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Engenhos F, G e H

ENGENHO COM A LETRA F

1.         Engenho F. Fernandes Araújo/Serinhaem - Capela sob invocação a N. S. da Conceição
Proprietário/Morador/Rendeiro: F. Fernandes AraújoCuriosidades: De 27/08 a 4/9/1640, o Conde Maurício de Nassau querendo sentir a opinião de seus jurisdicionados, convocou uma Assembléia de conteúdo democrático. Dela participaram numerosos proprietários de Engenhos representando suas freguesias: Gaspar Dias Ferreira/cidade Maurícia; Arnau de Holanda/São Lourenço da Mata; João Fernandes Vieira/Várzea; Manuel Paes/Cabo Santo Agostinho; Amador de Araújo/Ipojuca; F. Fernandes Araújo/Serinhaem; Antonio Bulhões/Jaboatão dos Guararapes; Fernão do Vale/Muribeca; Gonçalo Novo de Lira/Igarassú; Rui Vaz Pinto/Itamaracá; Antonio Pinto de Mendonça/Paraíba e Francisco Rabelo/Porto Calvo.

2.         Engenho Fanal da Luz/ Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Correia Accioly Lins – Coronel. Proprietário dos engenhos: Fanal da Luz, São Caetano/Palmares.

3.         Engenho Felicidade/Nazaré da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Inácio Camelo Pessoa de Araújo - Capitão. Casado com Luzia Pessoa de Araújo. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues; FR-05057; 748; e 749. Proprietário dos engenhos: Cumbe, Cassuá e Jacaré/Timbauba; Camocim/Goiana; Felicidade/ Nazaré da Mata.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Luiz Francisco de Barros Rego - Comendador. Casado com Carlota Guilhermina de Barros Rego Wanderley. Filho de Christóvão de Barros Rego Falcão e Anna Joaquina Maurício Wanderley. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-3835; 4417; 4418;  e 3834. Proprietário dos engenhos: Felicidade/Nazaré da Mata; Caraúna/Jaboatão dos Guararapes; Massauaçu ou Massauassu/Escada e Caiará/São Lourenço da Mata. Curiosidades: Há 125 anos. O Diário de Pernambuco não circulou no domingo, 17 de agosto de 1879. Lia-se no dia 18: Revista Diária - Com destino ao Rio de Janeiro, onde vai procurar o restabelecimento de seus padecimentos beribéricos, embarcou, sábado, no vapor "Bahia", o tenente coronel Luiz Francisco de Barros Rego, proprietário do engenho na freguesia de São Lourenço da Mata. Fazemos votos pelo seu pronto restabelecimento.

4.         Engenho Fernanda/Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio dos Santos Pontual – Barão de Flecheiras. Faleceu em 1895 na província do Pernambuco. Filho de João Manuel  Pontual e de Theresa dos Santos Pontual.  Irmão do Barão de Petrolina. Casou com sua prima Francisca Dias dos Santos Pontual, natural de PE, filha de André Dias e irmã do barão de Jundiá. Agricultor e proprietário de usinas na província de PE. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues; FR-4267; e 4234. (Tereza dos Santos Pontual "Mãe Teté", Feliciano dos Santos Pontual, bacharel em 1868 e advogado, e sua esposa Eliza Maria Carneiro Pontual; João Manuel  Alves Pontual). Proprietário dos engenhos: Boa Vista e Fernanda, Cabeça de Negro /Escada e da Usina São José/Igarassu.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Francisco de Mello – Casado com Maria Francisca de Mello. Proprietário dos engenhos: Cumarú, Fernanda e Fertilidade/Palmares. Curiosidades: Em 1783, era disputada 01 légua de terras com um vizinho, e o governador Manuel  Carvalho Paes de Andrade deu despacho de doação das terras à viúva Maria Francisca de Mello: 22 de julho de 1783: (...) a qual terra possuirá e gozará ela suplicante e seus herdeiros, ascendentes e descendentes como sua que fica sendo de hoje para todo sempre, com todas as suas pertenças e matos, campos, águas, rios, testados e logradouros e mais úteis que ela compreender (...). Affonso Ferreira e Félix José Pimentel recorrem ao Conselho Ultramarino, que decidiu a favor deles e, em 1784, a provisão da rainha D. Maria I ordenou a medição e tombamento das terras aos suplicantes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Alves da Silva - Casado com Clara Augusta Alves da Silva. Com fotografias: Col. Francisco Rodrigues; FR-05191; 2677; e 05196. Proprietário dos engenhos: Dois Leões, Fernanda/Escada; Arariba de Baixo/Cabo. Curiosidades: Em 12/08/1801, Francisco Alves da Silva escreveu um ofício à Junta Governativa da Capitania de Pernambuco, dirigido ao Secretário de Estado da Fazenda e Presidente do Real Erário: Rodrigo de Sousa Coutinho, solicitando a patente de Capitão Comandante da fortaleza de Gaibu.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Rodrigues de Sena Santos - Casado com (?) Joaquina Francisca de Sales Sena Santos.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Sérgio H. dos Santos Dias - Dr. Casado com Eliza Maria Carneiro Pontual. Proprietário dos engenhos: Fernanda e Refresco/Escada e do Fertilidade/Palmares.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Serro Azul – José Piauhylino Gomes de Melo Filho – Coronel. Construiu a, na metade do século XIX, entre os anos de 1896 e 1929, nas terras do engenho Camevou, localizado nas margens do rio Una e a 22 km da sede de Palmares. A usina chegou a possuir 22 engenhos, onde plantava a cana de açúcar para sua produção: Camevou (a sede), Camevouzinho, Liberdade, Aratinga, Fertilidade, Floresta, Serra Azul (a antiga usina), Moscou, Aliança, Mágico, Verde, Mearim, Canário, União, Riachuelo, Penderaca, Vista Alegre, Tambor, Almirante, Rosa Murcha, Barra do Dia e Pará.

5.         Engenho Fertilidade/Palmares (Jaqueira) - O Engenho possui 110 ha cultivados de cana-de-açúcar
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Francisco de Mello – Casado com Maria Francisca de Mello. Proprietário dos engenhos: Cumarú, Fernanda e Fertilidade/Palmares. Curiosidades: Em 1783, era disputada 01 légua de terras com um vizinho, e o governador Manuel Carvalho Paes de Andrade deu despacho de doação das terras à viúva Maria Francisca de Mello: 22 de julho de 1783: (...) a qual terra possuirá e gozará ela suplicante e seus herdeiros, ascendentes e descendentes como sua que fica sendo de hoje para todo sempre, com todas as suas pertenças e matos, campos, águas, rios, testados e logradouros e mais úteis que ela compreender (...). Affonso Ferreira e Félix José Pimentel recorrem ao Conselho Ultramarino, que decidiu a favor deles e, em 1784, a provisão da rainha D. Maria I ordenou a medição e tombamento das terras aos suplicantes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Sérgio H. dos Santos Dias - Dr. Casado com Eliza Maria Carneiro Pontual. Proprietário dos engenhos: Fernanda e Refresco/Escada e o Fertilidade/Palmares.

6.         Engenho Firmeza/Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco de Barros e Silva – Barão de Pirangy (Dec. de 18 de outubro de 1873). Residia em seu engenho Firmeza/Escada, onde era muito conhecido por Barão de Firmeza. Falecido em Garanhuns e sepultado em Escada. Casado com Anna Velloso da Silveira (de Barros e Silva), filha de José Velloso da Silveira  e de Maria Velloso da Silveira. O casal teve três filhos. Proprietário dos engenhos: Canto Escuro, Maracujá, Pirangy, Firmeza, Cassuá, Vilhetas e Jaguaribe (todos na Freguesia de Escada).

7.         Engenho Firmeza/Limoeiro - Engenho Central, inaugurado em 1884. Casa grande na lista de bens culturais e naturais, tangíveis da Mata Norte de Pernambuco.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Barreto Coutinho da Silveira - Casado com Joana Barreto Coutinho da Silveira. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-4809.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Cícero Barreto Coutinho da Silveira - Nasceu no engenho Firmeza/ Limoeiro. Casado com Amália Guerra. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-05860.

8.         Engenho Flor de Limão/Gameleira
Proprietário/Morador/Rendeiro: Cordolina V. da Silva Pontual - Proprietária dos engenhos: Caxias, Flor do Dia, Umari e Flor de Limão/Gameleira; Caxias/Escada. Curiosidades: Na Comarca de Vitória de Santo Antão, a Aldeia de Escada em 1861 era considerada "a mais rica da Província" de Pernambuco.  A oligarquia açucareira era formada por "um grupo de oito famílias inter-relacionadas": Lins possuíam 40 engenhos, só em Escada; Pontual 17 engenhos e um sítio; Santos 16 engenhos; Velloso 09 engenhos; Dias 09 engenhos; Barros e Silva 09 engenhos; Alves da Silva 05 engenhos; Siqueira Cavalcante 05 engenhos e Araújo proprietários de "11 plantações".
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Raimundo Pedrosa – Vigário. Proprietário dos engenhos: Flor do Dia, Flor de Limão e Umarí/ Gameleira e o Caxias/Escada.

9.         Engenho Flor de Maio/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Camello de Paula LinsCuriosidade: Nos primeiros anos do período republicano, existiam discordâncias nos meios oficiais sobre a doação de terras do Riacho do Mato e da extinta Colônia Socorro. O Governo do Estado de Pernambuco; autorizou a venda de terras para Manuel Camello de Paula Lins. Sendo contraditórias as informações prestadas, em 1890, pela Secretaria de Governo à Inspetoria Geral das Terras e Colonização de Pernambuco, de que as referidas terras tinham sido repassadas à Câmara Municipal de Água Preta, responsável em cobrar o foro para seu patrimônio e vender “particularmente os lotes de terras” (in, Hounie, 1992:113).  Todavia, esta transação foi impedida pelo Ministério da Agricultura ao determinar estarem as terras “reservadas para núcleos de imigrantes” (IBIDEM).
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Cândido de Miranda - Proprietário dos engenhos: Flor de Maio/Água Preta e Roncadorzinho/ Barreiros

10.      Engenho Flor de Maria/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Adriana Machado Pedrosa
Ocupado pelos sem terras em 1993.

11.      Engenho Flor do Bosque/Jaqueira
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Raimundo Pedrosa – Vigário. Proprietário do EngenhoFlor do Dia, Flor de Limão e Umarí/Gameleira e o Engenho Caxias/Escada
Ocupado pelos sem terras. Extrato de Laudo de Avaliação para fins de Reforma Agrária. Processo/ INCRA/SR-03/PE/N°54140.001196/2006-88. Imóvel: Engenho União, Flor do Bosque e Corubas/ Maraial e Jaqueira. Área registrada (Ha): 1.125,0000. Exploração predominante: agricultura (cana-de-açúcar).

12.      Engenho Flor do Dia/Catende
Proprietário/Morador/Rendeiro: Cordolina V. da Silva Pontual -  Proprietária dos engenhos: Caxias, Flor do Dia, Umari e Flor de Limão/Gameleira; Caxias/Escada. Curiosidades: Na Comarca de Vitória de Santo Antão, a Aldeia de Escada em 1861 era considerada "a mais rica da Província" de Pernambuco.  A oligarquia açucareira era formada por "um grupo de oito famílias inter-relacionadas": Lins possuíam 40 engenhos, só em Escada; Pontual 17 engenhos e um sítio; Santos 16 engenhos; Velloso 09 engenhos; Dias 09 engenhos; Barros e Silva 09 engenhos; Alves da Silva 05 engenhos; Siqueira Cavalcante 05 engenhos e Araújo proprietários de "11 plantações".
Ocupado pelos sem terras. Extrato de Laudo de Avaliação para fins de Reforma Agrária. Processo/ INCRA/SR-03/PE/N°54140.001248/2006-16. Imóvel: engenho Harmonia, Ousadia, Permanente, Flor do Dia, Ilha Formosa, Retiro e Monte Alegre/Catende e Palmares. Área registrada: 1.827,0000 Ha. Exploração predominante: agricultura (cana-de-açúcar).

13.      Engenho Flor do Mato/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Francisco Jatobá Canuto - Inspetor de Quarteirão.  Proprietário dos engenhos: São Francisco e Flor de Maio/Água Preta. Curiosidades:... Em fins de 1861, Manuel Valentim e um grupo de índios envolveram se em um conflito, findando em processos e prisões. Um conflito agravado quando os índios estiveram roçando sem autorização uma área nas proximidades da casa do Inspetor do Quarteirão Manuel Francisco Jatobá Canuto. Este residente desde 1858, no local denominado Espinho em terras da Col. Leopoldina, distante pouco mais de “duas léguas” de onde moravam os índios, fora nomeado para o cargo possivelmente como recompensa pela participação sob as ordens do comandante da Guarda Nacional de Porto Calvo e do Diretor da Col. Mil. de Leopoldina, nos combates aos cabanos “onde prestou relevantes serviços em prol da legalidade” e ha muito tempo era “alvo da ojeriza e animadversão ”dos índios...

14.      Engenho Florente/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Antero da Costa Ribeiro - Dr. Proprietário dos engenhos: Linda Flor/Gameleira e Boa Vista/João Alfredo.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Olimpio Firmino Ferreira Cavalcante

15.      Engenho Floresta/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Bento Gonçalves Vieira – Sargento-mor. Após campanha militar para conquistar as terras do Cabo de Santo Agostinho, onde houve uma total crueldade em relação aos índios, recebeu uma sesmaria do Donatário da Capitania Duarte Coelho, em 1580.  Onde levantou os engenhos: Javunda, Floresta e Gameleira/Cabo de Santo Agostinho.

16.      Engenho Floresta/Jaboatão dos Guararapes
Proprietário/Morador/Rendeiro: Cícero Braga de Souza Leão - Nascido em 1846. Filho de Antônio F. de S. Braga e de Ana Isabel de Souza Leão. Casado com Idalina Augusta de Souza Leão. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues; FR-2596; 2601; e 2597. Proprietário dos engenhos: Entre Rios e Floresta/Jaboatão dos Guararapes.

17.      Engenho Floresta/Rio Formoso
Proprietário/Morador/Rendeiro: Caetano Santiago - Dr.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Bezerra de Carvalho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Serro Azul – José Piauhylino Gomes de Melo Filho – Coronel. Construiu a usina Serro Azul, na metade do século XIX, entre os anos de 1896 e 1929, nas terras do engenho Camevou, localizado nas margens do rio Una e a 22 km da sede de Palmares. A usina chegou a possuir 22 Engenhos, onde plantava a cana de açúcar para sua produção: Camevou (a sede), Camevouzinho, Liberdade, Aratinga, Fertilidade, Floresta, Serra Azul (a antiga usina), Moscou, Aliança, Mágico, Verde, Mearim, Canário, União, Riachuelo, Penderaca, Vista Alegre, Tambor, Almirante, Rosa Murcha, Barra do Dia e Pará
Ocupado pelos sem terras em 1997. Desapropriado através do Decreto/06 | Decreto de 13 de outubro de 2006. Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, os engenhos: Passo da Pátria/Palmares; Harmonia/Catende-Palmares; Tombador/Palmares; São Bento e Floresta/Catende-Jaqueira; Boa Sorte/Palmares; Monte Pio/Catende-Água Preta-Palmares. Área registrada: 351,0000 Ha. Exploração predominante: agricultura (cana-de-açúcar).

18.      Engenho Fluminense/Catende
Proprietário/Morador/Rendeiro: Mendes, Lima & Cia - Antonio Fernandes Ribeiro foi o fundador da firma "Barros, Mendes & Cia", em sociedade com os portugueses: João José Rodrigues Mendes e Gonçalo Alfredo Alves Pereira, sucedida por "Mendes, Lima & Cia, ao brasileiro José Adolpho de Oliveira Lima. A firma iniciou suas atividades comerciais com a compra de bacalhau, e depois como importadora do mesmo produto. Anos depois interessou-se pela atividade açucareira como comissária e exportadora de açúcar, que adquiria por financiamento antecipado a Engenhos e Usinas. Desse modo conseguiu acumular considerável patrimônio, por compra, ou em ressarcimento daquelas unidades incapazes de saldarem seus compromissos, conforme observa-se pelo levantamento do ativo da empresa por ocasião do inventário procedido com o falecimento do sócio Joaquim Lima d'Amorim que ingressara na firma em 1900, e cujos bens estavam assim arrolados as Usinas: Perseverança e engenhos; Trapiche; Ubaquinha; engenhos: Camaragibe, Jaciru, Cachoeira Nova, Cachoeira Velha , Anjo, Palma, Ubaca, Ubaquinha, Xanguá, Sapucaia, Sibiró do Cavalcanti, Porto Alegre, Gindaí ou Gindahi/Sirinhaém; Jardim /Catende; Jacaré/Goiana; Laje Nova/Palmares; Santana, Mangueira/Água Preta; Sirinhaém depois Todos os Santos, São Bras Coimbero/Cabo de Santo Agostinho; São Domingos/Barreiros; Fluminense; Rosário; Canto Escuro; Trapiche; e Machado.

