, no fimdo século XVII, tendo auxiliado Domingos Jorge Velho nos embates contra o Quilombo dos Palmares. Curiosidades: Jerônima de Almeida foi denunciada por um escravo, por ela castigado, de ter recepcionado uma tropa de campanhista que viera da Bahia, com cartas de seu marido. Foi então trazida presa da vila de Porto Calvo, juntamente com nove filhas e três filhos, para o Recife. Submetida a julgamento sumário, foi àquela senhora condenada a morrer degolada. No testemunho de frei Manuel Calado, o fato provocou a compaixão e revolta das senhoras que moravam nos arredores do Recife, a ponto de constituírem uma comissão com o objetivo de interceder, pela sorte daquela matrona, junto ao Conde de Nassau, não sem antes "guarnecerem o muro com ameias de caixas de açúcar para conseguir o seu intento". O Conde de Nassau, recebeu estas mulheres e lhes disse, que se soubera que havia de ter tão formosas e honradas hóspedes, que estivera preparado com um banquete, segundo elas mereciam, porém já que o haviam tomado de sobressalto as convidava a jantar com ele com a sua mesa; elas lhe beijar a mão por a mercê, e pavor, lhe responderam que o banquete que elas vinham buscar à sua casa era, que achando graça em seus olhos, fosse servido a Sua Excelência de acudir a tão grande crueldade e perdoar D. Jerônima; e que jantar à sua mesa haviam por recebido a mercê, porém não era uso nem costume entre os portugueses comerem as mulheres, senão com os seus maridos, e ainda com estes era quando não havia hóspedes em casa (não sendo pai ou irmão) porque nesses casos não vinham à mesa. O pedido das senhoras foi imediatamente acolhido pelo Conde que, por decreto, suspendeu a execução de Jerônima de Almeida, "por autoridade e poder que tinha de Governador e Capitão General de Pernambuco e das demais capitanias conquistadas e sujeitas ao Estado da Holanda". Engenhos do Morro e do Escorial, em Porto Calvo-AL e do Meio/Camaragibe

90.      Engenho Meio (do)/Recife – Segundo referência documental holandesa o engenho do Meio/Recife foi confiscado e vendido a Carlos Francisco Drago, em 1625. Engenho com capela sob invocação de N. Sra. da Ajuda, na Várzea do Capibaribe. O engenho na margem direita do Rio Capibaribe e deu origem ao bairro do Engenho do Meio. Confiscado pelos holandeses no século XVII, foi totalmente destruído, restando apenas as terras. Em 1637, Jacob Stachouver, adquiriu o engenho do Meio/Iputinga/Recife, por 62.000 florins. Posteriormente o engenho pertenceu a João Fernandes Vieira, que o reconstruiu. Nas suas terras, em 1645, foi levantado um forte de terra chamado Arraial Novo do Bom Jesus. Em 1686 pertencia a Maria Cezar, viúva de João Fernandes Vieira. Engenho vendido em 1637. Entre 1900 e 1905, foi instalada uma usina nas terras do engenho do Meio A casa grande do engenho existiu até a década de 40, ficava localizada no câmpus da Universidade Federal de Pernambuco, quando foi demolida.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Álvaro Velho BarretoVianense. Cristão Velho. Seu avô paterno foi pároco no rio Lima e sua avó era também filha de um padre com uma mulher de condição distinta de Viena. Fixou-se na Capitania de Pernambuco como sócio de parentes ricos de Viana, como ele mesmo declarou a dois jesuítas que foram vê-lo em busca de donativos para o Colégio de Olinda. Casado com Luísa Nunes, que também era cristã-nova. Proprietário dos engenhos: do Meio/Recife e Catende, antes Milagre da Conceição/Catende. O engenho foi vendido por sua viúva a Carlos Francisco Drago, em 1625.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Carlos Ferderico Drago – Marrano. Cristão Novo. Comprou o Engenho a Luisa Nunes, em 1625, viúva de Álvaro Velho Barreto. Proprietário dos engenhos: Catende/Catende; do Meio/Recife; Moreno/Jaboatão dos Guararapes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Jacob Stachouver - Mercante em grosso; homem de confiança do Conde Maurício de Nassau; membro do Conselho Político. Ao partir de Pernambuco para a Holanda, deixou todos os seus bens, com poderes absolutos, nas mão de João Fernandes Vieira. Adquiriu o engenho do Meio/Iputinga/Recife, por 62.000. Nota:  Até hoje não se sabe se comprou o engenho ou se tomou posse dele e de todos os outros bens de Jacob Stachouver.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Fernandes Vieira – Procurador de Jacob stachouver, ficou administrando suas propriedades, com poderes absolutos. Nota:  Até hoje não se sabe se comprou o engenho ou se tomou posse dele e de todos os outros bens de Jacob Stachouver. Nasceu em 1610/Funchal/Ilha da Madeira/Pt e faleceu em 1681/Olinda, em 1886 seus restos mortais foram descobertos na igreja do Convento de Olinda; em 1942, e foram trasladados para a Igreja de N. Sra. dos Prazeres dos Montes Guararapes/Recife. Filho ilegítimo de Francisco de Ornelas Muniz e uma mulher humilde. Fugiu para o Pernambuco/Brasil, em 1620, com dez anos de idade. Mudou o seu nome de Francisco de Ornelas para João Fernandes Vieira. Trabalhou como auxiliar de açougue; feitor; voluntário da guerra, durante a invasão holandesa, defendendo os portugueses no Forte de São João, 1630. Ficou rico graças aos seus esforços e as doações que recebeu do seu patrão: Affonso Rodrigues Serrão, e pela amizade com o Conselheiro Político e proprietário de engenho o holandês Jacob Stachhouwer. Em 1639, foi indicado para o cargo de Escabino de Olinda e de Escabino de Maurícia (Recife), 1641/1643. Casou-se, em 1643, com Maria César, filha de Francisco Bereguer de Andrada e de Joana de Albuquerque; viúva e herdeira do engenho. Passou a ter o apoio da comunidade luso-brasileira e a confiança do governo holandês (colaborador e conselheiro). Era um dos maiores devedores da Companhia das Índias Ocidentais, com uma dívida, em 1642, estimada em 219.854 florins. Quando a insatisfação dos senhores de engenho de Pernambuco se intensificou, após a partida do Conde Maurício de Nassau, em 1644, Vieira percebendo as vantagens a serem alcançadas com a expulsão dos holandeses, se afastou dos flamengos. Participou da Batalha das Tabocas/Vitória de Santo Antão, em 03/08/1645 e da  Batalha de Casa Forte, no dia 17/08, do mesmo ano. Após a tomada do engenho Casa Forte, Vieira voltou com seus homens ao seu engenho São João/Várzea, e de lá iniciou um sistema de estâncias militares, fortificações onde pudessem estar seguros e guardar pólvora e munições de guerra. Participou das duas Batalhas dos Guararapes, sob o comando do general Barreto de Meneses, nos dias 19/04/1648 e 19/02/1649. Como recompensa pelos serviços prestados na guerra foi nomeado Governador da Paraíba (1655-1657) e lhe concedido o posto de Capitão General do Reino de Angola (1658-1661). Exerceu também o cargo de Superintendente das Fortificações do Nordeste do Brasil, 1661/1681. Vieira encomendou a frei Rafael de Jesus um livro para contar sua vida, exaltando seus feitos. Proprietário de muitos escravos e de 16 engenhos na Paraíba: Ilhetas; Cumaúpam Inhobim ou dos Santos Cosme e Damião, Inhaman; e em Pernambuco: Tibiri de Cima e de Baixo/Rio Formoso; Santos Cosme e Damião, Santo Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven ou Várzea do Capibaribe, Santa Madalena, Meio (vendido em 1637), Ambrósio Machado, depois Cordeiro/Recife; São João, Molinote/Cabo de Santo Agostinho; Jaguaribe/Abreu e Lima; São Gabriel/Barreiros; Santo  André, Santana/Jaboatão dos Guararapes; São Francisco/Água Preta, Paulista, Paratibe de Baixo, Maranguape, Paratibe de Cima ou  Riba (depois engenho Paulista)/Igarassu; Abreu/Nazaré da Mata.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Carneiro da Cunha - Capitão. Nascido em 1688 e falecido em 1702. Juiz Ordinário e Vereador da câmara de Olinda; Provedor da Sta. Casa. Casado com Ana Carneiro de Mesquita (prima). Com fotografia: Col. Francisco Rodrigues; FR-02500 (Amélia Vieira da Cunha). Proprietário dos engenhos: Itgabatinga, Araripe do Meio /Ipojuca e do Meio/Recife

91.      Engenho do Meio/Igarassu – Engenho comprado a Companhia das Índias Ocidentais por Isac de Rosiére, depois de confiscado dos herdeiros de Ambrósio Fernandes Brandão que tinham fugido para Portugal
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Marink dos Santos Cavalcante – Dr. Proprietário dos engenhos: Conceição Nova e do Meio/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Zenóbio Accioli de Vasconcellos - Fidalgo Cavaleiro da Casa Real Nascido em 1619/Pernambuco e falecido em 1697. Sua biografia está em Pereira da Costa, foi herói da guerra contra os holandeses, como seu irmão mais moço, João Baptista Accioli, tendo lutado nos combates dos Afogados e nas duas batalhas dos Guararapes; e esteve na capitulação da Campina da Taborda, em 27 de Janeiro de 1654. Zenóbio Accioli de Vasconcello. Senhor do engenho do Meio, onde vivia em 1761. Casou–se com sua prima Adriana de Almeida, filha de José de Barros Pimentel e de Maria Accioli.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Isac de Rosière - Escabino da Freguesia de Santo  Antônio do Cabo de Santo Agostinho, presbítero. Proprietário dos engenhos: Santos Cosme e Damião, Gargaú e do Meio.

92.      Engenho Melancia/João Alfredo
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Ferreira da Silva – Coronel. Proprietário dos engenhos: Melancia (em 1879)/João Alfredo e do Boa Vista, também em João Alfredo, onde empreendeu grandes benfeitorias, transformando a área circunvizinha em um pequeno aglomerado residencial. Em 1900 obteve da prefeitura de Bom Jardim uma licença para a promoção de uma feira-livre semanal e iniciou a construção de uma capela em devoção a N. S. da Conceição. A 1ª feira-livre foi realizada no dia 6/01/1901 e a capela inaugurada no dia 18/06 do mesmo ano. Em 1902 mais casas foram construídas e apareceram os primeiros estabelecimentos comerciais. No ano de 1906 foi criada a Sub-Delegacia de Polícia, sendo designado como titular o José Soares Cordeiro. Em 1909 o engenho e as casas a ele aglomeradas foram considerados oficialmente como Povoado, recebendo o nome de “Boa Vista da Conceição”.

93.      Engenho Meno/(?) – Foram senhores de engenho em Pernambuco os tios de Zenóbio Accioli que possuiam os engenhos S. João Baptista, Meno e S. Paulo de Siberó. O Engenho da Ribeira de sua prima. Sua meia-irmã era senhora do engenho de S. João. Sua família materna do engenho do Trapiche/Cabo de Santo Agostinho, pois que o sogro de Pedro da Cunha de Andrade, Manuel Gomes de Melo, era senhor do dito engenho. Também o sogro de João Fernandes Vieira, Francisco Berenguer de Andrade, possuía o engenho do Giquiá, da freguesia da Várzea, que vendeu a António Fernandes Pessoa, o Mingão, em data anterior à tomada de Pernambuco pelos holandeses
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

94.      Engenho Mercês/Ipojuca - No engenho existe um Baobá, árvore africana, trazido pelos escravos ao qual eles associam poderes especiais Capela N. Sra. das Mercês. Fica ao norte e a 5 km de N. Senhora do Ó. As suas terras, 1817, foi um dos pontos de concentração das tropas do Gov. Pernambucano, contra os revoltosos, durante a Revolução Pernambucana, por ocasião da visita de D. Pedro II à Província, 1859. O engenho entrou no itinerário das visitas do Imperador. Na noite do dia 10 a 11/12/1859, sua Majestade Imperial encerrou a visita ao Cabo de Santo Agostinho, aonde chegara, pela manhã, por via férrea. Depois de cumprido todo o cerimonial naquela Vila, partiu, pelas 17 h., a cavalo, para Sirinhaém. Perto das 20 hs chegou ao engenho Mercês. Passam a noite na casa grande  do proprietário, o Tenente-Coronel Manuel José da Costa. No outro dia ás 5 hs, Sua Majestade o Imperador ouviu missa na capela do engenho, seguindo depois para Sirinhaém tendo primeiramernte ido ver de uma montanha em terras do mesmo Engenho a vila de Nazaret”. SUAPE. Cachoeira e Pedra do engenho Maranhão, com afloramentos rochosos que compõem o lugar são de beleza peculiar e dão origem a inúmeras piscinas. As duchas e os escorregos são mais recomendados aos aventureiros, mas é preciso ter cuidado, pois alguns espaços são perigosos. Existe no engenho uma chaminé de vulcão extinto com o nome de “Neck Vulcânico”, que fica no percurso das terras da Usina Ipojuca. O “Neck” tem cerca de 20 m de altura. Proprietário dos engenhos: Mercês e Maranhão/Ipojuca. Na 1ª. Semana de novembro se realiza a Festa de N. Senhora das Mercês.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Bernardo de Mendonça - Proprietário dos engenhos: Mercês e Maranhão/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel José da Costa - Tenente-coronel. Barão de Mercês (Dec. de 24.08.1870). Nasceu em 1809/Recife, e faleceu em 1883. Filho de Bento José da Costa e de Ana Maria Teodora. Estudou na Europa. Deputado Estadual em Pernambuco, 1834/1837; Coronel da Guarda Nacional; Comendador da Ordem da Rosa e da Imperial Ordem de Cristo. Escreveu Eleição da freguesia de Ipojuca/Pernambuco, impressa em 1863, 53 pp, in-8.º. Casou duas vezes: a 1ª, em 1831/Recife, com sua prima Caetana Candida Gomes, nascida em 1811/Recife, e falecida em 1848/Recife, filha de Joaquim Candido Gomes e de Catarina Maria da Conçeição Gomes. Casado, em 2ª núpcias, 1848, com Maria Felismina, na capela N. Senhora das Mercês.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Salgado – Proprietária dos engenhos: Canto, Dourado e Mercês/Ipojuca

95.      Engenho Merecê (depois Salvador) /Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: Amaro Gomes da Costa Rabelo – Tenente Coronel de Milícias de Brancos da Capital; Cavalheiro da Ordem de Cristo. Fez parte das Academias do Cabo de Santo Agostinho e Paraíso. Foi o mais forte e abnegado apóstolo da República e mereceu por isso a consideração do alto cargo de General. Casado com Ignácia Xavier da Cunha Coutinho Carneiro de Albuquerque, filha de Ignácio Xavier Carneiro de Albuquerque e Joana Coutinho Carneiro de Albuquerque. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues: FJN Nº: 3832, 4376, 4377, 4378; 3833; 4379. Pai de Amaro Gomes da  Cunha Rabello Júnior, Poeta. A tradição familiar indica que o velho Amaro Gomes teria passado tempo em Minas Gerais, junto a parentes seus, de onde voltara bastante rico. Proprietário dos engenhos: Araripe do Meio/Itamaracá, Tracunhaém, Jardim, Camorim, Sipoal, Morojó, Taquara, Tabajara, Tabira, Camorim, Merecê (depois Salvador) e Tabayê/Goiana e Bonito/Nazaré da Mata; Camila/Paudalho. 

96.      Engenho Merepe/Itambé - O Engenho fabricava 1.780 arrobas de açúcar 400 açúcar branco
Proprietário/Morador/Rendeiro: Feliciano dos Santos Pontual - Bacharel em 1868. Casado com Eliza Maria Carneiro Pontual. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues (FR): 4267; 4238; 4282; 4281; 4234; 3809; 3810; 4279; 4237. (João Manuel Alves Pontual, Thereza dos Santos Pontual "Mãe Teté"). Proprietário dos engenhos: Cabeça de Negro/Amaraji e Merepe/Itambé

97.      Engenho Miguel Dias/Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Elias do Rego Dantas - Nascido em 1807/Recife e falecido em 1869. Filho de João Elias do Rego Dantas e Maria Francisca de Abreu e Lima. Juiz de Direito e Deputado. Casamento 1º com Constança Maria de Figueredo. Casamento 2º com Maria Dorotéia de Moura Mattos, nascida em 1826 e falecida em 1850. Foi seu testamenteiro e inventariante o Barão e depois Visconde de Utinga Henrique Marques Lins. Proprietário dos engenhos: Pedreiras, Boa Sorte, Jenipapo/Escada e Miguel Dias e Ribeirão

98.      Engenho Miguel Ferreira/(?) - O Engenho fabricava 4.919 arrobas de açúcar branco 1.33676 açúcar
Proprietário/Morador/Rendeiro: Miguel Ferreira

99.      Engenho Milagre da Conceição/Catende
Proprietário/Morador/Rendeiro: Felipe Paes de Oliveira – Proprietário dos engenhos: Catende e Milagre da Conceição/Catende

100.    Engenho Milagre da Conceição/Catende
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Catende - Proprietária dos engenhos: Água Branca de Uraba/Quipapa; Bálsamo da Linha, Corubas/Jaqueira; Bálsamo das Freiras//Lagoa dos Gatos; Bamborel, Bela Aurora, Boa Sorte, Cana Brava, Harmonia, Milagre da Conceição, Monte Pio, Niterói, Ouricuri, Tabaiaré/Catende; Campinas, Capricho, Esperança. Granito/Palmares; Espírito Santo, Mangueira, Mãozinha, Palanqueta, Pastinho, Pasto Grande, Piragibe ou Piragybe, Pirangy ou Pirangi, Porto Seguro, Souza, Veloz, Venturoso, Vida Nova/Água Preta; Curupaiti ou Curupaity /Xexéu; Limão, Urucú ou Urussú/Escada; Monte Alegre/Gameleira; Paudalho/Paudalho; Santa Cruz/Rio Formoso

101.    Engenho Milão/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Feliciano do Rego Cavalcante de Albuquerque - Coronel da Guarda Nacional. Filho do Capitão Manuel Cavalcanti de Albuquerque Wanderley e de Rita de Cássia Marinho. Proprietário dos engenhos: Sapucaia/Sirinhaém e Ilhetas/Rio Formoso e Milão/Água Preta.

102.    Engenho Milharal/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 1998 e 2002. Decreto de 20 de setembro de 2000. Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, os imóveis rurais que menciona, e dá outras providências.

103.    Engenho Minas Novas/ Gameleira
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Venâncio de Albuquerque - Dr. Proprietário dos engenhos: Barra Nova e Minas Novas/Gameleira

104.    Engenho Minguito/Rio Formoso
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 2001, 68 assentados. Desapropriado. Decreto nº 0-001, de 18 de dezembro de 1997. Decreto - Declara de interesse social, para fins de reforma agraria, o imovel rural denominado 'engenho Minguito', situado no municipio de Rio Formoso, estado de Pernambuco, e da outras providencias.

105.    Engenho Minhoca/Vitória de Santo Antão
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Correia de Queiroz Monteiro - Coronel. Casado com Pamphila Cavalcanti de  Queiroz Monteiro. Fundou a Usina N. S. do Carmo, em 1918, com a denominação de Santa Pânfhila, uma homenagem à sogra e à esposa. Em 1944, foi transformada em Usina N. S. do Carmo. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues FR: 06778; e 3421. Proprietário dos engenhos: Minhoca/Vitória de Santo Antão; Constituinte, Cotigi ou Cotigy/Escada e da usina Nossa Senhora do Carmo.

106.    Engenho Mirador/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Ipojuca – Proprietária dos engenhos: Conceição Velha, Mirador, Saco, Supitanga/Ipojuca.

107.    Engenho Mirandinha ou Santana/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: Fernando Rabelo. Curiosidades: Segundo a Ata da Centésima Quadragésima Sexta Reunião Ordinária da Terceira Sessão Legislativa da Oitava Legislatura. Realizada em 1º de dezembro de 1977: Fernando Rabelo ao chegar aqui, a primeira notícia que ele recebeu, foi de que três mil toneladas de cana de sua propriedade, conhecida por engenho Santana ou Mirandinha, tinham sido incendiadas. E ele, que é um fornecedor médio teve que se deslocar para a sua propriedade, para ver se conseguia colher a maior quantidade de cana; incêndio que começando no engenho Mirandinha, passou para o engenho Miranda,  e que é explorado pelo meu irmão Augusto, queimando, também, cerca de novecentas toneladas.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Correia de Oliveira Andrade - Casado com Leonor Carolina Corrêa de Oliveira Andrade; Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues FR-622
Ocupado pelos sem terras em 17/04/2000 e em 29/03/2004, ligados ao MST

108.    Engenho Miranda/Goiana – Casa grande (reconstruída, com as mesmas características, no local da original), capela e moita do engenho na lista dos bens naturais e culturais, tangíveis da mata norte
Proprietário/Morador/Rendeiro: Augusto Rabelo. Curiosidades: Segundo a Ata da Centésima Quadragésima Sexta Reunião Ordinária da Terceira Sessão Legislativa da Oitava Legislatura. Realizada em 1º de dezembro de 1977: Fernando Rabelo ao chegar aqui, a primeira notícia que ele recebeu, foi de que três mil toneladas de cana de sua propriedade, conhecida por Engenho Santana ou Mirandinha, tinham sido incendiadas. E ele, que é um fornecedor médio teve que se deslocar para a sua propriedade, para ver se conseguia colher a maior quantidade de cana; incêndio que começando no engenho Mirandinha, passou para o engenho Miranda,  e que é explorado pelo meu irmão Augusto, queimando, também, cerca de novecentas toneladas.

