Fontes

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27/06/2015

São Paulo/Várzea do Capibaribe-Recife

Várzea-Recife
                    O engenho São Paulo/Várzea do Capibaribe-Recife foi fundado por Francisco Carvalho de Andrade c.c. D. Maria Tavares Guardez, antes da invasão holandesa. O engenho tinha uma igreja São Paulo e sua fábrica tinha uma moenda movida a bois. Suas terras ficavam situadas entre o Rio Tijipió e Jequiá, na freguesia da Várzea, sob a jurisdição de Olinda – Capitania de Pernambuco. NOTA: Atualmente não mais existe vestígio do engenho e suas terras foi ocupada pelo bairro recifense “Jardim São Paulo”
O engenho foi citado nos seguintes mapas coloniais: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ; PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado como engenho, 'St. Paulo', numa ilha no rio (ou num afluente margem direita desse rio) sem nome, tributário m.d.  do 'Rº. ∂os Ԑƒƒoga∂os'; IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado como engenho, 'S. Paulo', numa ilha no rio (ou num afluente margem direita desse rio) sem nome, tributário margem direita do 'Rº. ∂os Ԑƒƒoga∂os'; PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, 'S. Paulo', na margem direita do rio sem nome, afluente m.e. do 'Tajiibipio' - 'Teubipí'.
             Com o falecimento de Francisco Carvalho de Andrade o engenho passa a ser de propriedade de seu genro Antônio Pinheiro Feio c.c. D. Leonor Guardez de Andrade.
     O próximo proprietário encontrado foi Jerônimo de Albuquerque Maranhão c.c. Catarina Pinheiro Feio (Feijó), genro e filha de Antônio Pinheiro Feio e de D. Leonor Guardes.
     Antes de 1593  Antônio Nunes c.c. D. Isabel Pereira, adquiriu o engenho Jerônimo de Albuquerque Maranhão e D.Catarina Pinheiro Feio (Feijó).
         Após o falecimento de Antônio Nunes o engenho passou a ser administrado pela sua viúva D. Isabel Pereira, que surge como proprietária em 1593, porém com dificuldades de administrar o engenho o arrenda a Tomás Nunes,
         Em 1609 D. Isabel Pereira ainda era proprietária do engenho, mas em 1617 o proprietário era Henrique Afonso Pereira, filho homônimo do segundo marido de Isabel e Capitão da Conquista do Maranhão.
         Em 1623 o engenho produziu 4.584 arrobas de açúcar. No ano de 1623 suas terras foram ocupadas pelas guarnições luso-brasileiras, havendo seu proprietário permanecido no engenho.
           Segundo os Anais Pernambucanos, em 1637, pertencia a Henrique Afonso Pereira, sua moenda era movida a animais e estava de fogo vivo. Nesse ano e em 1639 o engenho moeu com  12 tarefas que pertenciam a sua fazenda e mais 50 dos seguintes lavradores:: Antônio da Silva com 20 tarefas e Sebastião de Carvalho com 30 tarefas, perfazendo 62 tarefas (2.170 arrobas de açúcar).
       Em 1645 o engenho tinha como proprietário o Ouvidor-Geral da Capitania de Itamaracá, Antônio de Oliveira que ao falecer deixou como herdeiro seu filho Francisco de Oliveira Lemos c.c. D. Gracia de Carvalho de Andrada.
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Capitão-mor

No ano de 1712, o Capitão-mor da freguesia da Várzea Lourenço Cavalcanti de Albuquerque, aparece como proprietário do engenho São Paulo. NOTA: O Capitão-mor era a designação para cada um dos oficiais militares, responsáveis pelo comando das tropas de Ordenança em cada cidade, vila ou freguesia, entre os séculos XVI e XIX. Cabia ao Capitão a representação na capitania dos interesses do donatário, garantindo os seus proventos e administrando os seus bens. Serviam ainda de interlocutor entre as populações e o donatário. Gozavam de latos poderes administrativos, judiciais e fiscais, sendo a  autoridade máxima na Capitania. Somente não podia aplicar a pena de talhamento de membros ou de execução. Respondiam pelos seus atos diretamente perante o Donatário, sendo remunerados com parte, geralmente 10% do dízimo, a chamada redízima, dos rendimentos que na capitania cabiam ao donatário. O cargo era em geral hereditário, estando sujeita a um regimento específico e, em geral, a confirmação real.
        Hoje as terras do engenho foram reocupadas pelo atual bairro de Jardim São Paulo que integra a 5ª Região Político-Administrativa do Recife (RPA-5), a Sudoeste da cidade, formada por um total de 16 bairros.
           Atualmente o bairro se tornou o expoente das novas medidas de segurança pública pernambucanas, tendo o grande reconhecimento mundial graças a uma sensacional reportagem do Washington Post.