19.      Engenho Folguedo do Mel/Panelas
Proprietário/Morador/Rendeiro: Sebastião José Lemenha Lins – Casado com Antonia Carolina de Braga Lins
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Alves da Silva - Proprietário dos engenhos: Folguedo do Mel/Panelas, Bom Gosto (depois Usina Central), Pumaty/Palmares e Souza/Água Preta.

20.      Engenho Folguedo/Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: João da Veiga Cabral

21.      Engenho Folguedo/Timbauba
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Antônio Gayão

22.      Engenho Força do Destino/São Lourenço da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: Albino da Silva Leal - Comendador. Casado com Francisca Guilhermina da Rosa Leal. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues; FR-2426; e 2427.

23.      Engenho Fortaleza/Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antonio Marques de Holanda Cavalcanti - Tenente-Coronel. Diretor Geral Interino dos Índios/Escada. Capitão da Guarda Nacional. Filho do Capitão-Mor Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, mais conhecido pelo nome de Coronel Suassuna e de Maria Rita de Albuquerque Mello. Casado com Panfila de Holanda Cavalcanti, filha do Visconde de Utinga. Proprietário dos engenhos: Taquara, Mameluco, Fortaleza, Diamante/Escada e Barra/Serinhaem. Fundou a Usina Barão de Suassuna no engenho Mameluco em 1877.

24.      Engenho Fortaleza/Ipojuca
Proprietário/Morador/Rendeiro: Sebastião Antonio Accioly Lins Wanderley - Barão de Goiacana, Dec. 18.08.1882. Nascido em 1829 e falecido em 1891. Filho do Capitão Sebastião Antonio Accioly e Joanna Francisca de Albuquerque Lins. Casado, em 1855, com Joanna Francisca Ignácia de Accloly Lins, nascida em 1840, falecida em 1898. Casado, em 2ª núpcias, com sua sobrinha Maria Accioly. Estudou as primeiras letras no Engenho Mamucabas/Rio Formoso, propriedade do Coronel Manuel Xavier Paes Barreto, com o padre Joaquim Rafael N. Dura, conhecido latinista. Presidente da Assembléia Provincial em quatro legislaturas. Deputado Provincial em Pernambuco. O barão escreveu dois diários, o primeiro começado em janeiro de 1886 e terminado em 1890 foi publicado na revista do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, Vol. L, Recife, 1978. O outro se perdeu. Foi bacharel em Direito em 1850 no Curso Jurídico em Olinda. Proprietário dos engenhos: Porto Alegre, Ubaquinha, Portas d'Água, Palma. Camaragibe/Sirinhaém; Fortaleza/Ipojuca; Goiana Grande (antes Recunzaem e depois Usina Maravilhas)/Goiana; Tapuia/Amaraji.

25.      Engenho Fortaleza/Paudalho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antonio Marques de Holanda Cavalcanti - Tenente-Coronel. Diretor Geral Interino dos Índios/Escada. Capitão da Guarda Nacional. Filho do Capitão-Mor Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, mais conhecido pelo nome de Coronel Suassuna e de Maria Rita de Albuquerque Mello. Casado com Panfila de Holanda Cavalcanti, filha do Visconde de Utinga. Proprietário dos engenhos: Taquara, Mameluco, Fortaleza, Diamante/Escada e Barra/Serinhaem. Fundou a Usina Barão de Suassuna no Engenho Mameluco em 1877.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Cristovão de Holanda Cavalcanti - Capitão-Mor. Falecido em 1614/Olinda. Filho de Arnaud de Holanda e Brites Mendes de Vasconcelos. Casado com Catarina de Albuquerque, filha de Filipe Cavalcanti e Catarina Albuquerque, filha de Jerônimo de Albuquerque. O casal teve 11 filhos. Deles descendia, em linha direta, o primeiro cardeal brasileiro e sul-americano Dom Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti, que ergueu a capela N. Senhora do Bom Sucesso, em 1739. Proprietário dos engenhos: Fortaleza/Paudalho; Muribeca ou Novo/Jaboatão dos Guararapes e Torre ou Marcos  André/Recife.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Bezerra Pereira de Lyra - Proprietário dos engenhos: Fortaleza e Limeira/Goiana.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Cavalcanti de Petribu - Casado com Josefa Pessoa Guerra, filha de João Antônio Pessoa Guerra e  Joaquina Gaião Pessoa Guerra. Herdeira do Coronel João Cavalcanti de Petribú: a viúva Josefa Pessoa Guerra Cavalcanti de Petribú, junto aos seus 07 filhos maiores e oito menores. Em 1950, a Sociedade por Quotas de Responsabilidade Ltda foi transformada em S/A, sendo Josefa Pessoa Guerra Cavalcanti de Petribú sócia majoritária, com 50% do capital. Já com a saúde debilitada, faleceu dois anos depois, em 1953. Proprietário dos engenhos: Bom Jesus/Glória de Goitá; Cotunguba, Novo, Bonito/Nazaré da Mata; Santa Cruz/São Lourenço da Mata; Timbó, Itaenga ou Itanhenga, Sítio, Fortaleza/Paudalho; Petribu (depois Usina)/Goiana.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joaquim Francisco de Mello Cavalcanti e Francisco Cavalcanti de Albuquerque - Compraram a Usina Petribu, em 1903, os engenhos: Fortaleza e Itaenga/Paudalho e Jesus/Glória de Goitá.  Com a morte de Francisco Cavalcanti de Albuquerque, em 1921, Joaquim Francisco de Mello Cavalcanti admitiu como seu sócio, o Coronel João Cavalcanti de Petribú, criando a firma João de Petribú & Cia. Proprietário dos engenhos: Bom Jesus/Glória de Goitá; Fortaleza, Itaenga, Novo e Volta do Cipó/Paudalho; Terra Vermelha/Lagoa do Carro; Lagoa d’Antas/Nazaré da Mata; Cumaru/Palmares; Usina Petribu.

26.      Engenho Fragoso/Olinda
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pierre Victor Boulitrea – Nasceu em 1812/França e faleceu em 1882/engenho São João/Recife. Parte desse período (1840/1844) atuou como engenheiro-chefe,  responsável pelo plano urbanístico do Recife: estradas de Apipucos, Caxangá e de Vitória de Santo Antão; expansão da cidade Nova de Santo Amaro; nivelamento das casas e das velhas ruas recifenses; reformas de algumas igrejas do interior de Pernambuco; o Tribunal de Relação; o Cais do Colégio (imediações do Cais de Santa Rita); as calçadas do Recife; as três residências da senhora Maria Peretti (no bairro de Caxangá); o solar da Academia Pernambucana de Letras; o Palácio dos Manguinhos; a residência do Conde da Boa Vista (hoje ocupada pela Secretaria de Segurança Pública); casa grande do engenho Cahypió/Ipojuca e a dos seus engenho São João e São Caetano/Cabo de Santo Agostinho, adquiridos ao Barão de Vera Cruz, Manuel Joaquim Carneiro da Cunha; onde empregou sua técnica revolucionou os processos obsoletos da agroindústria açucareira. Instalou o 1º tacho de cobre. Proprietário dos engenhos: Fragoso/Olinda, São Caetano, São João/Cabo de Santo Agostinho.

27.      Engenho Fragoso/Panelas
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Correia dos Santos - Capitão
Ocupado pelos sem terras em 1999

28.      Engenho Francisco Coresma de Abreu/Panelas - Segundo referência documental holandesa, o Engenho que pertencia a Francisco Coresma de Abreu; ficava localizado nas campinas de Igarassu, foi confiscado, demolido e queimado durante a invasão holandesa
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Coresma de Abreu – Durante a invasão holandesa foi preso e enviado para a Holanda.

29.      Engenho Francisco Mendes Flores/Olinda - O engenho que pertencia Francisco Mendes Flores era movido a água. Arrendado a Antônio da Rocha Bezerra
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio da Rocha Bezerra - Filho de Antonio da Rocha Bezerra e Isabel do Prado.  Casado com Maria de Hollanda, filha de João Gomes de Mello e Anna de Hollanda. Arrendatário dos engenhos: Francisco Mendes Flores/Olinda e Mariuna/Goiana.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Mendes Flores – Casado com Jerônima Cabral. Proprietário dos engenhos: Francisco Mendes Flores/Olinda e Mariuna/Goiana

30.      Engenho Flecheiras/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Júlio da Silva Santos - Casado com (?)Joaquina Francisca de Sales Sena Santos. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-05157; e 05157. Proprietário dos engenhos: Macaco, Bom Mirar ou Bom Mirá e Flecheiras /Água Preta.

31.      Engenho Frescundim/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Silviano Moreira Cavalcante – Coronel. Proprietário dos engenhos: Ajudante/Amaraji, Frescudim, Flecheiras Novas e Pau Sangue/Água Preta.
Ocupado pelos sem terras. Portaria INCRA/SR (03)/n 62, de 22 de outubro de 2002, publicada do DOU de 20 de novembro de 2002, que aprovou o Projeto de Assentamento.

32.      Engenho Flecheiras Novas/Água Preta - Casa grande e capela do engenho no inventário de bens culturais e naturais, tangíveis da mata sul de Pernambuco
Proprietário/Morador/Rendeiro: Silviano Moreira Cavalcante – Coronel. Proprietário dos engenhos: Ajudante/Amaraji, Frescudim, Flecheiras Novas e Pau Sangue/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Manuel  de Moraes - Tenente-Goronel. Proprietário dos engenhos: Flecheiras Novas, São Francisco, Santo André/Serinhaem.

33.      Engenho Furna/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Inácio da Cunha Moura – Recebeu a sesmaria, no início do século XVII, onde instalou vários engenhos: Cabuçuzinho, Novo da Conceição, Cumaru, Brejo, Buscaú, Paris e o Furna/Cabo de Santo Agostinho


ENGENHO COM A LETRA G

1.         Engenho Gabinete/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Aristides David Madeira - Dr. Casado com Ana Correia de Almeida, filha de Herculano Antônio José Marroquim e Francisca Correia de Almeida. Proprietário dos engenhos: Gabinete e Santa Teresa/Água Preta.

2.         Engenho Gaibú/Cabo Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joaquim de Sousa Leão - Barão (Dec. 09.08.1884) e Visconde (Dec. 10.04.1867) de Campo Alegre. Major Comandante de Secção de Guerra da Guarda Nacional; Comendador da 1ª Ordem da Rosa e da Real Ordem de Cristo e de N. S. da Conceição de Vila Viçosa de Portugal. Nasceu em 1818/Pernambuco e faleceu em 1900. Filho do Tenente-Coronel Filipe de Souza Leão e de Rita de Cássia Pessoa de Mello. Casou-se com sua prima Francisca de Souza Leão, filha do Comendador Antonio de Paula de Souza Leão e de Teresa Victorina Bezerra da Silva Cavalcanti. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-2563; 2558; 2561; 2564; e 3676.  Proprietário dos engenhos: Moreno depois N. S. da Apresentação, Brejo/ Moreno, Algodoais, Bom Fim; Caramurú, Santa Fé/Água Preta; Gaibú, Ilha das Cobras, Serraria, Tirirí, Boa Vista, Jurissaca/Cabo de Santo Agostinho.

3.         Engenho Gaipio/Ipojuca - Ficou famoso durante a Revolução Praieira, em 1848. A casa grande do engenho data de 1863, com traços neoclássicos, mostra a opulência em que viviam os senhores de engenho: suas mobílias, imagens, louças, cristais e objetos de decoração originais. A capela do Engenhosob invocação a São José. Curiosidades: Há 25 anos. Diário de Pernambuco. Domingo, 23 de dezembro de 1984. Memória - No próximo dia 30 estará fazendo 136 anos que revolucionários de Pernambuco, sob o comando de Miguel Afonso Ferreira, eram atacados no Engenho Gaipió, Ipojuca, por uma tropa imperialista sob o comando do tenente coronel Joaquim Manuel do Rego Monteiro.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti – Em 1890 assumiu o governo de Pernambuco, mas deixou o cargo antes de terminar o mandato. Sua segunda passagem pelo governo foi como Vice-presidente, 1892/1896. Casado com Maria da Glória Pimentel (?). Com fotografias: Coleção Francisco Rodrigues; FR-06443. Proprietário dos engenhos: Arandú de Baixo/Cabo Santo Agostinho e Gaipio/Ipojuca.  Curiosidades: Encontra-se aí também uma referência ao Doutor Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti: “Segundo o Livro de Família deixado por Ambrósio Machado da Cunha Cavalcanti diz o autor: nasceu meu filho Alberto no dia 29/01/1885... neste Engenho Gaipió da Freguesia de Ipojuca e foi batizado no dia 2 / 3 do mesmo ano. pelo cônego Augusto Adolfo Kusewettyer na capela deste Engenho. Livro de Assentos de Batizados dos filhos de mulher escrava vazados da data da lei de 28/09/1871. Ano 1881 n.º 2.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Braz Carneiro Lins e Mello - Tenente-Coronel. Casado com Ignácia Carneiro Lins e Mello. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues; FR-3303; 3304; 3305; e 3301. Proprietário dos engenhos: Bom Jardim/Barreiros; Concórdia e Refresco/São Lourenço da Mata; Gaipio/Ipojuca; Jacaré/Goiana; Santo André/Jaboatão dos Guararapes; Guerra e Velho antes chamado Madre de Deus/Cabo de Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Félix José PimentelCuriosidades: Associou-se a Domingos Affonso Ferreira para acumular terras limítrofes ao engenho Gaipió, denominadas Fernandas. Essa porção de 01 légua de terras era reivindicada por um vizinho e, em 1783, o governador Manuel  Carvalo Paes de Andrade deu despacho de doação das terras à viúva Maria Francisca de Mello. O despacho dizia, inclusive: (...) a qual terra possuirá e gozará ela suplicante e seus herdeiros, ascendentes e descendentes como sua que fica sendo de hoje para todo sempre, com todas as suas pertenças e matos, campos, águas, rios, testados e logradouros e mais úteis que ela compreender (...). (Despacho de doação da sesmaria à D. Maria Francisca de Mello, 22/07/1783); Ferreira e Pimentel recorrem ao Conselho Ultramarino, que decidiu a favor deles e, em 1784, a provisão da rainha D. Maria I ordenou a medição e tombamento das terras aos suplicantes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Fernão Soares de Mello - Capitão-Mor. Proprietário dos engenhos: Gaipio/Ipojuca e Várzea do Ingá/Panelas; Guerra/Cabo de Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Murilo Marroquim Souza – Jornalista. Filho de Clotilda de Almeida Marroquim. Casado com Gicélia Célia de Albuquerque Campello. Adquiriu o engenho na primeira metade do século XX. Proprietário dos engenhos: Itapirema de Cima, Gindaí ou Gindahi/Serinhaem e Gaipio/Ipojuca.
Ocupado pelos sem terras. Desapropriado através do decreto nº 0-028, de 04 de agosto de 1997. Decreto - Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, parte do imóvel rural denominado 'Engenho Gaipio, Situado no município de Ipojuca, Estado de Pernambuco, e da outras providencias.

4.         Engenho Galiléia/Vitória Santo Antão - O engenho é o mais antigo e mais conhecido símbolo da luta pela reforma agrária no Brasil. Nas terras do engenho, em 1955, nasceu a primeira Liga Camponesa, tal como conhecemos hoje o movimento. Foram os próprios moradores quem fundaram a Liga, com o nome de Sociedade Agrícola e Pecuária dos Plantadores de Pernambuco (SAPPP). Francisco Julião entrou na história como defensor deles (que estavam ameaçados de despejo) e como responsável pela oficialização da entidade e principal líder do movimento
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco da Cunha Beltrão - Doutor (médico). Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-2269.
Ocupado pelos sem terra. Desapropriado em 1959, no governo Cid Sampaio. Tem 503 hectares. Na época moravam lá 140 famílias. Hoje são 241. Continuam pobres, mas a situação melhorou.

5.         Engenho Gameleira/Catende (Aliança?) - Casa grande no inventário de bens culturais e naturais da mata sul de Pernambuco
Proprietário/Morador/Rendeiro: Bento Gonçalves Vieira – Sargento-mor. Após campanha militar para conquistar as terras do Cabo de Santo Agostinho, onde houve uma total crueldade em relação aos índios, recebeu uma sesmaria do Donatário da Capitania Duarte Coelho, em 1580.  Onde levantou os engenhos: Javunda, Floresta e Gameleira.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Agripino Sérgio Tavares de Melo
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Pereira Negromonte
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Francisco Pedroso de Carvalho - Tenente. Foi um dos participantes de Hecatombe de Vitória de Santo Antão, dos lados dos “cachorros” – democratas.
Ocupado pelos sem terras. Decreto de 13/10/2006. Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, os imóveis rurais que menciona, e dá outras providências. Os engenhos... Gameleira Grande/Catende.

6.         Engenho Gameleira/Itambé
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Ferreira de Albuquerque – Co-proprietário do engenho Gameleira. Tenente-Coronel. Prefeito de Timbauba. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-4669. Proprietário dos engenhos: São Francisco e Gameleira/Rio Formoso.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joaquim Vieira Lins Petit - Médico. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-4181.