109.    Engenho Moças/Gameleira
Proprietário/Morador/Rendeiro: Ana Veiga de Figueiredo

110.    Engenho Mocotó/Recife - A ocupação do bairro da Mustardinha/Recife teve início com o Sr. Andrade, proprietário da Casa Grande do engenho Mocotó e da maior parte da área. Com o tempo, ao se referirem ao engenho Mocotó, falavam da “casa do Sr. Mustardinha”, o que rapidamente originou o nome da localidade. Com o falecimento do Sr. Mustardinha em 1941, sua viúva. Joana Francisca abandona a casa grande do engenho Mocotó, não deixando herdeiros. Após este fato, iniciou-se o processo de ocupação da área, segundo relatos das lideranças. Nesta época, grande parte dos terrenos eram alagados de maré ou mangues que os(as) moradores(as) foram ocupando, aterrando e levantando suas casas de forma pacífica.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joana Francisca Andrade – Casada com... Andrade (Sr. Mustardinha)

111.    Engenho Mocotó/Vitória Santo Antão
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Cavalcante de Albuquerque - Capitão. Casado com Luisa Cavalcanti de Souza Leão. Em 1710, foi nomeado Capitão Mor da freguesia de Santo Antonio de Tracunhaém, onde se estabeleceu com a família. Durante a Guerra dos Mascates, marchou para o Recife e fez cerco aos fortes do Brum e das Cinco Pontas, em defesa do governador. Em 1812, o neto do Capitão Mor João Cavalcanti, Cap. Francisco Cavalcanti de Albuquerque, foi contemplado com uma sesmaria na Ribeira de Paudalho, onde já estavam inseridos os engenhos: Apuá, Eixo, Petribú e Novo. Proprietário dos engenhos: Goitá/Glória de Goitá, Mocotó/Vitória de Santo Antão; Paraná/Escada, Petribu/Goiana, Terra Vermelha/Lagoa do Carro, Novo. Apoá ou Apuá/Paudalho; Pauparaná, Uruguaiana/Palmares.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Cavalcanti de Araújo - Proprietário dos engenhos: Cabrunema/Escada e Mocotó/ Vitória Santo Antão.

112.    Engenho Molinote/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Fernandes Vieira - Nasceu em 1610/Funchal/Ilha da Madeira/Pt e faleceu em 1681/Olinda, em 1886 seus restos mortais foram descobertos na igreja do Convento de Olinda; em 1942, e foram trasladados para a Igreja de N. Sra. dos Prazeres dos Montes Guararapes/Recife. Filho ilegítimo de Francisco de Ornelas Muniz e uma mulher humilde. Fugiu para o Pernambuco/Brasil, em 1620, com dez anos de idade. Mudou o seu nome de Francisco de Ornelas para João Fernandes Vieira. Trabalhou como auxiliar de açougue; feitor; voluntário da guerra, durante a invasão holandesa, defendendo os portugueses no Forte de São João, 1630. Ficou rico graças aos seus esforços e as doações que recebeu do seu patrão: Affonso Rodrigues Serrão, e pela amizade com o Conselheiro Político e proprietário de engenho o holandês Jacob Stachouwer. Procurador de Jacob stachouver, ficou administrando suas propriedades, com poderes absolutos. Nota: Até hoje não se sabe se comprou os engenhos ou se tomou posse deles e de todos os outros bens de Jacob Stachouver, após a sua partida de Pernambuco. Em 1639, foi indicado para o cargo de Escabino de Olinda e de Escabino de Maurícia (Recife), 1641/1643. Casou-se, em 1643, com Maria César, filha de Francisco Bereguer de Andrada e de Joana de Albuquerque. Passou a ter o apoio da comunidade luso-brasileira e a confiança do governo holandês (colaborador e conselheiro). Era um dos maiores devedores da Companhia das Índias Ocidentais, com uma dívida, em 1642, estimada em 219.854 florins. Quando a insatisfação dos senhores de engenho de Pernambuco se intensificou, após a partida do Conde Maurício de Nassau, em 1644, Vieira percebendo as vantagens a serem alcançadas com a expulsão dos holandeses, se afastou dos flamengos. Participou da Batalha das Tabocas/Vitória de Santo Antão, em 03/08/1645 e da  Batalha de Casa Forte, no dia 17/08, do mesmo ano. Após a tomada do engenho Casa Forte, Vieira voltou com seus homens ao seu engenho São João/Várzea, e de lá iniciou um sistema de estâncias militares, fortificações onde pudessem estar seguros e guardar pólvora e munições de guerra. Participou das duas Batalhas dos Guararapes, sob o comando do general Barreto de Meneses, nos dias 19/04/1648 e 19/02/1649. Como recompensa pelos serviços prestados na guerra foi nomeado Governador da Paraíba (1655-1657) e lhe concedido o posto de Capitão General do Reino de Angola (1658-1661). Exerceu também o cargo de Superintendente das Fortificações do Nordeste do Brasil, 1661/1681. Vieira encomendou a frei Rafael de Jesus um livro para contar sua vida, exaltando seus feitos. Proprietário de muitos escravos e de 16 engenhos na Paraíba: Ilhetas; Cumaúpam Inhobim ou dos Santos Cosme e Damião, Inhaman; e em Pernambuco: Tibiri de Cima e de Baixo/Rio Formoso; Santos Cosme e Damião, Santo  Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven ou Várzea do Capibaribe, Santa Madalena, Meio, Ambrósio Machado, depois Cordeiro/Recife; São João, Molinote/Cabo de Santo Agostinho; Jaguaribe/Abreu e Lima; São Gabriel/Barreiros; Santo  André, Santana/Jaboatão dos Guararapes; São Francisco/Água Preta, Paulista, Paratibe de Baixo, Maranguape, Paratibe de Cima ou  Riba (depois engenho Paulista)/Igarassu; Abreu/Nazaré da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joaquim Honorato de Oliveira Cajueira

113.    Engenho Mondego/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Themudo da Silveira Lessa - Casado com Amélia da Silveira Lessa. Proprietário dos engenhos: Guarani/Água Preta e Mondego/Palmares

114.    Engenho Monjope/Igarassú - 1600 - De acordo com o historiador Guilherme Jorge Barreto, a história do engenho Monjope começa em 1600, quando o terreno original (1.760 m2) é doado pelo casal Antonio Jorge e Maria Farinha "por amor, em graça" aos padres jesuítas do Colégio de Olinda, que passam a usar as terras para a plantação de subsistência e a criação de gado. Alguns documentos da Companhia de Jesus no Brasil apontam Monjope como Engenho produtor de açúcar apenas a partir de 1666. Em 1986, o engenho se torna um dos sítios históricos de Igarassu e está tombado pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE), encontrando-se em reformas para a sua plena restauração, sendo um dos únicos do estado que ainda conserva os quatro elementos que caracterizam um Engenho; casa grande , fábrica, senzala e capela, embora as construções não sejam do mesmo período. Na capela dedicada a São Pedro do engenho as crianças da comunidade tem aulas de catecismo e uma vez por mês o padre de Cruz de Rebouças celebra uma missa no local. Sua casa grande do tipo: solares, parece com as casas rurais e urbanas de Portugal. O pavimento inferior, que serviu por muito tempo de depósito e seteiras para defesa, passou a ter uma função social no século XIX, segundo atestam as casas grandes retratadas por Frans Post, como e a do engenho Monjope/Igarassu (com arcos na fachada principal) e a Madalena/Recife, restaurada, que hoje abriga o IPHAN.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Jorge Gomes Guerra – De acordo com o historiador Guilherme Jorge Barreto, a história do engenho Monjope começa em 1600, quando o terreno original (1.760 m2) é doado pelo casal Antonio Jorge e Maria Farinha "por amor, em graça" aos padres jesuítas do Colégio de Olinda. Tenente-Coronel. Casado com Maria Farinha. Proprietário dos engenhos: Cana Brava e Monjope/Timbauba.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Beneditinos do Mosteiro de Olinda – Engenho recebido de doação, em 1600, do casal: Antonio Jorge e Maria Farinha. Com a expulsão dos jesuítas do Brasil, em 1759, os bens da Ordem foram arrolados pela Coroa e vão a leilão. Um ano depois o engenho Monjope é adquirido pela família Cavalcanti de Albuquerque, de Tracunhaém. Em 1861, as terras de Monjope ocupam uma área total de 7.935.000 braças quadradas, ou 17.457.000 m2. Propreitários dos engenhos: Terra Vermelha e Lagoa Grande/Glória de Goitá; São Bento/São Lourenço; Terra Vermelha/Lagoa do Carro; Massurepe e São Bernardo/Paudalho; Jaguaribe/Abreu e Lima; Massaranduba do Norte/Itamaracá.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Família Cavalcanti de Albuquerque – Em 1759, todos os bens da Ordem dos Benediticos não arrolados pela Coroa Portuguesa e o engenho vai a leilão e é adquirido por membro da família Cavalcanti de Albuquerque.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Joaquim Carneiro da Cunha - Século XIX – Barão de Vera Cruz. agraciado com o título (Dec. 14.03.1860).  Nasceu em 1849/Pernambuco e faleceu em 1868. Filho de Joaquim Manuel Carneiro da Cunha e de Antonia Maria de Albuquerque Lins. Coronel; Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Academia de Olinda, 1834; Adido de 1ª classe à legação brasileira em Viena; recusou a nomeação de Secretário da legação na Rússia; Deputado à Assembléia Provincial; Vice-Presidente da Província de Pernambuco (1857 a 1863). Foi um dos sócios instaladores do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Casou em 1855, com sua sobrinha Antonia Maria Carneiro de Albuquerque, Baronesa de Vera Cruz, filha do Capitão-mor João Cavalcanti de Albuquerque, engenho Monjope e Tamataupe, e de Maria Arcanja Carneiro da Cunha. O seu casamento foi arranjado pelo seu pai, assim que ela nasceu, para que sua riqueza permanecesse na família e seu sobrenome não se perdesse, a menina foi prometida ao próprio tio, 20 anos mais velho; enviuvou aos 38 anos. Pais de Maria Arcanja Carneiro da Cunha, única, nascida em 1857 e falecida em 1867. No seu engenho Monjope recebeu D. Pedro II e sua comitiva onde jantaram e pernoitaram em 1859, quando Sua Majestade se dirigia às trincheiras do Tejucupapo, "para render homenagem, no próprio sítio, ao valor da mulher pernambucana". A escravaria do Barão de Vera Cruz era numerosa e "mantinha uma banda de música". Proprietário dos engenhos: Monjope/Igarassú; São Caetano/Cabo de Santo Agostinho; São João/Itamaracá
Proprietário/Morador/Rendeiro: Vicente Antonio Novelino - Seculo XX – No início do século XX (1903-4), o engenheiro italiano Vicente Antonio Novelino, compra Monjope, promove melhorias e volta a fabricar açúcar. Sem ter como concorrer com as novas usinas, que produzem mais por preços mais baixos, Novelino começa se dedicar aos subprodutos da cana: a aguardente (Monjopina), vinagre, etc.

115.    Engenho Monte Alegre/ Macaparana - Capela do engenho Monte Alegre no inventário de bens culturais e naturais da mata norte de Pernambuco
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Alves Pereira de Lyra - Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues FR-2902.

116.    Engenho Monte Alegre/Catende
Proprietário/Morador/Rendeiro: Serafim Roiz Lima
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Catende - Proprietária dos engenhos: Água Branca de Uraba/Quipapa; Bálsamo da Linha, Corubas/Jaqueira; Bálsamo das Freiras//Lagoa dos Gatos; Bamborel, Bela Aurora, Boa Sorte, Cana Brava, Harmonia, Milagre da Conceição, Monte Pio, Niterói, Ouricuri, Tabaiaré/Catende; Campinas, Capricho, Esperança. Granito/Palmares; Espírito Santo, Mangueira, Mãozinha, Palanqueta, Pastinho, Pasto Grande, Piragibe ou Piragybe, Pirangy ou Pirangi, Porto Seguro, Souza, Veloz, Venturoso, Vida Nova/Água Preta; Curupaiti ou Curupaity /Xexéu; Limão, Urucú ou Urussú/Escada; Monte Alegre/Gameleira; Paudalho/Paudalho; Santa Cruz/Rio Formoso.
Ocupado pode sem terras. Extrato de Laudo de Avaliação para fins de Reforma Agrária. Processo/ INCRA/SR-03/PE/N°54140.001248/2006-16. Imóvel: engenho Harmonia, Ousadia, Permanente, Flor do Dia, Ilha Formosa, Retiro e Monte Alegre /Catende e Palmares. Área registrada (Ha): 1.827,0000. Exploração predominante: agricultura (cana-de-açúcar).

117.    Engenho Monte Alegre/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: Custódio de Oliveira Cavalcante - Proprietário dos engenhos: Monte Alegre e Poço Capibaribe/Goiana.

118.    Engenho Monte Caseiro/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Silvério Marques Bacalhau - Dr. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues FR-859. Proprietário dos engenhos: Monte Caseiro/Palmares e Carnaúba/Nazaré da Mata.
Ocupado pode sem terras. Extrato de Laudo de Avaliação para fins de Reforma Agrária. Processo/ INCRA/SR-03/PE/N°54140.002780/2005-70. Imóvel: Engenho Monte Pio, Canto Flor, Curupaiti, Pernambuco, Tabaiaré, Santa Luzia, Lagêdo, Campinas, Sumidouro, Piraua, Boas Novas, Monte Caseiro, Capricho, Independência ou Jatobá e São Francisco/Catende, Água Preta e Palmares. Área registrada: 7.315,9200 Ha. Exploração predominante: agricultura (cana-de-açúcar).

119.    Engenho Monte Claro/Nazaré da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Antonio da Costa Azevedo - Coronel. Filho de Matias Alves Ferreira, EngenhoTrapuá/Nazaré da Mata. Pai de Domingos Ferreira de Souza Azevedo, que é o pai de Antônio Ferreira da Costa Azevedo. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-791. Rendeiro do engenho Diamante, junto com o irmão, e proprietário do Monte Claro/Nazaré da Mata

120.    Engenho Monte D'Ouro/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

121.    Engenho Monte Pio/Catende
Proprietário/Morador/Rendeiro: Candido José Cardoso da Fonte - Casado com Maria da Conceição Mesquita da Fonte. Com fotografia na Coleção Francisco Rodrigues FR-06684. (Filismina Alves Maciel e Maria da Conceição Mesquita da Fonte). Proprietário dos engenhos: Monte Pio/Catende; Clacituba, São José e Santo Antônio /Sirinhaém

122.    Engenho Monte Pio/Catende
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Batista Soares da Fonseca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Catende - Proprietária dos engenhos: Água Branca de Uraba/Quipapa; Bálsamo da Linha, Corubas/Jaqueira; Bálsamo das Freiras//Lagoa dos Gatos; Bamborel, Bela Aurora, Boa Sorte, Cana Brava, Harmonia, Milagre da Conceição, Monte Pio, Niterói, Ouricuri, Tabaiaré/Catende; Campinas, Capricho, Esperança. Granito/Palmares; Espírito Santo, Mangueira, Mãozinha, Palanqueta, Pastinho, Pasto Grande, Piragibe ou Piragybe, Pirangy ou Pirangi, Porto Seguro, Souza, Veloz, Venturoso, Vida Nova/Água Preta; Curupaiti ou Curupaity /Xexéu; Limão, Urucú ou Urussú/Escada; Monte Alegre/Gameleira; Paudalho/Paudalho; Santa Cruz/Rio Formoso.
Ocupado pelos sem terras Extrato de Laudo de Avaliação para fins de Reforma Agrária. Processo/INCRA/SR-03/PE/N°54140.002780/2005-70. Imóvel: engenho Monte Pio... Área registrada (Ha): 7.315,9200. Exploração predominante: agricultura (cana-de-açúcar). Decreto/06 | Decreto de 13 de outubro de 2006. Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, os imóveis rurais: engenhos:..., Harmonia/Catende-Palmares-Água Preta.

123.    Engenho Monte/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Braz Olavo Carneiro Leão

124.    Engenho Monteiro ou São Pantaleão Monteiro/Recife – O engenho existe desde o século XVI, o situava-se na margem esquerda do Rio Capibaribe, lugar de origem do bairro do Monteiro. Foi vendido, em 1577, a Jorge Camelo e sua mulher, Isabel Cardoso. Em 1593, foi adquirido por Maria Gonçalves Raposo. Em 1606, tinha como proprietário Francisco Monteiro Bezerra, passando a ser conhecido como engenho do Monteiro. No Largo Monteiro, existem, até hoje, a coluna e a mureta, em ruínas, são os últimos resquícios do engenho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Jorge Camelo - Casado com Isabel Cardoso. Adquiriu o engenho em 1577, a Manuel Vaz. Proprietário dos engenhos: Monteiro ou São Pantaleão Monteiro/Recife e Santa Cruz ou Cabeça de Porco /Rio Formoso.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Vaz Viseu - Ficou do lado dos holandeses. Casado com Maria Rodrigues. Vendeu o engenho, em 1577, a Jorge Camelo e sua mulher Isabel Cardoso.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Camello Pessoa - Filho de Nuno Camello e Inês Pessoa, nascido em 1682. Cavaleiro da Ordem de Cristo; Capitão-mor da Várzea e da da Vila de Goiana; Coronel das Ordenanças de Olinda; Administrador das Capelas de N.Sra. Das Angustias do Real Colégio de Olinda; e de S. Pantaleão. Casado com Maria de Lacerda. Proprietário dos engenhos: da Boa Vista/Goiana; Ambrósio Machado, depois Cordeiro/Recife e Monteiro ou São Pantaleão Monteiro/Recife; Riachão do Norte/Escada.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Maria Gonçalves Raposo - Adquiriu o engenho em 1593 a José Camello Pessoa