Fontes:
http://desciclopedia.org/wiki/Jardim_S%C3%A3o_Paulo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jardim_S%C3%A3o_Paulo_(Recife)
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras.  1ª edição. São Paulo, 2012. Pág. 59
PEREIRA DA COSTA, F. A. Anais Pernambucanos. 1795-1817. 2ª Edição. FUNDARPE. Gov. de Pernambuco. Recife, 1983. Vol. 1:149-150; 2:254 e 376; 10:350,
PEREIRA, Levy. "S. Paulo (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Paulo_(engenho_de_bois). Data de acesso: 7 de junho de 2015.
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Proprietários encontrados:


Francisco Carvalho de Andrade (Andrada) – Chegou a Pernambuco na segunda metade do século XVI, onde se tornou um dos principais da Capitania. Fidalgo da Casa Real. Lutou bravamente durante a invasão holandesa e foi um dos principais personagens da Insurreição Pernambucana, incentivando, inclusive, ao seu genro João Fernandes Vieira a participar da luta.
Senhor do engenho São Paulo/Várzea do Capibaribe-Recife (1)
C01: D. Maria Tavares Guardez 
CURIOSIDADES: O nome de Ponte do Uchoa, hoje local turístico do Recife, vem do apelido do senhor do engenho da Torre, o Capitão Antônio Borges Uchoa, quando lhe coube a posse daquele engenho, uma ponte para dar passagem à margem oposta do Capibaribe, na altura da foz do Riacho Parnamirim, que deságua naquele rio. Anteriormente, porém, tinha a localidade o nome de Sítio do Guardez, desde 1633,  naturalmente o proprietário dessas terras era um avô de D. Maria Tavares Guardez
Filhos: 01- D. Leonor Guardez de Andrade c.c. Antônio Pinheiro Feio; 02- D. Ignez Guardez de Andrade c.c. João Pais Barreto (senhor de 10 engenhos na região do Cabo de Santo Agostinho); 03- D. Catharina Tavares de Guardez c.c. Braz Barbalho Feio.
Fontes:
BORGES DA FONSECA, Antôno Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1925 Vol 47 (6). Pág. 08
http://geneall.net/pt/nome/1602961/catarina-guardez/
http://geneall.net/pt/nome/291603/francisco-fernandes-carvalho-de-andrade/
http://www.wikitree.com/wiki/Andrade-75
http://www.wikitree.com/wiki/Guardez-3
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras.  1ª edição. São Paulo, 2012. Pág. 59
PAES BARRETO, Carlos Xavier. Primitivos Colonizadores Nordestinos. Edt. Usina de Letras. 2ª edição. Rio de Janeiro, 2010 Pág. 19
PEREIRA DA COSTA, F. A. Anais Pernambucanos. 1795-1817. 2ª Edição. FUNDARPE. Gov. de Pernambuco. Recife, 1983. Vol. 1, Pág: 149 e 150, 489 – Vol. 2. Pág: 375-376 – Vol. 6 Pág: 273



Antônio Pinheiro Feijo (Feio) – Feitor-mor da Armada. Lutou na conquista do Maranhão.
Senhor do engenho São Paulo/Várzea do Capibaribe-Recife (2) – Adquirido através de seu casamento com D. Leonor.
C01: D. Leonor Guardez de Andrade – Filha de Francisco Carvalho de Andrade (senhor do eng. São Paulo) e de Maria Tavares Guardez. Irmã de D. Ignez Guardez c.c. João Paes Barreto, instituidor do Morgado de Nossa Senhora da Madre de Deus do Cabo de Santo Agostinho e proprietário de 0 engenhos, na mata Sul de Pernambuco.
Filhos: 01- D. Catarina Pinheiro Feijo c.c. Jerônimo de Albuquerque Maranhão (c.g.); 02- D. Magdalena Pinheiro c.c. Felippe de Albuquerque, irmão do seu cunhado Jerônimo
Fontes:
Revista genealógica latina, Volumes 8-11
http://geneall.net/pt/nome/2002349/antonio-pinheiro-feio/
http://geneall.net/pt/nome/238599/jeronimo-de-albuquerque-o-maranhao/
BORGES DA FONSECA, Antôno Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1925 Vol 47 (3) pág. 08  Anais 1926 Vol 48 (1)



