Fontes

A maioria das informações vêem com a devida validação abaixo da publicação. Algumas não foram possíveis de indicar a fonte, mas demos à informação o valor e a importância que mereceu e esperamos poder validá-la com posteriores pesquisas.

22/03/2015

Megaípe de Cima (Algibeira, d'Alinbero, ou de Manuel Bezerra)/Cabo de Santo Agostinho, antes Jaboatão dos Guararapes-Muribeca

                O engenho Megaípe de Cima foi fundado por Luís Dias Barroso antes de 1623, nesse ano produziu 3.409 arrobas de açúcar, pagando ao Donatário 03% de pensão. Não possuía uma igreja e tinha uma moenda movida a bois. Suas terras ficavam localizadas na margem direita do Rio Jaboatão, freguesia da Muribeca, cidade de Olinda, capitania de Pernambuco.

Luís Dias Barroso – (Nada mais foi encontrado)
Senhor dos engenhos: Megaípe de Cima (Algibeira, d'Alinbero,  ou de Manuel Bezerra)/Jaboatão dos Guararapes-Muribeca; Camaçari/Jaboatão dos Guararapes
Fontes:
MELLO, José Antônio Gonsalves de. A Economia Açucareira. Fontes para a História do Brasil Holandês.  2ª edição. Recife, 2004. Pág. 29.
PEREIRA, Levy. "Camaçari (engenho)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em:http://lhs.unb.br/biblioatlas/Cama%C3%A7ari_(engenho). Data de acesso: 22 de março de 2015.
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras. 1ª edição. São Paulo, 2012. Pág. 93.

               O Megaípe de Cima foi citado nos seguintes mapas: PRÆFECTURÆ PARANAMBUCÆ PARS BOREALIS, una cum PRÆFECTURA de ITÂMARACÂ; IBGE Geocódigo 2607901 Jaboatão dos Guararapes-PE; PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 CAPITANIA DE PHARNAMBOCQVE, plotado como engenho, 'Aljubera Ԑ.', na cabeceira do rio, sem nome, tributário m.d. do 'Rº. Jiboatao' e que tem na sua foz o 'Ԑ megypÿ' - atual Riacho Cristina; PE (Orazi, 1698) PROVINCIA DI PERNAMBVCO, plotado, 'Mogoai', na m.d. e na cabeceira do 'Mogoai' (Riacho Cristina)
                Em 1637 o engenho aparece como pertencente a Manuel Bezerra, que permaneceu com suas propriedades durante a invasão holandesa.

Manuel Bezerra – Na relação de devedores da Companhia das Índias Ocidentais holandesas de 1663, Manuel Bezerra aparece como devendo o montante de 648 florins.
Fontes:
MELLO, José Antônio Gonsalves de. A Economia Açucareira. Fontes para a História do Brasil Holandês.  2ª edição. Recife, 2004. Pág. 86, 150.
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras. 1ª edição. São Paulo, 2012. Pág. 93.
PEREIRA, Levy. "Mogoaĩ (engenho de bois sem igreja)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/Mogoa%C4%A9_(engenho_de_bois_sem_igreja). Data de acesso: 22 de março de 2015.

                O Megaípe de Cima moía 130 tarefas ou 45.502 arrobas de açúcar, que pertencia a três lavradoras: Clara d' Araújo (40 tarefas): Filipa da Cruz (40 tarefas); Isabel de Sousa (50 tarefas).; pagando 1,5% de pensão ao Donatário.
      Em 1654 a situação agroindústria açucareira não era das mais promissoras, além dos senhores de engenho estarem com as rendas comprometidas, Pernambuco enfrentava uma grave crise econômica devido a guerra com os batavos.          
        No ano de 1655, Pernambuco tinha 24 engenhos de fogo morto e destruídos pela guerra e 109 funcionando num ritmo precário, entre eles estava o Megaípe de Cima que moeu nesse dito ano e pagou 1,5% de todo o açúcar produzido ao Donatário D. Miguel de Portugal. Mas, de todo o açúcar que cabia ao dízimo real se pagava a D. Maria de Albuquerque, herdeira de Duarte de Albuquerque Coelho, pelo contratador que o arrendava, de cada dez arrobas, uma.
        Segundo Pereira da Costa "Houve depois um outro Engenho Mogoaipe em Muribeca que constituiu um vínculo instituído pelo reverendo Dr. Lourenço Tavares Pinto Benevides, seu proprietário, reunindo ao patrimônio quatro prédios seus situados no Recife, cujos bens passariam a Santa Casa de Misericórdia quando se extinguisse a linha dos descendentes e colaterais de um menino de nome Inácio que o instituidor tinha em seu poder, o que tudo consta do competente registro do vínculo na Secretaria do Governo em 12 de setembro de 1772.".

Ruínas da Igreja do eng. Megaípe de Cima



Fontes:
*Revista do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Vol. XLVIII. Recife, 1976. Pág. 164
Pereira da Costa, 1951, Volume 1, Ano 1568, pg. 378
PEREIRA, Levy. "Mogoaĩ (engenho de bois sem igreja)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/Mogoa%C4%A9_(engenho_de_bois_sem_igreja). Data de acesso: 22 de março de 2015.
Pergunte a Pereira da Costa. Vol. 07, ano de 1812. Pág. 379

02/03/2015

Bulhões, antes São João Baptista/Santo Amaro do Jaboatão, hoje Jaboatão dos Guararapes

No ano de 1566, o 2º Donatário Duarte Coelho de Albuquerque lavrou uma carta de data de sesmaria concedendo a Gaspar Alves de Pugas com uma légua de terras, para o cultivo de cana de açúcar e instalação de um engenho. Essas terras foram judicialmente demarcadas em 1575, e ficavam situadas nas margens do Rio Jaboatão, freguesia de Santo Amaro do Jaboatão, sob a jurisdição de Olinda, Capitania de Pernambuco.

PERNAMBUCO
57- Recife - 1609
'Prespectiva de Pernaobuco como se mostra olhado do Mar desta villa até A Barretta'. [Recife]
autor: Diogo de Campos Moreno.
Fonte: Detalhe do original manuscrito, que ilustra o códice 'Relação das Praças Fortes do Brasil' de Diogo de Campos Moreno, existente no Arquivo Nacional Torre do Tombo, Lisboa.