125.    Engenho Montevidéo/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

126.    Engenho Moreno depois N. Senhora da Apresentação/Moreno – Engenho movido a água e de fogo vivo. Localizado às margens da PE-07, próximo ao entroncamento da BR-232 com a PE-07, distante apenas 3 km da sede do município. A atual casa grande  do engenho foi construída no século XIX, é considerada um dos mais perfeitos solares do Brasil, com características máxima: dois pavimentos, sistema construtivo de elementos portantes em alvenaria de tijolos, planta retangular, estrutura de coberta em madeira e recobrimento em telhas de barro, telhado em quatro águas e um prolongamento para cobrir cômodos salientes, escada interna, piso do pavimento superior em tábuas apoiadas em vigamento de madeira, fachada formada por onze balcões com sacadas de ferro e em série de três, pavimento térreo com parapeito murado. Sua arquitetura assemelha-se com as casas rurais e urbanas de Portugal, daí a denominação de Solar, como são chamadas tais residências em Portugal. A capela do engenho, sob invocação de Nossa Senhora da Apresentação, sem unidade arquitetônica com o sobrado, deve ter sido construída em época diferente, apresenta frontão barroco e fachada neoclássica com sacada de ferro. Ainda compõem o conjunto, as ruínas do que teriam sido a fábrica (área de produção do açúcar) e a moradia dos escravos domésticos. O conjunto edificado do engenho foi catalogado pela FIDEM, no plano de preservação de sítios históricos (PPSH), em 1978.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Álvaro Velho Barreto - Casado com Luisa Nunes. Em 1625 sua viúva vende as terras do engenho a Carlos Frederico Drago.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Carlos Francisco Drago – Comprou as terras do engenho a Luisa Nunes, em 1625, viúva de Álvaro Velho Barreto. Engenho confiscado e vendido aos holandeses e, posteriormente a João Fernandes Vieira Proprietário dos engenhos: Catende/Catende; do Meio/Recife; Moreno/Jaboatão dos Guararapes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Fernandes Vieira – Comprou as terras do engenho a Carlos Francisco Drago. Nasceu em 1610/Funchal/Ilha da Madeira/PT e faleceu em 1681/Olinda, em 1886 seus restos mortais foram descobertos na igreja do Convento de Olinda; em 1942, e foram trasladados para a Igreja de N. Sra. dos Prazeres dos Montes Guararapes/Recife. Filho ilegítimo de Francisco de Ornelas Muniz e uma mulher humilde. Fugiu para o Pernambuco/Brasil, em 1620, com dez anos de idade. Mudou o seu nome de Francisco de Ornelas para João Fernandes Vieira. Trabalhou como auxiliar de açougue; feitor; voluntário da guerra, durante a invasão holandesa, defendendo os portugueses no Forte de São João, 1630. Ficou rico graças aos seus esforços e as doações que recebeu do seu patrão: Affonso Rodrigues Serrão, e pela amizade com o Conselheiro Político e proprietário de engenho o holandês Jacob Stachouwer. Procurador de Jacob stachouver, ficou administrando suas propriedades, com poderes absolutos. Nota:  Até hoje não se sabe se comprou os engenhos ou se tomou posse deles e de todos os outros bens de Jacob Stachouver, após a sua partida de Pernambuco. Em 1639, foi indicado para o cargo de Escabino de Olinda e de Escabino de Maurícia (Recife), 1641/1643. Casou-se, em 1643, com Maria César, filha de Francisco Bereguer de Andrada e de Joana de Albuquerque. Passou a ter o apoio da comunidade luso-brasileira e a confiança do governo holandês (colaborador e conselheiro). Era um dos maiores devedores da Companhia das Índias Ocidentais, com uma dívida, em 1642, estimada em 219.854 florins. Quando a insatisfação dos senhores de engenho de Pernambuco se intensificou, após a partida do Conde Maurício de Nassau, em 1644, Vieira percebendo as vantagens a serem alcançadas com a expulsão dos holandeses, se afastou dos flamengos. Participou da Batalha das Tabocas/Vitória de Santo Antão, em 03/08/1645 e da  Batalha de Casa Forte, no dia 17/08, do mesmo ano. Após a tomada do engenho Casa Forte, Vieira voltou com seus homens ao seu engenho São João/Várzea, e de lá iniciou um sistema de estâncias militares, fortificações onde pudessem estar seguros e guardar pólvora e munições de guerra. Participou das duas Batalhas dos Guararapes, sob o comando do general Barreto de Meneses, nos dias 19/04/1648 e 19/02/1649. Como recompensa pelos serviços prestados na guerra foi nomeado Governador da Paraíba (1655-1657) e lhe concedido o posto de Capitão General do Reino de Angola (1658-1661). Exerceu também o cargo de Superintendente das Fortificações do Nordeste do Brasil, 1661/1681. Vieira encomendou a frei Rafael de Jesus um livro para contar sua vida, exaltando seus feitos. Proprietário de muitos escravos e de 16 engenhos na Paraíba: Ilhetas; Cumaúpam Inhobim ou dos Santos Cosme e Damião, Inhaman; e em Pernambuco: Tibiri de Cima e de Baixo/Rio Formoso; Santos Cosme e Damião, Santo  Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven ou Várzea do Capibaribe, Santa Madalena, Meio, Ambrósio Machado, depois Cordeiro/Recife; São João, Molinote/Cabo de Santo Agostinho; Jaguaribe/Abreu e Lima; São Gabriel/Barreiros; Santo  André, Santana/Jaboatão dos Guararapes; São Francisco/Água Preta, Paulista, Paratibe de Baixo, Maranguape, Paratibe de Cima ou  Riba (depois engenho Paulista)/Igarassu; Abreu/Nazaré da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: Baltasar Rodrigues Mendes - Cristão novo. Casado com Isabel Cabral. Morreu do lado dos holandeses. Devia a WIC. Proprietário dos engenhos: Moreno/Moreno, Embiapecú/São Lourenço da Mata, N. S. da Penha de França, Mariuna/Goiana e Catende e Boa Sorte/Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: João de Barros Rego - Militar. Capitão mor de Olinda e proprietário de terras de Jaboatão dos Guararapes à Tapera. Nasceu em Olinda, Século XVII. Filho de Mathias Vidal de Negreiros e de sua mulher Maria de Freitas. Vereador em Olinda (1668); Juiz Ordinário (1691); Provedor da Fazenda Real (1710). Durante a Guerra dos Mascates participou das batalhas e acabou preso em maio de 1712. Foi um dos chefes do partido da nobreza em 1710-1711. Morreu na prisão (Fortaleza do Brum/Recife), em 1712.  Casado com Maria Magdalena da Silva, filha de João Martins da Costa e Maria José Bezerra. Proprietário dos engenhos: Capim-Assu/Rio Formoso; Estiva/ Amaraji; Camarão/Água Preta; Quilombo, Buscau ou Buscahú, Jaboatão, Pereiras/Jaboatão dos Guararapes;  Xixaim, Pintos/Moreno; Sapucaia/Sirinhaém; e Viagens.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Servaer Carpentier – Holandês. Nascido em Aachen/1599 e falecido em 1646/Recife. Médico; Conselheiro Político e membro do governo holandês no Recife. Abandonou tudo para dedicar-se à vida de senhor do engenho. Em maio de 1637 começam a proceder à venda dos Engenhos de açúcar confiscados, ficando Servaer Carpentier com os denominados Três Paus e Tracunhaem de Cima ou Mossombu/Goiana por 60000 florins pagos em prestações, segundo F. A. Pereira da Costa nos Anais Pernambucanos.. Obrigado a voltar ao Recife, pela Insurreição Pernambucana, 1645, vem a falecer no ano seguinte, sendo sepultado na Igreja do Corpo Santo. Curiosidades: Companhias de Burgueses - Pelo nosso lado tratamos de nos fazer forte o mais possível. Em primeiro lugar fizemos registrar de novo os moradores do Recife e depois também os de Antônio Vaz. Os do Recife, somando pouco menos de 500, fizemo-los dividir em 04 companhias, subordinadas a um coronel, três capitães, um capitão-tenente e demais oficiais. Serão suficientes para garantir o Recife quando o exército estiver em campanha, visto que uma grande parte dos nossos burgueses são antigos soldados. Os oficiais que os comandam são os seguintes: Coronel: Sr. Servaes Carpentier Capitães: Joost van den Bogaert, Abraham Tapper, secretário do Conselho Político e Samuel HaltersCapitão-tenente: Allard HolTenentes: Bartholomeus van Ceulen, Jacob Coets s Matthys BeckAlferes: Willem Negenton, Hugo Graswinckel, Gillis van Luffelen e Hubert Cloet. Proprietário dos engenhos:Moreno depois N. Sra. da Apresentação/Moreno; Três Paus. Tracunhaem, Tracunhaem de Cima,  Mussumbu ou Mussubú/Goiana; Nossa Senhora da Conceição/Jaboatão dos Guararapes; Rio Formoso/Rio Formoso.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Duarte Dias Henrique - Após a sua morte e da sua mulher o engenho passou a pertencer, em 1657, a Condessa de Penagião (titular da Casa dos Sá e Menezes). O Atas do Alto Conselho do Recife escreve Baltazar Moreno (1642) como comprador de N. Senhora da Apresentação de um Duarte Dias Henrique, “cujos herdeiros, Condessa de Penaguião, residiam em Castela”, e pela soma descomunal de 120.000 florins, mediante vinte prestações vencíveis por ocasião das safras. Consta, aliás, da referida Ata que o ladino Baltazar apenas efetuara os primeiros pagamentos. Devido à ausência dos proprietários e à ocupação, continuava devedor. O único meio de regularizar sua posição era propor à Companhia entregar-lhe o engenho para, a seguir, readquiri-lo em termos mais vantajosos. Com a entrega do engenho N. Senhora da Apresentação, não só reduzia Baltazar Gonçalves Moreno consideravelmente o preço, prevalecendo-se do seqüestro pela mesma decretada das propriedades de ausentes, como se habilitava a recorrer aos créditos que a Companhia vinha estendendo para a recuperação dos engenhos.  Após a expulsão dos holandeses, o engenho voltou para os herdeiros de Duarte Dias Henrique.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Luiza Maria de Faro - Condessa de Penaguião. Fidalga lisboeta, viúva do 3º Conde de Penaguião (titular da casa dos Sá de Meneses), irmã do 6º Conde de Atouguia, que foi nomeado Govenador do Brasil, em 1654, e sogra do General e Mestre de Campo Francisco Barreto - O Restaurador-  que foi governador de Pernambuco (até 1657). Herdeira de sua filha e do genro Duarte Dias Henrique. Fidalga lisboeta. Com a expulsão dos holandeses o engenho foi confiscado pela Coroa portuguesa dos herdeiros de Duarte Dias, que moravam na Espanha e o doado ao Conde de Penaguião, como pagamento de dívidas do rei D. João VI. Em 1689, a Condessa de Penaguião vendeu o engenho a João de Barros Rego.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Baltasar Gonçalves Moreno - Cristão novo. Rendeiro ou administrador do engenho Moreno, permanecendo à frente da propriedade sob o regime holandês, de quem era aliado; devia a WIC. Proprietário do engenho Moreno/Jaboatão dos Guararapes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Rodrigues Campelo – Mascate. Vianense. Trocou o engenho Moreno pelo engenho Torre com João de Barros Rego, em 1714. Curiosidades: Requerimento feito por Antônio Rodrigues Campelo e demais interessados, nº 2504, de 18/02/1717, ao rei D. João VI, solicitando o não pagamento dos direitos de fábricas de navios novos no Brasil. Proprietário dos engenhos: Torre ou Marcos André/Recife; Moreno depois N. S. da Apresentação/Moreno.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Domingos Bezerra Cavalcanti - Capitão-mor de Jaboatão dos Guararapes. Em 1749, recebeu, por carta de sesmaria do governador Marcos de Noronha, duas léguas de terras, pagando foro de 6000 réis por légua, que veio a transformá-lo em respeitável latifundiário, todos, na época pertencentes a jurisdição de Santo  Amaro do Jaboatão dos Guararapes o que lhe dava rude autoridade sobre seus moradores. Em 1752, foi convidado a apresentar os títulos de suas terras e como não pudesse satisfazer plenamente as exigências do ouvidor de Pernambuco, João Bernardo da Gama, suas propriedades foram confiscadas e sensivelmente diminuídas. Proprietário dos engenhos: Catende/Catende, Laranjeiras/Palmares, Moreno/Moreno, São João Batista/ Itamaracá
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joaquim de Sousa Leão - Barão (Dec. 09.08.1884) e Visconde (Dec. 10.04.1867) de Campo Alegre. Major Comandante de Secção de Guerra da Guarda Nacional; Comendador da 1ª Ordem da Rosa e da Real Ordem de Cristo e de N. S. da Conceição de Vila Viçosa de Portugal. Nasceu em 1818/Pernambuco e faleceu em 1900. Filho do Tenente-Coronel Filipe de Souza Leão e de Rita de Cássia Pessoa de Mello. Casou-se com sua prima Francisca de Souza Leão, filha do Comendador Antonio de Paula de Souza Leão e de Teresa Victorina Bezerra da Silva Cavalcanti. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues FR: 2563; 2558; 2561; 2564; e 3676.  Proprietário dos engenhos: Moreno depois N. Sra. da Apresentação, Brejo/ Moreno, Algodoáis, Bom Fim; Caramurú, Santa Fé/Água Preta; Gaibú, Ilha das Cobras, Serraria, Tirirí, Boa Vista, Jurissaca/ Cabo de Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joaquim Pereira Viana - Coronel. Comprou o Engenho em 1823. Sogro do Tenente-Coronel Felipe de Souza Leão. Os herdeiros de Joaquim Pereira Viana venderam o engenho ao primo Antônio de Sousa Leão, por estarem endividados.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Luiz Felipe de Souza Leão - Senador do Império. Nasceu em 1832 e faleceu em 1898. Casado em 1ª núpcias com Maria Anunciada Alves da Silva e em 2ª com Maria Luiza. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues FR: 4828; 2578; 2574; 05209; 05207; 4817; 2123; 2705; 3661; 2575; 2579; 2581; 2582; e 4826. (Maria Carolina de Souza Leão, filha. Maria Luiza Figueiredo Souza Leão; João Felipe de Souza Leão; Izabel Augusta de Souza Leão; Miguel Felipe de Souza Leão – Bacharel, 1847; Figueiredo Souza Leão). Proprietário de 08 engenhos: Catende, antes Milagre da Conceição/Catende, Pitimbu/Cabo de Santo Agostinho, Carnijó/Jaboatão dos Guararapes; Moreno depois N. Sra. da Apresentação, Brejo, Viagens, Xixaim, Bom Dia, Tapera /Moreno;
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antonio de Paula Sousa Leão - Barão de Moreno, 1870. Alferes do Regimento de Cavalaria Ligeira de 2ª linha, em 1829; Juiz de Paz e Presidente da Câmara Municipal do Jaboatão dos Guararapes (Partido Liberal); Comendador da Rosa e da Imperial Ordem de Cristo; Dignitário da Imperial Ordem da Rosa. Nasceu em 1808/Engenho Tapera. Filho do Tenente-Coronel Felipe de Sousa Leão e de Cássia Pessoa de Melo. Assassinado o pai, em 1832, por um trabalhador, o Barão, o mais velho dos 14 órfãos, passou a cuidar da família. Só depois que encaminhou os irmãos, julgou-se habilitado a casar: 1ª núpcias com Maria Leopoldina de Souza Leão, em 1854, e em 2ª núpcias com Maria Amélia de Pinho Borges, a Baronesa de Morenos, filha do Barão de Pinho Borges, em 1864. Foi um dos cinco encarregados dos preparativos da recepção a S. S. M. M. I. I. , em 1859, e incumbido da hospedagem em palácio (Recife). Por testamento do Barão, passou o Engenho Moreno ao segundo filho varão – Joaquim –, que tinha apenas onze anos. Por motivo de doença, Joaquim de Sousa Leão transferiu-o (1900) à sua mãe, pela módica soma de 200 contos. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues FR: 2544; 3664; 3643; 3644; 2540; 2541; 3667; 3665; 3668; 3669; 2543; 2546; e 1896.  Proprietário dos engenhos: Catende, antes Milagre da Conceição/Catende; Gurjaú de Baixo e de Cima, Carnijó/Jaboatão dos Guararapes; Morenos, Brejo, Bom Dia, Xixaim, Viagens, Cumaru/Moreno e Brejo; Pitimbu e  Jurissaca/Cabo de Santo Agostinho
Ocupado pelos sem terras em 27/07/97

127.    Engenho Moribara/ São Lourenço da Mata - Segundo documentenção holandesa o engenho Moribara era movido a água
Proprietário/Morador/Rendeiro: Bento Dias Santiago - Cristão novo. Morador em Pernambuco desde 1565. Mercador de Olinda, 1563; contratador dos dízimos da Capitania de Pernambuco, em 1576 a 1578, 1582 a 1585; nos últimos anos arrematou também os da Bahia. No ano de 1583 obteve uma moratoria de dez dias em seus pagamentos, equivalente aos dez dias suprimidos em Outubro do ano anterior, quando se pôs em vigor o calendário gregoriano.  Proprietário dos engenhos: Moribara/São Lourenço, Camaragibe/Camaragibe. Curiosidades: 13/01/1594. Antônio da Conceição contra Simão Franco. Disse ser crioulo, nascido na cidade do Porto, filho de índio e de negra de Guiné, escravo dos herdeiros de Bento Dias Santiago com os quais já tem contratado que dando ele 90.000 réis por si, fique forro e livre e ora anda ajuntando o dito dinheiro para se forrar, de idade de quarenta e cinco anos residente no Engenho Moribara dos ditos herdeiros de Bento Dias na freguesia de São Lourenço
Proprietário/Morador/Rendeiro: Fernando Soares da Cunha – Capitão-mor da Muribeca e Jaboatão dos Guararapes, por carta patente de 1667 por ter se distinguido na guerra contra os holandeses. Capitão-mor das freguesias da Luz e de S. Lourenço. Casado com Brites Manelli. Proprietário dos engenhos: Tiúma, Moribara/São Lourenço; Guerra, Muribeca e Tiúma/Jaboatão dos Guararapes. Curiosidades: Em 1648 foi criada uma capitania-mor em Muribeca sendo provido nos respectivos postos de capitão-mor Bernardo Marques de Pina por patente dos mestres de campo de governadores João Fernandes Vieira e André Vidal de Negreiros, lavrada a 20 de março. A este cargo foi depois anexada a vizinha paróquia de Santo Amaro de Jaboatão dos Guararapes como consta da nomeação de Fernando Soares  da Cunha para o posto de capitão-mor das freguesias de Muribeca e Jaboatão dos Guararapes, por carta patente de 1667 por ter se distinguido na guerra contra os holandeses.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco de Barros - Curiosidades: [Capitania de Pernambuco] Confissão de Manuel de Leão, cristão velho, 07/02/1594. Disse ser cristão velho, natural de Alcácer do Sal, do Arcebispado de Évora, filho de Francisco Gil, homem branco que vivia por sua fazenda e de sua mulher Isabel Leça, mulher parda, esteireiro que não usa o ofício, de idade de 49 anos, casado com Guimar Carvalha, cristã velha no dito Alcácer do Sal, vaqueiro de Francisco de Barros e na sua fazenda morador, na Moribara, freguesia de São Lourenço.

128.    Engenho Morojó/Nazaré da Mata - A construção deste engenho foi iniciada em 1612. A capela e a casa grande (do tipo solar - escada interna, pequeno alpendre e pavimento térreo menor que o superior) do engenho foram construídas no século XIX. A capela constituída no século XVIII, com duas galeras fechadas, , uma de cada lado da nave; é nessas galerias que se localizam as escadas de acesso ao coro e ao púlpito. As capelas contíguas às casas grandes sempre têm essas galerias com dois pavimentos. Para se chegar ao engenho pegar o entroncamento da BR-408 com a PE-059 seguindo pela PE-059, estrada pavimentada e em bom estado de conservação; após 5 km tomar à direita, a estrada do Morojó, não pavimentada e em regular estado de conservação;
Proprietário/Morador/Rendeiro: Amaro Gomes da Costa Rabelo – Tenente Coronel de Milícias de Brancos da Capital; Cavalheiro da Ordem de Cristo. Fez parte das Academias do Cabo de Santo Agostinho e Paraíso. Foi o mais forte e abnegado apóstolo da República e mereceu por isso a consideração do alto cargo de General. Casado com Ignácia Xavier da Cunha Coutinho Carneiro de Albuquerque, filha de Ignácio Xavier Carneiro de Albuquerque e Joana Coutinho Carneiro de Albuquerque. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues: FJN Nºs: 3.832, 4.376, 4.377, 4. 378; FJN 3833-4379. Pai de Amaro Gomes da  Cunha Rabello Júnior, Poeta. A tradição familiar indica que o velho Amaro Gomes teria passado tempo em Minas Gerais, junto a parentes seus, de onde voltara bastante rico. Proprietário dos engenhos: Araripe do Meio/Itamaracá, Tracunhaém, Jardim, Camorim, Sipoal, Morojó, Taquara, Tabajara, Tabira, Camorim, Merecê (depois Salvador) e Tabayê/Goiana e Bonito/Nazaré da Mata; Camila/Paudalho.  Curiosidades: Diário de Pernambuco na História. Há 150 anos. Sexta-feira, 15 de julho de 1859 - Guarda Nacional - Por decreto de 18, 28 de junho e 2 de julho do corrente foram nomeados: o Dr. José Inácio da Cunha Rabelo, tenente-coronel chefe do estado maior do comando superior da Guarda Nacional do município de Goiana, da província de Pernambuco. O capitão João Alves Ribeiro da Cunha, tenente coronel comandante do 5º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional da província de Mato Grosso.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Walter da Costa Pôrto, neto de Dona Lalú, do engenho Morojó/Nazaré

129.    Engenho Moscou/Bonito
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Serro Azul - A Usina chegou a possuir 22 Engenhos: Vista Alegre/Escada; Almirante, Cá-Me-vou ou Camevou, Canário, Mágico, Mutuns, Penderaca, Riachuelo, Serro Azul, Verde, Camevouzinho/Palmares; Liberdade/Sirinhaém; Mearim, Moscou/Bonito; Pará/Ipojuca; Tambor/(?); União/Aliança; Aratinga; Fertilidade; Aliança e Barra do Dia

130.    Engenho Mossuípe/(?)
Proprietário/Morador/Rendeiro: Miguel Ribeiro

131.    Engenho Mouco/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: Lourenço de Sá Cavalcante de Albuquerque - Barão de Guararapes Dec. de 8/3/1880 e Visconde (Dec. 08.03.1880). Nasceu em Pernambuco, falecendo em  1897/Recife. Filho de Lourenço de Sá e Albuquerque e Mariana de Sá e Albuquerque. Comendador da Imperial Ordem da Rosa. Casado com Cândida Ernestina Paes Barreto (de Sá e Albuquerque) , Viscondessa de Guararapes,  nascida em 1825 e falecida em 1906, filha do Capitão-Mor Francisco Paes de Melo Barreto e Ana Vitória Coelho da Silva. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues FR: 2317; 2318; 2320; 2321; 2322; 3637; 3641; e 3642. Proprietário dos engenhos: Guararapes/Jaboatão dos Guararapes; Mouco/Goiana; Santo Estevão e Velho antes chamado Madre de Deus/Cabo de Santo Agostinho.

132.    Engenho Muitas Cabras/Barreiros
Proprietário/Morador/Rendeiro: Estácio de Albuquerque Coimbra - Nasceu em/1872/ engenho Tentugal/ Barreiros. Filho de João Coimbra e de Francisca de Albuquerque Belo Coimbra, do engenho Tentugal. Formado em Direito pela Faculdade de do Recife, em 1892 com apenas 20 anos de idade. Junto a seu pai, exerceu advocacia em Barreiros, Rio Formoso e Água Preta. Casado com Joana de Castelo Branco Coimbra (04 filhos), do engenho Morim, onde Coimbra passava os fins de semana. Posteriormente, o local se transforma na Usina Central de Barreiros: um dos pontos de referência da indústria açucareira do Estado. Deputado Estadual, 1895; fez parte das Comissões de Justiça e Finanças; em 1899 é eleito Deputado Federal; acumula as funções de Deputado Federal e Estadual (1907), onde consegue a instalação de uma linha férrea para o Recife, e a construção de uma ponte metálica sobre o rio Uma/Barreiros; em 1911 é eleito Presidente da Assembléia assumindo, o governo de Pernambuco, por 60 dias, devido a renúncia do Antônio Pernambucano; reeleito Deputado Federal, 1915 a 1922; Ministro da Agricultura; Vice-Presidente da República (1922-1926), e assumiu também a presidência do Senado e do Congresso Nacional. Após a Revolução de 1930, embarca em um rebocador com os seus assessores. Vai para Maceió e, de lá, para Salvador, onde toma conhecimento do triunfo da revolução e da demissão de Washington Luís, o Presidente da República. Sem maiores alternativas, o governador embarca para Lisboa, onde se exila por quatro anos, acompanhado de seu fiel amigo Gilberto Freyre. Somente em 1934, em decorrência de uma anistia, Estácio Coimbra abandona o exílio. Ele retorna ao Engenho Morim, semantendo  afastado da política até a data do seu falecimento: 09/11/1937. Proprietário dos engenhos: Gindhy/São José da Coroa Grande e Morim, Muitas Cabras, Goitasinho/Glória do Goitá; Tentugal, Grande, Macapá Velho, Manguinhos, Tentugal/Barreiros e a Usina Central Barreiros/Barreiros.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joana de Castelo Branco Coimbra - (Sinházinha Dondon). Herdeira de Francisco Paes Barreto Ferrão Castelo Branco. Filha do Coronel Francisco Paes Barreto Ferrão Castelo Branco. Casada com Estácio de Albuquerque Coimbra. Proprietária dos engenhos: Muitas Cabras, Macapá Velho, Morim e Manguinhos/ Barreiros
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Manuel de Barros Wanderley - Barão de Granito agraciado com o título (Dec. 25.03.1888). Advogado e político pernambucano. Proprietário de terras em Ipojuca, Rio Formoso e Serinhaem/PE. Nascido em 1842/Serinhaem e falecido em 1909/Recife. Filho de Cristovão de Barros Wanderley e Feliciana de Barros Wanderley. Casado com Maria da Conceição de Barros Wanderley, nascida em 1857 e falecida em 1910, Baronesa de Granito. Bacharel em Direito pela Faculdade de Recife, 1866. Deputado Provincial e Presidente da Assembléia Legislativa de Pernambuco. Alforriou todos os seus escravos, antes da Lei Áurea, entendendo ser melhor o exemplo que partisse de dentro de casa. Reconhecido por sua atitude liberal, caráter irretocável, firmeza de princípios e liderança política, achou por bem o Imperador D. Pedro II lhe conferir o título de “Barão do Granito” em Decreto Imperial de 25/03/1888. Dois argumentos eram defendidos por José Manuel  de Barros Wanderley para acelerar a libertação de seus escravos: o trabalho livre, isto é, o assalariado, produzia muito mais que o escravo; e que todos os homens possuem direitos naturais à liberdade e à igualdade, logo a escravidão feria à Bíblia e à Constituição Brasileira, pois estas estavam baseadas em princípios fundamentalmente liberais. Com fotografias na Coleção Francisco Rodrigues; FR-05554. Proprietário dos engenhos: Belém, São Sebastião, Jaguaré, Camela, antes São Jerônimo/Ipojuca; Mariana/Sirinhaém; Muitas Cabras/Barreiros; Palma/Sirinhaém, Catuama/Palmares; e Dois Braços/Água Preta; Catende e Catuama/Barreiros

133.    Engenho Muitas Voltas/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

134.    Engenho Mulinote/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Paes Barreto – Capitão mor do Cabo de Santo Agostinho; 7º e último morgado do Cabo de Santo Agostinho; Presidente da Província; líder monarquista em Pernambuco; Armeiro-Mór; Grande do Império; Grã-Cruz da Imperial Ordem do Cruzeiro e do Conselho de S. Majestade. Fundador das Academias Paraíso, Apostolado e do Cabo de Santo Agostinho. Visconde grandeza e Marques de Recife. Nascido em 1779/Engenho Velho/Cabo de Santo Agostinho e falecido em 1848/Recife. Filho do Mestre de Campo Estevão José Pais Barreto e de Maria Isabel Pais Barreto. Casou com Teresa Luiza Caldas Barreto. Ficou preso durante 04 anos na Bahia e, ao ser libertado, voltou para a linha de frente, sendo novamente vencido e enviado prisioneiro para Portugal; em liberdade, voltou a Pernambuco e entrou em rota de colisão com os antigos camaradas, durante a Confederação do Equador. Nomeado, pelo imperador Dom Pedro II, 1º governador de Pernambuco, agiu com prudência e determinação, quando o conflito se afigurava prolongada guerra civil.  Sufocada a Confederação do Equador, encerrou ali sua vida a serviço da nacionalidade brasileira, depois de propor rendição honrosa para os revolucionários. Consagrado para a história como Marquês do Recife e Benemérito da Pátria; firmou sua marca de idealista que, mesmo sem deixar escritos, deve ter influenciado Joaquim Nabuco. Proprietário dos engenhos: Junco, Jurissaca, Mulinote, Velho Velho antes chamado Madre de Deus/Cabo de Santo Agostinho.