7.         Engenho Gameleirinha/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Pirangi-Assú – Engenhos: Boa Sorte, Proteção, Gameleirinha e Granito/Palmares
Ocupado pelos sem terras. Extrato de Laudo de Avaliação para fins de Reforma Agrária. Processo/INCRA/SR-03/PE/N°54140.001301/2006-89. Imóvel: Engenho Bela Rosa, Curupaity, Nova Vida e parte dos Engenhos Gameleirinha e Bela Aurora, municípios: Jaqueira e Catende. Área registrada (Ha): 533,4503. Exploração predominante: agricultura (cana-de-açúcar).

8.         Engenho Ganganelli/Gameleira
Proprietário/Morador/Rendeiro: Companhia Agrícola e Mercantil de Pernambuco - Proprietária dos engenhos: Anjo; Cachoeira Nova,  Burarema, Sibiró do Cavalcanti/Sirinhaém; Dois Rios, Jaciru/Goiana; Assunção; Cachoeira; Canadá, Castor,  Ganganelli, Pinto/Gameleira; Lobo/Sirinhaém; Ribeirão/Escada; Dois Rios/Goiana; Jacaré, Jacé, Novo/Goiana; Trapiche ou N. S. da Conceição/Cabo de Santo Agostinho.

9.         Engenho Garapú/Cabo de Santo Agostinho – Fundado no século XVI foi confiscado pelos holandeses em 1637, movido a água. Em frente às ruínas da capela do engenho, século XVII, sob a invocação do Espírito Santo, encontra-se um cruzeiro em alvenaria e pedra, com uma cruz de madeira.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Felipe Paes Barreto - Capitão-mor. Casado co Brites de Albuquerque. Filhos: Luís, Felipe, Antônio e Gonçalo Paes Barreto, Catarina de Melo de Albuquerque, Inês e Maria Barreto de Albuquerque, Brites de Albuquerque e Joana Barreto de Albuquerque. Falecido antes de 1651. Mártir da Revolução de 1710, juntamente com Antônio Bezerra Cavalcanti. Proprietário dos engenhos: Garapú/Água Preta, Santo Antonio/Cabo de Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Cristóvão Paes Barreto – Capitão-mor do Cabo de Santo Agostinho. Fidalgo Cavaleiro da Ordem de Cristo. Nascido no Cabo de Santo Agostinho. Filho de João Paes Velho Barreto e Inez Tavares Guardez. Casado com Margarida de Melo (09 filhos), filha de João Gomes de Mello e Anna de Hollanda. Proprietário dos engenhos: Algodoais, Garapu, Guerra, Jurissaca, Novo, Pirapama, São Braz Coimbero, Santo Estevão, Utinga, Trapiche/Cabo de Santo Agostinho; Jacaré/Goiana; Santa Luzia, Velho ou Santo Antônio dos Montes/Ipojuca; Santo André/Muribeca e o Santo Antonio/Recife. Curiosidades: Mulheres nobres procuraram acolhimento no recolhimento de Olinda, como Maria da Trindade, Ana de Mello Barreto, naturais do Cabo de Santo Agostinho, filhas de Cristóvão Paes Barreto e Margarida de Mello, consideradas como virtuosas e dedicadas em exercícios espirituais e na aplicação de seus cabedais para a abastança da casa. Viveram recolhidas até a morte de ambas, que ocorreu em 1626.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Felipe Paes Barreto - Soldado da tropa de 1ª linha da capitania de Pernambuco; Sargento-Mor das ordenanças do Cabo; Capitão; Cavaleiro da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, com 12 mil réis anuais de pensão efetiva; gestor municipal de Olinda; membro de pleno direito da instituição religiosa e militar fundada em 1315 por el-rei D. Diniz ao nacionalizar os bens que possuía em Portugal a Ordem dos Templários. Felipe Pais Barreto ordenou, portanto, a seu procurador que requeresse a abertura das provanças, que deveriam ser realizadas no lugar de nascimento de seus pais e avós, todos naturais da capitania. Filho do 4º Morgado do Cabo, Estevão Pais Barreto e de Maria de Albuquerque. Casado com uma prima, Margarida Barreto de Albuquerque, filha única do sargento-mor Antônio Pais Barreto, proprietário dos engenhos Garapu e Pitimbu, a qual poderia ter levado de dote o engenho Garapu como dote. Felipe foi designado pela tia, Brites Barreto de Albuquerque, viúva de João de Souza, administrador do engenho São Francisco ou dos Algodoais (Cabo), que, com outros bens do casal havia sido legado ao hospital do Paraíso/Recife. Proprietário dos engenhos: Garapu, Velho, Guerra, Pirapama, Santo Antônio, Algodoais e São Francisco/Cabo de Santo Agostinho. 
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Paes Barreto - Natural de Pernambuco, filho de Felipe Paes Barreto e de Brites de Albuquerque e neto materno de Antonio de Sá Mahya. O engenho pode ter sido dado como dote para a sua filha única Margarida Barreto de Albuquerque, casada com Filipe Paes Barreto. Proprietário dos engenhos: Garapu e do Pitimbu/Cabo de Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Paes Velho Barreto - Nascido em 1544/PT e falecido em 1617. Filho de Antonio Velho Barreto. Em 1560, já era o Morgado de Nossa Senhora da Madre de Deus do Cabo Santo Agostinho, vinculando o engenho Madre de Deus, depois engenho Velho. Casado com Inês Tavares Guardez, filha de Francisco de Carvalho de Andrade, senhores do engenho São Paulo, na Várzea do Capibaribe, que ao casar levou como dote 10 engenhos: Madre Deus ou Velho, Guarapu, Algodoais, Trapiche, Guerra, Ilha, Santo Estevam e Jurissaca; este último vinculou-o a Catarina Barreto, sua filha. Deve ter chegado ao Brasil em 1557. Fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem de Cristo. Prestou serviços durante a colonização da PB e RN. Fundou o 1º engenho do Cabo Santo Agostinho, em 1580. Foi um dos heróis da defesa do forte real do Bom Jesus - Arraial Velho; em 1635, caiu prisioneiro dos holandeses. Forçado a abandonar a sua casa e as suas 12 propriedades agrícolas, conseguindo retirar 350 e  muito gado. Fugiu, em 1635, com Matias de Albuquerque, com os seus irmãos Estevão, Cristóvão, Miguel, Diogo, Antônio. Filipe e Catarina Barreto, viúva de Luís de Sousa, os quais também abandonaram as suas casas e fazendas. Em 1637 foram os seus bens, confiscados pelos holandeses; um engenho foi vendido a Julião Paes de Altero e os engenhos: Velho e Guerra por 70.000 florins, quantia elevadíssima nessa época, o que demonstra o valor de tais propriedades. Naquele mesmo ano acompanhou Paes Barreto o exército em sua retirada para a Bahia, mas chegando à cidade de S. Cristóvão, capital de Sergipe, embarcou para a Europa em comissão oficial. Por seu falecimento o seu primogênito Francisco Paes Barreto  tornou-se o Morgado do Cabo. Proprietário dos engenhos: Algodoais, Garapu, Guerra, Jurissaca, Novo, Pirapama, São Braz Coimbero, Santo Estevão, Utinga, Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição/Cabo Santo Agostinho; Jacaré/Goiana; Santa Lúcia, Velho ou Santo  Antônio dos Montes/Ipojuca; Santo André/Muribeca- Jaboatão dos Guararapes e o Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven ou Várzea do Capibaribe/Recife. Curiosidades: Refere Borges da Fonseca que, anos depois, exerceu o cargo de Comissário Geral da Cavalaria do nosso exército, "posto exercido também em Madrid, quando foi mandado pelo Conde de Bagnuolo à dita corte no ano de 1637, representando  el-rei D. Filipe, que era o 3º de Portugal ". Enquanto não voltou à pátria, refere Loreto Couto: Paes Barreto serviu em Flandres, onde em várias ocasiões deu mostras de seu valor e esforço. As suas terras terminaram depois doadas ao filho dele, Cristóvão Paes Barreto.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Pereira de Araújo - "Doutorzinho de Escada". Major, Coronel e Comendador. Um dos fundadores da cidade de Amaraji, em 1868. Proprietário do engenho Bamburral, onde construiu uma usina de açúcar; do engenho Paraíso, na época pertencente à Amaraji, e das terras onde iniciou-se o primeiro povoamento da cidade. Pai de José Pereira de Araújo (Filho) e de Hercília Pereira de Araújo que casou com José Rufino Bezerra Cavalcante, usineiro Deputado Federal e Senador da República. Parente de Agenor Pereira de Araújo, que foi o quinto prefeito de Amaraji. Proprietário dos engenhos: Bamburral, Paraíso, Garra/Amaragi; Garapu/Cabo de Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Paulo de Amorim Salgado - Casado com Francisca de Paula Wanderley, (casou duas vezes: da 1ª vez, com João Baptista Pereira, capitão de cavalaria nas guerras contra os holandeses; e da 2ª com Paulo do Amorim Salgado). Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-4979; e 06868.  (Paulo de Amorim Salgado, filho). Proprietário dos engenhos: Garapú e Santa Amélia/Cabo de Santo Agostinho; Cocal/Rio Formoso; São Paulo do Sibiró/Camela.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Paulo de Amorim Salgado Filho– Dr. Casado com Amélia Augusta de Amorim Salgado. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues; FR-4973. Proprietário dos engenhos: Garapú e Santa Amélia/Cabo Santo Agostinho.

10.      Engenho Garasutinga ou Araripe de Riba/Igarassu – Segundo referência documental holandesa o engenho era movido a água.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Domingos da Costa Brandão - Cristão novo. Descendente de Pero da Rocha Leitão, residente no Recife na época da invasão holandesa. Excluído da Câmara dos Escabinos, por sua descendência judaica. Partiu para Holanda com sua mulher e seus filhos, onde foi circuncidado, e voltou para o Recife. Proprietário dos engenhos: Nossa Senhora da Paz/Cabo de Santo Agostinho; Jacutinga ou d’Água, Garasutinga ou Araripe de Riba/Igarassu.

11.      Engenho Garra/Amaraji - O povoado de Amaraji foi fundado em 1868. Originou-se de uma pequena feira livre nas imediações do engenho Garra, no local onde hoje está a sede do município. O nome foi dado pelo Comendador José Pereira de Araújo. Na mesma época, em 1889, foi construída uma capela em homenagem a São José.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Francisco de Braga (Fraga) - Rendeiro dos engenhos: Repouso e Garra/Amaraji

12.      Engenho Gatos (2)/Panelas
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Apolônio de Assis Pereira

13.      Engenho Gatos/Panelas
Proprietário/Morador/Rendeiro: Severino Ferreira da Silva

14.      Engenho General/São Lourenço da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: Brauliano Cavalcanti Pessoa de Mello - Major. Proprietário dos engenhos: General e Tiúma/ São Lourenço da Mata.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Tiúma
Ocupado pelos sem terras em 2004, ligados ao MST

15.      Engenho Gindaí ou Gindahi/Serinhaem
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antonio da Rocha de Holanda Cavalcante - Barão de Gindaí, agraciado com o título (Dec. 19.11.1888). Nascido em 1830 e falecido em 1903. Filho do Comendador José Luiz de Caldas Lins e de Teolinda da Silveira Lins. Casado com Maria Cluadina de Gusmão Lira, Baronesa de Gindai, falecida em 1903, filha de Francisco Gusmão Lira e de Maria Claudina Lira. Mulher pequenina, talvez não pesasse 40 quilos. Bem humorada, distraia sempre a assistência com os repentes mais imprevistos e engraçados. Júlio Bello dizia que nunca a tinha visto aborrecida, e que era capaz de, em situações sérias, sair-se com um comentário picaresco, que provocava o riso de todos. Seu marido, ao morrer, deixou-a após 50 anos de união. A Baronesa mergulhou numa espécie de pavor, de assombro e surpresa. Após o enterro do Barão, ela caiu com febre alta e quatro dias depois faleceu. Deixou doze filhos. Com fotografia na Coleção Francisco Rodrigues; FR-06460. Proprietário dos engenhos: Morim, Gindaí ou Gindahy, Buenos Aires e Passagem Velha/Barreiros, Manguinhos/S. José da Coroa Grande e Taquari/Vitória de Santo Antão.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco de Caldas Lins - Barão de Araçagi (Dec. 09.11.1867); título alterado e elevado para Visconde do Rio Formoso (Dec. 23.02.1889). Nasceu em 1828, e faleceu em 1897/Rio Formoso. Filho do Comendador José Luiz de Caldas Lins. Deputado Geral pela Província de PE nas 15ª e 16ª legislaturas de 1872/1878 e na 20ª de 1886/1889; votou contra a lei de 08/05/1888, que acabaria com a escravidão no Brasil. Deixou geração do seu casamento com Teodolinda da Silveira Lins, filha do Visconde de Utinga.  Proprietário dos engenhos: Massauaçu ou Massauassu, Una, Herval, Pedra de Siqueira, Laje Nova e Conceição/Rio Formoso; Gindaí ou Gindahy/Barreiros e Clacituba/Escada.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Maurício de Barros Wanderley - Na década de 1830 há referencias eclesiais de João Maurício de Barros Wanderley e de Francisca Maria - solteiros, mas com vários filhos batizados. Nota: Foi encontrado João Mauricio de Barros Wanderley casado com Maria Rita Wanderley, com quem teve 04 filhos: Célio, Lauro, Lúcia e Geraldo; outro João Maurício de Barros Wanderley casado com Maria Raimunda Wanderley. Proprietário dos engenhos: Três Braços/Escada; Gindaí ou Gindahi/Serinhaem e Guarani/Serinhaem.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Mendes, Lima & Cia - Antonio Fernandes Ribeiro foi o fundador da firma "Barros, Mendes & Cia", em sociedade com os portugueses: João José Rodrigues Mendes e Gonçalo Alfredo Alves Pereira, sucedida por "Mendes, Lima & Cia, ao brasileiro José Adolpho de Oliveira Lima. A firma iniciou suas atividades comerciais com a compra de bacalhau, e depois como importadora do mesmo produto. Anos depois interessou-se pela atividade açucareira como comissária e exportadora de açúcar, que adquiria por financiamento antecipado a Engenhos e Usinas. Desse modo conseguiu acumular considerável patrimônio, por compra, ou em ressarcimento daquelas unidades incapazes de saldarem seus compromissos, conforme observa-se pelo levantamento do ativo da empresa por ocasião do inventário procedido com o falecimento do sócio Joaquim Lima d'Amorim que ingressara na firma em 1900, e cujos bens estavam assim arrolados as Usinas: Perseverança; Trapiche; Ubaquinha; Engenhos: Camaragibe, Jaciru, Cachoeira Nova, Cachoeira Velha , Anjo, Palma, Ubaca, Ubaquinha, Xanguá, Sapucaia, Sibiró do Cavalcanti, Porto Alegre, Gindaí ou Gindahi/Sirinhaém; Jardim /Catende; Jacaré/Goiana; Laje Nova/Palmares; Santana, Mangueira/Água Preta; Sirinhaém depois Todos os Santos, São Bras Coimbero/Cabo de Santo Agostinho; São Domingos/Barreiros; Fluminense; Rosário; Canto Escuro; Trapiche; e Machado.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Murilo Marroquim Souza – Jornalista. Filho de Clotilda de Almeida Marroquim. Casado com Gicélia Célia de Albuquerque Campello. Adquiriu o engenho na primeira metade do século XX. Proprietário dos engenhos: Itapirema de Cima, Gindaí ou Gindahi/Serinhaem e Gaipio/Ipojuca.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Otaviano Lins Wanderley Chaves – Proprietário dos engenhos: Gindahi e Laje Nova/Sirinahem

16.      Engenho Gindhy/São José da Coroa Grande
Proprietário/Morador/Rendeiro: Estácio de Albuquerque Coimbra - Nasceu em 1872/engenho Tentugal/Barreiros. Filho de João Coimbra e de Francisca de Albuquerque Belo Coimbra. Formado em Direito pela Faculdade de do Recife, em 1892 com apenas 20 anos de idade. Junto a seu pai, exerceu advocacia em Barreiros, Rio Formoso e Água Preta. Casado com Joana de Castelo Branco Coimbra (04 filhos), do engenho Morim, onde Coimbra passava os fins de semana. Posteriormente, o local se transforma na Usina Central de Barreiros: um dos pontos de referência da indústria açucareira do Estado. Deputado Estadual, 1895; fez parte das Comissões de Justiça e Finanças; em 1899 é eleito Deputado Federal; acumula as funções de Deputado Federal e Estadual (1907), onde consegue a instalação de uma linha férrea para o Recife, e a construção de uma ponte metálica sobre o rio Uma/Barreiros; em 1911 é eleito Presidente da Assembléia assumindo, o governo de Pernambuco, por 60 dias, devido a renúncia do Antônio Pernambucano; reeleito Deputado Federal, 1915 a 1922; Ministro da Agricultura; Vice-Presidente da República (1922-1926), e assumiu também a presidência do Senado e do Congresso Nacional. Após a Revolução de 1930, embarca em um rebocador com os seus assessores. Vai para Maceió e, de lá, para Salvador, onde toma conhecimento do triunfo da revolução e da demissão de Washington Luís, o Presidente da República. Sem maiores alternativas, o governador embarca para Lisboa, onde se exila por quatro anos, acompanhado de seu fiel amigo Gilberto Freyre. Somente em 1934, em decorrência de uma anistia, Estácio Coimbra abandona o exílio. Ele retorna ao engenho Morim, se mantendo  afastado da política até a data do seu falecimento: 09/11/1937. Proprietário dos engenhos: Gindhy/São José da Coroa Grande e Morim, Muitas Cabras, Goitasinho/Glória do Goitá; Tentugal, Grande, Macapá Velho, Manguinhos, Tentugal/ Barreiros e a Usina Central Barreiros/Barreiros.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Central Barreiros – O início da década de 50 foi um momento de expansão da produção de cana-de-açúcar, graças a uma conjuntura internacional favorável que abria novos mercados à produção brasileira. A Usina Central Barreiros colocava em marcha uma política de pleno aproveitamento de seu patrimônio fundiário: as terras entregues aos rendeiros eram então praticamente inexploradas. Proprietária dos engenhos: Manguinhos, Gindhy/São José da Coroa Grande; Rebouças/ Tamandaré; Vermelho/Glória de Goitá; Morim/Barreiros.