Jerônimo de Albuquerque Maranhão – Filho de Jerônimo de Albuquerque com a índia Maria do Espírito Santo Arco Verde. Ferido numa guerra contra faleceu no seu engenho Cunhau em consequência de um ferimento recebido em luta conta os holandeses em 1631. Capitão do Rio Grande. Feitor-mor da armada da conquista do Maranhão
Foi encarregado da conquista do Rio Grande do Norte pelo Rei D. Felipe, tendo seguido por terra através da Paraíba, onde arrebanhou gente e seguiu o seu destino a fim de se encontrar com Manoel de Mascarenhas Homem, que viajou por mar, levando consigo muitos baianos. Chegou ao seu destino em 18.12.1597, onde construiu uma fortaleza de madeira e vendeu os índios, dando início a construção de uma povoação que foi instalada no dia 25.12.1599, quando festejavam o Natal do Senhor, por isso a vila levou o nome de "NATAL"; assumiu o governdo da vila, e construiu a igreja matriz dedicada à Nossa Senhora da Apresentação.
Diante dos bons resultados foi incumbido pelo Rei de ir conquistar o Maranhão, para onde partiu levando muita gente, em 1614. Em 1615 consegue restaurar a cidade de São Luiz, que estava em poder dos franceses, expulsando-os a firmando a sua autoridade de Governador, onde permaneceu até a sua morte em 11.02.1631, pelos holandeses. Por essa façanha, a de expulsar os franceses do Maranhão, recebeu o apelido de "Maranhão" que depois incorporou ao seu nome, diferenciando assim do nome de seu pai.
Senhor dos engenhos: Cunhau/RN, situado nas terras do Uruá, em 1602; São Paulo/Várzea do Capibaribe-Recife (3) – Engenho herdado de seu pai; São Paulo/Várzea do Capibaribe-Recife (3).
C01: Catarina Pinheiro Feio (Feijó), nascida em Pernambuco, filha do português Antônio Pinheiro Feio (Feijó) e de D. Leonor Guardes, pernambucana. Filhos: 
1- Antônio de Albuquerque Maranhão c.c. D. Joanna Luisa de Castelo Branco; 02- Mathias de Albuquerque Maranhão c.c. D. Isabel da Câmara; 03- Jerônimo de Albuquerque Maranhão.
Fontes:
Revista genealógica latina, Volumes 8-11
BORGES DA FONSECA, Antônio Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1925 Vol 47 (3) pág. 08 

Antônio Nunes – Falecido antes de 1593.
Senhor do engenho São Paulo/Várzea do Capibaribe-Recife (4) –
C01: D. Isabel Pereira.
Filhos: Não encontrado.
Fontes:
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras.  1ª edição. São Paulo, 2012. Pág. 59

Isabel Pereira – Nascida em família muito nobre da Casa dos Morgados de Paredes de Vianna. Chegou a Pernambuco com suas irmãs Ignez de Brito, Genebra Bezerra, Joanna de Abreu, Paulo (?) Bezerra e Antônio Bezerra, o Barriga depois que seu pai foi degredado para São Thomé, por crime grave.
Senhor do engenho São Paulo/Várzea do Capibaribe-Recife (5)
C01: Antônio Nunes – Falecido antes de 1593, (s.g..)
C02: Henrique Afonso Pereira (I) – (c.g.)
Filhos: 01- Henrique Afonso Pereira – Um dos cavaleiros que correram com o Conde Maurício de Nassau nos festejos de aclamação do Rei D. João IV. C.c. (?). (c.g.); 02- Francisco de Brito Pereira – C.c. Maria do Rego, filha de Luiz do Rego Barreto e de Ignez de Ges, irmã de João Velho Barreto (Desembargador do Paço, Chanceler-mor do Reino, Conselheiro de Sua Majestade) e de Francisco do Rego Barros. (c.g.); 03- Ascenso Pereira; 04- Apolinário Nunes – C.c. (?). (c.g.); 05- Cosme de Abreu – C.c. (?). (c.g.); 06- Dorothea de Brigo – C.c. José do Rego, que era parente do Governador João de Barros.
Fontes:
BORGES DA FONSECA, Antôno Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.Anais 1925 Vol 47 (8) –  Pág. 163, 168-169, 493. Anais 1926 Vol 48 (11) – Pág. 235, 246
http://www.araujo.eti.br/familia.asp?numPessoa=40503&dir=genxdir/
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras.  1ª edição. São Paulo, 2012. Pág. 59

Tomás Nunes – Mercador.
Rendeiro do engenho São Paulo/Várzea do Capibaribe-Recife
Fontes:
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras.  1ª edição. São Paulo, 2012. Pág. 59


Henrique Afonso Pereira (II) – Filho de D. Isabel Pereira, senhora do engenho São Paulo/Várzea do Capibaribe-Recife, e de seu segundo marido Henrique Afonso Pereira (I). Um dos Capitães da conquista do Maranhão. Permaneceu em seu engenho durante o domínio holandês. Um dos cavaleiros que correram com o Conde Maurício de Nassau nos festejos de aclamação do Rei D. João IV.
Senhor do engenho São Paulo/Várzea do Capibaribe-Recife (5) – Comprou o engenho aos descendentes de Francisco Carvalho de Andrade.
C1: (?)
Filhos: 01- Henrique PereiraAntônio Pereira; 02- Maria FerreiraIsabel Pereira c.c. (?), em Alagoas.
Fontes:
BORGES DA FONSECA, Antôno Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.Anais 1925 Vol 47 (8) n- Pág. 168-169
PEREIRA, Levy. "S. Paulo (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Paulo_(engenho_de_bois). Data de acesso: 7 de junho de 2015.

MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras.  1ª edição. São Paulo, 2012. Pág. 59

Antônio de Oliveira de Lemos– Ouvidor e Provedor da Fazenda Real de Itamaracá (1645).
Senhor do engenho São Paulo/Várzea do Capibaribe-Recife (6) – Citado por Borges da Fonseca como proprietário do engenho
C01: Mecia de Lemos, viúva de Gonçalo Feio.
Filhos: 01- Francisco de Oliveira Lemos – Vereador de Olinda (1663). C.c. D. Grácia de Carvalho e Andrada. (c.g.)
Fontes:
BORGES DA FONSECA, Antônio Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1925 Vol 47 (8). Pág. 21, 233, 432; Anais 1926 Vol 48 (11) – Pág. 162

Francisco de Oliveira Lemos – Vereador de Olinda (1663). Filho de Mecia de Lemos com seu segundo marido Antônio de Oliveira (senhor do engenho São Paulo da Varzea).
Senhor do engenho São Paulo/Várzea do Capibaribe-Recife (7) – Filho e herdeiro de Antônio de Oliveira e de D. Mécia de Lemos
C01: D. Gracia de Carvalho de Andrada. Filha de Bernardo de Carvalho e de D. Joanna Barreto.
Filhos: 01- Francisco de Oliveira Lemos – Falecido solteiro; 02- Bernardino Carvalho de Andrada – Capitão de Infantaria do Terço do Recife. Mestre de Campo de D. João de Sousa, patente de 05.05.1666, mas por interresse particulares largou o serviço. Sargento-mor do Terço de Ordenança do Recife, Varzea e Santo Amaro, patente de 15.01.1654. Vereador de Olinda. C.c. D. Laura Cavalcante Bezerra, filha de Cosme Bezerra Monteiro e de. D. Leonarda Cavalcante de Albuquerque. (c.g.); 03- D. Maria de Carvalho c.c. Antônio Curado Vidal – Fidalgo da Casa Real, Comendador de São Pedro do Sul da Ordem de Cristo, Mestre de Campo do Terço de Infantaria do Recife. Filho de Lopo Curado Garro e de D. Isabel Ferreira de Jesus, irmã de André Vidal de Negreiros. (s.g.).
Fontes:
BORGES DA FONSECA, Antônio Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1925 Vol 47 (8). Pág. 21, 24, 38, 233. Anais 1926 Vol 48 (2), pág. 162


Lourenço Cavalcanti de Albuquerque – Falecido pelos anos de 1770. Filho de Antônio de Hollanda de Vasconcellos e de Felipa de Albuquerque Cavalcanti. Capitão de Auxiliares. Vereador de Olinda. Coronel.
Senhor do engenho São Paulo/Várzea do Capibaribe-Recife (8); Petribú/Goiana (1710).
C01: Úrsula Feio, na Bahia.
Filhos: 01- Felipa de Albuquerque Cavalcanti; 02- Maria Cavalccanti; 03- Antônia Cavalcanti.
C02: Isabel de Lima, na Bahia – Filha de Antônio de Barros Cardoso e de Giomar de Mello.
Filhos: 04- Brites Francisca de Lima.
Fontes:
http://www.araujo.eti.br/familia.asp?numPessoa=43808
http://www.araujo.eti.br/descend.asp?numPessoa=39797&dir=genxdir/
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1885-1886 Vol 13 (1) pág. 239. Anais 1885-1886 Vol 13 (1). Pág. 239; 1900 Vol 22 (2) pág. 17, 135
PEREIRA DA COSTA, F. A. Anais Pernambucanos. 1795-1817. 2ª Edição. FUNDARPE. Gov. de Pernambuco. Recife, 1983. Vol. 2: 254

22/06/2015

Curado, antes São Sebastião/Curado-Recife

O engenho São Sebastião foi fundado por Pero da Cunha de Andrade, antes de 1585. Sua moenda era movida a bois e sua igreja tinha como orago São Sebastião. Suas terras ficavam localizadas entre o Rio Capibaribe e o Rio Tijiíó, freguesia da Várzea, sob a jurisdição de Olinda, capitania de Pernambuco.
Em 1605 já não gozava de isenção fiscal, e pagava 03% de pensão sob todo o açúcar produzido, depois de dizimado.