135.    Engenho Mumbuca/Palmares - O engenho tem 290 Ha de área cultivados, dos quais 10 ha  são irrigados.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

136.    Engenho Mundo Novo/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Alves Silva - Casado com (?)Josephina Ferreira Alves da Silva. Proprietário do engenho Arariba de Cima/Cabo de Santo Agostinho e rendeiro do Mundo Novo/Cabo de Santo Agostinho

137.    Engenho Mundo Novo/Buenos Aires
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 2001. Desapropriado

138.    Engenho Mundo Novo/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: José da Cunha Rabelo - Dr. Bacharel em Direito em 1898, Deputado Estadual, Federal, Senador Estadual, e Prefeito de Goiana. Faleceu em1921/Goiana. Filho do Cel. Amaro Gomes da Cunha Rabello e de Ignácia Xavier da Cunha Coutinho Carneiro de Albuquerque. Casado com Ana Catharina de Moraes Pinheiro. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues; FR-3823; 3825; 3829; 4392; e 4393. Proprietário dos engenhos: Jardim, Tabayê ou Tabairé, e co-proprietário do Humaytá e Mundo Novo/Goiana; Ilha das Cobras/Cabo de Santo Agostinho.

139.    Engenho Mundo Novo/Panelas
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Pedro de Souza

140.    Engenho Mundo Novo/Rio Formoso
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco da Rocha Pontual - Capitão. Nascido em 1791/PT e falecido em 1872/Recife. Filho de João Manuel Alves Pontual e de Teresa da Silva Vieira Rocha, nascida em 1811/Pernambuco e falecida em 1886, filha de Manuel  Gonçalves Pereira de Lima e de Anna Joaquina da Silva. Irmão de Antonio dos Santos Pontual - Barão de Flecheiras e de Bernardino de Senna Pontual - Barão de Petrolina. Casado com Anna Gonçalves Pereira de Lima, filha de Manuel Gonçalves Pereira de Lima e Anna Joaquina da Silva; 08 filhos: João, Francisco, José, Thereza, Antônio, Anna, Manuel  e Adelina da Rocha Pontual. Com fotografias: Col. Francisco Rodrigues FR: 3799; 4275; 3800; 4277; 4278; e 4276. (Francisca da Rocha Pontual). Proprietário dos engenhos: Mundo Novo/Rio Formoso; Animoso, Guloso e Teimoso/Amaraji; rendeiro dos engenhos: Coelhas e Palma/ Serinhaem/Amaraji.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Guerra -  Rendeiro do engenho Mundo Novo 
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco da Rocha Wanderley Lins – Major. Casado com Maria Manuel a de Barros Wanderley, batizada em 1856/Serinhaem e falecida em 1888. Proprietário dos engenhos: Coelhas e Palma/Sirinhaém e Mundo Novo/Rio Formoso; Jaguaré e São Jerônimo ou D. Camella/Ipojuca
Ocupado pelos sem terras em 1998. INCRA

141.    Engenho Muntunhos/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina 13 Maio
Ocupado pelos sem terras em 26/05/97

142.    Engenho Mupam ou Mupú/ Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Thomé de Jesus – Delegado; Capitão. Antigo Engenho de bois. Herdeiro do engenho: Gerôncio Dias de Arruda Falcão. Proprietário dos engenhos: Noruega e Mupam ou Mupú/Cabo de Santo Agostinho. Curiosidades: Há 150 anos - Sexta-feira, 23 de junho de 1848. Interior.  Correspondência do Diário de Pernambuco. - Vitória, 19 de junho de 1848. - (Continuação). À tarde, pelas 4 horas, retirou-se desta cidade para seu Engenho Noruega, deixando-nos bastante saudosos, o delegado Manuel  Thomé de Jesus, dizendo que tinha necessidade de ir à sua casa, da qual já estava fora, havia 15 dias, e recomendando ao comandante do destacamento, o alferes Reinaud, que fizesse manter a paz, não consentisse nos ajuntamentos intitulados meetings, e prendesse à sua ordem a qualquer indivíduo que insultasse a outro, Hoje, porém, propalou-se aqui uma notícia desagradável, e que bem mostra o estado de miséria, de insubordinação, de desrespeito e de anarquia a que estamos reduzidos, e é que, na mata do Engenho Pimenta, o capitão Lourenço Carneiro da Silva, aquele mesmo que com 114 homens correu das Urubas, com 40 homens, ali postados de ante-mão, dirigio fortes ataques ao delegado Manuel  Thomé de Jesus, que, como já disse, ia de retirada para o seu Engenho Noruega; e perguntando-lhe o delegado com que ordem tinha reunido ali aquela gente, e para que fim, respondeu o tal capitão que por sua própria ordem, pois que era subdelegado do lugar, e que era para desarmar a ele delegado, e a sua gente, caso trouxesse consigo pessoas armadas; (...).
Proprietário/Morador/Rendeiro: Gerôncio Dias de Arruda Falcão - Bacharel em 1871. Casado com (?) Francisca Dias de Arruda Falcão. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-1850. Herdou o engenho de Manuel  Thomé de Jesus. Proprietário dos engenhos: Noruega, Dois Leões, Mupam/Cabo Santo Agostinho; Dois Braços de Cima e da Usina Mussú/Escada. Curiosidades: “O Dr. Gerôncio Dias de Arruda Falcão fazia questão de dirigir, de sua cadeira de balanço, de patriarca antigo, o preparo dos quitutes mais finos para a mesa imensa da casa grande  - quase um convento - que herdou do Capitão Manuel Tomé de Jesus, lembrando à cozinheira um tempero para não ser esquecido, insistindo por um molho mais espesso no cozido ou por um arroz mais solto para acompanhar a galinha, recordando às senhoras da casa, as lições de ortodoxia culinária guardadas nos velhos livros de receitas da família.”
Proprietário/Morador/Rendeiro: André Dias de Arruda Falcão - Casado co Bertha de Arruda Falcão. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-1828

143.    Engenho Muribara ou Moribara/São Lourenço da Mata - O engenho foi comprado aos holandeses por André Soares da Cunha, depois de confiscado de Gabriel Soares. Engenho sob a invocação de N. Senhora das Flores;  movido a água, mas de fogo morto.
Proprietário/Morador/Rendeiro: André Gomes Pina – Curiosidades: A antiga Ilha Cheira-Dinheiro, atual pontal do Pina/Recife, cujas terras pertenciam a André Gomes Pina, rico cristão-novo que lá se instalou pela proximidade da Sinagoga no Bairro do Recife.
Proprietário/Morador/Rendeiro: André Soares da Cunha - Natural de Viana. Filho de Diogo Soares da Cunha, irmão de Fernão e Gabriel Soares da Cunha - ficou do lado dos holandeses. Engenho movido à água e de fogo vivo. Um documento holandês de 1637 relaciona André Soares como Proprietário dos engenhos: Grujaú e Penanduba/Jaboatão dos Guararapes. Proprietário dos engenhos: Penanduba, Gorjaú/Jaboatão dos Guararapes e Moribara/São Lourenço.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Gabriel de Pinha – Encontrava-se ausente do engenho durante a invasão holandesa
Proprietário/Morador/Rendeiro: Ana Emilia Correia de Araújo – Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues FR: 699; 2341; 2342; 689; 2475 (Deolinda Cavalcanti Carneiro da Cunha).
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Soares Canha - (Canga). Durante a invasão holandesa ficou do lado dos holandeses. Proprietário dos engenhos: Muribara/São Lourenço da Mata e Sibiró de Baixo/Ipojuca.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joaquim Correia de Araújo - Advogado, formou-se no Recife (1864). Prof. da Faculdade de Direito do Recife; Deputado Federal; Conselheiro do Império; Presidiu a Província de PE, de 1796 a 1899, amparou a indústria açucareira, que vinha enfrentando enorme crise com a abolição da escravatura e a concorrência do açúcar estrangeiro; obteve da Santa Sé o título de Conde Correia de Araújo. Casou-se em 1ª núpcias com sua sobrinha Ana Correia de Araújo e em 2ª núpcias, em 1901 com Gasparina Amabilia dos Santos, viúva de Pedro Correia de Araújo (irmão de sua 1ª esposa). Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues FR: 698; 2340; 712; 2343.  (Manuel  Joaquim Correia de Araújo). Proprietário dos engenhos: Pantorra/Cabo de Santo Agostinho e Muribara/São Lorenço da Mata.

144.    Engenho Muribeca ou Novo/Jaboatão dos Guararapes - A data simbólica da fundação de Muribeca é 20/09/1577, data em que Brites Mendes de Vasconcelos, viúva de Arnau de Holanda (1º proprietário de terras na região) vendeu o engenho Santo André – de fogo vivo e corrente a João Paes, por 35.000 cruzados, reservando uma parte das terras da sesmaria doada ao seu marido, onde fundou o engenho Novo da Muribeca, em 1577. Do texto da escritura de venda engenho, nota-se a existência na localidade de algumas casas de moradores, “vindo daí a povoação e futura vila de Muribeca”. A povoação de Muribeca vem, pois, da segunda metade do século XVI, anterior à da cidade de Jaboatão dos Guararapes, em 1577, pode ser considerada a data simbólica da fundação de Muribeca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Arnau Florentz Holanda – Nascido em 1515/Utrecht/Holanda e falecido em 1614/Olinda, filho de Margaretha Florentz e Hendrick Van Holland, Barão de Rhijnsburg; possuía o título de Barão de Theorobonet. Veio para Pernambuco com Duarte Coelho em 1535. Casado com Brites Mendes de Vasconcelos, “A velha” nascida em 1525/Lisboa/PT e falecida em 1620/Olinda. Nasceu em Lisboa/PT, suposta filha bastarda do infante D. Luiz, filho do Venturoso, foi “criada” da Rainha D. Catharina. Conforme Antonio José Victoriano. Borges da Fonseca em seu livro Nobiliarquia Pernambucana, de 1748, numa referência a Brites Mendes de Vasconcelos, diz que a Rainha D. Catarina, mulher de El-Rei D. João III, “a entregara a D. Brites de Albuquerque quando passou à Pernambuco em companhia de seu marido o Donatário Duarte Coelho, recomendando-lhe a sua acomodação, ao que generosamente satisfizera D. Brites de Albuquerque, casando-a com Arnau de Holanda e dando-lhe em dote muitas terras, nas quais fundou muitos engenhos.” Proprietário dos engenhos: Copissura/Goiana; Santo André e Muribeca ou Novo/Jaboatão dos Guararapes; Goiana (2) /Goiana.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Cristovão de Holanda Cavalcanti - Capitão-Mór. Falecido em 1614/Olinda. Filho de Arnaud de Holanda e Brites Mendes de Vasconcelos. Casado com Catarina de Albuquerque, filha de Filipe Cavalcanti e Catarina Albuquerque, filha de Jerônimo de Albuquerque. O casal teve 11 filhos. Deles descendia, em linha direta, o primeiro cardeal brasileiro e sul-americano Dom Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti, que ergueu a capela N. Senhora do Bom Sucesso, em 1739. Proprietário dos engenhos: Fortaleza/Paudalho; Muribeca ou Novo/Jaboatão dos Guararapes e Torre ou Marcos  André/Recife.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Peres - Em 20.09.1577, a lisboeta, D. Brites já viúva de Arnau de Holanda, vendeu o Engenho – de fogo vivo e corrente – a João Peres por 35.000 cruzados (14 contos), reservando, porém, para si e o seu filho Agostinho de Holanda, uma parte das terras da concedida sesmaria dada por Duarte Coelho, nas quais construiu o engenho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Fabio Carneiro de Albuquerque Maranhão – Coronel. Curiosidades: 1913-1916 – Cel. Fabio Carneiro de Albuquerque Maranhão – quando prefeito de Jaboatão dos Guararapes instalou o primeiro motor de luz elétrica do município, colocado á Rua Visconde do Rio Branco
Proprietário/Morador/Rendeiro: Felipe Cavalcanti de Albuquerque - Casado com Catarina de Albuquerque, (4 filhos). Nascido em 1520/Florença/Itália. Filho de Giovanni Cavalcanti. Capitão-mor; Coronel das Ordenanças; Sargento mor de Goiana; Fidalgo da Casa Real; Cavaleiro da Ordem de Cristo. Participou de combates contra nativos.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Fernando Soares da Cunha Maranhão – Capitão-mor da Muribeca e Jaboatão dos Guararapes, por carta patente de 1667 por ter se distinguido na guerra contra os holandeses. Capitão-mor das freguesias da Luz e de S. Lourenço. Casado com Brites Manelli. Proprietário dos engenhos: Tiúma, Moribara/São Lourenço; Guerra, Muribeca/Jaboatão dos Guararapes. Curiosidades: Em 1648 foi criada uma capitania-mor em Muribeca sendo provido nos respectivos postos de capitão-mor Bernardo Marques de Pina por patente dos mestres de campo de governadores João Fernandes Vieira e André Vidal de Negreiros, lavrada a 20 de março. A este cargo foi depois anexada a vizinha paróquia de Santo Amaro de Jaboatão dos Guararapes como consta da nomeação de Fernando Soares  da Cunha para o posto de capitão-mor das freguesias de Muribeca e Jaboatão dos Guararapes, por carta patente de 1667 por ter se distinguido na guerra contra os holandeses.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Soares de Albuquerque - Capitão
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Thomaz Pires Machado Portela  - Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-05865
Proprietário/Morador/Rendeiro: Paulo Leitão de Albuquerque - Capitão. Casado com Brites Manelli de Albuquerque, filha de Cap. Manuel Soares de Albuquerque e de Ignez de Mello. Proprietário dos engenhos: Muribeca/Jaboatão dos Guararapes e (?)/Recife = Várzea

145.    Engenho Muriçoca/Sirinhaém - Em 1873, foi legitimada a posse dos engenhos construídos em terra indígenas: S. Pedro, Linda Flor/Gameleira, Cachoeira Alta, Sapé, Santo Antônio/Água Preta, Passagem Velha, Serra d'Agua, Pau Ferro, Bombarda, Boca da Mata, Campina, Murim e Araticum/Barreiros (Pereira da Costa - Ano: 1812. nº da página: 47)
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Manuel Leitão – Co-proprietário

146.    Engenho Murim/Barreiros
Proprietário/Morador/Rendeiro: Alfredo da Silva Loyo – Dr. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-05011.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Alfredo Jerônimo da Silva – Em 1977 vendeu 42,17 ha do engenho para Alfredo Jerônimo da Silva e outra área de 42,1 ha a José Vicente Ferreira.

147.    Engenho Murim/Barreiros – Engenho fundado no século XVIII. As construções existentes contemplam a casa grande, estábulo, banheiro de carrapaticida, estrumeira, moita e casas de moradores, que conservam as linhas arquitetônicas originais. Também se podem observar as ruínas da capela, em frente à casa grande. O engenho Morim foi transformado na Usina Central Barreiros.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antonio da Rocha de Holanda Cavalcante - Barão de Gindaí, agraciado com o título (Dec. 19.11.1888). Nascido em 1830 e falecido em 1903. Filho do Comendador José Luiz de Caldas Lins e de Teolinda da Silveira Lins. Casado com Maria Cluadina de Gusmão Lira, Baronesa de Gindai, falecida em 1903, filha de Francisco Gusmão Lira e de Maria Claudina Lira. Mulher pequenina, talvez não pesasse 40 quilos. Bem humorada, distraia sempre a assistência com os repentes mais imprevistos e engraçados. Júlio Bello dizia que nunca a tinha visto aborrecida, e que era capaz de, em situações sérias, sair-se com um comentário picaresco, que provocava o riso de todos. Seu marido, ao morrer, deixou-a após 50 anos de união. A Baronesa mergulhou numa espécie de pavor, de assombro e surpresa. Após o enterro do Barão, ela caiu com febre alta e quatro dias depois faleceu. Deixou doze filhos. Com fotografia na Coleção Francisco Rodrigues FR-06460. Proprietário dos engenhos: Morim, Gindaí ou Gindahy, Buenos Aires e Passagem Velha/Barreiros, Manguinhos/S. José da Coroa Grande e Taquari/ Vitória de Santo  Antão.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Carlos Roberto Tott – Capitão. O engenho foi vendido, pelos seus herdeiros, em 1900, a Estácio de Albuquerque Coimbra. Em 2003, foram vendidos de 1029 hectares de terras do engenho para Diógenes de Oliveira Paes Barreto e José Lourenço de Oliveira Neto.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Estácio de Albuquerque Coimbra - Nasceu em/1872/ engenho Tentugal/ Barreiros. Filho de João Coimbra e de Francisca de Albuquerque Belo Coimbra, do engenho Tentugal. Formado em Direito pela Faculdade de do Recife, em 1892 com apenas 20 anos de idade. Junto a seu pai, exerceu advocacia em Barreiros, Rio Formoso e Água Preta. Casado com Joana de Castelo Branco Coimbra (04 filhos), do engenho Morim, onde Coimbra passava os fins de semana. Posteriormente, o local se transforma na Usina Central de Barreiros: um dos pontos de referência da indústria açucareira do Estado. Deputado Estadual, 1895; fez parte das Comissões de Justiça e Finanças; em 1899 é eleito Deputado Federal; acumula as funções de Deputado Federal e Estadual (1907), onde consegue a instalação de uma linha férrea para o Recife, e a construção de uma ponte metálica sobre o rio Uma/Barreiros; em 1911 é eleito Presidente da Assembléia assumindo, o governo de Pernambuco, por 60 dias, devido a renúncia do Antônio Pernambucano; reeleito Deputado Federal, 1915 a 1922; Ministro da Agricultura; Vice-Presidente da República (1922-1926), e assumiu também a presidência do Senado e do Congresso Nacional. Após a Revolução de 1930, embarca em um rebocador com os seus assessores. Vai para Maceió e, de lá, para Salvador, onde toma conhecimento do triunfo da revolução e da demissão de Washington Luís, o Presidente da República. Sem maiores alternativas, o governador embarca para Lisboa, onde se exila por quatro anos, acompanhado de seu fiel amigo Gilberto Freyre. Somente em 1934, em decorrência de uma anistia, Estácio Coimbra abandona o exílio. Ele retorna ao Engenho Morim, semantendo  afastado da política até a data do seu falecimento: 09/11/1937. Proprietário dos engenhos: Gindhy/São José da Coroa Grande e Morim, Muitas Cabras, Goitasinho/Glória do Goitá; Tentugal, Grande, Macapá Velho, Manguinhos, Tentugal/Barreiros e a Usina Central Barreiros/Barreiros.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Briandina de Paula Castelo Branco – Herdeira de Francisco Ferrão Castelo Branco - 1882: Briandina de Paula Castelo Branco e Joana Castelo Branco Coimbra (menor) que depois foi casada com Estácio de Albuquerque Coimbra Coimbra, tiveram 04 filhos e passavam os fins de semana no engenho Morim. Proprietária dos engenhos: Manguinhos e Morim/Barreiros.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Heinz Spiegelberg - Casado com Aurenita Lundgren Spiegelber. Em 1968 comprou o engenho aos herdeiros de Estácio Coimbra.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Diógenes de Oliveira Paes Barreto e José Lourenço de Oliveira Neto - 2003: Venda de 1029 hectares do engenho Morim a Diógenes de Oliveira Paes Barreto e José Lourenço de Oliveira Neto.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Magalhães e Guilherme da Silveira Filho - 1971: Do espólio de Joana Castello Branco Coimbra, Francisco Magalhães Castro e sua mulher e Guilherme da Silveira Filho, para Heinz Spiegelber e sua mulher Aurenita Lundgren Spiegelberg
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco de Magalhães Castro – Casado com Nair Coimbra de Magalhães Castro. Em 1960 comprou o engenho junto a Guilherme da Silva Filho, e em 1977 venderam 42,117 ha para Alfredo Jerônimo da Silva e 42,2 há para José Vicente Ferreira.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Guilherme da Silva Filho - Casado com Maria Alice Coimbra da Silveira
Proprietário/Morador/Rendeiro: Hermenegildo de Queiroz da Silva 0 1976: venda de 7,5 hectares do engenho Morim a Hermenegildo de Queiroz da Silva
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Maria Gomes – Rendeiro do engenho Morim. - 1953: Arrendamento de Joana de Castelo Branco Coimbra e João Coimbra Neto para José Maria Gomes
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Maurício Wanderley - Comandante. Casado com Feliciana Melo e Silva.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Minervino Nominando de Gusmão - Coronel. 1908: deixado de herança para  Estácio de Albuquerque Coimbra
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Central Barreiros – 1958: Locação de Joana Castelo Branco Coimbra e João Coimbra Neto para Usina Central Barreiros. O início da década de 50 foi um momento de expansão da produção de cana-de-açúcar, graças a uma conjuntura internacional favorável que abria novos mercados à produção brasileira. A Usina Central Barreiros colocava em marcha uma política de pleno aproveitamento de seu patrimônio fundiário: as terras entregues aos rendeiros eram então praticamente inexploradas. Proprietária dos engenhos: Manguinhos, Gindhy/São José da Coroa Grande; Rebouças/Tamandaré; Vermelho/Glória de Goitá; Morim/Barreiros

148.    Engenho Murissy/Escada - Em 1871, foi feito uma relação dos terrenos que ocupavam o Aldeiamento da Vila de Escada, os engenhos: Murissy, Crimeia, Bom Sucesso, Capricho, Açougue, engenho Alegria (Barão da Escada Belmiro da Silveira Lins). Consta ainda como ocupantes além de nomes de viúvas e de herdeiros, o Barão de Utinga, Antonio Marques de Holanda Cavalcanti.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

149.    Engenho Mussahiba/Jaboatão dos Guararapes
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Rodrigues da Silva - Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-1672.