17.      Engenho Girassol/Amaraji
Proprietário/Morador/Rendeiro: Mariano Justino Barbosa

18.      Engenho Girento/Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque - Barão e Visconde com grandeza de Suassuna. Nasceu em 1793/Jaboatão dos Guararapes e faleceu em 1880/Recife, no seu palacete do Pombal. Filho do Capitão-Mor Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, Coronel Suassuna, e de Maria Rita de Albuquerque Mello. Irmão mais velho dos Viscondes de Camaragibe, Albuquerque e do Barão de Muribeca. Sentou praça no exército em 1807, galgando todos os postos até o de Brigadeiro, se reformando em 1829. Presidiu a Província de PE em 1826, 1835 e 1838. Deputado à Assembléia Provincial em várias legislaturas, assim como à Geral na 1ª legislatura de 1826/1829; Senador, em 1839; Ministro da Guerra, no 1º Gabinete de 1840; Conselheiro de S. Majestade; Grande do Império; Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial; Dignitário da Imperial Ordem do Cruzeiro e Gentil-Homem da Imperial Câmara. Proprietário dos engenhos: Girento/Limoeiro, Mangueira, São Vicente e Sapucagy de Baixo e a Usina Limoeirinha/Escada; Pantorra/Cabo Santo Agostinho, Suassuna (antes Nossa Senhora da Assunção); Penedo de Baixo, Roncaria, Pitangueiras /São Lourenço da Mata; Poeta/Recife e Timbi/Camaragibe

19.      Engenho Gitó/Timbauba
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Francisco de Oliveira Gitó

20.      Engenho Góes/Timbauba
Proprietário/Morador/Rendeiro: Companhia de Melhoramentos de Pernambuco - Proprietária dos engenhos: Ribeirão/Gameleira, Góes/Timbauba e Cucaú ou Cucahú/Serinhaem; Laranjeiras/Vicência.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Joaquim da Silva Borba - Casado com Cândida Borba de Andrade Lyra, naturais de Timbauba, onde eram senhores do engenho Lagoa do Meio. Proprietário dos engenhos: Góes e Lagoa do Meio/Timbauba.

21.      Engenho Goiana (2)/Goiana - Segundo referência holandesa o Engenho  pertencia a Brites Mendes de Vasconcelos, estava há muitos anos de fogo morto e sem cana. Confiscado e vendido pelos holandeses a Hans Willem Loisen.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Arnau Florentz Holanda – Nascido em 1515/Utrecht/Holanda e falecido em 1614/Olinda, filho de Margaretha Florentz e Hendrick Van Holland, Barão de Rhijnsburg; possuía o título de Barão de Theorobonet. Veio para Pernambuco com Duarte Coelho em 1535. Casado com Brites Mendes de Vasconcelos, nascida em 1525/Lisboa/PT e falecida em 1620/Olinda. Filha de Bartholomeu Rodrigues Mendes e de Joanna Gols de Vasconcelos. Borges da Fonseca em seu livro Nobiliarquia Pernambucana, de 1748, numa referência a Brites Mendes de Vasconcelos, diz que a Rainha D. Catarina, mulher de El-Rei D. João III, “a entregara a D. Brites de Albuquerque quando passou à Pernambuco em companhia de seu marido o Donatário Duarte Coelho, recomendando-lhe a sua acomodação, ao que generosamente satisfizera D. Brites de Albuquerque, casando-a com Arnau de Holanda e dando-lhe em dote muitas terras, nas quais fundou muitos engenhos.” Proprietário dos engenhos: Copissura/Goiana; Santo André e Muribeca ou Novo/Jaboatão dos Guararapes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Hans Willem Loisen - Proprietário dos engenhos: Copissura, Goiana e Jacaré/Goiana.

22.      Engenho Goiana Grande (antes Recunzaem e depois Usina Maravilhas)/Goiana - O engenho foi fundado antes da invasão holandesa por Gaspar Pacheco. Confiscado, foi vendido pelos invasores, em 1637, a Hans Wilen Louisen. Em 1889, Diniz Peryllo de Albuquerque Melo fundou em suas terras a Usina Maravilha e em 1925 foi vendida ao industrial Arthur de Medeiros Carneiro. Capela do Engenho sob a invocação de N. S. do Pilar. Curiosidades: O engenho, dispunha de porto próprio, de modo que, iniciada a moagem, reparava-se a estrada que ia da casa de purgar ao rio. Mas a barcaça, meio de transporte de carga, servia também ao deslocamento do proprietário e família. Com ventos favoráveis, a viagem ao Recife era feita em doze horas. Quando, no fim da Cida, o senhor de engenho resolveu residir na capital, no bairro da Torre/Recife, a mobília seguiu por mar em duas barcaças, o que fez com que acumula-se grandes estoques de açúcar nos engenhos e povoados litorâneos, por falta de barcaça.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco de Arruda Câmara – Paraibano. Médico e Deputado da Corte de Lisboa. Filho do capitão-mor de Ordenanças de Piancó. Filho de Francisco de Arruda Câmara e de Maria Saraiva da Silva, naturais do sertão paraibano. Estabeleceu-se em Goiana, onde praticou a medicina e tornou-se dono do engenho Goiana Grande, em terras onde hoje existe a Usina N. Senhora das Maravilhas.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Wanderley - Batizado em 1867/engenho Goicana, casado com Maria Accioly. Herdeiro de seus pais: Sebastião Antônio Accioly Lins Wanderley e Joanna Francisca de Albuquerque Lins Wanderley.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Martinho Teixeira Cabral - Casado com Inês de Britto.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Sebastião Antonio Accioly Lins Wanderley - Barão de Goiacana, Dec .18.08.1882. Nascido em 1829 e falecido em 1891. Filho do Capitão Sebastião Antonio Accioly e Joanna Francisca de Albuquerque Lins. Casado, em 1855, com Joanna Francisca Ignácia de Accloly Lins, nascida em 1840, falecida em 1898. Casado, em 2ª núpcias, com sua sobrinha Maria Accioly. Estudou as primeiras letras no Engenho Mamucabas/Rio Formoso, propriedade do Coronel Manuel Xavier Paes Barreto, com o padre Joaquim Raphael N. Dura, conhecido latinista. Presidente da Assembléia Provincial em quatro legislaturas. Deputado Provincial em Pernambuco. O barão escreveu dois diários, o primeiro começado em janeiro de 1886 e terminado em 1890 foi publicado na revista do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, Vol. L, Recife, 1978. O outro se perdeu. Foi bacharel em Direito em 1850 no Curso Jurídico em Olinda. Proprietário dos engenhos: Porto Alegre, Ubaquinha, Portas d'Água, Palma. Camaragibe/Sirinhaém; Fortaleza/Ipojuca; Goiana Grande (antes Recunzaem e depois Usina Maravilhas)/Goiana; Tapuia/Amaraji.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Maravilha – Fundada em 1889, nas terras do engenho, por Diniz Peryllo de Albuquerque Melo. NOTA: Durante muito tempo a Usina pertenceu  ao Dr. Artur de Medeiros Carneiro, sendo seu filho Pietro Carneiro o primeiro usineiro a plantar pés de cana nos tabuleiros costeiros e varzeas alagadas de Pernambuco. Colaboração de Pietro Carneiro Júnior.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Viriato de Gouveia Barreto – Proprietário dos engenhos: Beleza e Goiana Grande/Goiana.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Gaspar Pacheco - Filho de Mateus de Aguiar de Altero (ou Mateus de Aguiar Daltro) e de Maria de Vasconcelos. Proprietário dos engenhos: Goiana e (?)/Goiana. Curiosidade: Segundo Leonor Freire Costa, um Miguel Arna comprou, juntamente com Gaspar Pacheco, dois engenhos em Goiana, na capitania de Itamaracá, em 1625, pela quantia de 10 000 cruzados. Curiosidade: Um grupo restrito fazia parte dos maiores importadores de açúcar durante a invasão holandesa em Pernambuco: Nicolau Carvalho, Bento Ribeiro Torrado, Bernardo Pereira Camelo, Francisco de Barros e os parentes do cristão-velho Gaspar Pacheco, um dos primeiros deputados da Companhia Geral do Comércio do Brasil.

23.      Engenho Goiana/Goiana - Referências documentais holandesa: o engenho sob a invocação de São Felipe Santiago; foi fundado por Gaspar Pacheco antes da invasão holandesa; confiscado e vendido a Hans Willem Loisen
Proprietário/Morador/Rendeiro: Helmich Fereres - Tenente. Proprietário dos engenhos: Goiana, Jacaré, Santos Cosme e Damião e Bujari/ Goiana.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Dourado - (Dudu)
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joost van den Bogaert – Capitão. Proprietário dos engenhos Maxima, Jacaré, Goiana e Copíssura/ Goiana.Curiosidades: Companhias de Burgueses: Pelo nosso lado tratamos de nos fazer fortes o mais possível. Em primeiro lugar fizemos registrar de novo os moradores do Recife e depois também os de Antônio Vaz. Os do Recife, somando pouco menos de 500, fizemo-los dividir em 4 companhias, subordinadas a um coronel, três capitães, um capitão-tenente e demais oficiais. Serão suficientes para garantir o Recife quando o exército holandês estiver em campanha, visto que uma grande parte dos nossos burgueses são antigos soldados. Os oficiais que os comandam são os seguintes: Coronel Servaes Carpentier; Capitães: Joost van den Bogaert e Abraham Tapper; Secretário do Conselho Político Samuel Halters; Capitão-tenente: Allard Hol; Tenentes: Bartholomeus van Ceulen, Jacob Coets e Matthys Beck; Alferes: Willem Negenton, Hugo Graswinckel, Gillis van Luffelen e Hubert Cloet...
Proprietário/Morador/Rendeiro: Lourenço Cavalcanti de Albuquerque - Capitão. Casado com Mariana Uchoa Cavalcanti de Albuquerque. Em 12/09/1812 o neto do Capitão Mor João Cavalcanti, Capitão Francisco Cavalcanti de Albuquerque, foi contemplado com uma sesmaria na Ribeira de Paudalho, onde já estavam inseridos os engenhos: Apuá, Eixo, Petribú e Novo. Promoveu a restauração do engenho Petribú, onde passou a residir até o seu falecimento, em 28 de dezembro de 1867. Avô de João Cavalcanti de Albuquerque Petribú. Proprietário dos engenhos: Goitá/Glória de Goitá; Ipatinga, Petribú, Novo, Terra Vermelha e Volta do Cipó /Paudalho, Goiana/Goiana.

24.      Engenho Goiana/Rio Formoso
Proprietário/Morador/Rendeiro: Felinto de Barros Accioly – Co-proprietário do engenho Goiana/Rio Formoso.

25.      Engenho Goitá/Glória de Goitá - A origem do povoamento e cultura das terras de  Glória de Goitá remonta-se ao século XVI, e provém da doação feita a Gaspar Pires, por Brites de Albuquerque, no governo da capitania, em nome de seu filho Duarte Coelho de Albuquerque, 2º donatário da Capitania; essas terras estavam situadas na Ribeira de Guaytá, - nome primitivo do rio Goitá, que nascendo na serra das Russas, atravessa aquelas terras e deságua no Capibaribe. A cidade remonta-se talvez a meados do século XVII, uma vez que por patente do governador Pedro de Almeida, foi 1676.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Gaspar Pires – Recebeu uma sesmaria, em meados do século XVI, doada por Brites de Albuquerque, no governo da capitania, em nome de seu filho Duarte Coelho de Albuquerque, 2º Donatário de Pernambuco; essas terras estavam situadas na Ribeira de Guaytá, - nome primitivo do rio Goitá, que nascendo na serra das Russas, atravessa aquelas terras e deságua no Capibaribe.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Cristóvão de Holanda Cavalcanti - Nasceu em Serinhaem. Filho de João Cavalcanti de Albuquerque que ficou com 50% do Engenho e seu irmão Cristóvão com a outra metade. Tenente Coronel do 16º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional de Paudalho. Casado com Ana Freire de Azevedo. Manteve-se no engenho Bom Jesus, do século XIX, e arrendou a parte de seu irmão, que optou pela vida na capital. Capitão Mor Cristóvão de Holanda Cavalcanti de Albuquerque, senhor do Engenho Petribú, prendeu o célebre cangaceiro Cabeleira e seu companheiro Theodósio, pondo fim a um bando que atemorizava toda a região. Proprietário dos engenhos: Eixo, Cipó Novo, Terra Vermelha, Volta do Cipó/Paudalho; Goitá/Glória; Petribu/Goiana.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Cavalcante de Albuquerque - Capitão. Casado com Luisa Cavalcanti de Souza Leão. Em 1710, foi nomeado Capitão-Mor da freguesia de Santo Antônio de Tracunhaém, onde se estabeleceu com a família. Durante a Guerra dos Mascates, marchou para o Recife e fez cerco aos fortes do Brum e das Cinco Pontas, em defesa do governador. Seus descendentes tornaram-se senhores dos Engenhos: Volta do Cipó, Terra Vermelha, Goitá e Petribú, entre outros. Em 1812, o neto do Capitão Mor João Cavalcanti, Capitão Francisco Cavalcanti de Albuquerque, foi contemplado com uma sesmaria na Ribeira de Paudalho, onde já estavam inseridos os engenhos: Apuá, Eixo, Petribú e Novo. Proprietário dos engenhos: Goitá/Glória de Goitá, Mocotó/Vitória de Santo Antão; Paraná/Escada, Petribu/Goiana, Terra Vermelha/Lagoa do Carro, Novo. Apoá ou Apuá/Paudalho; Pauparaná, Uruguaiana/Palmares.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José de Holanda Cavalcanti de Albuquerque - Falecido em 1878. Herdeiro de Lourenço Cavalcanti de Albuquerque. Por preferir a vida na cidade, arrendou parte do engenho Petribu ao seu Irmão Christovão de Holanda. Sua parte do engenho, então avaliada em 25:000$000, foi dividida entre seus três filhos: Francisco, José e Carlos Cavalcanti de Albuquerque, moradores do Rio Grande do Sul. Proprietário dos engenhos: Petribú/Goiana; Terra Vermelha e Volta do Cipó/ Paudalho; Goitá/ Glória de Goitá.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Lourenço Cavalcanti de Albuquerque - Capitão. Casado com Mariana Uchoa Cavalcanti de Albuquerque. Em 12/09/1812 o neto do Capitão Mor João Cavalcanti, Capitão Francisco Cavalcanti de Albuquerque, foi contemplado com uma sesmaria na Ribeira de Paudalho, onde já estavam inseridos os engenhos: Apuá, Eixo, Petribú e Novo. Promoveu a restauração do engenho Petribú, onde passou a residir até o seu falecimento, em 28 de dezembro de 1867. Avô de João Cavalcanti de Albuquerque Petribú. Proprietário dos engenhos: Goitá/Glória de Goitá; Ipatinga, Petribú, Goiana; Novo, Terra Vermelha e Volta do Cipó /Paudalho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Holanda Cavalcanti de Albuquerque - Casado com Rita de Cassia Cavalcanti de Albuquerque; pais do Barão de Tracunhaem. Proprietário dos engenhos: Goitá e Goitasinho/Glória do Goitá.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Ana Clara de Freitas e CastroCuriosidades: Escritura lavrada no engenho Alagoa Grande, situado na freguesia de N. S. da Luz/Paudalho, comarca de Olinda, pela qual Ana Clara de Freitas e Castro, seu genro Agostinho de Freitas Nunes e sua mulher Ana Zeferina de Freitas e Castro venderam a Antônio Teixeira de Borba e a seu irmão Francisco Delgado de Borba a propriedade denominada Goitá, situada na mesma freguesia de N. S. da Luz, com ½ légua de terra em quadro, e na qual estava levantado o engenho Goitá, cujas benfeitorias foram vendidas, tudo na importância de 4:800$000.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Teixeira de Borba e Francisco Delgado de Borba – Irmãos. Compraram o engenho Goitá a Ana Clara de Freitas e Castro, seu genro Agostinho de Freitas Nunes e sua mulher Ana Zeferina de Freitas e Castro, pela importância de 4:800$000.