Por escritura pública lavrada em 15.09.1573, Gaspar Alves de Pugas e sua esposa D. Isabel Ferreira venderam um lote da sesmaria aos irmãos Fernão e Diogo Soares, pelo montante de 200$000. Nas terras compradas os dois irmãos levantaram o engenho N. Sra. da Assunção, padroeira da capela, o qual começou a moer em 1587. O dito engenho ficava situado na ribeira do riacho do mesmo nome, e suas terras tinham 1.200 braças de extensão (Norte a Sul) e 60 braças de largura (Leste a Oeste). Segundo a escritura de venda, Gaspar teria a obrigação de moer em sua fábrica, 30 tarefas de canas anualmente, pelo período de seis anos, a começar em 1575, e a entregar as terras demarcadas um mês depois da venda, cláusula esta que não cumpriu, pois, a demarcação só foi feita 09 anos depois (1584), depois que Fernão Soares ter adquirido outras terras e ser senhor da maior parte das sesmarias concedidas a Gaspar Alves de Pugas. NOTA: O termo de registro de propriedade do engenho Nossa Senhora da Assunção foi feito no dia 08.08.1588.
Gaspar Alves de Pugas ficou com uma sorte de terras com 2.400 braças de extensão sobre 600 de largura, na qual tinha levantou o engenho S. João Batista (atual Usina Bulhões), que já estava em atividade em 1575. Mas, em 22.12.1584, de acordo com uma demarcação feita nas terras do engenho São João Batista o engenho tinha sido vendido a Pedro Dias da Fonseca, casado com D. Maria Pereira Coutinho (viúva de Manoel Ribeiro de Lacerda) homem nobre e natural da Vila do Conde/PT, que fez o engenho moer pela primeira vez em 03.07.1587.
O próximo proprietário encontrado foi Bento Luiz de Figueiroa, dos Figueiroa do Porto/PT, casado com D. Maia Feio, que era natural de olindense. O casal comprou o engenho a Pedro Dias da Fonseca, com escritura pública lavrada na vila de Olinda, no dia 01.05.1593, NOTA: A data da assinatura da escritura passou a ser considerada a data simbólica da fundação do município de Jaboatão dos Guararapes/PE.
Após adquirir o engenho e visando a colonização da Ribeira do Jaboatão, Bento Luís de Figueiroa reservou uma área das terras do engenho para quem quisesse se instalar na região. Segundo Pereira da Costa: "nos últimos anos do século XVII, começaram a afluir para as suas terras várias pessoas com o intuito de levantar casas de moradia na parte situada entre os rios Jaboatão e Una, e na confluência deste com aquele, e concedendo ele o necessário terreno para semelhante fim, a título de aforamento perpétuo, surgindo dentro de poucos anos uma aprazível povoação, que tal incremento teve, que em 1598 recebia os foros de paróquia sob o orago de Santo Amaro, de cuja igreja matriz fora ainda ele o fundador."
A povoação de Santo Amaro de Jaboatão teve rápido desenvolvimento e logo recebeu "foros" de Paróquia, sob o orago de Santo Amaro. Ainda em 1598, D. Antônio Figueiroa, terceiro bispo do Brasil e, anteriormente Prior da Ordem de São Bento de Avis, criou ali um Curato (provido em 1609). A fundação da sua igreja matriz veio, naturalmente, dessa época, uma vez que, Bento Luís de Figueiroa doou o terreno necessário para a construção do templo, concorrendo para este fim com avultados donativos, e tendo feito mesmo o seu competente patrimônio canônico.
Bento Luís de Figueiroa, em 1609, quando sua filha D. Maria Feyo se casa com Antônio Correia de Bulhões entrega o engenho São João Batista (Bulhões) como dote nupcial. O engenho permanece por muitos anos em poder da família Bulhões, vindo a tomar esta denominação, que ainda hoje conserva.
                    Em 1623, o engenho estava arrendado a Gregório de Barros Pereira e produzia 10.521 arrobas de açúcar. Mas, em 1635, Antônio Correia de Bulhões retorna ao seu São João Baptista, permanecendo em seu engenho durante a ocupação holandesa.
Em 1637, o engenho foi incendiado por campanhistas, com perda de 24 bois de carros. Mas, em 1639 voltou a moer 5.150 arrobas de açúcar (103 tarefas) e pagando 3,5% de pensão ao Donatário.

Lavrador
Quant. Tarefas
Lavrador
Quant. Tarefas
Agostinho João
12
Antônio de Sousa
04
Belquior Velho
07
Domingos Gonçalves Ferreira
06
Francisco Coelho
18
Francisco Velho Romeiro
15
Manuel da Guarda
07
Pedro Francisco Mayo
18
Pero Álvares
02
Partido da fazenda
14
NOTA: Borges da Fonseca (Anais 1925 Vol. 47 - pág. 202) cita, em ano não informado, Antônio Ayres de Moraes como lavrador de cana do engenho Bulhões. Antônio era casado com sua parenta D. Isabel Carneiro, filha do Capitão da Ordenança de Ipojuca Salvador Correia de Lacerda e de D. Maria dos Prazeres, de quem era primeiro marido.

                    Após o falecimento de Antônio de Bulhões, após 1648, o engenho São Joao Baptista, que já então era conhecido pelo sobrenome de seu proprietário “Bulhões”, foi herdado pelo seu filho Zacarias de Bulhões c.c. D. Cosma da Cunha.
Capela São João Baptista - Usina Bullhões
Em meados do século XVII o proprietário do engenho Bulhões era Felippe de Bulhões da Cunha, filho caçula de Zacarias de Bulhões, que herdou o engenho por conta do falecimento do primogênito Antônio de Bulhões que faleceu jovem durante a guerra contra os holandeses. Felipe pagava 03% de pensão por todo o açúcar produzido ao Donatário D. Miguel de Portugal, mas de todo o açúcar que cabia ao dízimo real pagava a D. Maria de Albuquerque, herdeira de Duarte de Albuquerque Coelho, pelo contratador que o arrendava, de cada dez arrobas, uma
                    Durante o Pernambuco colônia o engenho foi citado nos seguintes mapas: Præfecturæ Paranambucæ Pars Borealis, una cum Præfectura de Itâmaracâ; PE-C (IAHGP-Vingboons, 1640) #40 Capitania de Pharnambocqve, plotado como engenho, 'Ԑ St Juan ßatist:', na margem esquerda do 'Rº. ∂jiboatao' - 'R.Janga∂a' (Rio Jaboatão); PE (Orazi, 1698) Provincia di Pernambvco, plotado, 'S. Iuaõ', na margem esquerda do 'Iaucpoata' - 'Iarapóata' - 'R. ᵭ Estremo' (Rio Jaboatão)
                    Com o falecimento de Felipe de Bulhões da Cunha sua viúva, D. Rosa Francisca de Barros, casou novamente e o engenho ficou sendo administrado pelo seu marido e herdeiro Francisco de Moura Rolim.
Engenho colonial
Em 1731, o Capitão-mor Domingos Bezerra Cavalcanti casado com Bernardina Ferreira da Assunção, comprou, com escritura passada em 26.07.1731/Recife, os quinhões dos engenhos convizinhos: Catende, Pinto e Bulhões, que na época pertenciam a jurisdição da freguesia de Santo Amaro do Jaboatão (Jaboatão dos Guararapes) o que lhe dava rude autoridade sobre seus moradores; mais comprou a metade do engenho Morenos, aos herdeiros do Capitão-mor Cristóvão de Holanda Cavalcanti e Diogo de Sá e Albuquerque, seu cunhado, ao preço estipulado de 24.000 cruzados, o que não era caro para os valores da época, pagáveis em sucessivas safras nas partidas anuais da frota, que era o regime a que estava presa a vida econômica da Colônia, desde a Carta Régia de 18.05.1688. Em 1732, Domingos Bezerra Cavalcanti adquiriu o restante quinhão do Tenente-Coronel do Regimento de Cavalaria de Olinda, Domingos Gonçalves Freire, outro herdeiro do Capitão-mor Cristóvão de Holanda Cavalcanti.
Aos 21.04.1749, Domingos Bezerra Cavalcanti recebeu, por carta de sesmaria do governador D. Marcos de Noronha, duas léguas de terras pagando foro de 6.000 réis por légua o que veio a transformá-lo em respeitável latifundiário. Em 1752 foi convidado a apresentar os títulos de suas terras e como não pudesse satisfazer plenamente as exigências do ouvidor de Pernambuco, João Bernardo da Gama, suas propriedades foram confiscadas e sensivelmente diminuídas.
No ano de 1774, o Capitão Luís Pereira Viana c.c. D. Anna Correia (senhores do engenho Pereira/Moreno), se sentindo prejudicado com a demarcação do engenho Moreno que fora comprado por Domingos Bezerra Cavalcanti aos herdeiros do Capitão-mor Cristóvão de Holanda Cavalcanti, entrou com uma ação judicial, em 1774, e o engenho Bulhões foi a hasta pública, sendo arrematado pelo próprio Pereira Viana.