Pero da Cunha de Andrade – Nasceu em 1595/Lisboa-PT. Falecido antes de 1645. Filho de Rui Gonçalves de Andrade (Fidalgo da Ilha da Madeira) e de D. Leonor da Cunha. Neto materno de B. de Nuno da Cunha (serviu na Índia, Capitão-mor de Malasar). Bisneto materno de Tristão da Cunha e de D. Helena de Athayde, irmão de D. Luiz de Athayde (1º Conde e Senhor de Atouguia e 02 vezes Vide-rei da Índia). Moço Fidalgo da Casa Real. Vereador de Olinda (1621). Sargento-mor. Coronel de um dos dois terços da Ordenança de Olinda.Pero da Cunha refugiou-se no Arraial do Bom Jesus, sendo depois libertado, após a rendição da Fortaleza, com resgate de 15.000 florins. Capitão. Lutou na guerra contra os holandeses, era tido como um homem de muita coragem e autoridade sobre as suas tropas, que poderia se preciso reunir 4.000 homens, na maior parte brancos, muito bem armados e com munição.
No ano de 1645 e 1663, Pero da Cunha de Andrade aparece na lista de devedores da WIC como devendo o montante de 570 florins.
Resultado de imagem para igreja são sebastião do curado recife
São Sebastião ´- Orago da Igreja
do engenho
Casamento 01: Anna de Vasconcellos – Filha de João Gomes de Mello (senhor do engenho Trapiche do Cabo) e de Anna de Hollanda. Neta materna de Arnau de Holanda e de D. Brites Mendes de Vasconcellos “a Velha”. Bisneta materna do Barão de Rheneoburgo, Henrique de Hollanda e de D. Margarida Florência.
Filhos: 01- Pedro da Cunha Pereira – Vereador de Olinda, em 1649. Juiz Ordina´rio, em 1652. Moço Fidalgo, que pertenceu ao seu pai. c.c. D. Catharina Bezerra. (c.g.)
Casamento 02: Cosma Fróis (I) – Filha de Diogo Gonçalves (Auditor da Gente da Guerra em Pernambuco. Senhor dos engenhos: Casa Forte/Casa Forte, Santo Antônio/Várzea-Recife; Beberibe/Recife) e de D. Isabel Froes (que foi dama da Senhora Rainha D. Catharina de Portugal). Neta materna de Álvaro de Campos, que serviu na Índia.
Filhos: 02- Cosma da Cunha (II)c.c. Manoel Carneiro de Mariz; 03- Jerônima da Cunha c.c. Zacarias de Bulhões (senhor do engenho Bulhões/Jaboatão dos Guararapes)
Senhor do engenho Curado, antes São Sebastião/Várzea do Capibaribe-Recife (1)
Fontes:
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1885-1886 Vol 13 (1). Pág. 168 - Anais 1916 Vol 38 (1). Pág. 207
BORGES DA FONSECA, Antôno Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1925 Vol 47 (3). Pág. 210, 400* - Anais 1926 Vol 48 (2). Pág. 255
F. A. Pereira da Costa. Anais Pernambucanos. 2ª edição. Gov. de Pernambuco. FUNDARPE. Recife, 1983. Vol. 2: 392
PEREIRA, Levy. "S. Seba∫t. (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Seba%E2%88%ABt._(engenho_de_bois). Data de acesso: 6 de junho de 2015.
Revista do Instituto Archeológico e Geográphico Pernambucano, Edições 20-27. Pág. 651
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras.  1ª edição. São Paulo, 2012. Pág. 58-59
____________________ Olinda Restaurada. Guerra e açúcar no Nordeste , 1630-1654. Edt. 34. 3ª edição. São Paulo, 2007 – Pág. 44.
MELLO, José Antônio Gonsalves de. Tempo dos Flamengos. Gov. de Pernambuco e BNB. Recife, 1979. Pág. 161, 248
_____________________________ A Economia Açucareira. Fontes Para a História do Brasil Holandês.  Edt. CEPE. 2ª edição. Recife, 2004. Pág´.151, 237

Em 1623 o engenho produziu 11.035 arrobas de açúcar.
Durante a ocupação holandesa o engenho foi ocupado (1633) por tropas luso-brasileira e saqueado pela tropa holandesa. Em 1635, Pero da Cunha de Andrade se refugiou no Arraial do Bom Jesus, sendo libertado, após a rendição da Fortaleza, contra resgate de 15.000 florins. Pero da Cunha retornou ao seu engenho e ficou sob o domínio holandês.
Embora os proprietários de engenho tivessem recebido da WIC várias facilidades para tocarem seus engenhos. Em 1638, estavam descontentes, pois várias taxas foram criadas sobre o açúcar. Queixavam-se dos enormes juros a que os credores os obrigavam a pagar. A situação foi ficando lastimável e foi tentada uma revolta desesperada contra o Governo holandês, cujos líderes eram de elementos ligados ao setor açucareiro. Entre os que tomaram parte estava o Capitão Pero da Cunha de Andrade que era tido como um homem de muita coragem e autoridade sobre as suas tropas, e que se preciso poderia reunir 4.000 homens, na maior parte brancos, muito bem armados e com munição. Após a rendição dos luso-brasileiros Pedro da Cunha foi preso, sob a acusação de participar de conjura visando a Restauração Pernambucana.
Podemos encontrar a localização do engenho nos mapas: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ; PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado como engenho, 'Ԑ. St. ßastia';  IT (IAHGP-Vingboons, 1640) #43 CAPITANIA DE I. TAMARICA, plotado como engenho, 'Ԑ St. ßastia'; PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, 'S. Sebast.', na várzea entre o 'Capiibari' (Rio Capibaribe) e o 'Tajiibipio' - 'Teubipí' (Rio Tejipió).
Segundo Dussen em seu Relatório de 1640 o engenho moía com 105 tarefas, sendo: 25 tarefas do partido da fazenda e as demais dos lavradores: Bernardim de Carvalho (25 tarefas), Manuel Álvares (15 tarefas), Antônio de Oliveira com um partido livre de 35 tarefas e Domingos de Abreu com um partido livre de 15 tarefas.
            Em 1645, Pero da Cunha de Andrade falece e o engenho passa a ser administrado pela sua segunda esposa e viúva D. Cosma Frois.