150.    Engenho Mussu/Escada - Casa grande do engenho Mussu no inventário de bens culturais e naturais da mata sul de Pernambuco
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Manuel  Alves Pontual - Casado com Theresa dos Santos Pontual. Pai de Antônio dos Santos Pontual . Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues FR: 3806; 3808; 4282; 4281; 4234; 3809; 4283; 4284; 3810; 4279; 3814; e 4290. (Cordulina Veloso da Silveira Pontual, Feliciana Líbia dos Santos Pontual).

151.    Engenho Mussumbu ou Mussubú/Goiana - Engenho de bois e de fogo vivo. Lavradores: Reynier Meyens, Manuel da Silva, Bento Rodrigues Saldaen, Cosmo de Tôrres, João. Em maio de 1637 começam a proceder à venda dos engenhos de açúcar confiscados, ficando Servais Carpentier com os denominados Três Paus e Tracunhaem de Cima ou Mossombu/Goiana por 60000 florins pagos em prestações, segundo F. A. Pereira da Costa nos Anais Pernambucanos, e depois comprando o Três Paus e Tracunhaém de Cima ou, adquiridos por 60000 florins. Fundado por Luiz de Andrade Albuquerque Maranhão casado com Ana Joaquina Dornelas de Araújo.  Mudaram-se para o engenho em 1876, construindo o bangüê, a casa grande e a capela.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Servaer Carpentier – Holandês. Nascido em Aachen/1599 e falecido em 1646/Recife. Médico; Conselheiro Político e membro do governo holandês no Recife. Abandonou tudo para dedicar-se à vida de senhor do engenho. Em maio de 1637 começam a proceder à venda dos Engenhos de açúcar confiscados, ficando Servaer Carpentier com os denominados Três Paus e Tracunhaem de Cima ou Mossombu/Goiana por 60000 florins pagos em prestações, segundo F. A. Pereira da Costa nos Anais Pernambucanos. Obrigado a voltar ao Recife, pela Insurreição Pernambucana, 1645, vem a falecer no ano seguinte, sendo sepultado na Igreja do Corpo Santo. Curiosidades: Companhias de Burgueses - Pelo nosso lado tratamos de nos fazer forte o mais possível. Em primeiro lugar fizemos registrar de novo os moradores do Recife e depois também os de Antônio Vaz. Os do Recife, somando pouco menos de 500, fizemo-los dividir em 04 companhias, subordinadas a um coronel, três capitães, um capitão-tenente e demais oficiais. Serão suficientes para garantir o Recife quando o exército estiver em campanha, visto que uma grande parte dos nossos burgueses são antigos soldados. Os oficiais que os comandam são os seguintes: Coronel: Sr. Servaes Carpentier Capitães: Srs. Joost van den Bogaert, Abraham Tapper, secretário do Conselho Político e Samuel HaltersCapitão-tenente: Allard HolTenentes: Bartholomeus van Ceulen, Jacob Coets s Matthys BeckAlferes: Willem Negenton, Hugo Graswinckel, Gillis van Luffelen e Hubert Cloet. Proprietário dos engenhos: Moreno depois N. Sra. da Apresentação/Moreno; Três Paus. Tracunhaem, Tracunhaem de Cima,  Mussumbu ou Mussubú/Goiana; N. S. da Conceição/Jaboatão dos Guararapes; Rio Formoso/Rio Formoso.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José e Methódio Maranhão - Filhos de Luiz de Andrade Albuquerque Maranhão e Ana Joaquina Dornelas de Araújo, donos dos engenhos:  Mussumbu/Nazaré da Mata; Gutiubinha, Itapecerica/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Romualdo de Albuquerque Maranhão - Nascido em 1877/Engenho Mussumbu. Herdou o engenho de seus pais Luiz de Andrade Albuquerque Maranhão e Ana Joaquina Dornelas de Araújo. Casado com Maria Laurinda, filha de Manuel Pessoa e de Henriqueta Veloso de Melo. Tiveram um único descendente Luís Albuquerque Maranhão, um dos fundadores da Usina Matari, juntamente com José Queiroz e Methódio Maranhão, formando a firma Pessoa, Maranhão & Cia
Proprietário/Morador/Rendeiro: Luiz de Andrade Albuquerque Maranhão - Casado com Ana Joaquina Dornelas de Araújo. Foram morar no engenho em 1876, onde construíram o bangüê, a casa grande e a capela. Na partilha da herança, coube ao filho José o engenho Mussumbu, e a Methódio o Itapecerica, que trocou com Manuel  Pessoa de Melo, a sua participação na Usina Matary, recém-criada. A filha de Manuel  Pessoa e de Henriqueta Veloso de Melo, Maria Laurinda, se casara com José Maranhão, com um único descendente Luiz, hoje sócio majoritário da usina Matary. Contrasta uma tão escassa descendência com a de seus avós: Luiz e Ana Joaquina que tiveram 18 filhos. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues FR: 3116 e 3119. Proprietário dos engenhos: Itapecerica, Guriubinha/Nazaré da Mata; Iapicirina, Mussumbu ou Mussubú/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Pessoa de Melo - Casado com Henriqueta Veloso de Melo.  O engenho Mussumbu ou Mussubú foi adquirido por Manuel Pessoa de Melo, através da troca de suas ações da Usina Matari, recém criada, 1913, com Methódio Albuquerque Maranhão.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Methódio R. de Albuquerque Maranhão - Dr. Herdou o engenho dos seus pais Luiz de Andrade Albuquerque Maranhão e Ana Joaquina Dornelas de Araújo. Trocou o engenho com Manuel  Pessoa de Melo, pela sua participação na Usina Matary. Filhos: Enoch, Gil, Diogo, Ina, Ruth, Ada, Ájax; um filho bastardo, João (Juca), boêmio, que deixou um filho (...), Péricles, artista que depois, na revista “O Cruzeiro” criaria o genial Amigo da Onça, caricatura de seu próprio pai, fabuloso contador de anedotas. Proprietário dos engenhos: Itapecerica/Nazaré da Mata; Mussumbu ou Mussubú e Iapicirina/Goiana.
Ocupado pelos sem terras em 16/04/2000, ligados ao MST. Decreto de 6 de novembro de 2002. Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, os imóveis rurais que menciona, e dá outras providências. II – "Engenho Mussumbu", com área de setecentos e quarenta e seis hectares, situado no Município de Goiana, objeto da Matrícula no 6.108, fls. 11, Livro 2-AK, do Cartório de Registro Geral de Imóveis da Comarca de Goiana, Estado de Pernambuco.

152.    Engenho Mussupinho – Curiosidades: A Revolução Praieira em Pernambuco 1848-49. No dia 10 de novembro, o coronel José Vicente de Amorim Bezerra, com o 4º Batalhão de Artilharia de Posição, reforçado por 80 guardas nacionais e policiais, deu combate aos revolucionários. No confronto travado nas proximidades do engenho Mussupinho, que durou três horas, foram mortos 18 praieiros e 56 feitos prisioneiros. A perda da força imperial foi de dez mortos
Proprietário/Morador/Rendeiro: João de Barros - Capitão-Mór. Casado com Ana de Melo

153.    Engenho Mussurepe/Paudalho - O primeiro Engenho de Paudalho foi o Mussurepe, instalado por volta de 1630, com extensas terras e matas, com a invocação de São Gonçalo, situado à margem esquerda do rio Capibaribe, foi levantado por João Lourenço Franco, existia já em 1630, pertencendo ao mosteiro de S. Bento de Olinda, cuja posse manteve até o ano de 1908
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Lourenço Franco – Levantou o engenho em 1630
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Gonçalves de Souza - Casado com Izabel Dias Videira, que depois de viúva vendeu 5 mil braças de terra, em 1695, aos Beneditinos.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Beneditinos de Olinda – Compraram 5 mil braças de terra do engenho a Izabel Dias Videira, viúva e Manuel Gonçalves de Souza, sob a invocação de São Gonçalo, cuja posse se manteve até 1908.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Luiz da Silva - Rendeiro
Proprietário/Morador/Rendeiro: Herculano Bandeira de Mello - Coronel. Casado com Ana Joaquina Cavalcanti Bandeira de Mello. Pais do político pernambucano Herculano Bandeira de Mello que nasceu em 1850/Engenho Tamataupe. Ficou órfão de pai nos primeiros anos de sua infância. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-3274. (Thereza Bandeira de Mello). Proprietário dos engenhos: Criméiam, Tamataúpe de Baixo/Nazaré da Mata e Mussurepe/ Paudalho.
Ocupado pelos sem terras Decreto nº 86.058, de 2 de Junho de 1981. É declarado de interesse social, para fins de desapropriação, nos termos dos arts. 18, letras " a ", " b ", " c ", e " d ", e 20, itens I e V, da Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964, e do art. 3º, letra " a ", do Decreto-lei nº 1.179, de 6 de julho de 1971, o imóvel rural denominado "Engenho Mussurepe", com a área aproximada de 1.148,40 ha, situado no Município de Paudalho, no Estado de Pernambuco.

154.    Engenho Mussurupa/Igarassu - Engenho movido a água. Sob a invocação de São João Batista  Lavradores: Gaspar Cardoso, Domingos Macedo, João Dias Leite, Marcos Peres de Lucena
Proprietário/Morador/Rendeiro: Jorge Rodrigues Porto
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Lourenço Francez - Estava presente duramte a invasão holandesa. (MELLO, op. Cit., p. 89) Breve discurso sobre o estado das quatro capitanias conquistadas, de Pernambuco, Itamaracá, Paraíba e Rio Grande, situadas na parte setentrional do Brasil. Segundo o relatório, dos 08 engenhos de Igarassu, constavam como proprietários os decendentes de Pero da Rocha Leitão (que foi enforcado no Arraial Velho do Bom Jesus por ter se correspondido com os holandeses), Manuel Jácome Bezerra, Domingos Velho Freire, Gonçalo Novo de Lina, Domingos da Costa Brandão, João Lourenço Francez e um outro pertencendo à Ordem dos Beneditinos.

155.    Engenho Mutuns/Palmares - Engenho Mutuns (Mutun refere-se à ave abundante na localidade, natural da América Central, hoje extinta na região),  cuja produção canavieira atendia a Produção de Açúcar da Usina Serro Azul. A Casa Grande de beleza discreta, feito em cota de planta alta, revela-nos em sua parte frontal, terraço quadrangular em quedas laterais e escadaria frontal, o diferenciando da casa do engenho Catuama, revelando estilo próprio da época bandeirante. Preserva ainda, diversidade de plantas tropicais em sua área frontal, como: a pitomba, o limão, o cajá e a azeitona doce, bem como o coco
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Serro Azul - A Usina chegou a possuir 22 engenhos: Vista Alegre/Escada; Almirante, Cá-Me-vou ou Camevou, Canário, Mágico, Mutuns, Penderaca, Riachuelo, Serro Azul, Verde, Camevouzinho/Palmares; Liberdade/Sirinhaém; Mearim, Moscou/Bonito; Pará/Ipojuca; Tambor/(?); União/Aliança; Aratinga; Fertilidade; Aliança e Barra do Dia


ENGENHO COM A LETRA N

1.         Engenho Nabuco/Amaraji
Proprietário/Morador/Rendeiro: Damião Vieira de Mello - Rendeiro
Ocupado pelos sem terras Entidades indicaram para priorização de vistorias, o que foi assumido pelo INCRA como prioridade, as áreas de Estivas, Rinoceronte e Jussará. As Entidades sugeriram a exclusão, para fins de vistoria, das áreas de Bondade e Guarani, substituindo-as com a indicação da área do engenho Nabuco, que será formalizado pela FETAPE.

2.         Engenho Não Pensei/Amaraji
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Barbosa da Silva Nunes
Ocupado pode sem terras, por 32 famílias. Decreto de 7 de julho de 2003. Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, os imóveis rurais que menciona, e dá outras providências.  III - "engenho Não Pensei", com área de duzentos e setenta e um hectares,... Estado de Pernambuco.

3.         Engenho Nassau/(?) - Outro, a lista dos Engenho vendidos em 1637 e 1638 na qual está indicado o grande número de holandeses que adquiriram Engenhos confiscados. Alguns deles batizados com nomes flamengos: Straetsburg. Haarlem, Rotterdam, Nassau. Mais tarde os holandeses foram, de fato, abandonando a vida agrícola — salvo exceções, como no caso de Servaes Carpentier e de Gaspar van der Ley — e vendendo as suas propriedades — o caso de Jacob Stachhouwer e outros — passando à especulação no comércio açucareiro
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

4.         Engenho Natal/Aliança
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Cavalcante da Cunha Rego
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Aliança
Ocupado pelos sem terras Decreto de 24 de maio de 2004 Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, os imóveis rurais que menciona, e dá outras providências "Engenhos Natal e Belo Horizonte", com área de seiscentos e oitenta e três hectares, situado no Município de Aliança, objeto das Matrículas nos 836, fls. 92, Livro 2-I e 373, fls. 73, Livro 2-D, do Cartório Único da Comarca de Aliança, Estado de Pernambuco.

5.         Engenho Natuba/Vitória Santo Antão
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Cahú

6.         Engenho Nazaré/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Calíope Pires Falcão de Azevedo - Proprietária dos engenhos Massangana e Nazaré/Cabo de Santo Agostinho

7.         Engenho Ninho das Águias/Amaraji
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Vicente Eufrásio – Rendeiro do engenho Ninho das Águias
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina N. Senhora do Carmo – Proprietária Bom Conselho e Ninho das Águias/ Amaraji
Ocupado pelos sem terras em 03/97 e em 25/08/97

8.         Engenho Niterói/Catende
Proprietário/Morador/Rendeiro: Laurindo Feijó de Mello - Dr.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Catende - Proprietária dos engenhos: Água Branca de Uraba/Quipapa; Bálsamo da Linha, Corubas/Jaqueira; Bálsamo das Freiras//Lagoa dos Gatos; Bamborel, Bela Aurora, Boa Sorte, Cana Brava, Harmonia, Milagre da Conceição, Monte Pio, Niterói, Ouricuri, Tabaiaré/Catende; Campinas, Capricho, Esperança. Granito/Palmares; Espírito Santo, Mangueira, Mãozinha, Palanqueta, Pastinho, Pasto Grande, Piragibe ou Piragybe, Pirangy ou Pirangi, Porto Seguro, Souza, Veloz, Venturoso, Vida Nova/Água Preta; Curupaiti ou Curupaity /Xexéu; Limão, Urucú ou Urussú/Escada; Monte Alegre/Gameleira; Paudalho/Paudalho; Santa Cruz/Rio Formoso.
Ocupado pelos sem terras em 6/8/2003, ligados ao MST. Extrato de Laudo de Avaliação para fins de Reforma Agrária. Processo/INCRA/SR-03/PE/N°54140.001299/2006-48. Imóvel: engenho Rochedoi e Niteroi, municípios: Catende e Palmares. Área registrada (Ha): 700,0000. Exploração predominante: agricultura (cana-de-açúcar).

9.         Engenho Niterói/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Leitão de Albuquerque

10.      Engenho Normandia/Gameleira
Proprietário/Morador/Rendeiro: Cleôncio de Melo e Silva
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Manuel de Barros e Silva

11.      Engenho Noruega/Escada – Engenho movido a bois.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Alfredo Machado da Cunha Cavalcanti – Nascido em 1867/Pernambuco. Filho de Ambrosio Machado da Cunha Cavalcanti e de Antônia da Silveira Lins. Casado com Anna Dias de Arruda Falcão. Com fotografias: Coleção Francisco Rodrigues; FR-06446. Proprietário dos engenhos: Arandú de Baixo/ Vitória Santo Antão, Noruega/Escada e da Usina Mussú/Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: André Dias de Araújo – Barão de Jundiá, agraciado com o título (Dec  08.03.1880). Coronel Comandante da Guarda Nacional; Capitão da Guarda Nacional; Diretor-parcial da Aldeia da Escada. Nascido em 1825/Escada e falecido em 1889/Engenho Nova Noruega-Escada. Filho de Manuel  Antonio Dias, engenho Jundiá, e Maria da Anunciação. Casou em 1847, com sua prima materna Francisca Dias de Araújo, filha do Alferes José Gomes da Silva e de Maria José de Jesus, falecida em 1889. Tiveram 12 filhos. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues FR: 3503; 3502; 718; 717; e 1828. Proprietário dos engenhos: Noruega/Escada; Mupám ou Mupú /Cabo de Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Gerôncio Dias de Arruda Falcão - Bacharel em 1871. Casado com (?) Francisca Dias de Arruda Falcão. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-1850. Herdou o Engenho de Manuel  Thomé de Jesus. Proprietário dos engenhos: Noruega, Dois Leões, Mupam/Cabo Santo Agostinho; Dois Braços de Cima e da Usina Mussú/Escada. Curiosidades: “O Dr. Gerôncio Dias de Arruda Falcão fazia questão de dirigir, de sua cadeira de balanço, de patriarca antigo, o preparo dos quitutes mais finos para a mesa imensa da casa grande  - quase um convento - que herdou do Capitão Manuel Tomé de Jesus, lembrando à cozinheira um tempero para não ser esquecido, insistindo por um molho mais espesso no cozido ou por um arroz mais solto para acompanhar a galinha, recordando às senhoras da casa, as lições de ortodoxia culinária guardadas nos velhos livros de receitas da família.”
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Thomé de Jesus – Delegado; Capitão. Antigo Engenho de bois. Curiosidades: Há 150 anos - Sexta-feira, 23 de junho de 1848. Interior.  Correspondência do Diário de Pernambuco. - Vitória, 19 de junho de 1848. - (Continuação). À tarde, pelas 4 horas, retirou-se desta cidade para seu Engenho Noruega, deixando-nos bastante saudosos, o delegado Manuel Thomé de Jesus, dizendo que tinha necessidade de ir à sua casa, da qual já estava fora, havia 15 dias, e recomendando ao comandante do destacamento, o alferes Reinaud, que fizesse manter a paz, não consentisse nos ajuntamentos intitulados meetings, e prendesse à sua ordem a qualquer indivíduo que insultasse a outro, Hoje, porém, propalou-se aqui uma notícia desagradável, e que bem mostra o estado de miséria, de insubordinação, de desrespeito e de anarquia a que estamos reduzidos, e é que, na mata do Engenho Pimenta, o capitão Lourenço Carneiro da Silva, aquele mesmo que com 114 homens correu das Urubas, com 40 homens, ali postados de ante-mão, dirigio fortes ataques ao delegado Manuel  Thomé de Jesus, que, como já disse, ia de retirada para o seu EngenhoNoruega; e perguntando-lhe o delegado com que ordem tinha reunido ali aquela gente, e para que fim, respondeu o tal capitão que por sua própria ordem, pois que era subdelegado do lugar, e que era para desarmar a ele delegado, e a sua gente, caso trouxesse consigo pessoas armadas; (...)

12.      Engenho Nossa Senhora da Ajuda ou Velho ou Forno de Cal/Olinda
Proprietário/Morador/Rendeiro: Jerônimo Cavalcante de Lacerda - Capitão. Nascido em 1515/Alhandra/Pt e falecido em 1584/Olinda, enterrado na Capela do Engenhode N. Sra. da Ajuda/Olinda. Filho de Felipe Cavalcanti de Albuquerque e Maria de Lacerda. Chegou à Igarassu em 09/03/1535, acompanhando sua irmã Brites de Albuquerque casada com Duarte Coelho. Fidalgo da Ordem de Cristo.  Jerônimo lutou contra os índios, com apenas 22 ou 24 anos, que impediam a ocupação portuguesa; onde perdeu um olho, atingido por uma flecha, em 1547, por esta razão foi apelidado de "O Caolho". Feito prisioneiro pelos índios, e condenado a morte; foi salvo pela filha, que tinha sido selecionada para passsar a noirte com ele (conforme costume indígena) do cacique Tabajara Arcoverde, que intercedeu por ele. Logo depois se casaram e a índia Muira-Ubi, foi batizada com o nome de Maria do Espírito Santo  Arcoverde. Desta união nasceram 8 filhos, todos legitimados em 1561. Quis casar-se então na Igreja com Muira-Ubi, mas a Rainha Catarina da Áustria, que reinava em Portugal durante a menoridade de seu filho Sebastião, recusou obrigando-o a casar-se com Filipa de Melo, filha de Cristovão de Melo. Assim, com 55 anos casou-se e teve mais 11 filhos. Jerônimo teve também outros 16 filhos bastardos com várias mulheres, brancas, indias e mamelucas e por isso foi chamado de "O Adão Pernambucano". Jerônimo de Albuquerque governou a capitania de Pernambuco durante a ausência de seu sobrinho José de Albuquerque. Seu Testamento está publicado em "Memórias Históricas da Província de Pernambuco" de 1884. Primeiro proprietário das terras do Engenho Madalena, fundado em terras doadas pelo seu cunhado Duarte Coelho. Proprietário dos engenhos: Tracunhaém de Cima chamado Mossombu, Boa Vista/Goiana, Madalena (Santa) ou João de Mendonça/Recife /Recife, Megaó de Cima/Goiana. Nossa Senhora da Ajuda ou Velho ou Forno de Cal/Olinda, Paratibe de Baixo (depois engenho Paulista)/Igarassu, Una/Rio Formoso.