Planta da Barragem do engenho Pereira - Rio Jaboatão
NOTA: A implantação da Barragem Engenho Pereira não interferirá fisicamente em área urbana, entretanto, no que concerne a edificações rurais reconhecidas como de interesse histórico e arqueológico, tem- se o caso da casa grande do Engenho Pintos a ser atingido pelas águas quando do enchimento do reservatório.
http://www.itep.br/ProjetoBarragens/rimas/projeto_barragens_resumo_rima_engenho_pereira.html
No dia 20.11.1827, cento e cinquenta e três anos, Gervásio Pires Ferreira adquiriu o engenho Bulhões, por escritura de compra, pela quantia de 32$000$000 pagos à vista; e nas respectivas terras levantou depois um outro engenho, que denominou Caxito, que era a denominação de um dos partidos de plantação de canas do engenho Bulhões, e no qual levantou a nova fábrica.
Em 24.05.1873 o povoado de Jaboatão passou a categoria de vila e em 1884 foi separado de Olinda e elevado a categoria de Cidade, passando a ser chamado Jaboatão dos Guararapes. Em 1892 Jaboatão teve seu primeiro prefeito, Joaquim Xavier Carneiro de Lacerda, dono do Engenho Bulhões.
Em 27.12.1889 – Dec. Nº 99, Carneiro de Lacerda consegue a garantia de juros de 06% ao ano, sobre o capital de 750:000$, para organizar um engenho central destinado ao fabrico do açúcar e do álcool no município de Jaboatão dos Guararapes.
Em 1890, Carneiro de Lacerda e outros senhores de engenho de açúcar foram beneficiados com o Dec. nº 299, baixado pelo Presidente do Estado de Pernambuco o Barão de Lucena (alterado no dia 15 de outubro do mesmo ano, pelo sucessor do governo estadual, Correia da Silva). Esse Decreto visava, ao contrário do anterior sistema de engenho central, a permitir que senhores de engenhos mais empreendedores fizessem a transição financeira e penosa rumo à condição de usineiros.
       
Usina Bulhões Lúcia Gaspar Bibliotecária da
Fundação Joaquim Nabuco pesquisaescolar@fundaj.gov.br
  Joaquim Xavier Carneiro de Lacerda com a concessão do 1º Distrito no valor de 300.000$000, converte a fábrica de seu engenho em um aparelho de suporte (transição entre engenho central e usina), denominada de Usina Bulhões (vide mapa IBGE Geocódigo 2607901 - Jaboatão dos Guararapes-PE).
Em 2013, foi anunciado pelo Governo de Pernambuco a demolição do antigo Casarão da Usina Bulhões, em seu lugar será construída a nova unidade do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE). *Infelizmente um engenho tão rico no ponto de vista histórico terá sua última edificação destruída, numa prova da mais pura ignorância por parte dos nossos gestores. Não seria possível construir o IFPE preservando e restaurando o antigo casarão, e consequentemente, a história do município? Como se constrói um centro educacional e se destrói a história? Não seria contraditório? (Helbert Fernandes)
Vale lembrar que o engenho Bulhões tem uma história bastante antiga e pertenceu a várias famílias tradicionais da época. Um fato interessante é que Maurício de Nassau esteve no engenho Bulhões em 1640 e realizou uma assembleia de cunho democrático com vários senhores de engenho da época. 
 
Casarão, em ruínas, da Usina Bulhões

Fontes:
Carvalho, Zóia Campos de. Doce amargo: produtores de açúcar no processo de mudança, Pernambuco, 1874-1941. Edt. Annablume, 2001
Fernandes, Helbert. Casarão da Usina Bulhões será derrubado para dar espaço ao novo IFPE de Jaboatão. Disponível em: http://www.lagoaolhodagua.com.br/2013/02/casarao-da-usina-bulhoes-sera-derrubado.html
http://docvirt.no-ip.com/docreader.net/DocReader.aspx?bib=RevIPHAN_WI&PagFis=3718&Pesq=Domingos%20Bezerra%20Cavalcanti pág. 251 e 252
http://geneall.net/fr/forum/72820/correia-montez-bulhoes-menezes-viseu-sec-xvi-xvii/
http://jaboataodosguararapes.blogspot.com.br/search/label/Engenhos
http://www.condepefidem.pe.gov.br/c/document_library/get_file?p_l_id=18393234&folderId=18394117&name=DLFE-89587.pdf
http://www.lagoaolhodagua.com.br/2013/05/feliz-anicerario-jaboatao-dos.html
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras. 1ª edição. São Paulo, 2012. Pág. 97-98
MELLO, José Antônio Gonsalves de. A Economia Açucareira. Fontes para a História do Brasil Holandês. Edt. CEPE. 2ª edição. Recife, 2004.
PEREIRA DA COSTA, F. A. - Anais Pernambucanos (Pagina 139 do volume 02 do ano 1598).
PEREIRA, Levy. "S. Iuaõ (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Iua%C3%B5_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 28 de fevereiro de 2015.
Pergunte a Pereira da Costa. Volume: 3 Ano: 1637. Numero da Página: 372. Vol. 3. Ano 1637. Pág. 374.  Disponível em: www.liber.ufpe.br
Revista do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano. Vol. XLVIII. Recife, 1976. Pág. 162
Vera Lúcia Costa Acioli Valéria José da Silva Santos. História do Município do Jaboatão. Jaboatão de hoje, dos Guararapes, da indústria, do comércio e do turismo, revisitado pelas práticas laborais do Jaboatão velho, das usinas e dos engenhos. Disponível em: http://www.trt6.jus.br/memoriaehistoria/site/docs/artigos/Jaboataodeontemedehoje.pdf


PROPRIETÁRIOS:


1566- Gaspar Alves de Pugas – Nada mais foi encontrado.
Senhor do engenho São João Baptista, depois Bulhões/Jaboatão dos Guararapes (1566-1584)
Casamento 01: D. Isabel Ferreira Nada mais foi encontrado
Fontes:
PEREIRA DA COSTA, F.A. Origens Históricas da Indústria Açucareira em Pernambuco Anais da Conferência Açucareira. Recife, 1905. Pág. 14.
PEREIRA, Levy. "S. Iuaõ (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Iua%C3%B5_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 28 de fevereiro de 2015.
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras. 1ª edição. São Paulo, 2012. Pág. 97-98
http://jaboataodosguararapes.blogspot.com.br/2011/10/o-fundador-de-jaboatao.html