26.      Engenho Goitá/Limoeiro
Proprietário/Morador/Rendeiro: Belmiro da Silveira Lins - Barão da Escada, (1874). Nasceu em 1827 e faleceu em 1880. Político e Tenente-Coronel da Guarda Nacional. Participou da chamada Hecatombe de Vitória (conflito político ocorrido nas vésperas da eleição provincial, disputado pelo Barão de Escada e a família Souza Leão). Assassinado durante uma campanha senatorial pelo Espírito Santo. Filho de Henrique Marques Lins, 1º Barão e Visconde de Utinga, e de Antônia Francisca Veloso da Silveira. Casou-se com Maria de Sousa, com a qual teve uma filha: Antônia Lins. Col. Francisco Rodrigues; FR-2864. Proprietário dos engenhos: Harmonia/Catende; Jaguaribe/Abreu e Lima e Massurepe /Igarassu; São Bento/São Lourenço; São Bernardo/Paudalho; Goitá/Limoeiro; Lagoa Grande/Glória de Goitá; São Bento/Paudalho; Terra Vermelha/Lagoa do Carro; Alegria e Limoeiro Velho/Escada.

27.      Engenho Goitasinho/Glória do Goitá
Proprietário/Morador/Rendeiro: Estácio de Albuquerque Coimbra - Nasceu em/1872/ engenho Tentugal/ Barreiros. Filho de João Coimbra e de Francisca de Albuquerque Belo Coimbra, do engenho Tentugal. Formado em Direito pela Faculdade de do Recife, em 1892 com apenas 20 anos de idade. Junto a seu pai, exerceu advocacia em Barreiros, Rio Formoso e Água Preta. Casado com Joana de Castelo Branco Coimbra (04 filhos), do engenho Morim, onde Coimbra passava os fins de semana. Posteriormente, o local se transforma na Usina Central de Barreiros: um dos pontos de referência da indústria açucareira do Estado. Deputado Estadual, 1895; fez parte das Comissões de Justiça e Finanças; em 1899 é eleito Deputado Federal; acumula as funções de Deputado Federal e Estadual (1907), onde consegue a instalação de uma linha férrea para o Recife, e a construção de uma ponte metálica sobre o rio Uma/Barreiros; em 1911 é eleito Presidente da Assembléia assumindo, o governo de Pernambuco, por 60 dias, devido a renúncia do Antônio Pernambucano; reeleito Deputado Federal, 1915 a 1922; Ministro da Agricultura; Vice-Presidente da República (1922-1926), e assumiu também a presidência do Senado e do Congresso Nacional. Após a Revolução de 1930, embarca em um rebocador com os seus assessores. Vai para Maceió e, de lá, para Salvador, onde toma conhecimento do triunfo da revolução e da demissão de Washington Luís, o Presidente da República. Sem maiores alternativas, o governador embarca para Lisboa, onde se exila por quatro anos, acompanhado de seu fiel amigo Gilberto Freyre. Somente em 1934, em decorrência de uma anistia, Estácio Coimbra abandona o exílio. Ele retorna ao engenho Morim, se mantendo afastado da política até a data do seu falecimento: 09/11/1937. Proprietário dos engenhos: Gindhy/São José da Coroa Grande e Morim, Muitas Cabras, Goitasinho/Glória do Goitá; Tentugal, Grande, Macapá Velho, Manguinhos, Tentugal/ Barreiros e a Usina Central Barreiros/Barreiros.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Holanda Cavalcanti de Albuquerque - Casado com Rita de Cassia Cavalcanti de Albuquerque; pais do Barão de Tracunhaem. Proprietário dos engenhos: Goitá e Goitasinho/Glória do Goitá.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Catende - Proprietária dos engenhos: Água Branca de Uraba/Quipapa; Bálsamo da Linha, Corubas/Jaqueira; Bálsamo das Freiras//Lagoa dos Gatos; Bamborel, Bela Aurora, Boa Sorte, Cana Brava, Harmonia, Milagre da Conceição, Monte Pio, Niterói, Ouricuri, Tabaiaré/Catende; Campinas, Capricho, Esperança. Granito/Palmares; Espírito Santo, Mangueira, Mãozinha, Palanqueta, Pastinho, Pasto Grande, Piragibe ou Piragybe, Pirangy ou Pirangi, Porto Seguro, Souza, Veloz, Venturoso, Vida Nova/Água Preta; Curupaiti ou Curupaity /Xexéu; Limão, Urucú ou Urussú/Escada; Monte Alegre/Gameleira; Paudalho/Paudalho; Santa Cruz/Rio Formoso.
Ocupado pelos sem terras em 1999 e em 2000.

28.      Engenho Granito/ Palmares - Casa grande do engenho Granito na lista de bens culturais e naturais da mata sul de Pernambuco.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Pirangi-Assú – Proprietária dos engenhos: Boa Sorte, Proteção, Gameleirinha e Granito/Palmares.
Ocupado pelos sem terras em 1999.

29.      Engenho Gongançary/Igarassu - Engenho localizado no Distrito de Nova Cruz, próximo ao Povoado de Cuieiras. É um conjunto arquitetônico do início do século XVIII, formado pela casa grande, capela, cocheiras, seis casas de moradores, escola etc., construídos numa propriedade de 616 ha de área total. No passado, além de sua importância como unidade econômica, o Engenho viveu episódios históricos, quando invadido várias vezes durante a Revolta Praieira.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Grupo Votorantim - Companhia de Cimento Portland Poty: Decreto nº 59.185, de 8 de Setembro de 1966. Autoriza a Companhia de Cimento Portland Poty a lavrar fosforita, no município de Igaraçu, Estado de Pernambuco. Decreta:  Art. 1º Fica autorizada a Companhia de Cimento Portland Poty a lavrar fosforita, em terrenos de sua propriedade, no imóvel denominado engenho Gongaçari, distrito e município de Igarassu, Estado de Pernambuco, numa área de duzentos e oitenta hectares oitenta e dois ares e vinte centiares (280,8220 ha). Proprietária dos engenhos: Gongançary/Igarassu; Santa Helena/Água Preta e Tiúma/São Lourenço da Mata

30.      Engenho Grande/Barreiros
Proprietário/Morador/Rendeiro: Estácio de Albuquerque Coimbra - Nasceu em 1872/engenho Tentugal/Barreiros. Filho de João Coimbra e de Francisca de Albuquerque Belo Coimbra, do engenho Tentugal. Formado em Direito pela Faculdade de do Recife, em 1892 com apenas 20 anos de idade. Junto a seu pai, exerceu advocacia em Barreiros, Rio Formoso e Água Preta. Casado com Joana de Castelo Branco Coimbra (04 filhos), do engenho Morim, onde Coimbra passava os fins de semana. Posteriormente, o local se transforma na Usina Central de Barreiros: um dos pontos de referência da indústria açucareira do Estado. Deputado Estadual, 1895; fez parte das Comissões de Justiça e Finanças; em 1899 é eleito Deputado Federal; acumula as funções de Deputado Federal e Estadual (1907), onde consegue a instalação de uma linha férrea para o Recife, e a construção de uma ponte metálica sobre o rio Una/Barreiros; em 1911 é eleito Presidente da Assembléia assumindo, o governo de Pernambuco, por 60 dias, devido a renúncia do Antônio Pernambucano; reeleito Deputado Federal, 1915 a 1922; Ministro da Agricultura; Vice-Presidente da República (1922-1926), e assumiu também a presidência do Senado e do Congresso Nacional. Após a Revolução de 1930, embarca em um rebocador com os seus assessores. Vai para Maceió e, de lá, para Salvador, onde toma conhecimento do triunfo da revolução e da demissão de Washington Luís, o Presidente da República. Sem maiores alternativas, o governador embarca para Lisboa, onde se exila por quatro anos, acompanhado de seu fiel amigo Gilberto Freyre. Somente em 1934, em decorrência de uma anistia, Estácio Coimbra abandona o exílio. Ele retorna ao engenho Morim, se mantendo  afastado da política até a data do seu falecimento: 09/11/1937. Proprietário dos engenhos: Gindhy/São José da Coroa Grande e Morim, Muitas Cabras, Goitasinho/Glória do Goitá; Grande, Macapá Velho, Manguinhos, Tentugal/ Barreiros e a Usina Central Barreiros/ Barreiros.

31.      Engenho Gravatá de Laje/Panelas
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Agostinho Régis

32.      Engenho Gravatá/Água Preta - Casa grande, capela, moita, casaria e barracão na lista de bens culturais e naturais tangíveis da mata sul de Pernambuco
Proprietário/Morador/Rendeiro: Anna Joaquina Xavier de Hollanda - Casada com Antônio Luiz da Cunha Themudo, falecido em 1854/Barreiros. Co-proprietária do engenho Pau Sangue, falecida no engenho Solidão em 1861, foi sepultada na capela do engenho Gravatá.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antiógenes Afonso Ferreira - Coronel. Casado com Francisca Lessa Ferreira. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-05022; e 05023. Proprietário dos engenhos: Venus/Palmares e Gravatá/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Benedito Coutinho - Presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Ignácio Ferreira de Melo Lessa – Filho de Ignácio José Ferreira de Melo Lessa e de Rosa Rosário Luzia do Livramento. Casado com Ana Francisca Bezerra Accioli Lins, filha de Antonio Franco da Silveira e de Maria de Barros Wanderley. Pais de Pedro Miliano da Silveira Lessa, Barão de Gravatá, nascido em 1814/engenho Boca da Mata/Serinhaem. Proprietário dos engenhos: Boca da Mata/ Serinhaem e Gravatá/Água Preta.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Joaquim Alves da Silva Fernandes - Proprietário dos engenhos: Entre Montes/Amaraji: Boa Sorte/Palmares, Gravatá/Água Preta e São João /Panelas.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pedro Miliano da Silveira Lessa – Barão de Gravatá, Dec. de 08/08/1888. Nascido em 1814/engenho Boca da Mata/Serinhaem. Tenente da 8ª Companhia do 46º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional, de Água Preta/1850. Em 1870 era 4º Suplente de Juiz Municipal de Água Preta e nesse mesmo ano passou a Major do 46º Batalhão. Em 1873 era Suplente de Juiz da Comarca de Palmares. Casado, em 1835, com Maria Tranquilina Themudo, Baronesa de Gravatá, nascida em 1817/engenho Roncador/Barreiros, e falecido em 1893/engenho Gravatá/Água Preta. Com fotografias na FJN Nº: 1824; 1825; 1826; e 1823.  Proprietário dos engenhos: Solidão, Alegrete, Guarani, Gravatá/Água Preta.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Salustiano da Silveira Lessa – Filho do Barão de Gravatá, Pedro Miliano da Silveira Lessa e da Baronesa de Gravatá Maria Tranquilina Themudo. Casado com Maria Ignez de Barros. Proprietário dos engenhos: Gravatá/Água Preta, Guarani, Alegrete e Solidão.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Pumaty Proprietária dos engenhos: Alegrete, Cuiambuca, Parol, Santa Fé e Solidão/Água Preta; Colombo, Pumaty/Palmares; Cucaú ou Cucahú/Sirinhaém.

33.      Engenho Gruta Nova/Canhotinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Lucas Ribeiro - Casado com Judite Amara Ribeiro. Rendeiro do engenho Gruta Nova.
Ocupado pelos sem terra em 2004, ligados ao MST

34.      Engenho Guabiraba/Barra de Guabiraba - Casa grande no inventário de bens culturais e naturais da mata sul de Pernambuco
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Jerônimo Barreiro Rangel - Proprietário dos engenhos: Guabiraba/Palmares e Potosi/Cabo Santo Agostinho

35.      Engenho Guabiraba/Limoeiro – O engenho retrata bem o tempo em que a cana-de-açúcar dominava a economia no Nordeste, com capela dedicada a Santana
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Cândido Correia - Casado com Inácia de Figueiredo Correia. Pais do poeta Firmino Cândido de Figueiredo.

36.      Engenho Guabiraba/São Lourenço da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: Veríssimo Ferreira da Costa.

37.      Engenho Guaraci/Itaquitinga - Situado em Itaquitinga, antiga Areias de Goiana.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Themudo da Silveira Lessa - Casado com Amélia da Silveira Lessa. Proprietário dos engenhos: Guarani/Água Preta e Mondego/Palmares.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Antônio da Silva Mello – Dr.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Luiz Cornélio da Fonseca - Comerciante e proprietário de Engenho. Nascido em 1896/Engenho Cachoeira d’antas/Água Preta e falecido em 1965/Goiana. Casado, em 1921, com Ignácia Rabelo da Fonseca Lima. Filho de Dr. Francisco Cornélio da Fonseca Lima e de Elvira de Accioili Lins. Proprietário dos engenhos: Jardim/Goiana; Guaraci e Santo Antônio/Itaquitinga.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Luiz Rabelo da Fonseca Lima - Nascido em 1896 e falecido em1965.

38.      Engenho Guarani/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Casado da Fonseca - Nascido em 1803/Freguesia de São José dos Bezerros e falecido em 1887/engenho Cavalheiro/Jaboatão dos Guararapes. Filho de Damião Casado de Lima II e de Ana Maria do Nascimento. Batizado como Francisco Casado de Lima tomando mais tarde o sobrenome Fonseca do seu avô, para diferenciar-se do tio e sogro, também Francisco Casado de Lima (Jr.). Casou-se, em 1832, com a prima em 2º grau Martinha Margarida (8 filhos).  Proprietário dos engenhos: Cavalheiro, Jangadinha, Caraúna, Guarani e Santana em Jaboatão dos Guararapes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pedro Miliano da Silveira Lessa – Barão de Gravatá, Dec. de 08/08/1888. Nascido em 1814/engenho Boca da Mata/Serinhaem. Tenente da 8ª Cia. do 46º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional, de Água Preta, 1850. Em 1870 era 4º Suplente de Juiz Municipal de Água Preta e nesse mesmo ano passou a Major do 46º Batalhão. Em 1873 era Suplente de Juiz da Comarca de Palmares. Casado, em 1835, com Maria Tranquilina Themudo, Baronesa de Gravatá, nascida em 1817/engenho Roncador/Barreiros, e falecido em 1893/engenho Gravatá/Água Preta. Com fotografias na FJN Nº: 1824; 1825; 1826; 1823.  Proprietário dos engenhos: Solidão, Alegrete, Guarani, Gravatá/Água Preta
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Maurício de Barros Wanderley - Na década de 1830 há referencias eclesiais de João Maurício de Barros Wanderley e Francisca Maria - solteiros, mas com vários filhos batizados. Nota: Foi encontrado João Mauricio de Barros Wanderley casado com Maria Rita Wanderley, com quem teve 04 filhos: Célio, Lauro, Lúcia e Geraldo; outro casado com Maria Raimunda Wanderley. Proprietário dos engenhos: Três Braços/Escada e Guarani/Serinhaem.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Carneiro Leão - Coronel – Casado com Joanna Idelvita Mendes de Holanda Cavalcanti, com foto na Col. Francisco Rodrigues FR-06519. Herdeira: sua filha Maria Anna Carneiro de Novaes, casada com Antônio de Novaes Mello Avelins. Proprietário dos engenhos: Jiqui, Arimunã e Recreio/Escada; Santana, Suassuna Mirim, Sucupema e Guarani/Jaboatão dos Guararapes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio de Novaes Mello Avelins - Casado com Maria Anna Carneiro Leão, herdeira de seus pais Manuel e Joanna Idelvita Mendes de Holanda Cavalcante. Nasceu em 1898/Engenho Pimentel/Cabo de Santo Agostinho e faleceu em 1978/Recife. Integrou o Partido Social Democrata (PSD) e o Partido Liberal (PL).  Prefeito do Recife, entre 1937/1945; Senador por dois mandatos (19/09/1946 a 31/011955 e 31/01/1955 a 31/01/1963); Ministro da Agricultura (1950/1951), durante o governo do presidente Eurico Gaspar Dutra, e Constituinte em 1946. No Senado, foi membro das Comissões de Relações Exteriores, Agricultura, Finanças e Transportes. Herdeiros de Novaes Filho e Maria Anna: seus 08 filhos. Proprietário dos engenhos: Jiqui, Arimunã e Recreio/Escada; Santana, Suassuna Mirim e Guarani/Jaboatão dos Guararapes.
Ocupado pelos sem terras.