13.      Engenho Nossa Senhora da Boa Viagem dos Guararapes/Jaboatão dos Guararapes – Não é conhecido o texto das sesmarias das terras em que foi levantado o engenho, nem o nome de eu fundador. Situado onde hoje se encontra o bairro de Muribeca, do cemitério velho de Prazeres até os Montes Guararapes. Capela com invocação a São Simão. Segundo referências holandesas o engenho pertencia a Vicente Rodrigues Vila-Real, movido a tração animal e de fogo vivo. Produzia 2010 arrobas de açúcar marcho e 16568 arrobas do branco. Eram lavradores no engenho: Manuel de Chabet (Chaves?); Gregório Pereira de Caldas; João (?) Rodrigues de Matos; e Salvador Soares
Proprietário/Morador/Rendeiro: Alexandre de Moura de Albuquerque – Mestre de Campo no Alentejo/PT Serviu nas guerras de Pernambuco e nas da Aclamação em Portugal. Doou o terreno onde foi construída  a Igreja de N. Senhora dos Prazeres. Proprietário do engenho, em 1656. Curiosidades: Chegou ao Maranhão, em 1612, numa expedição chefiada por Daniel de La Touche, que fundou a cidade de São Luís. A expulsão dos franceses foi conseguida graças a Jerônimo de Albuquerque e Alexandre de Moura, entre 1614/1615.

14.      Engenho Nossa Senhora da Conceição/Cabo de Santo Agostinho (Ipojuca?) – Engenho movido a água e de fogo vivo, tinha um bom açude e ½  milha de terra com lindas várzeas cheias de canas e matas, que fornecem toda a madeira de que se precisa. A casa de purgar e a casa das caldeiras são de taipa. Confiscado pelos holandeses, preparado e arrendado a João Carneiro de Mariz,  sob condição que pagaria o arrendamento à Companhia, até que houvesse outra resolução.
        Proprietário/Morador/Rendeiro: Adriana (?) - Proprietária do engenho durante a ocupação holandesa (1630/54). O engenho era movido a água.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Carneiro de Mariz - Vereador da 1ª Câmara dos Escabinos em 1637/1638 - Conjurado e Restaurador. Casado com Maria Coresma.  Um dos que se aproveitaram do domínio holandês para ascender à propriedade de dois engenhos. Curiosidades: Em 1642, eram os senhores-de-engenho os grandes devedores da Companhia, segundo informa o conde João Maurício de Nassau, estimando a dívida global em 75 tonéis de ouro, o que representava 7,5 milhões de florins; dois anos depois, a dívida já alcançava a elevada importância de 130 tonéis de ouro, correspondentes a 13 milhões de florins. Mas a Companhia continuou a ajudá-los financeiramente, facilitando a construção dos engenhos Aratangi, de Miguel Fernandes de Sá/Sibiró de Baixo, de Francisco Soares Cunha, ou pagando dívidas particulares de alguns senhores, como Jorge Homem Pinto/Paraíba, João Carneiro de Mariz/Ipojuca, e Catharina de Albuquerque/engenho Santo Antônio da Muribeca. Arrendatário do engenho Nossa Senhora da Conceição e proprietário dos engenhos: Nossa Senhora do Rosário/Sirinhaém, Sibiró de Cima, Salgados ou São João Salgado e Nossa Senhora da Conceição /Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Fernando de Queiróz - Na época da invasão dos holandeses, morava na Galícia.

15.      Engenho Nossa Senhora da Conceição/Jaboatão dos Guararapes - Um documento holandês de 1637 relaciona, em Jaboatão dos Guararapes, o engenho N. Senhora da Conceição, de Antonio Pereira Barbosa. Por se encontrar ausente o engenho foi confiscado e vendido a Servaes Carpentier, era um engenho movido a água e de fogo vivo. Lavradores do engenho: Gerard Carpentier e Gaspar Francisco de Oliveira.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Servaer Carpentier – Holandês. Nascido em Aachen/1599 e falecido em 1646/Recife. Médico; Conselheiro Político e membro do governo holandês no Recife. Abandonou tudo para dedicar-se à vida de senhor do engenho. Em maio de 1637 começam a proceder à venda dos engenhos de açúcar confiscados, ficando Servaer Carpentier com os denominados: Três Paus e Tracunhaem de Cima ou Mossombu/Goiana por 60000 florins pagos em prestações, segundo F. A. Pereira da Costa nos Anais Pernambucanos. Obrigado a voltar ao Recife, pela Insurreição Pernambucana, 1645, vem a falecer no ano seguinte, sendo sepultado na Igreja do Corpo Santo. Curiosidades: Companhias de Burgueses - Pelo nosso lado tratamos de nos fazer forte o mais possível. Em primeiro lugar fizemos registrar de novo os moradores do Recife e depois também os de Antônio Vaz. Os do Recife, somando pouco menos de 500, fizemo-los dividir em 04 companhias, subordinadas a um coronel, três capitães, um capitão-tenente e demais oficiais. Serão suficientes para garantir o Recife quando o exército estiver em campanha, visto que uma grande parte dos nossos burgueses são antigos soldados. Os oficiais que os comandam são os seguintes: Coronel: Sr. Servaes Carpentier Capitães: Srs. Joost van den Bogaert, Abraham Tapper, secretário do Conselho Político e Samuel HaltersCapitão-tenente: Allard HolTenentes: Bartholomeus van Ceulen, Jacob Coets s Matthys BeckAlferes: Willem Negenton, Hugo Graswinckel, Gillis van Luffelen e Hubert Cloet. Proprietário dos engenhos: Moreno depois N. Senhora da Apresentação/Moreno; Três Paus. Tracunhaem, Tracunhaem de Cima,  Mussumbu ou Mussubú/Goiana; Nossa Senhora da Conceição/Jaboatão dos Guararapes; Rio Formoso/Rio Formoso.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Pereira Barbosa – Estava ausente do seu engenho durante a invasão holandesa

16.      Engenho Nossa Senhora da Guia/Jaboatão dos Guararapes - Engenho era movido a água, e se encontra há muitos anos de fogo morto, e não tem senão as terras e matas; era movido por água.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

17.      Engenho Nossa Senhora da Luz/ Paudalho – Os romeiros vêm entre setembro e janeiro ao engenho Ramos, onde está a capela de Nossa Senhora da Luz, cumprir suas promessas a São Severino dos Ramos
Proprietário/Morador/Rendeiro: Diogo Soares Cabral de Mello - Dr. Nasceu em 1867/engenho Tabocas. Desembargador em Pernambuco; autor de várias notas genealógicas. Casou duas vezes: a 1ª vez, no Recife, em 1891, com Evelina de Brito Basto (12 filhos)s, nascida em 1874/Recife e falecida em 1917/Rio de Janeiro, filha do Major José Antônio de Brito Bastos e de Francisca Carolina Stepple da Silva; e a 2ª vez, no Rio de Janeiro, em 1919, com Virgínia de Carvalho Serrano (2 filhas), filha do Desembargador Getúlio Augusto de Carvalho Serrano e da sua 1ª esposa Etelvina Flora de Gouvêa. Proprietário dos engenhos: Gurjaú de Baixo/Jaboatão dos Guararapes; Nossa Senhora da Luz/ Paudalho; Taboca/São Lourenço da Mata.

18.      Engenho Nossa Senhora da Palma /Sirinhaém – Capela do engenho Nossa Senhora da Palma sob a invocação de São Jerônimo. Segundo documentos holandeses o engenho Nossa Senhora da Palma localizava-se a ¼  de milha distante de Sirinhaém, de fogo vivoa com água e tinha cerca de ½  milha de terra, com uma boa várzea bem plantada, que decaia cada dia mais, como tudo que pertencia ao engenho. Produzia anualmente 2.000 a 3.000 arrobas de açúcar e pagava de recognição 2 arrobas em cada mil. Na roça, perto do engenho, foram encontrados um negro velho e uma negra
Proprietário/Morador/Rendeiro: Catarina Camello - Viúva do Capitão Pero de Albuquerque. Proprietária dos engenhos: Jaguaré/Ipojuca (confiscado); São Jerônimo/Ipojuca, Jaserú/Sirinhaém, Nossa Senhora da Palma e Camelinha.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Filipe de Albuquerque – Casado com Madalena de Albuquerque. Ao fugir com Matias de Albuquerque deixou apenas o que não podia levar. Curiosidades: Jerônimo de Albuquerque (O Torto), cunhado de, Duarte Coelho Pereira, que chegou em 1535. Teve tantas e tão variadas ligações com as mulheres da terra, que ele no seu testamento, firmado em Olinda em 13/11/1584, reconhece como filhos, além dos 11 concebidos de sua mulher legítima, Filipa de Melo; 9 com a índia Maria do Espírito Santo; 5 com outras mulheres, uma das quais, Apolônia Pequena, mãe do seu filho Filipe de Albuquerque, deixando dúvidas ainda sobre uma filha tida com uma escravas, de nome Maria, e de outra, Jerônima, "que se criara em sua casa e que foi tida por sua filha, mas que Deus sabia a verdade do ocorrido".
Proprietário/Morador/Rendeiro: Madalena Albuquerque - Viúva de Filipe de Albuquerque. Fugiu com Matia de Albuquerque, durante a invasão holandesa, deixando apenas o que não podia levar
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pero de Albuquerque – Capitão. Ficou do lado dos holandeses. Foi excluído da primeira lista de eleitores de Olinda, por considerarem “inabilitado, por ser supostamente judeus; essa intolerância religiosa se deu porque os cristãos-velhos portugueses não queriam dividir o poder com os judaizantes. Casado com Catarina Camello, que se encontrava ausente durante a invasão holandesa. Proprietário dos engenhos: Jaguaré/Ipojuca; Sirinhaém depois Todos os Santos, Jaserú e Nossa Senhora da Palma/Sirinhaém; São Braz Coimbero/Cabo de Santo Agostinho.

19.      Engenho Nossa Senhora da Paz/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Domingos da Costa Brandão - Cristão novo. Descendente de Pero da Rocha Leitão, residente no Recife na época da invasão holandesa. Excluído da Câmara dos Escabinos, por sua descendência judaica. Partiu para Holanda com sua mulher e seus filhos, onde foi circuncidado, e voltou para o Recife. Proprietário dos engenhos: Nossa Senhora da Paz/Cabo de Santo Agostinho; Jacutinga ou d’Água, Garasutinga ou Araripe de Riba/Igarassu.

20.      Engenho Nossa Senhora da Penha de França/Itamaracá - O engenho movido a bois e de fogo vivo. Lavradores: Manuel de Sá Telles, Manuel Gomes Chacão, Sebastião Nunes da Silva, Domingos Lopes do Seixo, Gonçalo Cabral de Caldas
Proprietário/Morador/Rendeiro: Baltasar Rodrigues Mendes - Cristão novo. Casado com Isabel Cabral. Morreu do lado dos holandeses. Devia a WIC. Proprietário dos engenhos: Moreno/Moreno, Embiapecú/São Lourenço da Mata, N. S da Penha de França, Mariuna/Goiana e Catende e Boa Sorte/ Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: Isabel Cabral - Viúva de Baltasar Rodrigues Mendes, que morreu entre os holandeses

21.      Engenho Nossa Senhora da Piedade de Araripe/Igarassu - O engenho está localizado próximo à sede do município. É um engenho de construção recente, sem maior valor histórico ou arquitetônico, mas simpático e bem conservado e, sobretudo, que possui uma localização estratégica em relação à cidade de Timbauba. Desde o seu alpendre se vislumbra o casario e o cruzeiro de um dos principais morros da cidade, localizado em frente à casa grande
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Correia de Lira - Casado com Maria Borges Pacheco, pabaibana, filha de João de Souto de Ana Rocha. Francisco Correia de Lira sucedeu seu pai Gonçalo Novo de Lira e sua mãe Isabel Lira; que levantou o engenho de N. S. da Piedade de Araripe, nas terras do partido do engenho do Espírito Santo e Santa Luzia que lhe coube em legítima. Herdeiro: seu filho Gonçalo Novo de Brito. Proprietário dos engenhos: Araripe de Cima, N. Senhora da Piedade de Araripe, Espírito Santo, Santa Luzia/Igarassu
Proprietário/Morador/Rendeiro: Gonçalo Novo de Brito - Filho de Francisco Correia de Lira e de Maria Borges Pacheco. Casado com Jerônima da Cunha. Sucedeu seu pai na propriedade do engenho, que antes tinha pertencido ao seu tio Gonçalo Novo de Lira, que fundou o engenho de N. S. da Piedade de Araripe, nas terras do partido dos engenhos: Espírito Santo e Santa Luzia que lhe coube em legítima. Seu irmão, Francisco Correia de Lira e depois o filho deste, Gonçalo Novo de Brito, sucederam no senhorio do referido engenho. Proprietário dos engenhos: Araripe de Cima ou Nossa S. da Piedade de Araripe/Igarassu e o Santa Luzia/Timbauba.

22.      Engenho Nossa Senhora da Vitória/São Lourenço da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: Olegário Saraiva de Carvalho Neiva

23.      Engenho Nossa Senhora das Candeias/Cabo de Santo Agostinho – Segundo documentação holandesa o engenho Nossa Senhora das Candeias era movido a água e de fogo vivo
Proprietário/Morador/Rendeiro: Fernando Gomes - Ficou do lado dos holandeses. Engenho movido a água e de fogo vivo

24.      Engenho Nossa Senhora das Chagas/Recife – Segundo documento holandês o engenho era movido a água e dificilmente poderia ser reconstruído porque o seu dono é pobre, e há muitos anos de fogo morto.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Diogo da Costa Maciel

25.      Engenho Nossa Senhora de França/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Diogo Paes Barreto – Morgado do Cabo de Santo Agostinho. Nascido em Viana do Castelo/Minho/PT e falecido em 1617/Olinda. Flho de Antônio Velho Barreto. Casado com Inêz Tavares Guardês. Durante a invasão holandes fugiu para Bahia com Matias de Albuquerque.  Proprietário dos engenhos: Nossa Senhora de França/Ipojuca; Bombarda; Una/Rio Formoso; Carassu, Benfica, Buenos Aires/Barreiros.

26.      Engenho Nossa Senhora de Monserrat/São Lourenço da Mata – Segundo dados holandes, o engenho Nossa Senhora de Monserrat era movido a bois e moía
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Rodrigues Moreno
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Rodrigues Campelo – Mascate. Vianense. Trocou o engenho Moreno pelo Engenho Torre com João de Barros Rego, em 1714. Curiosidades: Requerimento feito por Antônio Rodrigues Campelo e demais interessados, nº 2504, de 18/02/1717, ao rei D. João VI, solicitando o não pagamento dos direitos de fábricas de navios novos no Brasil. Proprietário dos engenhos: Torre ou Marcos André/Recife; Moreno depois N. S. da Apresentação/Moreno. Trocou o Engenho da Torre pelo o de Moreno com João de Barros Rego, em 1714.

27.      Engenho Nossa Senhora do Rosário/ Itamaracá – O engenho era movido a tração animal. Lavradores: Luís do Rego, Antonio de Freitas Mariz, Antonio Manuel Madeira, Johan Graces
Proprietário/Morador/Rendeiro: Luciano Brandão – Ficou do lado dos holandeses durante a invasão a Pernambuco. Curiosidades: Alguns holandeses casaram com pernambucanas, como Gaspar van der Ley com uma Mello; Jan Wijnants, de Haarlem, senhor do engenho Ipitanga, que se casou com uma filha de Luciano Brandão, senhor do engenho N. Sra. do Rosário/Goiana e “se manteve na religião reformada”; Tapper, Garstman. Ao contrário de Wijnants, houve os que, como Diederik van Hoogstraten e, segundo o professor Wätjen, o próprio Van der Ley, tornaram-se católicos. Proprietário dos engenhos: Nossa Senhora do Rosário/Itamaracá e Santos Cosme e Damião/Paraíba

28.      Engenho Nossa Senhora do Rosário/(?)
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pero Cardigo - Cristão novo

29.      Engenho Nossa Senhora do Rosário/Jaboatão dos Guararapes - O engenho ficava à margem do rio Sirinhaém, cerca de 1 ½ milha distante da cidade; tinha cerca de uma milha e ½  milhade terra com uma várzea razoavelmente boa; de fogo vivoa com água e podia anualmente fornecer 5.000 a 6.000 arrobas de açúcar
Proprietário/Morador/Rendeiro: Jacques Hach - Proprietário dos engenhos: Várzea, Luís Ramires/Recife e Nossa Senhora do Rosário/Jaboatão dos Guararapes.

30.      Engenho Nossa Senhora do Rosário/Recife
Proprietário/Morador/Rendeiro: Gregório Lopes de Abreu Soares - Cristão novo. Capitão de Vanguarda.  Passou o engenho para Ambrósio de Abreu. Proprietário dos engenhos: Nossa Senhora do Rosário/Recife e Abreu/Nazaré da Mata.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Ambrósio Fernandes Brandão – Cristão novo. Nascido em Portugal. De 1583 a 1618 morava em Pernambuco, sendo responsável pelo recebimento dos dízimos do açúcar da Capitania. Governador do Rio Grande de 1616 a 1619; Capitão-mor - participou da Restauração Pernambucana. Conhecedor do litoral brasileiro, principalmente das capitanias do RN, PB e PE; o que contribuiu para a elaboração dos Diálogos das Grandezas do Brasil. Estabeleceu-se na Paraíba em 1613. Quando faleceu, seus herdeiros voltaram a Portugal e os engenhos foram confiscados pela Companhia das Índias Ocidentais e vendidos ao holandês Isac de Rosière. Depois da restauração contra os holandeses, passaram a pertencer a João Fernandes Vieira. Herdeiros de Ambrósio Fernandes Brandão – Jorge L. Brandão – Após a morte de Ambrósio Fernandes Brandão seus herdeiros foram morar de Portugal e os engenhos foram confiscados pela Companhia das Índias Ocidentais e vendidos ao holandês Isac de Rosière. Proprietários de engenhos na Paraíba: Santo s Cosme e Damião, do Meio ou São Gabriel, Ibobi, Gurjaú; e em Pernambuco: Nossa Senhora do Rosário/Recife; Arandú de Baixo/ Cabo de Santo Agostinho e Abreu/Tracunhaem
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antonio Borges Uchoa – Capitão. Lutou contra os holandeses. Comprou o Engenho de Santo Antônio do Jiquiá, a herdeira de Antônio Fernandes e sua esposa, Ana de Luís da Silva - a filha deles; através da escritura lavrada no dia 03/03/1657. Proprietário dos engenhos: Santa Cruz ou Santo  Antônio do Jiquiá, Torre, N. Senhora do Rosário e São Timóteo/Recife. Curiosidade: Foi o construtor de uma ponte, próxima à foz do rio Parnamirim, com o objetivo de poder visitar, com mais freqüência, os familiares de sua esposa, que residiam na margem oposta do Capibaribe. A partir daí, colocaram-lhe o apelido de Ponte do Uchôa-Recife. Isso ocorreu depois de 1654, época em que Antônio tomou posse do Engenho da Torre.