1584- Pedro Dias da Fonseca – Natural de Azurara (Minho/PT). Filho de um caixeiro. Homem de negócio. Processado pela Inquisição por não pagar o dízimo da mandioca e das miunças.
Borges da Fonseca em Anais 1925 Vol. 47 (2), pág. 70, menciona um Pedro Dias da Fonseca c.c. D. Maria Pereira Coutinho, que era filho de Antônio Dias da Fonseca e de Joanna de Goes. Neto materno de Pedro de Goes (Theat. Gen Arvore 213)
Senhor do engenho São João Baptista, depois Bulhões/Jaboatão dos Guararapes (1584-1593); Salgado, antes Trapiche/Ipojuca
Casamento 01: D. Maria Pereira Coutinho – Pessoa de uma boa qualidade. Natural de Tancos. Viúva de Manoel Ribeiro de Lacerda (soldado brioso e que imigrou para o Brasil e aqui faleceu antes que sua esposa e filhos chegassem). O casal tinha um filho: Antônio Ribeiro de Lacerda c.c. D. Isabel de Moura Cavalcanti de Albuquerque Arco Verde.
Filhos:
01- Cosme Dias da Fonseca – C.c. D. Mécia de Moura que fugiu para a Bahia (1637), depois de viúva, com sua irmã D. Isabel de Moura c.c. D Francisco de Moura. As duas irmãs acompanharam o General Mathias de Albuquerque, durante o grande êxodo dos senhores de engenhos, cerca de 8.000 pessoas, que fugiam do domínio holandês. Cavaleiro da Ordem de Cristo. Fidalgo da Casa Real cujo Alvará foi expedido depois de seu falecimento em 1638. Senhor do engenho Salgado, antes Trapiche/Ipojuca e o Santa Luzia/Ipojuca
Fontes:
BORGES DA FONSECA, Antônio José Victoriano. Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1925 Vol. 47 (2), pág. 70, 427
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras. 1ª edição. São Paulo, 2012. Pág. 97-98
PEREIRA DA COSTA, F.A. Origens Históricas da Indústria Açucareira em Pernambuco Anais da Conferência Açucareira. Recife, 1905. Pág. 14.
PEREIRA, Levy. "S. Iuaõ (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Iua%C3%B5_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 28 de fevereiro de 2015.
http://jaboataodosguararapes.blogspot.com.br/2011/10/o-fundador-de-jaboatao.html


1593- Bento Luís de Figueiroa – Natural do Porto/PT. Falecido antes de 1609, sendo sepultado no convento de São Francisco da Vila do Recife. NOTA: Nas Denunciações/Confissões de Pernambuco - 1593 a 1595 - aparece com Senhor do Engenho de Santo Amaro um Belchior Luís, que depoentes apontam ser filho de um sombreiro de Lisboa.
Senhor do engenho São João Baptista, depois Bulhões/Jaboatão dos Guararapes (1593-1609).
Casamento 01:  D. Maria Feio. Natural do Porto/PT. Falecida em 12.12.1609, sendo sepultada na Capela-mor da Igreja Matriz de Santo Amaro do Jaboatão, para cuja construção doou junto com seu marido, um terreno preciso e constituíram o seu competente patrimônio canônico. Sobre a sua sepultura prescreve o seguinte a referida D. Maria Feio no seu testamento, aberto no dia do seu falecimento: "Declaro que quando Deus me levar para si, meu corpo seja enterrado na capela do bem-aventurado Santo Amaro matriz desta freguesia em sepultura onde outrem não fosse enterrado, porque sem mistura de outros ossos, se possam os meus trasladar à sepultura que temos no convento de São Francisco da Vila do Recife onde está enterrado Bento Luis de Figueiroa que Deus tem, e este lugar que elejo na capela maior de Santo Amaro se me deve dar com boa vontade, por nós sermos os doadores da terra em que se fez a dita igreja, e pelo que nela temos despendido o dito meu marido e eu; pela qual cova e sepultura deixo se dêem 4.000 réis de esmola para a fábrica da dita matriz que os meus testamenteiros pagarão do melhor da minha fazenda que deixo".
Filhos:
01- Gonçalo Feio – C.c. Macia de Lemos;
02-  Maria Feio – C.c. Antônio de Bulhões, filho de Antônio Correia de Bulhões. Recebendo como dote o engenho São João Batista, depois Bulhões/Jaboatão dos Guararapes
Fontes:
BORGES DA FONSECA, José Antônio Victoriano. Nobiliarquia Pernambucana. Anais 1925 Vol. 47 (10). Pág. 400. Anais 1926 Vol. 48 (1). Pág. 257
http://geneall.net/fr/forum/72820/correia-montez-bulhoes-menezes-viseu-sec-xvi-xvii/
http://jaboataodosguararapes.blogspot.com.br/2011/10/o-fundador-de-jaboatao.html
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras. 1ª edição. São Paulo, 2012. Pág. 97-98
PEREIRA DA COSTA, F.A. Origens Históricas da Indústria Açucareira em Pernambuco Anais da Conferência Açucareira. Recife, 1905. Pág. 14.
PEREIRA, Levy. "S. Iuaõ (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Iua%C3%B5_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 28 de fevereiro de 2015.
Revista do Instituto Archeológico e Geográphico Pernambucano, Edições 20-27
Vera Lúcia Costa Acioli Valéria José da Silva Santos. História do Município do Jaboatão. Jaboatão de hoje, dos Guararapes, da indústria, do comércio e do turismo, revisitado pelas práticas laborais do Jaboatão velho, das usinas e dos engenhos. Disponível em: http://www.trt6.jus.br/memoriaehistoria/site/docs/artigos/Jaboataodeontemedehoje.pdf


1609- Antônio Correia de Bulhões – Natural de Viseu, Beira Litoral/PT. Filho de António Correia de Bulhões (Juiz dos Órfãos de Viseu) e de Isabel do Amaral. Irmão de Gabriel Correia de Bulhões, Antônio Correia de Bulhões, Helena Correia do Amaral e Inocêncio Correia. Neto de João Correa e de Joana Taveira de Bulhão.
Brasão da família
Bulhões
 CURIOSIDADES: Segundo genealogistas autorizados, a origem da família Bulhões, em Portugal, remonta a Martin de Bouillon ou Bulhões, que dizem descender de Godofredo de Bouillon. Segundo Carlos Xavier Paes Barreto (Primitivos Colonizadores de Pernambuco. Pag. 367) A estirpe pertencia a Santo Antônio, primitivamente chamado Fernando, depois Antão e, afinal, Antônio de Bulhões, o Santo de maior hierarquia no Brasil e em Portugal. Um dos Bulhões mais famoso foi Jerônimo de Albuquerque, cuja mãe se chamava Joana Bulhões.
Em 06.1622 foi padrinho do seu sobrinho, o futuro Juiz dos Órfãos de Viseu, João Correia de Bulhões, filho de sua irmã Helena. Em Viseu foi fâmulo do bispo D. Teotônio, cujo rigor no trato da comunidade cristã-nova da sua diocese era a melhor garantia da pureza do sangue de Antônio de Bulhões. Chegou a Pernambuco em começos do século XVII, na companhia do irmão, Gabriel de Bulhões que casou com a irmã de sua esposa. CURIOSIDADES: Segundo Borges da Fonseca e a geneall.net, Antônio de Bulhões era Cavaleiro da Ordem de Cristo, mas uma consulta feita a Mesa da Consciência, durante as provanças de seu neto Felipe de Bulhões da Cunha e a de Filipe Paes Barreto, esta respondeu negativamente à consulta do Santo Ofício.
No princípio da ocupação holandesa (1635) se exilou com outros senhores de engenho na Fortaleza do Arraial do Bom Jesus, teve de pagar um resgate de 2.000 cruzados aos holandeses, pela sua liberdade. Após o episódio permaneceu em seu engenho. Preso novamente em 1645 pelas autoridades holandesas, Antônio Correia de Bulhões aderiu a Insurreição Pernambucana sendo um dos principais de Pernambuco que assinaram o tratado de rendição com o Governo Holandês, reconhecido por tabelião público, em 07.10.1645.
Antônio de Bulhões ainda vivia em 1648, porque de acordo com o primeiro livro das Vereações da Câmara de Olinda, em dezembro do dito ano fora um dos eleitores para o pelouro que se fez no dia 30 do mesmo mês.
Senhor do engenho São João Baptista, depois Bulhões/Jaboatão dos Guararapes (1609-1648)
Casamento 01: D. Maria Feyo (Figueiroa) – Natural de Olinda. Filha de Bento Luís de Figueiroa e de Maria Feyo. Falecida em 12.11.1609, sendo sepultada na Igreja de Santo Amaro, construída nas terras doadas por ela e seu esposo.
Filhos:
01- Zacarias de Bulhões (sucessor do engenho Bulhões) – C.c. Jerônima da Cunha, filha do Coronel Pedro da Cunha de Andrada e sua segunda esposa D. Cosma Froes, ambos da Madeira. (s.g.). Senhor do engenho São Sebastião, depois Curado/Recife - Várzea.
Fontes:
BORGES DA FONSECA, José Antônio Victoriano. Nobiliarquia Pernambucana. Anais 1925 Vol. 47 (10). Pág. 400. Anais 1926 Vol. 48 (1). Pág. 257
CALADO, Manoel (Frei). O Valeroso Lucidemo. Vol. I. Pág. 264, 326. Vol. II. Pág. 103-106
http://geneall.net/en/forum/146382/pedido-de-ajuda-sobre-a-familia-correia-bulhoes/
http://geneall.net/fr/forum/72820/correia-montez-bulhoes-menezes-viseu-sec-xvi-xvii/
http://geneall.net/pt/nome/207269/antonio-correia-de-bulhoes/
http://jaboataodosguararapes.blogspot.com.br/2011/10/o-fundador-de-jaboatao.html
http://www.paroquiadapaz.org.br/v2/menu-santo-antonio/90-os-bulhoes
https://www.geni.com/people/Ant%C3%B3nio-Correia-de-Bulh%C3%B5es/6000000026310530695
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras. 1ª edição. São Paulo, 2012. Pág. 97-98
___­­­­­­­___________________ O Nome e o Sangue. Edt. Companhia das Letras. São Paulo, 2009. Pág. 129-31
MELLO, José Antônio Gonsalves de. A Economia Açucareira. Fontes para a História do Brasil Holandês. Edt. CEPE. 2ª edição. Recife, 2004. Pág. 148-50
_______________________________ Tempo dos Flamengos. Coleção Pernambucana. Vol. XV. Governo de Pernambuco e BNB. Recife, 1979.Pág. 64
PEREIRA DA COSTA, F.A. Origens Históricas da Indústria Açucareira em Pernambuco Anais da Conferência Açucareira. Recife, 1905. Pág. 14.
PEREIRA, Levy. "S. Iuaõ (Engenho de roda d'água)". In: BiblioAtlas - Biblioteca de Referências do Atlas Digital da América Lusa. Disponível em: http://lhs.unb.br/biblioatlas/S._Iua%C3%B5_(Engenho_de_roda_d%27%C3%A1gua). Data de acesso: 28 de fevereiro de 2015.
Revista do Instituto Archeológico e Geográphico Pernambucano, Edições 20-27
Vera Lúcia Costa Acioli Valéria José da Silva Santos. História do Município do Jaboatão. Jaboatão de hoje, dos Guararapes, da indústria, do comércio e do turismo, revisitado pelas práticas laborais do Jaboatão velho, das usinas e dos engenhos. Disponível em: http://www.trt6.jus.br/memoriaehistoria/site/docs/artigos/Jaboataodeontemedehoje.pdf