39.      Engenho Guarani/Vitória Santo Antão
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Rufino

40.      Engenho Guararapes/Jaboatão dos Guararapes - Engenho sob a invocação de São Simão; era movido a tração animal. O Engenho abrigou as tropas de João Fernandes Vieira, durante a 1ª Batalha dos Guararapes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Filipe de Sá – Fundou o engenho Guararapes. Quando os holandeses invadiram Pernambuco o engenho confiscado e vendido Vicente Rodrigues Vila Real.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel da Fonseca – Doou o engenho aos seus filhos: João Rodrigues Pereira Viana e Brites (ou Beatriz) Maria de Almeida
Proprietário/Morador/Rendeiro: Brites Maria de Almeida e João Rodrigues Pereira Viana – João era padre. Receberam o engenho de seu pai Manuel da Fonseca. em 1757.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Vicente Rodrigues Vila Real – Comprou o engenho aos holandeses, depois de confiscado de Filipe de Sá. Expulsos os invasores, voltou a propriedade à família, doou as terras onde foi construída a Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, Alexandre de Moura. Curiosidade: Logo após a rendição do Arraial do Bom Jesus (1635), vemos nomes ilustres do governo holandês e de alguns judeus de maiores posses na listas dos senhores de engenho: ..., Vicente Rodrigues Vila Real e Diogo Dias Brandão.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Rêgo Barros de Lacerda - O 1º Barão com grandeza, Visconde com grandeza e Conde  de Boa Vista. Nasceu em 1802/engenho do Trapiche/Cabo Santo Agostinho e faleceu em 1870/Pernambuco. Filho do Cel. Francisco do Rego Barros e de Mariana Francisca de Paula Cavalcanti de Albuquerque. Casou-se com Ana Maria Cavalcanti do Rego Barros. Bacharel em Matemáticas pela Univ. de Paris; Brigadeiro do Exercito; Deputado da Assembléia Geral por Pernambuco, de 1830/1852; Senador, em 1850; Presidente da Assembléia, 1837, 1841 e de 1841/1844; Presidente da Província do RS, em 1865 e seu Comandante das Armas Grande do Império; Veador de S. M. a Imperatriz; Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial; Dignitário da1ª Ordem do Cruzeiro; Cavaleiro da 1ª Ordem da Rosa, de São Bento de Aviz; Comendador da Real Ordem de Cristo de Portugal; e membro do IHGB. Em 1893 foi aos Estados Unidos, para adquirir e instalar uma usina, em sua propriedade São João, que abrangia os engenhos São Francisco e São Cosme. Depois da instalação da Usina, começou a construir a casa grande, toda de ferro e pedra, no alto de uma colina, uma obra gigantesca e a mais confortável habitação do Recife. Francisco do Rego Barros se instalou no engenho Guararapes em 1859. Proprietário dos engenhos: São João e São Cosme e Damião/Recife; Guararapes/Jaboatão dos Guararapes, Usina São João.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João da Fonseca Rego – Capitão-mor. Junto a sua irmã Brites (ou Beatriz) Maria de Almeida receberam o engenho de seu pai, o rico comissário de açúcar Manuel da Fonseca.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Júlio Carneiro de Albuquerque MaranhãoCuriosidades: Decreto nº 64.332, de 9 /04/1969. Declara caduco o Decreto nº 18.700, de 24/05/1945, que concedeu ao cidadão brasileiro Júlio Carneiro de Albuquerque Maranhão o direito de lavrar sapropelito, numa área de 22 ha, situado no lugar denominado engenho Guararapes, município de Jaboatão, Estado de Pernambuco.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Lourenço de Sá Cavalcante de Albuquerque - Barão de Guararapes Dec. de 8/3/1880 e Visconde (Dec 08.03.1880). Nasceu em Pernambuco, falecendo em  1897/Recife. Filho de Lourenço de Sá e Albuquerque e Mariana de Sá e Albuquerque. Comendador da Imperial Ordem da Rosa. Casado com Cândida Ernestina Paes Barreto (de Sá e Albuquerque), Viscondessa de Guararapes,  nascida em 1825 e falecida em 1906, filha do Capitão Mór Francisco Paes de Melo Barreto e Ana Vitória Coelho da Silva. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues FR: 2317; 2318; 2320; 2321; 2322; 3637; 3641; e 3642. Proprietário dos engenhos: Guararapes/Jaboatão dos Guararapes; Mouco/Goiana; Santo Estevão e Velho, antes chamado Madre de Deus /Cabo de Santo Agostinho.

41.      Engenho Guarás/Palmares
Proprietário/Morador/Rendeiro: Waldemar Abranches Feijó – Casado com (?) Débora Marinho do Rego Feijó. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-1897; 06061; e 1899.

42.      Engenho Guerra/Cabo de Santo Agostinho – Muitos proprietários de engenhos receberam concessões para a implantação de engenhos centrais, como o do engenho Guerra, o Pirangi, o Cucau e o Salgado; mas nem todos chegaram a funcionar e muitos estiveram sob a responsabilidade da firma The Central Sugar Factories of Brazil. Os engenhos: Velho e Guerra foram confiscados de Cristóvão Paes Barreto e vendidos pelos holandeses, por 70.000 florins, quantia elevadíssima nessa época, e que demonstra, portanto, a importância e valor de tais propriedades.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Fernão Soares de Mello - Capitão-Mor. Proprietário dos engenhos: Gaipio/Ipojuca e Várzea do Ingá/Panelas; Guerra/Cabo de Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Paes Velho Barreto - Nascido em 1544/PT e falecido em 1617. Filho de Antonio Velho Barreto teve muitos irmãos: Estevão, Cristóvão, Miguel, Diogo, Antonio, Filipe e Catarina. Em 1560, já era o Morgado de Nossa Senhora da Madre de Deus do Cabo Santo Agostinho, vinculando o Engenho Madre de Deus, depois engenho Velho. Casado com Inês Tavares Guardez, filha de Francisco de Carvalho de Andrade, senhores do engenho São Paulo, na Várzea do Capibaribe, que ao casar levou como dote os engenhos: Madre Deus ou Velho, Guarapu, Algodoais, Trapiche, Guerra, Ilha, Santo Estevam e Jurissaca; este último vinculou-o a Catarina Barreto, sua filha. Deve ter chegado ao Brasil em 1557. Fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem de Cristo. Prestou serviços durante a colonização da PB e RN. Fundou o 1º Engenho do Cabo Santo Agostinho, em 1580. Foi um dos heróis da defesa do forte real do Bom Jesus - Arraial Velho; em 1635, caiu prisioneiro dos holandeses. Forçado a abandonar a sua casa e as suas 12 propriedades agrícolas, conseguindo retirar 350 e  muito gado. Fugiu, em 1635, com Matias de Albuquerque, com os seus irmãos Estevão, Cristóvão, Miguel, Diogo, Antônio. Filipe e Catarina Barreto, viúva de Luís de Sousa, os quais também abandonaram as suas casas e fazendas. Em 1637 foram os seus bens, confiscados pelos holandeses; um engenho foi vendido a Julião Paes de Altero e os engenhos: Velho e Guerra por 70.000 florins, quantia elevadíssima nessa época, o que demonstra o valor de tais propriedades. Naquele mesmo ano acompanhou Paes Barreto o exército em sua retirada para a Bahia, mas chegando à cidade de S. Cristóvão, capital de Sergipe, embarcou para a Europa em comissão oficial. Por seu falecimento o seu primogênito Francisco Paes Barreto  tornou-se o Morgado do Cabo. Proprietário dos Engenhos: Algodoais, Garapu, Guerra, Jurissaca, Novo, Pirapama, São Braz Coimbero, Santo Estevão, Utinga, Trapiche ou Nossa Senhora. da Conceição/Cabo Santo Agostinho; Jacaré/Goiana; Santa Lúcia, Velho ou Santo  Antônio dos Montes/Ipojuca; Santo André/Muribeca- Jaboatão dos Guararapes e o Antônio da Várzea, depois Eenkalchoven ou Várzea do Capibaribe/Recife. Curiosidades: Refere Borges da Fonseca que, anos depois, exerceu o cargo de Comissário Geral da Cavalaria do nosso exército, "posto exercido também em Madrid, quando foi mandado pelo Conde de Bagnuolo à dita corte no ano de 1637, representando  el-rei D.Filipe, que era o 3º de Portugal ". Enquanto não voltou à pátria, refere Loreto Couto: Paes Barreto serviu em Flandres, onde em várias ocasiões deu mostras de seu valor e esforço. As suas terras terminaram depois doadas ao filho dele, Cristóvão Paes Barreto.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Sigemundt von Schkoppe - Em 1637, adquiriu os engenhos Velho e Guerra/Ipojuca, por 70.000 florins.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Cristóvão Paes Barreto – Capitão-mor do Cabo de Santo Agostinho. Fidalgo Cavaleiro da Ordem de Cristo. Nascido no Cabo de Santo Agostinho. Filho de João Paes Velho Barreto e Inez Tavares Guardez. Casado com Margarida de Melo (09 filhos), filha de João Gomes de Mello e Anna de Hollanda. Proprietário dos engenhos: Algodoais, Garapu, Guerra, Jurissaca, Novo, Pirapama, São Braz Coimbero, Santo Estevão, Utinga, Trapiche/Cabo de Santo Agostinho; Jacaré/Goiana; Santa Luzia, Velho ou Santo Antônio dos Montes/Ipojuca; Santo André/Muribeca e o Santo Antonio/Recife. Curiosidades: Mulheres nobres procuraram acolhimento no recolhimento de Olinda, como Maria da Trindade, Ana de Mello Barreto, naturais do Cabo de Santo Agostinho, filhas de Cristóvão Paes Barreto e Margarida de Mello, consideradas como virtuosas e dedicadas em exercícios espirituais e na aplicação de seus cabedais para a abastança da casa. Viveram recolhidas até a morte de ambas, que ocorreu em 1626.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Estevão José Paes Barreto - Mestre de campo, Morgado do Cabo de Santo Agostinho e Professo na Ordem de Cristo e Fidalgo da Casa Real. Filho de João Paes Barreto e de Manuela Luzia de Mello. Casado com Catarina de Castro de Távora. Herdou todo o patrimônio da família materna e paterna; negociava com a Companhia Geral de Pernambuco. Proprietário dos engenhos: Opinioso/Amaraji; Guerra, Santo Estevão, Jurissaca/Cabo de Santo Agostinho; Ilhetas/Rio Formoso; São Gonçalo do Una/Ipojuca.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Fernando Soares da Cunha – Capitão-mor da Muribeca e Jaboatão dos Guararapes, por carta patente de 1667 por ter se distinguido na guerra contra os holandeses. Capitão-mor das freguesias da Luz e de S. Lourenço. Casado com Brites Manelli. Proprietário dos engenhos: Tiúma, Moribara/São Lourenço; Guerra, Muribeca e Tiúma/Jaboatão dos Guararapes. Curiosidades: Em 1648 foi criada uma capitania-mor em Muribeca sendo provido nos respectivos postos de capitão-mor Bernardo Marques de Pina por patente dos mestres de campo de governadores João Fernandes Vieira e André Vidal de Negreiros, lavrada a 20 de março. A este cargo foi depois anexada a vizinha paróquia de Santo  Amaro de Jaboatão dos Guararapes como consta da nomeação de Fernando Soares  da Cunha para o posto de capitão-mor das freguesias de Muribeca e Jaboatão dos Guararapes, por carta patente de 1667 por ter se distinguido na guerra contra os holandeses.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Augusto Otaviano de Sou­za – Coronel. Casado com Clementina Otávia de Souza. Fundou nas terras do engenho a Usina Bom Jesus, em 1890. Não suportando os débitos, hipotecou-a ao Banco de Crédito Rural de Pernambuco, juntamente com outros bens, em se­tembro de 1898. Com o propósito de insistir na posse das propriedades, Augusto Otaviano de Souza e sua mulher, D. Clementina Otávia de Souza, conservaram o domínio dos imóveis, ate maio de 1918, ocasião em que vendeu e transferiu o conjunto agroindustrial, constituído pela usina e pelos engenhos: Bom Jesus, Roças Ve­lhas, Guerra, Matas, Cajabussu, além de partes do engenho Ce­dro e São Caetano/Cabo de Santo Agostinho; Rico/Jaboatão dos Guararapes, aos Srs. Jose Lúcio Fer­reira e Luiz Ferreira Gomes da Silva Filho, cuja escritura pública data de 29 de maio de 1918.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Jose Lúcio Fer­reira e Luiz Ferreira Gomes da Silva Filho – Compraram a Usina e os engenhos: Bom Jesus, Roças Velhas, Guerra, Matas, Cajabussu e Cedro/Cabo de Santo Agostinho e o Rico/Jaboatão dos Guararapes, a Augusto Otaviano de Souza. José Lúcio era casado com Maria José Colaço Ferreira e Luiz com Inalda Colaço Ferreira. Em 1919, passaram a posse da Usina e dos engenhos por Cr$ 3000.000,00, a: João Lopes Siqueira Santos, Hermano Brandão de Siqueira Santos e o Cel. Antônio Pedro Soares Brandão, que constituem uma sociedade e transferem a usina e os engenhos para a firma sob a a razão social de Santos, Siqueira & Cia. Em 1923, o coronel Antônio Pedro desligou-se da sociedade e, em 1924, morreu Hermano Brandão, ficando assim João Lopes da Siqueira Santos, como único sócio até seu falecimento em 1934, ficando a Usina Bom Jesus e todo seu conjunto a viúva Benvin­da Arruda de Siqueira Santos e demais herdeiros.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Benvinda Arruda – Casada com João Lopes Siqueira Santos. Viúva e herdeiras, junto aos seus filhos. Subdividindo o espólio, cuja maior parte destinou-se à viúva, per­manecendo o domínio dos bens em estado de condomínio ate 1945, momento em que a indústria e todo seu complexo foram transformados em sociedade anônima. Ficando na frente do empreendimento: José Lopes de Siqueira Santos, até que este acabou por adquirir a Usina Estreliana, quando se fez uma permuta da sua parte na Usina, tempo em que registramos a direção da Bom Jesus sob a responsabilidade ao seu cunhado Dr. Jaime de Queiroz Monteiro, que em 1954 vendeu sua parte a D. Benvinda e a seu filho caçula, ficando como sócia ma­joritária ate o seu falecimento, o que ocorreu em 1954. Após o seu falecimento a Usina ficou como herança para seus filhos.
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Lopes Siqueira Santos – Filho de Benvinda de Arruda e de João Lopes de Siqueira Santos. Casado com Marina Loyo Meira Lins. Comprou a usina e seus engenhos aos sócios, após uma assembléia em 1957.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Trapiche – Clóvis Paiva – Assume a Usina e seus engenhos em 1994. Hoje seu proprietário é Paulo Pragana Paiva.

43.      Engenho Guloso/Amaraji - Casa grande na lista de bens culturais e naturais, tangíveis da mata sul de Pernambuco.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco da Rocha Pontual - Capitão.  Filho de João Manuel Alves Pontual e de Teresa da Silva Vieira Rocha. Casado com Anna Gonçalves Pereira de Lima, filha de Manuel Gonçalves Pereira de Lima e Anna Joaquina da Silva; 08 filhos: João, Francisco, José, Thereza, Antônio, Anna, Manuel e Adelina da Rocha Pontual. Com fotografias: Col. Francisco Rodrigues; FR-3799; 4275; 3800; 4277; 4278; e 4276. (Francisca da Rocha Pontual). Proprietário dos engenhos: Mundo Novo/Rio Formoso; Animoso, Guloso e Teimoso/Amaraji; rendeiro dos engenhos: Coelhas e Palma/Serinhaem. Curiosidade: A oligarquia açucareira era formada por "um grupo de oito famílias inter-relacionadas": Lins possuíam 40 engenhos, só em Escada; Pontual 17 engenhos e um sítio; Santos 16 engenhos; Velloso 09 engenhos; Dias 09 engenhos; Barros e Silva 09 engenhos; Alves da Silva 05 engenhos; Siqueira Cavalcante 05 engenhos e Araújo, proprietária de "11 plantações".
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Manuel Alves Pontual - Nascido em 1791/PT e falecido em 1872/Recife. Casado com Teresa da Silva Vieira Rocha, nascida em 1811/Pernambuco e falecida em 1886, filha de Manuel Gonçalves Pereira de Lima e de Anna Joaquina da Silva. Irmão de Antonio dos Santos Pontual - Barão de Flecheiras e de Bernardino de Senna Pontual - Barão de Petrolina. Herdeiros: Ana Lima Pontual; Ana; Francisca e Francisco da Rocha Pontual. Proprietário dos engenhos: Teimoso e Guloso/Amaraji. Colaboração de Caio Pontual.

44.      Engenho Gurigi ou Guriji/Jaboatão dos Guararapes
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.
Ocupado pelos sem terras, em 2001. Em processo de desapropriação.

45.      Engenho Gurijó/Goiana - Engenho situado em Itaquitinga, antiga Areias de Goiana. Casa grande no inventário de bens culturais e naturais da mata norte de Pernambuco
Proprietário/Morador/Rendeiro: Milton Rabelo da Fonseca Lima - Nascido em 1923 e falecido em 2001. Formado em Agronomia em 1946. Casado com Rizete Lopes da Silva, nascida em 1932/Goiana. Filho de Luiz Cornélio da Fonseca Lima e de Ignácia Rabelo da Fonseca Lima. Proprietário dos engenhos: Itapirema de Cima/ Itamaracá; Sagüim, Santo Antônio, Jardim, Gurijó/Goiana; e rendeiros dos engenhos: Jacarapina, Pedreiras e Pitaguaré/Goiana
Ocupado pelos sem terras, em 2004, ligados ao MST.

46.      Engenho Guriubinha/Nazaré da Mata
Proprietário/Morador/Rendeiro: Luiz de Andrade Albuquerque Maranhão - Casado com Ana Joaquina Dornelas de Araújo. Pais de José e Methódio Maranhão, proprietário da Usina Matari. Proprietário dos engenhos: Itapecerica, Guriubinha/Nazaré da Mata; Iapicirina, Mussumbu ou Mussubú/Goiana.