31.      Engenho Nossa Senhora do Rosário/Ipojuca – O engenho era movido a bois, ficava situado à margem do rio Sirinhaém, com cerca de 1 ½ milha distante da cidade; tinha cerca de uma 01milha e ½  de terra com uma várzea razoavelmente boa; de fogo vivo com água e pode anualmente fornecer 5.000 a 6.000 arrobas de açúcar
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pedro Lopes de Vera – Capitão. Faleceu em 1651/Bahia. Possuidor do passaporte holandês. Membro dos escabinos de Olinda. Segundo administrador do Morgado do Senhor Bom Jesus, citado em Tempos Flamengos às páginas 157/269, como Judeu. Filho de João de Veras e de Adrianna de Hollanda. Casado com Catharina de Lyra, com pais naturais da "Ilha da Madeira. Proprietário dos engenhos: Gurjaú ou Grojaú, Bom Jesus, São João e Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição, São Bartolomeu/Cabo de Santo Agostinho, Sembras e Nossa Senhora do Rosário/Ipojuca.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antonio da Costa de Freitas - Ficou do lado dos holandeses
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Carneiro de Mariz - Vereador da 1ª Câmara dos Escabinos em 1637/1638 - Conjurado e Restaurador. Casado com Maria Coresma.  Um dos que se aproveitaram do domínio holandês para ascender à propriedade de dois engenhos. Curiosidades: Em 1642, eram os senhores de engenho os grandes devedores da Companhia, segundo informa o conde João Maurício de Nassau, estimando a dívida global em 75 tonéis de ouro, o que representava 7,5 milhões de florins; dois anos depois, a dívida já alcançava a elevada importância de 130 tonéis de ouro, correspondentes a 13 milhões de florins. Mas a Companhia continuou a ajudá-los financeiramente, facilitando a construção dos engenhos Aratangi, de Miguel Fernandes de Sá/Sibiró de Baixo, de Francisco Soares Cunha, ou pagando dívidas particulares de alguns senhores, como Jorge Homem Pinto/Paraíba, João Carneiro de Mariz, e Catharina de Albuquerque/engenho Santo Antônio da Muribeca. Arrendatário do engenho Nossa Senhora da Conceição e proprietário dos engenhos: Nossa Senhora do Rosário/Sirinhaém, Sibiró de Cima, Salgados ou São João Salgado e Nossa Senhora da Conceição/Ipojuca

32.      Engenho Nossa Senhora da Conceição/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Companhia Agrícola e Mercantil de Pernambuco - Proprietária dos engenhos: Anjo; Cachoeira Nova,  Burarema, Sibiró do Cavalcanti/Sirinhaém; Dois Rios, Jaciru/Goiana; Assunção; Cachoeira; Canadá, Castor,  Ganganelli, Pinto/Gameleira; Lobo/Sirinhaém; Ribeirão/Escada; Dois Rios/Goiana; Jacaré, Jacé, Novo/Goiana; Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição/Cabo de Santo Agostinho

33.      Engenho Nova Aurora/Sirinhaém
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Dersolino de Barros Lins - Proprietário dos engenhos: Boa Esperança e Nova Aurora/Barreiros.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Cucau – Foi edificada, em 1895, pela Companhia de Melhoramentos em Pernambuco. Entre os acionistas e diretores da Companhia, estão: Manuel  Borba e José Rufino Bezerra Cavalcanti, governadores de Pernambuco, Arthur de Siqueira Cavalcanti Filho, Barão de Águas Claras, Oscar Bernardo Carneiro da Cunha, coronel Júlio de Araújo, João Cardoso Ayres. Atualmente a usina pertence ao Grupo Armando de Queiroz Monteiro e integra, junto com a usina Laranjeiras, a Companhia Geral de Melhoramentos em Pernambuco, Proprietária dos engenhos: Antas, Cocaupe, Lobo, Nova Aurora/Sirinhaém; Araquara ou Vicente Campelo/Escada; Brejo/Ribeirão; Cocula/Gameleira; Limão Doce/Rio Formoso; e Amaraji/Gameleira
Ocupado pelos sem terras em 1998

34.      Engenho Nova Cintra/Timbauba
Proprietário/Morador/Rendeiro: Ernesto Gonçalves Pereira Lima - Nascido em 1838 e falecido em 1906/Usina Brejo. Filho de Manuel  Gonçalves Pereira de Lima e Anna Joaquina da Silva. Casado com sua prima Ana Leopoldina Pereira Cascão (Nana), nascida em 1839/Recife e falecida em 1920/Recife, filha de José Gonçalves Cascão e Maria do Espírito Santo Pereira Lima; filhos (03. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-05108; FR-05110; FR-3081. Herdeiro de seus pais: Manuel  Gonçalves Pereira Lima e Anna Joaquina da Silva. Proprietário dos engenhos: Brejo (depois Usina); Nova Cintra/Timbauba; Pereira Grande/Água Preta

35.      Engenho Nova Esperança/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Evaristo de Leão - Proprietário dos engenhos: José do Espantalho e Nova Esperança e Preferência/Água Preta

36.      Engenho Nova Vida/Catende
Proprietário/Morador/Rendeiro: Affonso Augusto da Silva Freire - Conselheiro Municipal de Palmares, 1892. Rendeiro do Engenho Nova Vida
Ocupado pelos sem terras Extrato de Laudo de Avaliação para fins de Reforma Agrária. Processo/INCRA/SR-03/PE/N°54140.001301/2006-89. Imóvel: Engenho Bela Rosa, Curupaity, Nova Vida e parte dos engenhos Gameleirinha e Bela Aurora, municípios: Jaqueira e Catende. Área registrada (Ha): 533,4503. Exploração predominante: agricultura (cana-de-açúcar).

37.      Engenho Nova Vida/Nazaré da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Xavier de Andrade – Capitão. Filho de José Seabra Xavier de Andrade e de Joana de Almeida Azeredo Coutinho Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-3485; FR-661. Proprietário dos engenhos: Nova Vida, Limão/Nazaré da Mata e Coités/Timbauba; Itaenga ou Itanhenga/Paudalho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Philadelphia de Oliveira Cavalcanti - Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-4749

38.      Engenho Novo Cucaú/Jaboatão dos Guararapes
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Casado da Fonseca - Nascido em 1803/Freguesia de São José dos Bezerros e falecido em 1887/engenho Cavalheiro/Jaboatão dos Guararapes. Filho de Damião Casado de Lima II e de Ana Maria do Nascimento. Batizado como Francisco Casado de Lima tomando mais tarde o sobrenome Fonseca do seu avô, para diferenciar-se do tio e sogro, também Francisco Casado de Lima (Jr.). Casou-se, em 1832, com a prima em 2º grau Martinha Margarida (8 filhos).  Proprietário dos engenhos: Cavalheiro, Jangadinha, Caraúna, Guarani e Santana em Jaboatão dos Guararapes

39.      Engenho Novo da Conceição/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Recebeu a sesmaria, no início do século XVII, onde instalou vários engenhos: Cabuçuzinho, Novo da Conceição, Cumaru, Brejo, Buscaú, Paris e o Furna.

40.      Engenho Novo da Conceição/Moreno - O Engenho foi fundado pelo Cap. Manuel Tomás de Sousa Leão. Originalmente, as terras tinham o nome de Sítio do Cavaco, que integravam o antigo engenho Gurjaú de Cima, da família Vieira de Lacerda. Quando foi desmembrado, o engenho recebeu o nome de Conceição. A casa grande do Engenho Novo da Conceição foi construída em 1853 para ser a residência do comendador Manuel de Souza Leão. Nessa época, o engenho funcionava com tração animal. O comendador passou a casa para seu filho, José de Souza Leão (Barão de Gurjhau), que instalou o engenho a vapor no final do século passado. Em 1845, data da ampliação da Casa Grande, passou a chamar-se Novo da Conceição. As filhas de Manuel Tomás de Souza Leão com Rosa Maria Barbosa Cavalcanti casaram-se com primos da família Souza Leão, tendo o filho José de Souza Leão comprado todas as partes do Engenho dos irmãos, tornando-se assim o único dono do Engenho. Das mãos de Euclides de Souza Leão a propriedade passou para os atuais donos, herdeiros da mesma família.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Euclides José de Souza Leão - Sobrinho, afilhado e filho adotivo do Barão de Gurjaú José de Souza Leão. Coronel da Guarda-Nacional e primeiro Prefeito do Moreno. Casado com Adalgisa de Souza Leão.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel de Souza Leão - Capitão. Casado com sua prima Francisca Severina de Souza Leão. Proprietário dos engenhos: Almécega e Laranjeiras /Água Preta e Novo da Conceição/Moreno.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Tomás de Sousa Leão – Comendador Casado com Rosa Maria Barbosa Cavalcanti – Passou o engenho para o seu filho José de Souza Leão (Barão de Gurjhau). Proprietário dos engenhos: Novo da Conceição/Moreno; Gurjaú de Cima/Jaboatão dos Guararapes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José de Souza Leão - Barão de Gurjaú (Dec. 05.05.1883). Integrante dos Souza leão, antiga e importante família, de origem portuguesa, de abastados proprietários de engenhos de açúcar, membros da "aristocracia rural açucareira". O sobrenome duplo teve início em Manuel Leão (1606- 1694), filho de Gonçalves Álvares e Isabel de Leão, que deixou numerosa descendência do seu casamento, cerca de 1631, com Maria de Souza. No Brasil, a família Souza Leão começa com Domingos de Souza Leão, nascido em 1656 em Portugal, filho daquele casal tronco, morador em Jaboatão-PE, abastado agricultor, que deixou descendência de seu casamento com Isabel de Souza Ferreira, pernambucana, filha do Tenente de Cavalos de Goiana, Inácio Pereira de Souza e de Emerenciana da Rocha Ferreira. Nasceu em 1839/Recife e lá também faleceu em 1908. Teve mercê da Carta de Brasão de Armas. Casou-se com sua prima Lilia Ermelinda de Souza Leão, nascida em 1841 e falecida no 1921/Recife, Baronesa de Gurjaú.

41.      Engenho Novo da Muribeca/Jaboatão dos Guararapes – Os engenhos Santo André e Novo da Muribeca era proprietário o Capitão-Mor de Jaboatão dos Guararapes e Muribeca José de Sá e Albuquerque que faleceu, em 1711, em Olinda, com quase cem anos. Esses imóveis e suas respectivas capelas, já pertenceram, em 1597, ao avô dele que tinha o mesmo nome, Cavaleiro da Ordem do Cristo, o vereador mais velho da Câmara de Olinda e fez parte do governo em 1597/1598, quando o bispo D. Antônio Barreiros governava inteiramente a capitânia. Seus filhos: Antônio de Sá e Albuquerque que por sua vez, tinha o mesmo nome do pai e do avô.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio de Morais e Silva – Judeu. Nascido em 1755/RJ e falecido em 1824. Filólogo brasileiro, autor do primeiro dicionário da língua portuguesa, elaborado por um brasileiro, com cerca de 180.000 palavras e expressões. Estudou Direito em Coimbra (1774), mas teve de fugir para a Inglaterra, após ser denunciado à Inquisição por negar os fundamentos da religião católica. Trabalhando como secretário do embaixador português, iniciou estudos de literatura e participou da tradução para o inglês da História de Portugal, publicada em três volumes (1788). Paralelamente desenvolveu as anotações e os estudos para a realização do seu dicionário, cuja primeira edição foi publicada pelos livreiros Borel & Companhia (1789). Voltou a Lisboa, onde se casou (1794) com Narcisa Pereira da Silva, filha do Tenente-Coronel José Roberto Pereira da Silva. Voltou para o Brasil, e foi nomeado Juiz de Fora na Bahia. O dicionarista acompanha o sogro em viagem a Pernambuco e compra o Engenho Novo da Muribeca, passando a dedicar-se à agricultura, obtendo excelentes resultados coma implantação de  novas técnicas agrícolas. Em 1805, foi nomeado Coronel das Ordenanças da Muribeca e em 1813 assumiu o posto de Capitão-mor da Vila de Santo Antônio/Recife. Sem abandonar a escrita, publicou: Epítome da Gramática da Língua Portuguesa (1806), e uma Gramática Portuguesa (1824). Apesar dos permanentes problemas com a Inquisição, foi condecorado com a Ordem de Cristo (1808) e aclamado membro do governo revolucionário (1817).  Proprietário do engenho Muribeca ou Novo/Jabotão dos Guararapes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio de Sá Cavalcante Lins - Capitão mor da Muribeca; Coronel do Reg. de Cavalaria de Itamaracá; Fidalgo da Casa Rea; participou da Guerra dos Mascates. Viveu sempre no Engenho Megáo. Filho de José de Sá de Albuquerque e de Maria da Fonseca Cristiana. Segundo o seu testamento, datado de 12/1/1734, foi casado com Joana de Ornelas, filha de Baltasar de Ornelas Valdevez, natural da Ilha da Madeira, e de sua 2ª esposa Maria de Castro. Com fotografia: Col. Francisco Rodrigues; FR-2616. Proprietário dos engenhos: Campo Alegre do Sul/Vitória Santo Antão; Santa Maria, Santo André; Novo da Muribeca /Jaboatão dos Guararapes-Muribeca; São José e Velho Beberibe (Enkalchoven), Santo Antônio da Várzea /Recife; Almécega/Água Preta; Gurjaú ou Grojaú/Cabo Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José de Sá Albuquerque - Faleceu, em 1711/Olinda. Juiz Ordinário da Câmara de Olinda; Capitão Mor da Muribeca e Jaboatão dos Guararapes; Coronel das Ordenanças da Muribeca, Ipojuca e Cabo Santo Agostinho; Provedor da Santa Casa; Fidalgo da Casa Real; Cavaleiro da Ordem de Cristo; Vereador da Câmara de Olinda; fez parte do Governo em 1597/1598, quando o bispo D. Antônio Barreiros governava inteiramente a Capitânia. Participou da guerra holandesa; proprietário do morgado de Santo André. Casado com Ana de Albuquerque, filha de Antonio de Sá e Albuquerque. Quando os holandeses foram expulsos de Pernambuco, os herdeiros do pai Antônio de Sá reivindicaram seus direitos de posse e as autoridades portuguesas os concederam: as terras passaram, então, às mãos de José de Sá e Albuquerque. Não se preocupando mais com a indústria açucareira, segundo consta em documentos antigos, José transformou a propriedade na Fazenda Beberibe, passando a explorar as madeiras de suas matas e a fabricar carvão vegetal; fazendo com que fosse desaparecendo os aspectos do antigo feudo açucareiro. Com fotografia: Col. Francisco Rodrigues; FR-2616. Proprietário dos engenhos: Almécega/Água Preta; Gurjaú ou Grojaú/Cabo Santo Agostinho; Novo, Santo André/Jaboatão dos Guararapes; Megaó/ Goiana; e Velho Beberibe depois Eenkalchoven/ Recife.

42.      Engenho Novo/Cabo de Santo Agostinho – Durante a invasão holandesa o engenho foi confiscado e vendido a Diogo Dias Brandão, era movido a água e de fogo vivo; sob a invocação de Santa Apolônia; fica situado a ¼ de milha do Engenho Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição; tendo toda sua cana plantada em redor do engenho. A terra que lhe pertence foi calculada em ½ milha; tem um açude muito difícil, cortado do rio Pirapama e muito caro para manter. A casa de purgare e das caldeiras têm paredes de taipa; a moenda e a casa grande têm um lado desmoronado. O engenho foi recuperado pelos holandeses e atualmente de fogo vivo para a Companhia, podendo fornecer anualmente 5.000 a 6.000 arrobas de açúcar .Nota: A Capela de São Miguel Arcanjo do engenho Novo, localizado no município do Cabo de Santo Agostinho, datada do começo do século XVII, está totalmente restaurada depois de passar por um longo processo de depredação que deixou o imóvel praticamente em ruínas
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antero Vieira Cunha - Tenente Coronel e Barão de Araripe (Dec. 20/03/1875), "atendendo ao relevante serviço que prestou à Colônia Orfanológica Isabel, em Pernambuco", como se lê no próprio texto do decreto da criação do título. Nasceu em 1837 e faleceu em 1905, filho de João Vieira da Cunha e de Maria das Neves Carneiro da Cunha. Casado com Antônia Morais Vieira da Cunha, falecida em 1890, Baronesa de Araripe.  Possuía um belíssimo sobrado na Rua Imperial/Recife. Nos autos de inventário da Baronesa, aparece a Condessa da Boa Vista como devedora da quantia de 5 contos de réis. Proprietário dos engenhos: Setubal, Serra, Pitimbu, Rosário, Novo/Cabo de Santo Agostinho, Venus, e Conceição Velha/Ipojuca; Jundiá Mirim/Escada; Caetés/Amaraji.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Cristóvão Paes Barreto – Capitão-mor do Cabo de Santo Agostinho. Fidalgo Cavaleiro da Ordem de Cristo. Nascido no Cabo de Santo Agostinho. Filho de João Paes Velho Barreto e Inez Tavares Guardez. Casado com Margarida de Melo (09 filhos), filha de João Gomes de Mello e Anna de Hollanda. Proprietário dos engenhos: Algodoais, Garapu, Guerra, Jurissaca, Novo, Pirapama, São Braz Coimbero, Santo Estevão, Utinga, Trapiche/Cabo de Santo Agostinho; Jacaré/Goiana; Santa Luzia, Velho ou Santo Antônio dos Montes/Ipojuca; Santo André/Muribeca e o Santo Antonio/Recife. Curiosidades: Mulheres nobres procuraram acolhimento no recolhimento de Olinda, como Maria da Trindade, Ana de Mello Barreto, naturais do Cabo de Santo Agostinho, filhas de Cristóvão Paes Barreto e Margarida de Mello, consideradas como virtuosas e dedicadas em exercícios espirituais e na aplicação de seus cabedais para a abastança da casa. Viveram recolhidas até a morte de ambas, que ocorreu em 1626.
Proprietário/Morador/Rendeiro: David Senior CoronelDuarte Saraiva. Judeu português. Nasceu em 1572/Amarange/PT. Membro da renomada família Senior Coronel radicada em Hamburgo. Seu nome aparece: na compra de escravos; fretamento de navios; corte de madeira; rendeiro; cobrador de dízimos; proprietário de imóveis. Por duas vezes (1639 e 1644) ele arrematou a cobrança dos impostos da Companhia sobre a produção do açúcar em Pernambuco, despendendo na primeira vez 128.000 florins. Faleceu em 1650/Recife e deixou de créditos a receber da coroa portuguesa, a importância de 351.502 florins. Proprietários dos engenhos: Bom Jesus, São João do Salgado, Novo, Velho antes chamado Madre de Deus/Cabo de Santo Agostinho; Camaçari, Trapiche ou Bom Jesus/Sirinhaém; Rosário da Torre e o Madalena, por ele vendido a João de Mendonça Furtado, Santo Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven /Recife. Curiosidades: Quando a Holanda invadiu o Nordeste no século XVII, estava desejosa de dominar exatamente as áreas produtoras de cana de açúcar. Nesse período, dos 120 engenhos que estavam em funcionamento em Pernambuco, cerca de 6% era de propriedade de judeus portugueses que moravam na Holanda - além, evidentemente, daqueles engenhos de cristãos-novos. Moisés Navarro, por exemplo, foi dono de um engenho chamado Jurisseca, enquanto Duarte Saraiva, tinha três engenhos, todos adquiridos em leilão realizado após a invasão
Proprietário/Morador/Rendeiro: Diogo Dias Brandão - O status de senhor-de-engenho veio a encantar até aos holandeses recém-chegados, pois "o açúcar prometia fortunas". Assim sendo, logo após a rendição do Arraial do Bom Jesus (1635), vemos nomes ilustres do governo holandês e de judeus ricos na listas dos senhores-de-engenho: Jacob Stachouwer, Balthazar Wijntges, Servaas Carpentier, Willem Schott, Hendrik Schilt, todos eles conselheiros políticos; comandantes militares, como Sigismund von Schkoppe e Joris Garstman; comissário Willem Doncker; fiscal Nicolaas de Ridder; senhores Elbert Crispijns, Jacques Hack, Jan van Ool, Hans Willem Louissen; e alguns judeus Mozes Navarro, Eduard Saraiva, Vicente Rodrigues Vila Real e Diogo Dias Brandão. Proprietário de dois Engenhos: Pirapama/Ipojuca e Novo/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Paes Velho Barreto - Nascido em 1544/PT e falecido em 1617. Filho de Antonio Velho Barreto teve muitos irmãos: Estevão, Cristóvão, Miguel, Diogo, Antonio, Filipe e Catarina. Em 1560, já era o Morgado de Nossa Senhora da Madre de Deus do Cabo Santo Agostinho, vinculando o Engenho Madre de Deus, depois engenho Velho. Casado com Inês Tavares Guardez, filha de Francisco de Carvalho de Andrade, senhores do engenho São Paulo, na Várzea do Capibaribe, que ao casar levou como dote 10 engenhos: Madre Deus ou Velho, Guarapu, Algodoais, Trapiche, Guerra, Ilha, Santo Estevam e Jurissaca; este último vinculou-o a Catarina Barreto, sua filha. Deve ter chegado ao Brasil em 1557. Fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem de Cristo. Prestou serviços durante a colonização da PB e RN. Fundou o 1º engenho do Cabo Santo Agostinho, em 1580. Foi um dos heróis da defesa do forte real do Bom Jesus - Arraial Velho; em 1635, caiu prisioneiro dos holandeses. Forçado a abandonar a sua casa e as suas 12 propriedades agrícolas, conseguindo retirar 350 e  muito gado. Fugiu, em 1635, com Matias de Albuquerque, com os seus irmãos Estevão, Cristóvão, Miguel, Diogo, Antônio. Filipe e Catarina Barreto, viúva de Luís de Sousa, os quais também abandonaram as suas casas e fazendas. Em 1637 foram os seus bens, confiscados pelos holandeses; um engenho foi vendido a Julião Paes de Altero e os engenhos: Velho e Guerra por 70.000 florins, quantia elevadíssima nessa época, o que demonstra o valor de tais propriedades. Naquele mesmo ano acompanhou Paes Barreto o exército em sua retirada para a Bahia, mas chegando à cidade de S. Cristóvão, capital de Sergipe, embarcou para a Europa em comissão oficial. Por seu falecimento o seu primogênito Francisco Paes Barreto  tornou-se o Morgado do Cabo. Proprietário dos engenhos: Algodoais, Garapu, Guerra, Jurissaca, Novo, Pirapama, São Braz Coimbero, Santo Estevão, Utinga, Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição/Cabo Santo Agostinho; Jacaré/ Goiana; Santa Lúcia, Velho ou Santo  Antônio dos Montes/Ipojuca; Santo André/Muribeca- Jaboatão dos Guararapes e o Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven ou Várzea do Capibaribe/Recife. Curiosidades: Refere Borges da Fonseca que, anos depois, exerceu o cargo de Comissário Geral da Cavalaria do nosso exército, "posto exercido também em Madrid, quando foi mandado pelo Conde de Bagnuolo à dita corte no ano de 1637, representando  El-rei D.Filipe, que era o 3º de Portugal ". Enquanto não voltou à pátria, refere Loreto Couto: Paes Barreto serviu em Flandres, onde em várias ocasiões deu mostras de seu valor e esforço. As suas terras terminaram depois doadas ao filho dele, Cristóvão Paes Barreto.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Gomes de Barros e Silva – Co-proprietário
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Rufino Bezerra Cavalcanti - Nascido em 1865/Vitória de Santo Antão e falecido em 1922/Recife. Casado com Hercília Pereira de Araújo (11 filhos). Advogado, Deputado Estadual e Federal, Senador, Ministro da Agricultura e Governador (1919/1922), maior acionista da Companhia Geral de Melhoramentos de Pernambuco, empresa que além de produzir açúcar e álcool na Usina Cucau, construiu uma estrada de ferro ligando a usina ao município de Barreiros.  Proprietário dos engenhos: Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição, Novo, Barbalho, Pirapama, São João, Malinote, Malakof, Mataparipe, São Pedro e 1/3 do Santo Inácio/Cabo Santo Agostinho; Serra/Vitória de Santo Antão
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel  Olimpio de Barros Costa - Proprietário dos engenhos: Caetés/Caité/Escada e Novo/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina José Rufino