1623 - Gregório de Barros PereiraNada foi encontrado.
CURIOSIDADES: *Em 1699 o município de Lagoa do Carro/PE estava englobado nas 05 léguas de terras, conhecidas como Matas do Brasil, comprada por Diego Coelho Romero, a Gregório de Matos Pereira, em 20.03.1669.
Rendeiro do engenho São João Baptista, depois Bulhões/Jaboatão dos Guararapes.
Fontes:
*http://www1.ibge.gov.br/cidadesat/painel/historico.php?codmun=260845&search=pernambuco%7Clagoa-do-carro%7Cinphographics:-history&lang=_ES
MELLO, Evaldo Cabral de. O Bagaço de Cana. Edt. Penguin & Companhia das Letras. 1ª edição. São Paulo, 2012. Pág. 97-98
MELLO, José Antônio Gonsalves de. A Economia Açucareira. Fontes para a História do Brasil Holandês. Edt. CEPE. 2ª edição.


1648- Zacarias de Bulhões – Filho de Antônio de Bulhões (senhor do eng. Bulhões) e de D. Maria Feijo.  Zacarias foi uma das principais pessoas de Pernambuco que assinaram o tratado de rendição com o Governo Holandês, reconhecido por tabelião público, em 07.10.1645
Senhor do engenho São João Baptista, depois Bulhões/Jaboatão dos Guararapes.
Casamento 01: D. Cosma da Cunha – Filha de Lourenço Pedro da Cunha de Andrada e de D. Jerônima Froes. Neto materno de Bento Luiz de Figueiroa e de D. Maria Feio. Neto materno de Diogo Gonçalves e de D. Isabel Fróis, senhores dos engenhos: Casa Forte, Santo Antônio e Beberibe, todos em Recife.
Filhos:
01- António de Bulhões da Cunha – Falecido jovem, durante a Insurreição Pernambucana, ficando a posse do engenho São João Batista para o seu irmão, segundo na sucessão. NOTA: Foi encontrado um Antônio Correia de Bulhões que se matriculou em Cânones (1635) formou-se em Direito em 14.01.1641 - Arquivo da Universidade de Coimbra, Código de referência: PT/AUC/ELU/UC-AUC/B/001-001/B/005638
02- D. Cosma da Cunha – C.c. Gonçalo Novo de Brito (senhor do eng. Espírito Santo e Santa Luzia/Itamaracá). Filho de Francisco Correia de Lyra (senhor do eng. Espírito Santo e Santa Luzia/Itamaracá) e de Maria Borges Pacheco. Neto materno dos madeirenses João do Souto Maior (senhor do eng. Tabocas/Paraíba) e de Anna Rosa). (c.g.);
03- Felipe de Bulhões da Cunha – Capitão e sucessor de seu irmão no engenho Bulhões. C.c. D. Rosa Francisca de Barros. (s.g.);
04- D. Jerônima Bulhões da Cunha – C.c. Antônio Accioli de Vasconcelos, filho de João Baptista Accioli (Fidalgo da Casa Real) e de Maria de Melo). Após ficar viúvo Antônio Accioli de Vasconcelos c.c. D. Maria Cavalcante, filha de Jorge Cavalcante. (s.g.)
Fontes:
MELLO, Evaldo Cabral de. O Nome e o Sangue. Edt. Companhia das Letras. São Paulo, 2009. Pág. 130
CALADO, Manoel (Frei). O Valeroso Lucidemo. Vol. I. Pág. 264. Vol. II. Pág., 107
Revista do Instituto Archeológico e Geográphico Pernambucano, Edições 20-27
BORGES DA FONSECA, José Antônio Victoriadno. Nobiliarquia Pernambucana. Anais 1925 Vol. 47 (10). Pág. 400
http://geneall.net/fr/forum/72820/correia-montez-bulhoes-menezes-viseu-sec-xvi-xvii/ BORGES DA FONSECA, José Antônio Victoriadno. Nobiliarquia Pernambucana. Anais 1926 Vol. 48 (1). Pág. 10, 257-268