Cosma Fróis (I) – Filha de Diogo Gonçalves (Auditor da Gente da Guerra em Pernambuco. Senhor dos engenhos: Casa Forte/Casa Forte, Santo Antônio/Várzea-Recife; Beberibe/Recife) e de D. Isabel Froes (que foi dama da Senhora Rainha D. Catharina de Portugal). Neta materna de Álvaro de Campos, que serviu na Índia.
Casamento 01: Segunda esposa de Pero da Cunha de Andrade – Nasceu em 1595/Lisboa-PT. Falecido antes de 1645. Filho de Rui Gonçalves de Andrade (Fidalgo da Ilha da Madeira) e de D. Leonor da Cunha. Neto materno de B. de Nuno da Cunha (serviu na Índia, Capitão-mor de Malasar). Bisneto materno de Tristão da Cunha e de D. Helena de Athayde, irmão de D. Luiz de Athayde (1º Conde e Senhor de Atouguia e 02 vezes Vide-rei da Índia). Moço Fidalgo da Casa Real. Vereador de Olinda, em 1621. Sargento-mor. Coronel de um dos dois terços da Ordenança de Olinda. Pero era casado, em primeiras núpcias, com Anna de Vasconcellos, filho de João Gomes de Mello (senhor do engenho Trapiche do Cabo) e de Anna de Hollanda. (c.g.)
Filhos: 02- Cosma da Cunha (II)c.c. Manoel Carneiro de Mariz; 03- Jerônima da Cunha c.c. Zacarias de Bulhões (senhor do engenho Bulhões/Jaboatão dos Guararapes)
Senhora do engenho Curado, antes São Sebastião/Várzea do Capibaribe-Recife (1)
Fontes:
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1885-1886 Vol 13 (1). Pág. 168 - Anais 1916 Vol 38 (1). Pág. 207
BORGES DA FONSECA, Antôno Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1925 Vol 47 (3). Pág. 210, 400* - Anais 1926 Vol 48 (2). Pág. 255
F. A. Pereira da Costa. Anais Pernambucanos. 2ª edição. Gov. de Pernambuco. FUNDARPE. Recife, 1983. Vol. 1:372
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras.  1ª edição. São Paulo, 2012. Pág. 58-59
_____________________ Olinda Restaurada. Guerra e açúcar no Nordeste , 1630-1654. Edt. 34. 3ª edição. São Paulo, 2007 – Pág. 44.
MELLO, José Antônio Gonsalves de. Tempo dos Flamengos. Gov. de Pernambuco e BNB. Recife, 1979. Pág. 161, 248
______________________ _________  A Economia Açucareira. Fontes Para a História do Brasil Holandês.  Edt. CEPE. 2ª edição. Recife, 2004. Pág´.151, 237
PEREIRA, Levy. "S. Seba∫t. (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Seba%E2%88%ABt._(engenho_de_bois). Data de acesso: 6 de junho de 2015.
Revista do Instituto Archeológico e Geográphico Pernambucano, Edições 20-27. Pág. 651

            Matheus van den Broeck em Diário (1645-1646), relata entre os eventos ocorridos em 16.08.1645, véspera da batalha de Casa Forte (Engenho Nassau), citando-o como 'engenho de D. Cosma', pg. 23-24: "16. — Parti do Recife a cavalo para o engenho Nassou afim de seguir para o engenho Rotterdam (onde era o meu alojamento), e que daquele dista somente meia légua, pois ali tinha que fazer. No acampamento do nosso exército soube que o capitão Blaer saíra com sua companhia de arcabuzeiros. Voltou à tardinha, trazendo três mulheres portuguesas, a saber: a de Francisco Beranger, sogra de João Fernandes Vieira, a de Antônio Bezerra e a de Amaro Lopes, as quais, segundo ele disse, seriam remetidas ao Recife e ali mantidas até que a sua mulher e a do capitão Hick lhes fossem restituídas. Deixara o seu tenente com seis ou sete homens brancos, e cinco ou seis indígenas, fora do quartel, para passarem a maior parte da noite no engenho do Sr. Stadt-houder; voltaram eles à seguinte ante-manhã ao quartel. Este mesmo dia avançaram André Vidal, João Fernandes Vieira, Camarão e Henrique Dias com todas as suas forças, para a Várzea, o sendo noite chegaram ao engenho de D. Cosma, sito a menos de um quarto de hora do engenho do Stadt-houder. Pretendem alguns que eles tiveram notícia de lhes haver o capitão Blaer levado as mulheres, pois que, se assim não fora, não ter-se-iam aproximado. Do dito engenho partiram ante-manhã.".
            Após o falecimento de D. Cosma Fróis o engenho passou a ser administrado pelo seu genro Manuel Carneiro de Mariz.