47.      Engenho Gurjaú de Baixo/Jaboatão dos Guararapes - O engenho Gurjaú foi um dos primeiros de Jaboatão, sendo mencionado como seu proprietário André Soares da Cunha, desde 1581, por Pereira da Costa. Em 1591, foi subdividido em dois Gurjaus: de Cima e de Baixo. No mapa de Ving, Gurjaú é citado sob a grafia de Gorogoá e uma légua distante a oeste do Cabo de Santo Agostinho e grafado na carta como Gorajau. Em documentos holandeses, Gurjaú é citado como Gurjaú. (Breve Discurso, de 1638) ou Grojaú (Relatório de Van Der Russen, 1639) e o consideravam pertencente a André Soares. Em 1651, o engenho pertencia a Fernão Soares da Cunha, primo de André. Em 1667, Gurjaú foi passado para o seu irmão, Diogo Soares. O Gurjaú dos Soares era somente o de Cima, enquanto que o de baixo, atravessado pelo rio Gurjaú, pertencia a Antonio Nunes Ximenes. Após os Soares, passou-se Gurjaú de Cima aos Vieira e Gurjaú de Baixo foi arrematado, em 1674, pelo padre Antônio de Sousa Leão. Assim, os dois engenhos tornaram-se propriedade da mesma família (Souza Leão, 1956). O engenho Gurjaú de Baixo existiu até o ano de 1872. A Casa grande original deste engenho desabou e foi reconstruída pela família Albuquerque Maranhão, no mesmo local: de alvenaria de tijolo rebocada com fachada retangular em calçada alta, possui dois pavimentos, sendo o superior sustentado por nove colunas jônicas. Antes da porta principal, há um alpendre que possui no alto do telhado em platibanda com elementos decorativos em massa, onde consta a data de 1919. Está bem conservada e pertence a Antônio José Zazá de Albuquerque Maranhão. Situa-se no alto de um morro de onde se avistam os coqueirais e o rio Gurjaú; segundo o administrador do engenho, o José Otávio Vitorino, existia uma barragem de pedra que era usada para mover o engenho. Hoje o engenho encontra-se desativado, sendo apenas fornecedor de cana-de-açúcar (Inventário Potencial Turístico de PE, 1998). Ao lado da casa grande existiu uma capela, sob invocação de São Miguel, possuindo dois andares, frontão barroco e torres rasas, uma bela talha no altar-mor, um coro e uma galeria com o mesmo piso da casa, à qual se ligava por passagem interna.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antonio de Paula Sousa Leão - Barão de Moreno, 1870. Alferes do Regimento de Cavalaria Ligeira de 2ª linha, em 1829; Juiz de Paz e Presidente da Câmara Municipal do Jaboatão dos Guararapes (Partido Liberal); Comendador da Rosa e da Imperial Ordem de Cristo; Dignitário da Imperial Ordem da Rosa. Nasceu em 1808/engenho Tapera. Filho do Tenente-Coronel Felipe de Sousa Leão e de Cássia Pessoa de Melo. Assassinado o pai, em 1832, por um trabalhador, o Barão, o mais velho dos 14 órfãos, passou a cuidar da família. Só depois que encaminhou os irmãos, julgou-se habilitado a casar: 1ª núpcias com Maria Leopoldina de Souza Leão, em 1854, e em 2ª núpcias com Maria Amélia de Pinho Borges, a Baronesa de Morenos, filha do Barão de Pinho Borges, em 1864. Foi um dos cinco encarregados dos preparativos da recepção a S. S. M. M. I. I., em 1859, e incumbido da hospedagem em palácio (Recife). Por testamento do Barão, passou os engenhos ao segundo filho varão – Joaquim –, que tinha apenas onze anos. Por motivo de doença, Joaquim de Sousa Leão transfe (1900) à sua mãe, pela módica soma de 200 contos. Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR: 2544; 3664; 3643; 3644; 2540; 2541; -3667; 3665; 3668; 3669; 2543; 2546; e 1896.  Proprietário dos engenhos: Catende, antes Milagre da Conceição/Catende; Gurjaú de Baixo e de Cima, Carnijó/Jaboatão dos Guararapes; Morenos, Brejo, Bom Dia, Xixaim, Viagens, Cumaru /Moreno e Brejo; Pitimbu e  Jurissaca/Cabo de Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Nunes Ximenes – Durante a invasão possuía passaporte holandês. Proprietário dos engenhos: Gurjaú de Baixo/Jaboatão dos Guararapes; Santo Agostinho e Santo Antônio/Cabo Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Diogo Soares Cabral de Mello - Dr. Nasceu em 1867/engenho Tabocas. Desembargador em Pernambuco; autor de várias notas genealógicas. Casou duas vezes: a 1ª vez, no Recife, em 1891, com Evelina de Brito Basto (12 filhos)s, nascida em 1874/Recife e falecida em 1917/Rio de Janeiro, filha do Major José Antônio de Brito Bastos e de Francisca Carolina Stepple da Silva; e a 2ª vez, no Rio de Janeiro, em 1919, com Virgínia de Carvalho Serrano (2 filhas), filha do Desembargador Getúlio Augusto de Carvalho Serrano e da sua 1ª esposa Etelvina Flora de Gouvêa. Proprietário dos engenhos: Gurjaú de Baixo/Jaboatão dos Guararapes; Nossa Senhora da Luz/ Paudalho; Taboca/ São Lourenço da Mata.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Bom Jesus – Comprou o engenho no século XX.

48.      Engenho Gurjaú de Cima/Jaboatão dos Guararapes - O engenho Gurjaú de Cima foi um dos primeiros de Jaboatão do Guararapes, movido à água, localizado a 01 légua distante e a oeste de Santo Agostinho, sobre o rio Gurjau. Mencionado desde 1581, segundo Pereira da Costa em Origens Históricas da Indústria Açucareira. No mapa de Ving, talvez copiado do original português, o engenho aparece sob a grafia “Gorogoá, e em sua carta escreve “Gorajau”. Em Breve Discurso, de 1638, o nome do engenho aparece como “Gorjau’ e no Relatório de Van der Dussen, de 1639, aparece escrito como “Grojaú”.

Proprietário/Morador/Rendeiro : Simão Rodrigues Cardoso, formado em Direito; Licenciado pela Universidade de Coimbra; Ouvidor e Loco-Tenente da Capitania de Pernambuco. Donatário da Capitania, 1580/1583, no impedimento de Jerônimo de Albuquerque. Em 1591 fez um requerimento para demarcação das terras do engenho Gurjaú, que foram divididas em dois: ficando para ele o Gurjaú de Cima e para Agostinho de Holanda, o Gurjau de Baixo. Casado com Cosma Maria da Paixão (filhos: João Rodrigues Cardoso Filho casado com Catarina Rita da Conceição; Joana Antônia do Rosário casada com o baiano Francisco Barbosa da Silva; e Antônia Maria da Paixão com o capitão José Fidelis de Souza , também baiano).

...chegou Frutuoso Barbosa a Pernambuco “no ano de 1579 em um formoso galeão e uma zavra e outros navios, com muita gente portuguesa, assim soldados como povoadores casados, com muitos resgates, munições e petrechos necessários” para conquista e povoação da Paraíba. E durante sete ou oito dias permaneceu na barra, sem desembarcar ou manter comunicação com a terra, quando adveio um temporal que destroçou quase toda a frota, perdendo-se muitos no mar e apenas um arribando ao porto da Bahia de Todos os Santos e o galeão em que se encontrava Frutuoso indo dar às Índias, onde ele perdeu a esposa.
Retemperado do golpe, Frutuoso Barbosa navegou para Espanha, se refez das perdas, conseguiu de FelipeII, a sua confirmação no posto De capitão-mor da Paraíba e ratificação das instruções para fundar um povoado à margem direita do rio, ou seja, no território de Cabedelo. Somente em 1582, depois de muitas vicissitudes, Frutuoso Barbosa chegou mais uma vez a Pernambuco perseguindo o objetivo de toda a sua vida, que era conquistar o rio Paraíba e construir à margem direita de sua foz uma cidade. Logo entendeu-se com o capitão-mor da vila de Olinda, licenciado Simão Rodrigues Cardoso, na ocasião à frente do governo da Capitania, para que o auxiliasse no cumprimento de sua missão. Este diligenciou e manteve-o em tudo que pôde, pois a conquista da Paraíba significava paz e segurança para os habitantes de Itamaracá e Pernambuco. (Cabedelo. Prefeitura Municipal de Cabedelo, 2001)

Proprietário/Morador/Rendeiro:André Soares da Cunha, cristão-novo, filho de Diogo Soares da Cunha e irmão de Fernão e Gabriel Soares da Cunha. Natural de Viana, ficou do lado dos holandeses durante a ocupação a Pernambuco. O engenho era movido a água e de fogo vivo. Lavradores do engenho: Diogo Soares; Filipe Gomes; Gaspar Dias Bacelos; Antonio Rodrigues da Costa; João do Rêgo e Fernando Velho Araújo. Proprietário dos engenhos em Jaboatão dos Guararapes: Gurjaú de Cima/Jaboatão dos Guararapes (proprietário em 1639, segundo o Relatório Van der Dussen); Suassuna (fundador do engenho, 1587)/Jaboatão dos Guararapes; Penanduba/Muribeca-Jaboatão dos Guararapes; Moribara (comprou o engenho aos holandeses depois que foi confiscado de Gabriel de Pinha).

Na região próxima às lagoas coube a Diogo Soares a tarefa de povoar e desenvolvê-la, onde posteriormente foi fundado o povoado da Madalena. Mas foi, entretanto, com seu filho, Gabriel Soares, que a atividade açucareira tomou vulto na região a partir da fundação dos engenhos Velho e Novo que, segundo consta na literatura, foram os mais antigos da região central litorânea de Alagoas (DIÉGUES JR., 2002, p 49).

Proprietário/Morador/Rendeiro: Fernão Soares da Cunha, primo de André Soares, proprietário do engenho em 1651, pagava de imposto aos holandeses 4%. Segundo Borges da Fonseca procedia de uma “nobilíssima família de Viana, donde veio com seus irmãos [...] e com seus primos”. Filho de Diogo Soares da Cunha, acusado de judaísmo por vários confessores durante a visita do Santo Ofício, e de Isabel de Albuquerque. Comerciante em Olinda; Capitão-mor da freguesia de São Lourenço da Mata, em 1656, e depois Capitão-mor da freguesia da Muribeca e Jaboatão, carta patente e 12/06/1667, por ter se distinguido na guerra contra os holandeses; devedor a WIC; lavrador de canas; Juiz de Órfãos de Olinda; e rico agricultor. Sua condição de cristão-novo não deixava dúvidas: sua mãe fora supliciada pelo Santo Ofício e seu parente André Gomes era um judeu converso. Durante a Inquisição Fernão e seus irmãos não foram incomodados pela Inquisição, certamente devido ao fato de que, no tocante às delações relativas a ‘touras’, o visitador tinha ordens de se limitar a registrá-las, deixando a decisão do assunto ao conselho do Santo Ofício, e se mantiveram prudentes durante a visitação, embora sua mãe tivesse sido supliciada pelo Tribunal do Santo Ofício, por se lhe acharem, em sua casa, uma “Toura’ (Biblía hebraica). Além do mais em um dos seus engenhos dispunha de um capelão e de capela dedicada a Nossa Senhora do Rosário, talvez para que um cristão-velho pudesse ver. Falecido em 1611 e segundo acusações de seus familiares, foi envenenado pelo seu médico Manuel Nunes, para efeito de se casar com sua viúva D. Catarina de Albuquerque, neta de Jerônimo de Albuquerque e de quem Felipe Pais Barreto é descendente direto, (como se casou realmente) e com quem havia cometido adultério. Essas acusações não seriam confirmadas, pois em 1623 aparece à frente da propriedade, durante a ocupação holandesa e D. Catarina vivendo na casa-grande do engenho. NOTA: Em 1649, Lisboa. Informação do Conselho Ultramarino sobre os serviços do Capitão Fernão Soares da Cunha nas guerras contra os holandeses, servindo com o mestre-de-campo-geral da capitania de Pernambuco, Francisco Barreto. Proprietário dos engenhos: Moribára-Pequena, Penanduba, São João Batista, Suassuna/Jaboatão dos Guararapes e Tiúma/São Lourenço da Mata. O próximo proprietário do engenho Gurjaú, 1667, foi seu irmão Diogo Soares.
O Gurjaú dos Soares era somente o de Cima, enquanto que o de Baixo, atravessado pelo rio Gurjaú, pertencia a Antonio Nunes Ximenes, desde 1639, possuía ½ légua de terras, um bom açude, canaviais plantados e montes e várzea, moía com água, produzindo anualmente de 1.000 a 2.000 arrobas de açúcar.  Após os Soares, passou-se Gurjaú de Cima aos Vieira e Gurjaú de Baixo foi arrematado, em 1674, pelo padre Antônio de Souza  Leão. Assim, os dois engenhos tornaram-se propriedade da mesma família (SOUZA LEÃO, 1956).
Proprietário/Morador/Rendeiro:Bento Gonçalves Vieira, sargento-mor,reinol; irmão da Misericórdia de Olinda (1691); familiar do Santo Ofício Filho de Alonso Nogueira e de Vitória Gonçalves. Casado com Maria de Oliveira, filha do Capitão Julião de Oliveira, (com geração). O engenho depois passou a pertencer a Bento Gonçalves Vieira Camelo. Proprietário dos engenhos: Gurjaú/Jaboatão dos Guararapes; Javunda/Cabo de Santo Agostinho; Floresta/Cabo de Santo Agostinho; Gameleira/Cabo de Santo Agostinho, e de uma sesmaria de 03 léguas de terra no sertão de Araruba.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Bento Gonçalves Vieira Camelo, Capitão. Casado com Francisca Mariana Cavalcanti de Lacerda. Em 1740, fez um requerimento ao rei D. João V, solicitando que ordenasse ao governador da capitania de Pernambuco, Henrique Luís Pereira Freire de Andrada, para o reformar no posto em que serviu de capitão-mor da freguesia de Santo Amaro de Jaboatão. A essa altura, já estaria reunidos nas mesmas mãos os dois Gurjaus, pois em 1674 o engenho Gurjaú de Baixo foi arrematado, de Francisca Mariana, pelo Padre Antônio de Souza  Leão, filho de Domingos de Souza  Leão e Isabel da Silva Ribeiro. Falecido em 1781. Passou em seguida, o engenho Gurjaú de Cima a Manuel Inácio Vieira de Lacerda Albuquerque.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel Inácio Vieira de Lacerda, Barão com grandeza de Pirapama. Nascido em 1796/engenho Gurjau, batizado no ano seguinte da capela do engenho Amaragi, e falecido em 1882/São Domingos/Niterói/RJ. Filho de Bento Sebastião Cavalcanti de Lacerda e de Francisca Bernarda de Albuquerque Maranhão. Neto paterno do Sargento-Mor Nicolau Coelho de Lacerda, do Terço dos Auxiliares de Igarassu, e de sua prima Maria da Conceição Vieira de Lacerda. Neto materno de José Felipe de Albuquerque Maranhão e sua primeira mulher Francisca Peres de Figuerôa (da família dos Bezerra Felpa). Casado com Mariana Victória da Cunha de Sá Cavalcanti, falecida em 1885/Rio de Janeiro, filha de Manuel Gonçalves Luiz da Cunha e de Joana Helena Teodora da Cunha (Cavalcanti). O casal não deixou geração. Soldado do Regimento da Infantaria de Pernambuco; Bacharel em Direito; Magistrado; Deputado Provincial e Geral da Capitania de Pernambuco na Assembléia Constituinte de 1823 e na 4ª e 5ª legislaturas de 1838 a 1844; Senador em 1850/82; Presidente do Senado, 1854/60; Oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro; e da Imperial Ordem da Rosa. O engenho foi herdado por Francisca Mariana Cavalcanti de Lacerda, em 1824, viúva de Francisco Severino Cavalcanti de Albuquerque.  
Em 08/06/1807 o capitão João de Souza  Leão e sua esposa Ana Rita da Silveira, sucessores do Padre Antônio de Souza  Leão; firmara, uma demarcação amigável para medir e demarcar as terras do engenho Gurjaú de Baixo, de sua propriedade, e o de Cima.
Novamente sem herdeiros diretos, o engenho passou a ser de propriedade de Rosa Maria Barbosa Cavalcanti, filha de Felipa Vieira Cavalcanti de Lacerda e de Simão Barbosa Cordeiro. Casada com Manoel Tomás. Depois o engenho foi herdado, em 1824, por Francisca Severina Cavalcanti de Lacerda (falecida em 1856 e sepultada na capela de São Miguel, padroeiro do engenho Gurjau de Cima), filha de Manuel Tomás de Leão e Rosa Maria Cavalcanti, casada com Manuel de Souza  Leão – proprietário do engenho Novo da Conceição, falecido em 1870. Pais de: Manuel casado com Isabel Rita; José, 1º Barão de Gurjaú casado com Líbia Ermelinda de Souza  Leão; Francisca Severina casada com Antônio dos Santos de Souza  Leão e depois com José Pedrosa da Silva; Jerônimo casado com Francisca Severina Cavalcanti e depois com Adelaide Lins Pereira do Carmo; e Francisco Severino Cavalcanti de Souza  Leão. o engenho ficou para seu filho José de Souza  Leão. CURIOSIDADES: Em 1824, Francisco Severino Cavalcanti Lacerda e Miguel Acioli Lins foram testemunhas do casamento do 1º Barão e Visconde de Utinga com Antônia Francisca Veloso da Silveira, filha de José Veloso da Silveira e de Maria Francisca Godinho, na capela do engenho Gurjáu de Cima.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José de Souza Leão, e Barão de Gurjau (Decreto de 05.05.1883), algumas fontes mencionam o título como sendo barão de Gurjabá. Nascido em 1839 e falecido em 1908. Filho de Manoel de Souza  Leão e de Francisca Severina de Souza Leão (primos). Casado com Lilia Hermelinda de Souza  Leão, Baronesa de Gurjaú, nascida em 1841 e falecida em 1921. Juiz de Paz; Coronel da Guarda Nacional. O sobrenome duplo teve início em Manuel Leão (1606- 1694), filho de Gonçalves Álvares e Isabel de Leão, que deixou numerosa descendência do seu casamento, 1631, com Maria de Souza. No Brasil, a família Souza Leão começa com Domingos de Souza Leão, nascido em 1656 em Portugal, filho daquele casal tronco, morador em Jaboatão-PE, abastado agricultor, que deixou descendência de seu casamento com Isabel de Souza Ferreira, pernambucana, filha do Tenente de Cavalos de Goiana, Inácio Pereira de Souza e de Emerenciana da Rocha Ferreira. Nasceu em 1839/Recife e lá também faleceu em 1908. Teve mercê da Carta de Brasão de Armas. Usineiro e proprietário dos engenhos: Novo da Conceição/Moreno (o engenho conserva além de seu casarão, uma pequena igreja que fica anexada a casa, e um local que seria possivelmente uma senzala); Gurjaú de Cima/Jaboatão dos Guararapes. Proprietário dos engenhos: Novo da Conceição e Gurjaú, ambos em Jaboatão dos Guararapes.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Euclides José de Souza Leão - Herdeiro de Barão de Gurjau, seu sobrinho, afilhado e filho adotivo; nascido em 1885 e falecido em 1944, ambos em Pernambuco. Filho de Cícero Braga de Leão e de Idalina Augusta de Leão. Coronel da Guarda Nacional; Prefeito de Moreno – 1928/1930, deposto pela Revolução Liberal. Casado com Adalgisa de Souza Leão, em 1916, no engenho Novo da Conceição/Jaboatão dos Guararapes, residência do Barão. Filhos: José; Antônio; e Paulo de Souza Leão.
No século XX o engenho Gurjaú de Cima passou a pertencer a Usina Bom Jesus.