1655- Felipe de Bulhões da Cunha – Filho e herdeiro de Zacarias de Bulhões e de D. Cosma da Cunha. Neto paterno de Antônio de Bulhões e de D. Maria Feijó. Alcançou a provisão Real, em 16.01.1698, para ser isento de servir na Câmara de Olinda, que se registrara nas fls. 239 do livro de Registro (1683 a 1702). Herdeiro do engenho São João Batista por ter seu irmão primogênito falecido muito jovem, durante a guerra holandesa.
NOTA: A maioria das notícias sobre a descendência e ascendência de Antônio de Bulhões, vem da carta feita por Felipe de Bulhões, e apresentada por João Carneiro da Cunha e esposa, em 1733, provando, perante o Conselho do Santo Ofício, que pertencia a uma família de cristãos-novos, quando requereu as provanças como Familiar do Santo Ofício, de seu neto. Em 1737, João Carneiro da Cunha foi aceito como Familiar do Santo Ofício e no meio século seguint3e, admitiram-se sem problemas nada menos que 04 filhos seus e dois netos, inclusive à Ordem de Cristo.
CURIOSIDADES: Em 1640 fez um requerimento solicitando mercê pelos serviços prestados pelo seu avô Antônio de Bulhões na guerra contra os holandeses.
Senhor do engenho São João Baptista, depois Bulhões/Jaboatão dos Guararapes
Casamento 01: D. Rosa Francisca de Barros – Filha do Capitão-mor José de Barros Pimentel (senhor do eng. do Morro/Alagoas) e de D. Maria Accioli. Neta materna de João Baptista Accioli (Fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem de Cristo e Sargento-mor de Pernambuco) e de D. Maria de Mello (viúva de Gaspar Wanderley que era senhor do engenho Algodoais). D. Rosa após ficar viúva foi a segunda esposa de Francisco de Moura Rolim.
Filhos: (s.g.)
Fontes:
BORGES DA FONSECA, José Antônio Victoriadno. Nobiliarquia Pernambucana. Anais 1926 Vol. 48 (1). Pág. 10, 258, 261, 268
http://geneall.net/fr/forum/72820/correia-montez-bulhoes-menezes-viseu-sec-xvi-xvii/
MELLO, Evaldo Cabral de. O Nome e o Sangue. Edt. Companhia das Letras. São Paulo, 2009. Pág. 113-114, 129-131, 232


Rosa Francisca de Barros – Filha do Capitão-mor de Porto Calvo (1666) José de Barros Pimentel (senhor do eng. do Morro/Alagoas) e de D. Maria Accioli. Neta materna de João Baptista Accioli (Fidalgo da Casa Real, Cavaleiro da Ordem de Cristo e Sargento-mor de Pernambuco) e de D. Maria de Mello (viúva de Gaspar Wanderley que era senhor do engenho Algodoais). Irmã de João Batista Accioli, José e Rodrigo de Barros Pimentel, Zenóbio Accioli de Vasconcelos, Francisco de Barros Pimentel, Jerônima de Almeida, Brites Maria de Barros, Inês de Almeida e Adriana Francisca de Barros Pimentel. D. Rosa após ficar viúva foi a segunda esposa de Francisco de Moura Rolim.
Casamento 01: Viúva e herdeira de Felipe de Bulhões da Cunha – Filho de Zacarias de Bulhões e de D. Cosma da Cunha. Neto paterno de Antônio de Bulhões e de D. Maria Feijó. Alcançou a provisão Real, em 16.01.1698, para ser isento de servir na Câmara de Olinda, que se registrara nas fls. 239 do livro de Registro (1683 a 1702). Herdeiro do engenho São João Batista por ter seu irmão primogênito falecido muito jovem, durante a guerra holandesa.
Senhora do engenho São João Baptista, depois Bulhões/Jaboatão dos Guararapes
Casamento 02: Segunda esposa de Francisco de Moura Rolim (outros dados abaixo) – Filho de Felipe de Moura Accioli (Fidalgo da Casa Real, Comendador de São Miguel de Ribeira Dio na Ordem de Cristo e Alcaide-mor de Olinda) e de D Margarida Accioly. Neto materno do Sargento-mor de Pernambuco João Baptista Accioly e de D. Maria de Mello. Fidalgo da Casa Real. Ocupou vários postos nas Ordenanças. Mestre de Campo do 3º de Auxiliares de Igarassu, por patente Real. Administrador do engenho São João Batista, depois Bulhões/Jaboatão dos Guararapes, pelo seu casamento com D. Rosa Francisca de Barros.
Fontes:
BORGES DA FONSECA, José Antônio Victoriadno. Nobiliarquia Pernambucana. Anais 1926 Vol. 48 (1). Pág. 10, 338, 339
http://geneall.net/pt/nome/460731/rosa-francisca-de-barros/
http://geneall.net/pt/nome/572799/francisco-de-moura-rolim/
http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=188&cat=Ensaios
LORETO COUTO, D. Domingos do. – Beneditino. Primeira parte do trabalho. Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1903 Vol. 25 (2). Pág. 95
Revista do IPHAN Nº 13, ano 1956. Pág. 251.


Francisco de Moura Rolim – Filho de Felipe de Moura Accioli (Fidalgo da Casa Real, Comendador de São Miguel de Ribeira Dio na Ordem de Cristo e Alcaide-mor de Olinda) e de D Margarida Accioly. Neto materno do Sargento-mor de Pernambuco João Baptista Accioly e de D. Maria de Mello. Fidalgo da Casa Real. Ocupou vários postos nas Ordenanças. Mestre de Campo do 3º de Auxiliares de Igarassu, por patente Real.
Senhor do engenho São João Baptista, depois Bulhões/Jaboatão dos Guararapes; Meio/Recife-Várzea
Casamento 01: D. Joanna Carneiro da Cunha – Filha de João Carneiro da Cunha (Senhor do eng. do Meio/Recife-Várzea) e de D. Anna Carneiro de Mesquita, sua prima. Neta materna de Paulo Carvalho de Mesquita e de D. Úrsula Carneiro de Mariz. (s.g.)
Casamento 02: D. Rosa Francisca de Barros viúva de Felipe de Bulhões da Cunha (senhor do eng. de São João Baptista, depois Bulhões/Jaboatão dos Guararapes). Filha do Capitão-mor de Porto Calvo José de Barros Pimentel (senhor do eng. do Morro/Alagoas) e de D. Maria Accioli. (s.g.)
Casamento 03: D. Maria José da Silveira – Filha de José Gomes da Silveira (natural de Torres Novas. Capitão da Ordenança do Recife) e de Ignez de Freitas Barbosa.
Filhos: 01- Francisco de Moura Rolim – Nascido em 1749;
02- D. Rosa... – Que tinha 18 anos em 1777;
03- Felipe de Moura Rolim – Que tinha 16 anos em 1777.
Fontes:
http://geneall.net/pt/nome/572799/francisco-de-moura-rolim/
Revista do IPHAN Nº 13, ano 1956. Pág. 251.
BORGES DA FONSECA, José Antônio Victoriadno. Nobiliarquia Pernambucana. Anais 1926 Vol. 48 (1). Pág. 10, 338, 339
LORETO COUTO, D. Domingos do. – Beneditino. Primeira parte do trabalho. Anais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Anais 1903 Vol. 25 (2). Pág. 95