Manuel Carneiro de Mariz – Filho segundo de João Carneiro de Mariz (Escabino de Olinda durante o domínio holandÊs) e de D. Maria Velho, sua prima. Neto materno de Pedro Alves Carneiro e de D. Maria Ferreira Velho. Juiz Ordinário de Olinda, em 1654. Serviu na guerra contra os holandeses.
Casamento 01: Cosma Fróis (II), filha e herdeira do engenho de Pero da Cunha de Andrade e de D. Cosma Fróis (II)
Filhos: 01- João Carneiro da Cunha – Senhor do engenho do Meio/Várzea do Capibaribe-Recife. C.c. sua prima D. Anna Carneiro de Mesquita, filha de Paulo Carvalho de Mesquita e de D. Ursula Carneiro de Mariz. (c.g.); 02- Manoel Carneiro da Cunha – Homem muito rico e importante, cupou vários cargos honrosos em Pernambuco: Juiz Ordinário, Provedor da Santa Casa da Misericórdia, Capitão-mor da Várzea, Coronel do Regimento da Ordenança da Olinda. Senhor do engenho Brum Brum/Recife pelo seu casamento com D. Sebastiana de Carvalho, filha de Sebastião de Carvalho (Fidalgo da Casa Real) e de D. Francisca Monteiro. (c.g.)
Senhor do engenho Curado, antes São Sebastião/Várzea do Capibaribe-Recife (3) – Proprietário do engenho por ter casado com a herdeira de Pero da Cunha e de D. Cosma Fróes.
O engenho moeu em 1637 e 1639.
Fontes:
F. A. Pereira da Costa. Anais Pernambucanos. 2ª edição. Gov. de Pernambuco. FUNDARPE. Recife, 1983. Vol. 3:71
Revista do Instituto Archeológico e Geográphico Pernambucano, Edições 20-27. Pág. 651
BORGES DA FONSECA, Antôno Victorino. Nobiliarquia Pernambucana. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1925 Vol 47 (3). Pág. 210 - Anais 1926 Vol 48 (2). Pág. 338-339
http://www.outrostempos.uema.br/OJS/index.php/outros_tempos_uema/article/viewFile/14/8
http://www.snh2013.anpuh.org/resources/anais/27/1364351603_ARQUIVO_DOC.pdf
MELLO, José Antônio Gonsalves de. Tempo dos Flamengos. Gov. de Pernambuco e BNB. Recife, 1979. Pág. 161, 248

            O engenho moeu em 1637 e 1639 com quatro partidos de lavradores, inclusive dois partidos livres, os quais, somados ao partido da fazenda (25), perfaziam 115 tarefas, equivalentes a 4.025 arrobas de açúcar. lavradores: Bernardim de Carvalho (25 tarefas), Manuel Álvares, partido livre (15 tarefas), Antônio de Oliveira (35 tarefas), Domingos de Abreu, partido livre (15 tarefas).
            No fim do século XVII e começo do XVIII o engenho aparece como pertencendo a Salvador Curado Vidal.

Salvador Curado Vidal – Faleceu antes de 1720 sem deixar herdeiros. Capitão.
CURIOSIDADE: Mathias de Albuquerque ao fazer o testamento em 13.05.1743-eng. Curado, já muito doente, na casa de seu sobrinho Salvador Curado, deixou dito que gostaria de ser sepultado na ermida do engenho São Sebastião.
Senhor do engenho Curado, antes São Sebastião/Várzea do Capibaribe-Recife (4)
Fontes:
http://legis.senado.gov.br/legislacao/ListaNormas.action?numero=5979&tipo_norma=LEI&data=19731212&link=s
PEREIRA DA COSTA, F. A. Anais Pernambucanos. 1795-1817. 2ª Edição. FUNDARPE. Gov. de Pernambuco. Recife, 1983. Vol 3. Pág 65 – V0l 05. Pág 338
PEREIRA, Levy. "S. Seba∫t. (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Seba%E2%88%ABt._(engenho_de_bois). Data de acesso: 6 de junho de 2015
FREYRE , Gilberto. O Escravo nos anúncios de jornais brasileiros do século XIX. Global Editora e Distribuidora Ltda, 24 de set de 2012