49.      Engenho Gurjaú ou Grojaú/Cabo Santo Agostinho
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pedro Lopes de Vera – Capitão. Faleceu em 1651/Bahia. Possuidor do passaporte holandês. Membro dos escabinos de Olinda. Segundo administrador do Morgado do Senhor Bom Jesus; citado em Tempos Flamengos, páginas 157/269, como Judeu. Filho de João de Veras e de Adrianna de Hollanda. Casado com Catharina de Lyra, com pais naturais da "Ilha da Madeira. Proprietário dos engenhos Gurjaú ou Grojaú, Bom Jesus, São João e Trapiche ou Nossa Senhora da Conceição, São Bartolomeu /Cabo de Santo Agostinho, Sembras e Nossa Senhora do Rosário/Ipojuca.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Augusto Octaviano de Souza - Coronel. Casado com Clementina Otávia de Souza. Fundou nas terras do engenho a Usina Bom Jesus, em 1890. Não suportando os débitos, hipotecou-a ao Banco de Crédito Rural de Pernambuco, juntamente com outros bens, em se­tembro de 1898. Com o propósito de insistir na posse das propriedades, Augusto Otaviano de Souza e sua mulher, D. Clementina Otávia de Souza, conservaram o domínio dos imóveis, ate maio de 1918, ocasião em que vendeu e transferiu o conjunto agroindustrial, constituído pela usina e pelos engenhos: Bom Jesus, Roças Ve­lhas, Guerra, Matas, Cajabussu, além de partes do engenho Ce­dro e São Caetano/Cabo de Santo Agostinho; Rico/Jaboatão dos Guararapes, aos Srs. Jose Lúcio Fer­reira e Luiz Ferreira Gomes da Silva Filho, cuja escritura pública data de 29 de maio de 1918.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José de Sá Albuquerque - Faleceu, em 1711/Olinda. Juiz Ordinário da Câmara de Olinda; Capitão Mor da Muribeca e Jaboatão dos Guararapes; Coronel das Ordenanças da Muribeca, Ipojuca e Cabo Santo Agostinho; Provedor da Santa Casa; Fidalgo da Casa Real; Cavaleiro da Ordem de Cristo; Vereador da Câmara de Olinda; fez parte do Governo em 1597/1598, quando o bispo D. Antônio Barreiros governava inteiramente a Capitânia. Participou da guerra holandesa; proprietário do morgado de Santo André. Casado com Ana de Albuquerque, filha de Antonio de Sá e Albuquerque. Quando os holandeses foram expulsos de Pernambuco, os herdeiros do pai Antônio de Sá reivindicaram seus direitos de posse e as autoridades portuguesas os concederam: as terras passaram, então, às mãos de José de Sá e Albuquerque. Não se preocupando mais com a indústria açucareira, segundo consta em documentos antigos, José transformou a propriedade na Fazenda Beberibe, passando a explorar as madeiras de suas matas e a fabricar carvão vegetal; fazendo com que fosse desaparecendo os aspectos do antigo feudo açucareiro. Com fotografia: Col. Francisco Rodrigues; FR-2616. Proprietário dos engenhos: Almécega/Água Preta; Gurjaú ou Grojaú/Cabo Santo Agostinho; Novo, Santo André/Jaboatão dos Guararapes; Megaó/Goiana; e Velho Beberibe depois Eenkalchoven/ Recife.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio de Sá Cavalcante Lins – Capitão-mor da Muribeca; Coronel do Reg. de Cavalaria de Itamaracá; Fidalgo da Casa Real; participou da Guerra dos Mascates. Viveu sempre no engenho Megáo. Filho de José de Sá de Albuquerque e de Maria da Fonseca Cristiana. Segundo o seu testamento, datado de 12/1/1734, foi casado com Joana de Ornelas, filha de Baltasar de Ornelas Valdevez, natural da Ilha da Madeira, e de sua 2ª esposa Maria de Castro. Com fotografia: Col. Francisco Rodrigues; FR-2616. Proprietário dos engenhos: Campo Alegre do Sul/Vitória Santo Antão; Santa Maria, Santo André; Novo da Muribeca/Jaboatão dos Guararapes-Muribeca; São José e Velho Beberibe (Enkalchoven), Santo Antônio da Várzea/Recife; Almécega/Água Preta; Gurjaú ou Grojaú/Cabo Santo Agostinho.

50.      Engenho Gurjau/Cortes
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Lourenço de Almeida Martins – Co-proprietário
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Ribeiro de Hollanda Cavalcanti – Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-1270
Ocupado pelos sem terras. Decreto nº 96503, de 15 de agosto de 1988. Declara de interesse social, para fins de desapropriação, o imóvel rural denominado 'engenho Gurjau', classificado como 'latifúndio por exploração’, situada no município de Cortes, no estado de Pernambuco, compreendido na zona prioritária, para fins de reforma agrária, fixada pelo decreto 92.683.

51.      Engenho Gutiuba/ Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: Luiz Ignácio Pessoa de Mello - “Lulu Maré”. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues; FR-3332; FR-3333. Proprietário dos engenhos: Gutiuba/ Goiana e Maré/Nazaré da Mata. Curiosidades: Portador de títulos importantes, descendente de uma das mais tradicionais famílias da aristocracia de Pernambuco, empresário, figura humana e simples que sempre procurou fazer o bem, e que sempre fez impessoalmente, sem visar publicidade ou interesse de qualquer espécie. (Sala das Reuniões, em 18/03/1975. Deputado Ribeiro Godoy - homenagem prestada pela Prefeitura e Câmara Municipal do Recife a memória do Dr. Luiz Ignácio Pessoa de Mello, publicado no Diário de Pernambuco, em 18.03.75.

52.      Engenho Gutiuba/ Goiana
Proprietário/Morador/Rendeiro: Manuel  Ignácio Pessoa de Mello - Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues; FR-3335; 3341; e 3339. (Serafim Pessoa de Mello; Maria Augusta Pessoa de Mello - filha de Manuel Ignácio Pessoa de Mello). Proprietário dos engenhos: Gutiúba e Poço Redondo/Goiana.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Serafim Pessoa de Mello – Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-3341.

ENGENHO COM A LETRA H

1.         Engenho Haerlem, depois Bom Jesus/ Itamaracá – Segundo documentação holandesa o engenho estava sendo reconstruído, antes da invasão era um engenho movido a bois e de fogo vivo
Proprietário/Morador/Rendeiro: Pieter Seulyn de Jonge – Capitão. Proprietário dos engenhos: Haerlem, depois Bom Jesus, e Tripicu/Itamaracá Curiosidades:  Em seu Relatório sobre o estado das capitanias conquistadas no Brasil, datado de 04/04/1640, o conselheiro Adriaen van der Dussen, relaciona entre os Engenhos em atividade na capitania de Itamaracá o de nome Haarlem, pertencente a Pieter Seulyn de Jonge. Esse engenho, movido por tração animal – “engenho de bois e de fogo vivo” –, teve depois o seu nome alterado para Bom Jesus, estando transformado num sítio localizado no quilômetro dezesseis da rodovia daquela ilha. No local se ergue a capelinha do Bom Jesus Menino, restaurada em 1972 pelo médico Valdecírio Rodrigues, em lugar tranqüilo rodeada de gigantescas mangueiras, uma delas com 42 m de copa, da qual brotam as famosas mangas jasmins, merece o registro do imperador do Pedro II quando lá esteve em sete de dezembro de 1859.

2.         Engenho Harmonia/Catende
Proprietário/Morador/Rendeiro: Belmiro da Silveira Lins - Barão da Escada, (1874). Nasceu em 1827 e faleceu em 1880. Político e Tenente-Coronel da Guarda Nacional. Participou da chamada Hecatombe de Vitória (conflito político ocorrido nas vésperas da eleição provincial, disputado pelo Barão de Escada e a família Souza Leão). Assassinado durante uma campanha senatorial pelo Espírito Santo. Filho de Henrique Marques Lins, 1º Barão e Visconde de Utinga, e de Antônia Francisca Veloso da Silveira. Casou-se com Maria de Sousa, com a qual teve uma filha: Antônia Lins. Col. Francisco Rodrigues; FR-2864. Proprietário dos engenhos: Harmonia/Catende; Jaguaribe/Abreu e Lima e Massurepe/Igarassu; São Bento/São Lourenço; São Bernardo/Paudalho; Goitá/Limoeiro; Lagoa Grande/Glória de Goitá; São Bento/Paudalho; Terra Vermelha/Lagoa do Carro; Alegria e Limoeiro Velho/Escada.
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque - Barão e Visconde com grandeza de Suassuna. Nasceu em 1793/Jaboatão dos Guararapes e faleceu em 1880/Recife, no seu palacete do Pombal. Filho do Capitão-Mór Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, Coronel Suassuna, e de Maria Rita de Albuquerque Mello. Irmão mais velho dos Viscondes de Camaragibe, Albuquerque e do Barão de Muribeca. Sentou praça no exército em 1807, galgando todos os postos até o de Brigadeiro, se reformando em 1829. Presidiu a Província de PE em 1826, 1835 e 1838. Deputado à Assembléia Provincial em várias legislaturas, assim como à Geral na 1ª legislatura de 1826/1829; Senador, em 1839; Ministro da Guerra, no 1º Gabinete de 1840. Conselheiro de S. Majestade; Grande do Império; Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial; Dignitário da Imperial Ordem do Cruzeiro e Gentil-Homem da Imperial Câmara. Proprietário dos engenhos: Girento, Limoeiro, Mangueira, São Vicente e Sapucagy de Baixo e a Usina Limoeirinha/Escada; Pantorra/Cabo Santo Agostinho, Suassuna (antes Nossa Senhora da Assunção); Penedo de Baixo, Roncaria, Pitangueiras /São Lourenço da Mata; Poeta/Recife e Timbi/Camaragibe
Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Catende - Proprietária dos engenhos: Água Branca de Uraba/Quipapa; Bálsamo da Linha, Corubas/Jaqueira; Bálsamo das Freiras//Lagoa dos Gatos; Bamborel, Bela Aurora, Boa Sorte, Cana Brava, Harmonia, Milagre da Conceição, Monte Pio, Niterói, Ouricuri, Tabaiaré/Catende; Campinas, Capricho, Esperança. Granito/Palmares; Espírito Santo, Mangueira, Mãozinha, Palanqueta, Pastinho, Pasto Grande, Piragibe ou Piragybe, Pirangy ou Pirangi, Porto Seguro, Souza, Veloz, Venturoso, Vida Nova/Água Preta; Curupaiti ou Curupaity /Xexéu; Limão, Urucú ou Urussú/Escada; Monte Alegre/Gameleira; Paudalho/Paudalho; Santa Cruz/Rio Formoso.
Ocupado pode sem terras. Decreto/06 | Decreto de 13 de outubro de 2006. Declara de interesse social, para fins de reforma agrária, os imóveis rurais: engenhos...; engenho Harmonia/Catende-Palmares;...

3.         Engenho Herbert de Souza/Moreno – Capela sob invocação a Nossa Senhora das Mercês
Proprietário/Morador/Rendeiro: Nada foi encontrado sobre seus proprietários e/ou moradores.

4.         Engenho Herval/Escada
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco de Caldas Lins - Barão de Araçagi (Dec. 09.11.1867); título alterado e elevado para Visconde do Rio Formoso (Dec. 23.02.1889). Nasceu em 1828, e faleceu em 1897/Rio Formoso. Filho do Comendador José Luiz de Caldas Lins. Deputado Geral pela Província de PE nas 15ª e 16ª legislaturas de 1872/1878 e na 20ª de 1886/1889; votou contra a lei de 08/05/1888, que acabaria com a escravidão no Brasil. Deixou geração do seu casamento com Teodolinda da Silveira Lins, filha do Visconde de Utinga.  Proprietário dos engenhos: Massauaçu ou Massauassu, Una, Herval, Pedra de Siqueira, Laje Nova e Conceição/Rio Formoso; Gindaí ou Gindahy /Barreiros e Clacituba/Escada.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Rogoberto de Barros - Capitão. Nascido em 1850/Escada e falecido em 1903. Filho de Leonardo Orlando de Barros e Francisca Caraciola da Costa Gouveia. Casado duas vezes: a 1ª vez com Minervina Lins de Barros, nascida em 1865 e falecida em 1892, (07 filhos); a 2ª Urcizina de Oliveira Barros (05 filhos).
Proprietário/Morador/Rendeiro: Paulo Correa de Oliveira - Com fotografia na Col. Francisco Rodrigues; FR-4047.
Ocupado pode sem terras. Extrato de Laudo de Avaliação para fins de Reforma Agrária. Processo/ INCRA/SR-03/PE/N°54140.002792/2005-02. Imóvel: engenho Barra do Pirangi, Diamante, Esperança, Herval e Proteção/Catende. Área registrada: 1.945,8008 Ha. Exploração predominante: agricultura (cana-de-açúcar).

5.         Engenho Horácio/Timbauba – Com fotografias no álbum
Proprietário/Morador/Rendeiro: Antônio Xavier de Andrade Filho

6.         Engenho Horizonte/Rio Formoso – Com fotografias no álbum
Proprietário/Morador/Rendeiro: Francisco Victor Pereira de Carvalho

7.         Engenho Humaitá ou Humaytá/Goiana – Casa grande, casario e moita no inventário de bens culturais e naturais, tangíveis da mata sul de Pernambuco.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José da Cunha Rabelo - Dr. Bacharel em Direito em 1898, Deputado Estadual, Federal, Senador Estadual, e Prefeito de Goiana. Faleceu em1921/Goiana. Filho do Cel. Amaro Gomes da Cunha Rabello e de Ignácia Xavier da Cunha Coutinho Carneiro de Albuquerque. Casado com Ana Catharina de Moraes Pinheiro. Com fotografias na Col. Francisco Rodrigues; FR: 3823; 3825; 3829; 4392; e 4393. Proprietário dos engenhos: Jardim, Tabayê ou Tabairé, e co-proprietário do Humaytá e Mundo Novo/Goiana; Ilha das Cobras/Cabo de Santo Agostinho.
Proprietário/Morador/Rendeiro: José Elenthério Rabello
Proprietário/Morador/Rendeiro: João Olímpio da Silva
    Proprietário/Morador/Rendeiro: Usina Pedrosa – Proprietária dos engenhos: Cortez/Amaraji; Jumaitá e Souza/Palmares.