1731- Domingos Bezerra Cavalcanti – Filho de Cosme Bezerra Monteiro (Era um homem cruel e autoritário. Segundos as lendas correntes, o mesmo enterrava vivo nas paredes de suas casas os escravos que lhe provocavam a ira. Assim, há quem acredite que o Casarão do engenho Catende guarde em suas paredes esqueletos de escravos emparedados), e de Leonarda Cavalcanti de Albuquerque (nascida em 1646/Pernambuco). Neto materno de Antônio Cavalcante de Albuquerque (o da guerra) e de D. Margarida de Sousa. Irmão da Santa Casa da Misericórdia, em 27.01.1763). Capitão-mor. Capitão das Ordenanças.
CURIOSIDADES: Em 06.10.1745, Domingos Bezerra Cavalcanti, Capitão-mor e senhor do engenho Moreno, fez um requerimento ao Rei D. João V, pedindo o tombamento das terras do seu engenho na freguesia de Jaboatão dos Guararapes/PE (Disponível em: http://bdlb.bn.br/acervo/handle/123456789/376604)
Construiu a Capela do eng. Catende, em 1745, sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição, posteriormente mudada para a invocação de São Sebastião. Esta ficava localizada no alto da colina, bem acima da casa-grande, voltada para a direção nordeste, mas foi destruída em 1973 para a construção da Escola Cardeal Dom Jaime Câmara.
Senhor dos engenhos: Catende/Moreno; São João Baptista, depois Bulhões/Jaboatão dos Guararapes; Moreno/Moreno. Proprietário de vastas extensões de terras.
Casamento 01: D Joanna Cabral – Filha de Antônio Paes Cabral e de Maria Muniz.
Filhos:
01- José Bezerra Cavalcante – C.c. sua prima D. Zenóbia Luísa Cavalcante, filha de seu tio Manoel Cavalcante Bezerra. (c.g.);
02- João Cavalcante Bezerra – Clérigo Presbítero. Irmão da Santa Casa da Misericórdia, em 17.08.1716;
03- Manoel Cavalcante – Religioso Franciscano. Falecido no Convento de Igarassu;
04- D. Maria Cavalcante – C.c. o Capitão-mor Anniceto da Silva, filho de Simão Pereira Barbosa e de D. Maira Pessoa. (c.g.);
05- D. Thereza Cavalcante Bezerra – C.c. Geraldo Ferreira de Melo, Irmão da Santa Casa da Misericórdia, em 01.07.1720. Filho do Tenente Raphael Ferreira de Mello e de Úrsula Feijó do Amaral. (c.g.);
06- Antônio Bezerra Cavalcante, o Mudo – Primeiro marido de D. Maria José do Desterro, filha do Dr. Francisco Calheiros e de D. Thereza da Silva Vieira. (c.g.)
Fontes:
Documentos manuscritos avulsos da Capitania de Pernambuco: Fontes repatriadas. Edt. Universitária UFPE. Recife, 2006.
http://morenoredescoberto.blogspot.com.br/2014/05/o-engenho-catende.html
http://www.myheritage.com.br/names/domingos_bezerra%20cavalcanti
https://books.google.com.br/books?id=0ZqQuBChgowC&pg=PA203&lpg=PA203&dq=Domingos+Bezerra+Cavalcanti&source=bl&ots=4BYLZXECy0&sig=MtPARWFW1XSe5xZB3PgbWPAqFLk&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwiFsfCr2frOAhXEGpAKHcqOCN4Q6AEIHDAA#v=onepage&q=Domingos%20Bezerra%20Cavalcanti&f=false
Revista do IPHAN Nº 13 anos 1956. Pág. 251.


1774- Luís Pereira Viana – Em 1774 moveu uma ação contra Domingos Bezerra Cavalcanti e arrematou o engenho São João Baptista ou Bulhões. Nada mais foi encontrado.
Senhor do engenho São João Baptista, depois Bulhões/Jaboatão dos Guararapes; Pereira/Moreno
Casamento 01: D. Ana Correia de Araújo.
Fontes:
PEREIRA DA COSTA, F.A. Origens Históricas da Indústria Açucareira em Pernambuco Anais da Conferência Açucareira. Recife, 1905. Pág. 14.
_______________________ Pergunte a Pereira da Costa. Vol. 05. Anto 1709. Pág. 373. Disponível em: http://www.liber.ufpe.br/pc2/get.jsp?id=282&year=1637&page=374&query=1637&action=previous
Revista do IPHAN Nº 13, ano 1956. Pág. 251.


1827- Gervásio Pires Ferreira – Nasceu em 26.06.1765-Recife/Freguesia de São Pedro Gonçalves. Com 10 anos estudou em Mafra-PT, depois foi estudar Humanidade e Matemática na Faculdade de Coimbra-PT, mas foi acometido com uma forte oftalmia e não pode continuar as atividades acadêmicas. Foi trabalhar no comércio de Lisboa, e se tornou um grande capitalista. Visando a prosperidade brasileira e temendo a decadência de Portugal, em 1809 imigrou com sua família para Pernambuco em seu navio Espada de Ferro e foi residir em uma casa que existia no lado direito da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no bairro da Boa Vista-Recife. Gervásio foi o primeiro negociante a empreender a navegação e o comércio direto para a Ásia (para a cidade de Calcutá, na Índia).
Gervásio Pires Ferreira 
Durante a Revolução de 1817, Gervásio Pires é encarregado pelo Governo Provisório de examinar o sistema fiscal da Província, bem como de propor as reformas que julgasse necessárias. Acusado pelo crime vago e indeterminado de Lesa-Nação, bem como pela prepotência ou fraqueza relativa da Junta do Governo da província, é preso pela oposição e depois remetido, navio Carrasco, para a cadeia da Corte da Bahia, onde sofre angústias, privações, doenças, tem os seus bens sequestrados, entre outros transtornos, por exatos três anos, oito meses e vinte e dois dias. Apesar de ter direito a um foro privilegiado, Gervásio Pires desiste do mesmo para ser julgado na Casa da Suplicação, em Lisboa. Após ser solto, retorna ao convívio da família, mas logo depois ocorre o levante de Goiana, e Gervásio Pires se oferece ao Capitão General, na ocasião, para tentar obter a paz.
Gervásio Pires embarca para Lisboa onde consegue uma resolução das Cortes em uma Carta Régia que lhe dá poderes para eleger uma Junta de Governo da Província. Daí, em 18.09.1821, Gervásio é eleito Presidente do Governo regenerador e popular de Pernambuco.
A Corte portuguesa não fica satisfeita com algumas decisões de Gervásio Pires, pois achava que ele deveria lutar mais por ela, e menos pela Junta, embora todas as pessoas cultas aprovassem a conduta de Gervásio Pires e da Junta. Na noite do dia 02.08.1822, e no dia 3, difundindo o terror entre a população, as tropas começam a fazer oposição ao Governo e a prender várias pessoas, entre elas: oficiais militares, funcionários públicos, o Ouvidor da Comarca e uma série de outras pessoas consideradas como inimigas do Brasil e perturbadoras da harmonia da Família Portuguesa. Mas, Gervásio Pires e seus assessores reconhecem o dever de colocar todos os presos em liberdade, e recorrem, para tanto, a um Conselho de cidadãos, com o objetivo de garantir os meios necessários para assegurar a tranquilidade pública. Após vários conflitos, os conspiradores decidem depor a Junta, apesar de Gervásio (e seus assessores) terem solicitado ao Rei e ao Príncipe suas respectivas demissões.
Gervásio Pires é preso novamente e remetido para a Bahia. Deportado para a prisão de Limoeiro/Lisboa é acusado de: retirar de Pernambuco a tropa europeia mandada pelas Cortes e por El-Rei; assinar o termo de vereação da Câmara do Recife, pelo qual se declara a independência do Poder Executivo no Brasil, na pessoa do Príncipe D. Pedro; dar ordens para a eleição dos Deputados às Cortes do Brasil; recusar passar passaportes a navios destinados para a Bahia; fugir para junto dos rebeldes, após o Governo do Rio de Janeiro ter declarado guerra a Portugal. Somente no dia 14.06.1823, Gervásio adquire a sua liberdade; e decide partir, então, para o Rio de Janeiro.
A partir de 1828, Gervásio Pires é eleito: Conselheiro da Província, Conselheiro do Governo, Deputado à Assembleia Geral na legislatura (1830 a 1833), Membro da Assembleia Legislativa Provincial. Cria, além do mais, o Tesouro e Tesourarias Provinciais; a grande Lei do Orçamento (1930); a Lei da Fixação das Forças de Terra; e a adoção do Código do Processo Criminal, por parte da Câmara dos Deputados.
Em 1827, compra no bairro da Boa Vista-Recife uma fábrica de descaroçar, fiar e tecer algodão, e o engenho Bulhões/Jaboatão dos Guararapes, desmembra suas terras e constrói um outro engenho que nomeia de Caxito.
Em seu testamento, ele solicita expressamente a sua esposa, entre outras coisas, que desse uma gratificação de 100.000 réis a cada um dos seis cidadãos, chefes de famílias honestas, que fizessem o obséquio de carregar o seu corpo até a igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, e a capela do engenho Bulhões; uma esmola de 100 camisas de madapolão ordinário e cem calças de pano, da fábrica do Fundão, para os presos, homens livres da cadeia desta cidade, que mais precisassem; a gratificação de 20.000 réis à Irmandade da igreja do Rosário pela cova; e a oferta de dez mil réis ao vigário da freguesia pela licença.
Senhor do engenho Bulhões/Jaboatão dos Guararapes; Caxito/Moreno
Casamento 01: Genoveva Perpétua Pires Ferreira (Sol. de Jesus Caldas) – Nasceu em 1775 e faleceu em 1846. Filha dos portugueses José Pereira de Souza Caldas (rico negociante em Lisboa, Cavaleiro da Ordem de Cristo e Fidalgo da Casa Real) e de Theresa Joaquina Caldas (Sol. de Jesus). Neta paterna de João Pereira de Sousa Caldas, grande negociante e senhorio e dono de navios que faziam comércio de açúcar com Pernambuco, em finais do século XVIII inicios do XIX.
Filhos:
01- João Pires Ferreira (2º) – Nasceu em 1794/Portugal. C.c. Maria Francisca Pires Ferreira, no Recife. (c.g.);
02- Thereza Julia da Silva (Sol. Pires Ferreira) – Nasceu em 1795/Portugal. C.c. João Gonçalves da Silva. (c.g.);
03- Julia Angélica Pires Ferreira – Nasceu em 1797/Portugal e faleceu em 1896/Jaboatão dos Guararapes;
04- José Pires Ferreira (2º) – Nasceu em 1800/Recife e faleceu em 1874/Recife. C.c. Maria Catharina Leonor de Seixas Ferrão. (c.g.);
05- Domingos Caldas Pires Ferreira – Nasceu em 1802/Portugal. C.c. Francisca de Barros Campelo. (c.g.);
06- Francisca de Paula Pires Ferreira – Nasceu em 1804/Portugal. C.c. Manoel Thomaz Rodrigues Campello [2º];
07- Francisco Pires Ferreira – Nasceu em 1806/Portugal e falecido em 1824/Recife;
08- Manoel Pires Ferreira – Nasceu em 1809/Recife e falecido em 1879/Recife;
09- Emília Júlia Pires Ferreira – Nasceu em 1810. C.c. Bento José da Costa Júnior;
10- Antônio Pires Ferreira – Nasceu em 1811/Recife e falecido em 1873/Recife;
11- Luiz Pires Ferreira – Nasceu em1813/Recife e falecido em 1879/Recife.
Fontes:
jaboataodosguararapes.blogspot.com/2010/12/engenho-caxito.html
http://www.mytrees.com/ancestry-family/si000970-60793-146434/Genoveva-Caldas-Born-1775-in-Portugal.html
http://www.liber.ufpe.br/pc2/get.jsp?id=4504&year=1802&page=49&query=1802&action=next
http://geneall.net/pt/forum/149545/jose-pereira-de-sousa-caldas/
VAINSENCHER, Semira Adler. Gervásio Pires Ferreira. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em: 28.02.2015.