O engenho nesse tempo perde a sua primitiva denominação de S. Sebastião pela de Curado, que ainda hoje conserva, originada do nome do proprietário que veio a ser, o capitão Salvador Curado Vidal, que em fins do século XVII instituiu a propriedade em capela vinculada sob a invocação de S. Sebastião, aplicando o rendimento líquido da fábrica para ocorrer às despesas dos encargos pios que instituíra.
Quando Salvador Curado faleceu, sem deixar administrador, foi nomeado para a capela, o vigário da freguesia, João Gonçalves Florença, que se apossou da mesma, mas foi destituído da administração, mediante recurso à coroa, por alvará de 26.02.1720, que nomeou o padre Diogo Pereira de Castro administrador do encapelado, o que foi terminantemente mandado executar por provisão do governador Manuel de Sousa Tavares, expedida em 7 de abril do mesmo ano, por se haver oposto o vigário Florença a entregar a administração da capela àquele sacerdote.
Em 24.11.1740, Antônio Curado Vidal fez um requerimento ao Rei D. João V, pedindo mais um ano sem serem executadas as dívidas do engenho e capela de São Sebastião, na freguesia da Várzea, instituída pelo seu avô o Capitão Salvador Curado Vidal, a fim de reerguer o engenho.

Antônio Curado Vidal – Neto de Salvador Curado Vidal.
Senhor do engenho Curado, antes São Sebastião/Várzea do Capibaribe-Recife (5)
Fontes:
Documentos manuscritos avulsos da Capitania de Pernambuco, Edição 1
http://legis.senado.gov.br/legislacao/ListaNormas.action?numero=5979&tipo_norma=LEI&data=19731212&link=s
PEREIRA DA COSTA, F. A. Anais Pernambucanos. 1795-1817. 2ª Edição. FUNDARPE. Gov. de Pernambuco. Recife, 1983. Vol 3. Pág 65 – V0l 05. Pág 338

Guerra Holandesa
Matias Vidal de Negreiros, já bastante idoso, fez seu testamento na casa de seu sobrinho Manuel Ferreira Curado, que residia no engenho, mas não é citado como proprietário. Entre outras coisas Matias Vidal informou que tinha nascido na freguesia da Luz (São Lourenço da Mata), que era filho legitimado de do Mestre de Campo André Vidal de Negreiros (Governador da Capitania de Pernambuco) com Cristina dos Santos, também solteira. Falecendo em 02.07.1743 foi sepultado na capela de São Sebastião do engenho, e segundo a sua vontade, na entrada, da porta para dentro, para que todos o pisem como o mais humilde saco de terra.

Manuel Ferreira Curado – Alferes. Sobrinho de Matias Vidal de Negreiros.
Fontes:
PEREIRA, Levy. "S. Seba∫t. (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Seba%E2%88%ABt._(engenho_de_bois). Data de acesso: 6 de junho de 2015
F. A. Pereira da Costa. Anais Pernambucanos. 2ª edição. Gov. de Pernambuco. FUNDARPE. Recife, 1983. Vol. 3:339

            Em 16.09.1849, o Diário de Pernambuco publicou um anúncio sobre a fuga de uma crioula de 40 anos de idade, do engenho Curado, e informou que a escrava não tinha nenhum destaque (habilidade, prenda e virtude), só que era quarentona, de altura regular, bom corpo, cabelo grande, tendo no braço direito [...] um lobinho ou caroço do tamanho de um limão.
Bairro do Curado - Recife
No século XVIII o engenho e a capela retornaram para as mãos dos descendentes de Salvador Curado Vidal – “Este encapelado de S. Sebastião do engenho Curado permaneceu até a sua extinção, em virtude da carta de lei de 13.10.1831, sendo então todos os seus bens patrimoniais repartidos pelos legítimos herdeiros e sucessores do instituidor.”.
No ano de 1979 o Governo Federal doou a COBAL- Companhia Brasileira de Alimentos, 65 ha de terra que restaram do antigo engenho Curado, situada na confluência SW da BR-232 com a BR-101. A doação feita teve como objetivo o aumento da participação da COBAL no capital da Centrais de Abastecimento de Pernambuco AS – CEASA/PE 
Atualmente não existe mais vestígio do engenho e suas terras foram reocupadas pelo bairro do Curado/Recife.
  
Fontes:
F. A. Pereira da Costa. Anais Pernambucanos. 2ª edição. Gov. de Pernambuco. FUNDARPE. Recife, 1983. Vol. 3:65. Vol. 5:338
MELLO, José Antônio Gonsalves de. A Economia Açucareira. Fontes Para a História do Brasil Holandês.  Edt. CEPE. 2ª edição. Recife, 2004. Pág´.151, 237
PEREIRA, Levy. "S. Seba∫t. (engenho de bois)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Seba%E2%88%ABt._(engenho_de_bois). Data de acesso: 6 de junho de 2015

Broeck, Matheus van den: Diário ou narração histórica (1645-1646). [Traduzido e anotado por José Hygino Duarte Pereira]. In: REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO BRASIL, Tomo XL, Parte Primeira, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 1877, pg. 5-65.