43.      Engenho Novo/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: André Vidal de Negreiros - Português nascido em 1606/engenho São João/Pb e faleceu em 1681, está sepultado na Igreja de N. S. dos Prazeres, Monte Guararapes/Recife. Filho de Francisco Vidal, poderoso escravista e proprietário de engenho.  Em 1625, participou da luta, em Pernambuco e na Paraíba, contra a armada holandesa enviada em auxílio dos holandeses expulsos da Bahia. Em 1636, enfrentou de novo os holandeses, agora na Paraíba, saindo ferido. Em 1639, apoiando o Conde da Torre, atacou propriedades holandesas, o que levou o conde Maurício de Nassau, governante dos territórios holandeses, por sua cabeça a prêmio. Trabalhou para a expulsão dos holandeses também do Maranhão. Logo após o fim da União Ibérica, ocorrida em 1640, em que Portugal se tornou independente da Espanha, Negreiros organizou, com Fernandes Vieira, a Insurreição Pernambucana, em 1645. Lutaram sem a ajuda de Portugal. Foi um dos comandantes das Batalhas de Guararapes (1648-1649), onde os holandeses foram vencidos. Restaram a estes somente a fortaleza em Recife,  onde depois do cerco a cidade e o ataque de Negreiros se renderam, em 26/01/1654, na Campina da Taborda. O prestígio obtido, o levou ao governo do Maranhão (1655-56 e 1667) e de Pernambuco (1657-1661). De 1661 a 1666, governou Angola/África. Ao voltar ao Brasil, era um homem de grande fortuna e dono de vários engenhos, uns dos maiores exploradores de trabalho escravo negro de seu tempo. Proprietário dos engenhos: Desterro/Paudalho; Novo/Goiana; São Francisco/Ipojuca.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Companhia Agrícola e Mercantil de Pernambuco - Proprietária dos engenhos: Anjo; Cachoeira Nova,  Burarema, Sibiró do Cavalcanti/Sirinhaém; Dois Rios, Jaciru/Goiana; Assunção; Cachoeira; Canadá, Castor,  Ganganelli, Pinto/Gameleira; Lobo/Sirinhaém; Ribeirão/Escada; Dois Rios/Goiana; Jacaré, Jacé, Novo/Goiana; Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição/Cabo de Santo Agostinho

44.      Engenho Novo/Jaboatão dos Guararapes – Segundo referência holandesa o eng Novo, pertencia a Duarte Saraiva, era movido a água e de fogo vivo. Seus lavradores era: é Antonio Teixeira, Francisco Pereira da Silva e Adriaen Michielsz. Um documento holandês de 1637 relaciona, em Jaboatão dos Guararapes, Santo André, Novo e Santa Maria que pertenceram a Antonio de Sá e foram confiscados e vendidos a Gaspar Dias Ferreira
Proprietário/Morador/Rendeiro: Agostinho Bezerra da Silva Cavalcanti - Coronel. Filho de Antônio Luiz Bezerra da Silva e de Rita Francisca Xavier Cavalcanti. Faleceu em 1920. Casado com, Rita de Paula Souza Leão, filha de Antônio de Puala Leão e de Tereza B. V. Cavalcanti. Falecida em 1920. Rita era uma renomada quituteira da época, tem-se conhecimento de que muitas de suas receitas ficaram famosas, como a do Bolo São Bartolomeu e o Bolo Souza Leão, que foram bastante apreciados pelo imperador dom Pedro II e sua mulher, Teresa Cristina, em viagem a Pernambuco. Proprietário dos engenhos: São Bartolomeu, Santo Agostinho, Novo/Jaboatão dos Guararapes e São Jerônimo da Várzea/Recife
Proprietário/Morador/Rendeiro: Agostinho de Holanda de Vasconcelos - Cristão novo. Capitão. Batizado em 1542/Olinda e falecido em 1614/Cabo de Santo Agostinho. Filho de Arnau de Holanda e de Brites Mendes de Vasconcelos. Casado com Maria de Paiva. Construiu junto a sua mãe, em 1577, o Engenho Novo da Muribeca/Jaboatão dos Guararapes, em parte da terra da sesmaria, doada por Duarte Coelho, a outra parte D. Brites vendeu a João Peres por 35.000 cruzados (14 contos). Proprietário dos engenhos: Santo Agostinho, Novo/Muribeca e São Jerônimo da Várzea/Recife
Proprietário/Morador/Rendeiro: Gaspar Dias Ferreira – Português. Judeu. Radicado em Pernambuco desde 1628. Presidente da câmara de Olinda; Escabino do Recife em 1637, 1639 e 1640. Filho de Pedro Dias Ferreira, assassinado em 1654. Um dos devedores da WIC; naturalizou-se holandês e foi com Nassau para os Países Baixos, em 1644; foi considerado traidor. Proprietário dos engenhos: Novo, Santo André,  Santa Maria/Jaboatão dos Guararapes, Campo Alegre do Sul/Vitória Santo Antão.  Curiosidades: É sabido que João Maurício de Nassau teve a maior intimidade com três portugueses durante o seu governo do Brasil; um deles foi Gaspar Dias Ferreira (judeu), seu homem de negócios "que tratava de grangear sua vida e de fazer ricos aos holandeses à custa da fazenda e do sangue dos compatriotas" escreve Fr. Manuel Calado, a apontá-lo como pavoroso larápio. Curiosidade: Relata frei Manuel Calado, o episódio envolvendo denúncia contra a senhora-de-engenho Jerônima de Almeida, mulher de Rodrigo de Barros Pimentel, que, para se livrar de um falso testemunho do seu escravo, teve que entregar a Gaspar Dias Ferreira (testa-de-ferro de Nassau em negócios escusos) noventa caixas de açúcar. Curiosidade: De 27/08 a 4/9/1640, o conde Maurício de Nassau querendo sentir a opinião de seus jurisdicionado, convocou uma Assembléia de conteúdo inegavelmente democrático. Dela participaram numerosos proprietários de engenhos representando suas freguesias: Gaspar Dias Ferreira, a cidade Maurícia; Arnau de Holanda, São Lourenço da Mata; João Fernandes Vieira, a Várzea; Manuel Paes, o Cabo de Santo Agostinho; Amador de Araújo, Ipojuca; F. Fernandes Araújo, Sirinhaém; Antonio Bulhões, Jaboatão dos Guararapes; Fernão do Vale, Muribeca; Gonçalo Novo de Lira, Igarassú; Rui Vaz Pinto, Itamaracá; Antonio Pinto de Mendonça, a Paraíba e Francisco Rabelo, Porto Calvo, Santo André e Novo, de Antônio de Sá e Albuquerque e vendidos a Gaspar Dias Ferreira; participou da guerra dos mascates. Curiosidade:  Registro Provisões do Conselho Ultramarino Lisboa, 20/10/1650. Sobre determinar-se que Gaspar Dias Ferreira não seja desapossado de 2 engenhos que tem em Pernambuco, sem ser ouvido. A. H. U., Códice 92, fl. 157.

45.      Engenho Novo/Paudalho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Casado Lima Nascimento - Nascido em Serinhaem.  Sargento-mor do Fortim da Coroa Grande/Serinhaem. Neto do Capitão Mor João Cavalcanti. Em 1812, foi contemplado com uma sesmaria na Ribeira de Paudalho, onde já estavam inseridos os engenhos: Apuá, Eixo, Petribú e Novo. 1867 – Seu filho, o Coronel Lourenço Cavalcanti de Albuquerque, promoveu a restauração do Engenho Petribú, onde passou a residir até o seu falecimento, em 1867. Dono e fundador do engenho Novo Cucaú/Serinhaem e de uma sesmaria na Freg. de S. José de Bezerros. Proprietário dos engenhos: Apuá, Eixo, Petribú e Novo/ Paudalho; Cocaupe depois Cucau ou Cucahú/Serinhaem
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Cavalcante de Albuquerque - Capitão-mor e Tenente Coronel. Filho do Cap. Leandro Bezerra Cavalcante e de Joanna de Sá. Casado com sua prima Ignez Lins de Albuquerque. Em 1801, participou de uma conspiração (chamada de Suassuna em referência ao seu engenho) visando conseguir proteção de Napoleão Bonaparte, para a formação de uma república no Brasil, princípios da Revolução de 1817. Foi acusado, juntamente com seus irmãos Luís e José Francisco de Paula e presos até 1821; mas inocentados por falta de provas. Mas o fracasso da conspiração trouxe conseqüências imediatas, como o fechamento do Areópago de Itambé, 1802, que, no entanto, ressurgiu em seguida com o nome de Academia dos Suassunas, cuja sede era o próprio Engenho. Apesar das repressões, o espírito de contestação difundido pelas sociedades secretas e pelo Seminário de Olinda não se desfez, ao contrário, ganhou novos adeptos. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-3143. Proprietário dos engenhos: Coqueiro/Rio Formoso, Novo, Apuá e Terra Vermelha/ Paudalho; Petribú/Goiana, Suassuna/Jaboatão dos Guararapes
Proprietário/Morador/Rendeiro: H. Carneiro de Moraes – Capitão
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Cavalcante de Albuquerque - Capitão. Casado com Luisa Cavalcanti de Souza Leão. Em 1710, foi nomeado Capitão Mor da freguesia de Santo Antonio de Tracunhaém, onde se estabeleceu com a família. Durante a Guerra dos Mascates, marchou para o Recife e fez cerco aos fortes do Brum e das Cinco Pontas, em defesa do governador. Seus descendentes tornaram-se senhores dos engenhos: Volta do Cipó, Terra Vermelha, Goitá e Petribú, entre outros. Em 1812, o neto do Capitão Mor João Cavalcanti, Capitão Francisco Cavalcanti de Albuquerque, foi contemplado com uma sesmaria na Ribeira de Paudalho, onde já estavam inseridos os engenhos: Apuá, Eixo, Petribú e Novo. Proprietário dos engenhos: Goitá/Glória de Goitá, Mocotó/Vitória de Santo Antão; Paraná/Escada, Petribu/Goiana, Terra Vermelha/Lagoa do Carro, Novo. Apoá ou Apuá/Paudalho; Pauparaná, Uruguaiana/Palmares.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Cavalcanti de Petribu - Casado com Josefa Pessoa Guerra, filha de João Antônio Pessoa Guerra e  Joaquina Gaião Pessoa Guerra.. Herdeira do Coronel João Cavalcanti de Petribú: a viúva Josefa Pessoa Guerra Cavalcanti de Petribú, junto aos seus 07 filhos maiores e oito menores. e os engenhos:, entre outros. Em 1950, a Sociedade por Quotas de Responsabilidade Ltda foi transformada em S/A, sendo Josefa Pessoa Guerra Cavalcanti de Petribú sócia majoritária, com 50% do capital. Já com a saúde debilitada, falecendo dois anos depois, em 1953. Proprietário dos engenhos: Bom Jesus/Glória de Goitá; Cotunguba, Novo, Bonito/Nazaré da Mata; Santa Cruz/São Lourenço da Mata; Timbó, Itaenga ou Itanhenga, Sítio, Fortaleza/Paudalho; Petribu (depois Usina)/ Goiana.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João de Mendonça Furtado - Filho de Manuel Saraiva de Mendonça. Administrador da Fazenda Real; Capitão de Infantaria; Sargento Mor das Ordenanças de Pernambuco e 1678; participou da Restauração Pernambucana; foi procurador de João Fernandes Vieira quando este esteve em Angola. Comprou o engenho em 1630, a David Senior (Duarte Saraiva). Estava presente durante a invasão dos holandeses. Proprietário dos engenhos: Novo e Rosário da Torre/ Cabo de Santo Agostinho e Madalena (Santa) ou João de Mendonça/Recife.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joaquim Francisco de Mello Cavalcanti e Francisco Cavalcanti de Albuquerque - Compraram a Usina Petribu, em 1903, os Engenhos Fortaleza e Itaenga/Paudalho e Jesus/Glória de Goitá.  Com a morte de Francisco Cavalcanti de Albuquerque, em 1921, Joaquim Francisco de Mello Cavalcanti admitiu como seu sócio, o Coronel João Cavalcanti de Petribú, criando a firma João de Petribú & Cia. Proprietário dos engenhos: Bom Jesus/Glória de Goitá; Fortaleza, Itaenga, Novo e Volta do Cipó/Paudalho; Terra Vermelha/Lagoa do Carro; Lagoa d’Antas/Nazaré da Mata; Cumaru/Palmares; Usina Petribu.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Lourenço Cavalcanti de Albuquerque - Capitão. Casado com Mariana Uchoa Cavalcanti de Albuquerque. Em 12/09/1812 o neto do Capitão Mor João Cavalcanti, Capitão Francisco Cavalcanti de Albuquerque, foi contemplado com uma sesmaria na Ribeira de Paudalho, onde já estavam inseridos os Engenhos Apuá, Eixo, Petribú e Novo. Promoveu a restauração do Engenho Petribú, onde passou a residir até o seu falecimento, em 28 de dezembro de 1867. Avô de oão Cavalcanti de Albuquerque Petribú. Proprietário dos engenhos: Goitá/Glória de Goitá; Ipatinga, Petribú, Goiana; Novo, Terra Vermelha e Volta do Cipó /Paudalho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Paulo Pessoa Cavalcanti de Petribu - Com a morte de Josefa de Petribú, a sociedade passou a ser administrada por Paulo Pessoa Cavalcanti de Petribú, Diretor Presidente, juntamente com Pedro Pessoa Cavalcanti de Petribú e Aluísio Machado Mendes Silva, Diretores Adjuntos. Com a ajuda de Gileno Dé Carli, Paulo Cavalcanti de Petribú conseguiu obter os recursos necessários ao plano de modernização e expansão da usina.



ENGENHO COM A LETRA O

1.         Engenho Oceano/Palmares Leopoldo Marinho de Paula Lins - Dr.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

2.         Engenho Oiteirão/Vitória de Santo Antão
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antonio Veloso Pereira de Andrade - Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues  FR: 636; 2675;3482; e 811. (Cornélia Veloso Pereira de Andrade; José de Barros Pereira de Andrade)
Proprietário/Morador/Rendeiro: Miguel Felipe de Souza Leão - Bacharel. Nasceu em 1823 e faleceu em 1895. Filhos de Domingos de Souza Leão e Tereza de Jesus Souza Leão Coelho. Casado com Isabel Augusta de Souza Leão. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues; FR-3661; 2575; 2579; 2581; 2582; 4826; e 4827. Proprietário dos engenhos: Oiteirão/ Vitória Santo Antão e Bom Tom/Cabo de Santo Agostinho

3.         Engenho Oiteiro Alto/Aliança
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras em 17/04/2000, ligados ao MST

4.         Engenho Oito Porcos/ Timbauba
Proprietário/Morador/Rendeiro: Ignácia Guerra Vaz Curado - "Yayá". Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-06478.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Elias Paes Curado

5.         Engenho Olho d'Água Duro/Timbauba
Proprietário/Morador/Rendeiro: Honorato Vieira de Mello

6.         Engenho Olho d'Água/Camutanga - Nas terras do engenho Olho d’Água foi fundada uma unidade fabril que deu origem a uma das mais importantes Usinas do Estado. Em 1928, associado ao cunhado, José Hardman, Artur Tavares de Melo, transformava em Usina Central Olho D'água, que no ano seguinte produzia a sua primeira safra: seis mil sacas de açúcar. Fazem parte da zona rural do município de Jaqueira, as seguintes propriedades, denominadas de “engenhos”: Gulandy, Barro Branco, Caixa D’Água, Várzea Velha, Fervedouro, Bálsamo da Linha, Guerra, Laje Nova, Boa Vista, União, Flor do Bosque, Corubas, Salgado e Olho D’Água, cuja lavoura predominante, é a cana-de-açúcar. O engenho Olho d'Água foi transformado na Usina Central Olho D'água, em 1828.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Artur Tavares de Melo – Casado com Helena Cárdiman Tavares. Comprou o engenho em 1920, ao seu avô. Em 1928, associado a Samuel e a José Hardman (cunhado), transforma o engenho em Usina Central Olho D'água, iniciando assim a trajetória de um dos maiores grupos produtores de açúcar e álcool da região Nordeste. Em 1945, a nova geração, trouxe sangue novo para desenvolver a pequena usina de açúcar, que já naquela época já produzia 80 mil sacas de açúcar. Entre eles, Murilo Tavares de Melo, hoje principal acionista do Grupo Olho D’Água.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Avô de Artur Tavares de Melo. Quando em 1920, Artur Tavares de Melo comprou de seu avô, o velho Engenho Bangüê Olho D'Água, de açúcar bruto, no município de Camutanga/Pernambuco, jamais poderia esperar que 80 anos depois a pequena unidade fabril daria origem a uma das mais importantes Usinas do Estado de Pernambuc: Usina Central Olho D'água
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Central Olho D'água

7.         Engenho Olho d'Água/Paudalho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Júlio Emílio de Carvalho. Proprietário dos engenhos: Condado e Olho d’Água/Paudalho.

8.         Engenho Olinda/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Cesar de Menezes Cysneiro – Rendeiro do engenho Olinda

9.         Engenho Onça Branca/Rio Formoso
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pacífico Bandeira de Mello – Capitão

10.      Engenho Onça Velha/Rio Formoso
Proprietário/Morador/Rendeiro: Ricardo de Oliveira Machado - Capitão
Proprietário/Morador/Rendeiro: Ocupado pelos sem terras em 17/04/2000, ligados ao MST

11.      Engenho Oncinha/Barreiros
Proprietário/Morador/Rendeiro: José da Costa - Português. Fugiu de Portugal em circunstancias: dramáticas e pitorescas. Perseguido por agentes de justiça, com ordens de arrastá-lo, vivo ou morto – por ter jogado uma pedra a esmo, numa praça de Restelo, que teria atingido a cabeça de um cortesão ou de um clérigo poderoso - escapou em desabalada carreira pelas ruas de Lisboa, alcançando um navio que se preparava para partir, no qual se meteu com a roupa do corpo, sem saber para onde ia, até que os marinheiros o despejassem, afinal, nas praias do Recife. trabalhou em ocupações modestas; casou-se com Maria da Silva, foi adotado pela sociedade pernambucana, e acabou senhor de canaviais, tendo deixado aos descendentes um surpreendente inventário de engenhos de nomes sonoros. Proprietário dos engenhos: Mato Grosso/Água Preta; Santo Antonio/Palmares, Cucaú, Catuama, Burarema, Oncinha/Barreiros, Conceição, Cabuçu, Limão Doce/Amaraji, Maçaranduba/Timbauba e outros
Proprietário/Morador/Rendeiro: Leonardo Orlando de Barros- Coronel. Filho de Manuel Cavalcanti de Albuquerque Barros e de Ursulina de Castro Sá Barreto. Casado com Francisca Caraciola da Costa Gouveia (09 filhos), filha do Coronel João Bento de Gouveia e de Brites de Albuquerque. Homem liberal; deu liberdade a seus escravos um ano antes da Lei Áurea. Autodidata, falava várias línguas, inclusive o dialeto indígena. Era também poeta, músico e compositor. Estudando o cultivo da cana, foi responsável pela introdução da saúva em Pernambuco - a qual importou de São Paulo. Construiu em Pernambuco a primeira casa de farinha, em nível industrial e cultivou novas variedades da cana de açúcar, mais resistentes às pragas. Proprietário dos engenhos: Cocaupe depois Cucau ou Cucahú/Serinhaem; Catuama, Burarema/Barra de Guabiraba, Catolé/Água Preta, Oncinha/Barreiros, Conceição/Catende; Apipucos (São Pantaleão do Monteiro)/Recife; Cabuçu ou Cabussú, Limão Doce/Rio Formoso, Maçaranduba/Timbauba e outros herdados por sua mulher: Mato Grosso/Cabo de Santo Agostinho, Cá-me-vou ou Camevou e o Santo  Antonio/ Palmares.

12.      Engenho Oncinha/Barreiros
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nuno L. de Medeiros

13.      Engenho Opinioso/Amaraji
Proprietário/Morador/Rendeiro: Estevão Leandro da Silva – Rendeiro do engenho Opinioso

14.      Engenho Oral/Paudalho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Maria Joaquina Bizerra do Rego

15.      Engenho Oriental/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel José Robalinho

16.      Engenho Oriental/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Venâncio Costa - Dr.

17.      Engenho Oriente/Rio Formoso
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Otaviano Guedes Nogueira

18.      Engenho Ouricuri/Catende
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Catende - Proprietária dos engenhos: Água Branca de Uraba/Quipapa; Bálsamo da Linha, Corubas/Jaqueira; Bálsamo das Freiras//Lagoa dos Gatos; Bamborel, Bela Aurora, Boa Sorte, Cana Brava, Harmonia, Milagre da Conceição, Monte Pio, Niterói, Ouricuri, Tabaiaré/Catende; Campinas, Capricho, Esperança. Granito/Palmares; Espírito Santo, Mangueira, Mãozinha, Palanqueta, Pastinho, Pasto Grande, Piragibe ou Piragybe, Pirangy ou Pirangi, Porto Seguro, Souza, Veloz, Venturoso, Vida Nova/Água Preta; Curupaiti ou Curupaity /Xexéu; Limão, Urucú ou Urussú/Escada; Monte Alegre/Gameleira; Paudalho/Paudalho; Santa Cruz/Rio Formoso
Ocupado pelos sem terras Extrato de Laudo de Avaliação para fins de Reforma Agrária. Processo/ INCRA/SR-03/PE/N°54140.001265/2006-53. Imóvel: Engenho Ouricuri/Catende. Área registrada (Ha): 150,0000. Exploração predominante: agricultura (cana-de-açúcar). Decreto de 1º de dezembro de 2006 - Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, os imóveis rurais que menciona, e dá outras providências. Art. 1o Ficam declarados de interesse social, para fins de reforma agrária, os seguintes imóveis rurais: I - "Engenho Ouricuri", com área de duzentos e quatro hectares, situado no Município de Catende, objeto da Matrícula no 459, fls. 49v/50, Livro 2-E, do Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Catende, Estado de Pernambuco (Processo INCRA/SR-03/

19.      Engenho Ousadia/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Pacheco de Queiroga - Dr. Proprietário dos engenhos: Ousadia e Pau d’Óleo/Palmares

20.      Engenho Outeiro Alto/ Barreiros
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio S. Thiago Paes de Mello - Casado com Ana Joaquina Xavier de Holanda, pais da Baronesa de Gravatá: Maria Tranquilina. Proprietário dos engenhos: Outeiro Alto e Queimadas/Barreiros

21.      Engenho Outeiro de Pedro/São Lourenço da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro:

22.      Engenho Outeiro/São Lourenço da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Vicente Veloso de Andrade
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Tiúma – Proprietários dos engenhos: Batalha/Goiana; General, Outeiro de Pedro, Tiúma, Tapacurá/São Lourenço da Mata; Pombal/Vitória de Santo Antão; Santo Antonio/Água Preta; Valha-me Deus/Paudalho; e Veneza/Palmares.