Joaquim Xavier Carneiro de Lacerda – Prefeito de Jaboatão dos Guararapes (1892-1895).
Fontes:
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-99-27-dezembro-1889-523602-publicacaooriginal-1-pe.html
jaboataodosguararapes.blogspot.com
http://unuhospedagem.com.br/revista/rbeur/index.php/shcu/article/viewFile/518/494

Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes/PE


Usina Bulhões – Ficava localizada à margem da rodovia PE-07, próxima ao Rio Jaboatão. A Usina foi fundada em 1895, em terras do antigo engenho São João Batista, depois Bulhões, pelo seu proprietário Joaquim Xavier Carneiro de Lacerda.
Em 27.12.1889, Decreto nº 99, o Marechal Deodoro da Fonseca, Chefe do Governo Provisório, aprovou um capital de 750:000$, com juros de 06% ao ano, para ser empregado no estabelecimento de um engenho central, destinado ao fabrico do açúcar e álcool de cana, requerido por Joaquim Xavier Carneiro de Lacerda.
Usina Bulhões/Jaboatão dos Guararapes
Em 1906 a Usina é completamente remodelada e se tornou uma potência da indústria açucareira de Pernambuco com capacidade para processar 400 t. de cana e produzir 3.000 l. de álcool em 22 horas.
A Usina tinha 27 km de estradas de ferros, em 1929, com 04 locomotivas e 44 carros que se comunicavam com as linhas férreas da Great Western. A ferrovia da Usina se bifurcava no encontro dos Rios Duas Unas e Pixaó. O primeiro ramal continuava pelo Vale do Rio Duas Unas passando pelos engenhos Pocinho e Una, onde aparentemente terminava neste último (talvez prosseguisse até o Engenho Pacoval). O segundo ramal seguia pelo Vale do Rio Pixaó, em direção noroeste, até o Engenho do Mato, onde novamente se bifurcava em dois sub-ramais. O primeiro seguia ao norte pelo Engenho Curupaity e terminava no Povoado de Matriz da Luz. Já o segundo, prosseguia pelo Vale do Rio Pixaó até o engenho homônimo, onde tomava o rumo oeste, seguindo até a nascente do rio. Atravessava o divisor de águas entre o Pixaó e o Várzea do Una, e seguia por mais sete quilômetros atravessando os engenhos Covas, Araújo, Poço Dantas e Várzea do Una, onde terminava. Em sua maior extensão, a ferrovia da Usina Bulhões alcançava até cerca de 20 km.
Durante sua vida útil a Usina teve vários proprietários, a saber: Guimarães & Cia; Pessoa, Maranhão & Cia e José Queiroz (1946-1982).
Em 1982, foi vendido para a Agricultura Jaime Beltrão. Em 1990, o grupo dividiu-se e a fábrica tornou-se parte de Roberto Lacerda Beltrão, filho de Jaime Beltrão. 
Atualmente, a planta tem onze fundos agrícolas com capacidade para produzir 200 mil toneladas de açúcar.
Proprietária dos engenhos: Baraúna, Bulhões, Cangaú, Cangauzinho, Cova, Serraria, Curupatí, Araújo, Jacaré, Poço Dantas e Várzea do Una.
Fontes:
ANDRADE, Manuel Correia de. História das usinas de açúcar de Pernambuco. Recife: FJN. Ed. Massangana, 1989. 114 p. (República, v.1)
GONÇALVES & SILVA, O assucar e o algodão em Pernambuco. Recife: [s.n.], 1929. 90 p.
MOURA, Severino. Senhores de engenho e usineiros, a nobreza de Pernambuco. Recife: Fiam, CEHM, Sindaçúcar, 1998. 320 p. (Tempo municipal, 17).
http://www.cbg.org.br/baixar/acucar_no_brasil_7.pdf
http://usinasdepernambuco.blogspot.com.br/2012/11/jaboatao-dos-guararapes.html
http://morenoredescoberto.blogspot.com.br/2014/01/ferrovias-de-usinas-em-jaboatao-e-moreno.html